O uso da fruta na pele é capaz de desencadear fitofotodermatite, alterações na pele provocadas por vegetais. Isso ocorre devido a uma substância presente no limão chamada forucumarina. “A furocumarina em contato com a pele potencializa os efeitos do sol, que naturalmente já queima a epiderme desprotegida. Os sintomas incluem vermelhidão, bolhas e, em casos mais graves, até feridas e manchas escuras que podem demorar semanas para desaparecer”, explica a dermatologista Dra. Vivian Simões Pires. Ela completa: “além disso, o limão resseca muito o cabelo, deixando-o quebradiço e sem vida”.
Esfoliar a pele com ingredientes como açúcar ou sal é uma prática comum e considerada uma solução simples e econômica para remover células mortas. No entanto, esses produtos apresentam partículas com bordas irregulares e pontiagudas, que podem causar microlesões. Embora invisíveis a olho nu, elas comprometem a barreira protetora natural da pele, tornando-a mais vulnerável a irritações.
Além disso, o uso frequente desses ingredientes causa um possível efeito abrasivo excessivo, removendo óleos naturais essenciais e deixando a pele ressecada e mais propensa à descamação e sensibilidade. Esse impacto é ainda maior em peles delicadas ou que já apresentam condições como rosácea ou acne, agravando os problemas.
O “slugging”, técnica de aplicar vaselina em todo o rosto para selar a hidratação, ganhou popularidade na internet. “O problema é que a substância principal é o petrolato, derivado de petróleo, que pode fazer mal para a pele. Existem produtos e protocolos baseados na aplicação de ácido hialurônico que promovem a hidratação sem ser prejudicial”, diz a dermatologista Geisa Costa.
A vaselina cria uma barreira sobre a pele, agravando a produção de sebo em peles naturalmente oleosas. Além disso, a técnica é capaz de obstruir os poros, provocando o surgimento de cravos, espinhas e até inflamações.
Outro ponto importante é que a vaselina não tem propriedades hidratantes por si só; ela apenas retém a hidratação já presente na pele. Portanto, se a pele não estiver devidamente limpa ou protegida antes do uso, resíduos e impurezas podem ficar “presos” sob a camada oclusiva, aumentando o risco de irritações.
O alisamento dos cabelos deve ser feito sem substâncias proibidas, como formol, para não gerar problemas à saúdeImagem: Branislav Nenin | Shutterstock
Apesar de ser proibido em muitos países, o uso de formol em alisamento capilar ainda ocorre devido à sua eficácia em deixar os cabelos lisos por longos períodos. Também conhecido como formaldeído, se refere a um composto químico que solda a estrutura capilar, mantendo os fios alinhados e sem frizz. No entanto, esse efeito aparente de beleza pode vir acompanhado de sérios riscos à saúde.
O formol é altamente tóxico. Durante o processo de alisamento, o calor da prancha ou da secadora libera vapores químicos que podem causar irritações nos olhos, nariz e garganta, além de sintomas como falta de ar, tontura e náuseas. “Para o sistema respiratório, a aspiração do formol pode causar uma pneumonite química, isto é, uma ‘queimadura’ das mucosas respiratórias”, explica a dermatologista Cristiane Braga.
Uma exposição prolongada ou repetida também acarreta problemas capilares como queimaduras no couro cabeludo e danos à estrutura dos fios.
6. Uso de cola escolar na pele
Usar cola escolar para fixar brilho ou criar efeitos na maquiagem pode parecer inofensivo. Porém, esse produto não foi desenvolvido para contato direto com a pele, causando irritações e alergias. Em casos mais graves, seu uso leva a possíveis dermatites, descamação e até formação de bolhas. Além disso, a remoção da cola é capaz de danificar a pele, deixando-a mais vulnerável a infecções.
O uso de bicarbonato de sódio para clarear áreas do corpo, como as axilas, é uma prática bastante comum devido à crença de que suas propriedades abrasivas e alcalinas ajudam a remover células mortas e clarear a pele. No entanto, essa técnica pode trazer mais prejuízos do que benefícios, especialmente em regiões sensíveis como as axilas.
O bicarbonato é altamente abrasivo e causa microlesões na pele, comprometendo a barreira natural. Além disso, seu pH alcalino é incompatível com o pH natural da pele, que é levemente ácido. Isso pode resultar em ressecamento, irritações, resistência ao dano e até queimaduras químicas, principalmente em pessoas com pele sensível ou que já apresentem algum tipo de lesão na área. O uso frequente agrava o problema, provocando o escurecimento pelicular como resposta a essas agressões.