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Política Nacional

Allan dos Santos desafia Moraes e cria conta em rede social de conteúdo adulto

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O blogueiro tranquilizou assinantes do canal com a mensagem automática de que o material produzido será apenas “jornalístico” e “nada mais”

Foragido da Justiça brasileira desde 2021 e banido das redes sociais por disseminar notícias falsas, o blogueiro Allan dos Santos anunciou a criação de uma conta na rede social OnlyFans, plataforma para produtores de conteúdo adulto exibido apenas para assinantes que pagam pelo material.

No comunicado, o influenciador desafia o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou a suspensão das suas contas no X (antigo Twitter), Instagram e Facebook em 2020. 

“Vejamos se Alexandre de Moraes vai deixar a empresa OnlyFans no Brasil”, escreveu no X nesta terça-feira (12).

A conta de Allan dos Santos no ex-Twitter está banida no Brasil, mas segue ativa para quem a acessa em outros países. Há uma determinação de Moraes para o bloqueio valer também internacionalmente, sob pena de multa diária de R$ 20 mil, proferida uma semana depois da decisão que suspendeu as contas dele nas redes. 

Entretanto, o perfil dele no X permanece ativo nos Estados Unidos, de onde ele posta, e visível também para usuários de Portugal e Espanha consultados pelo Estadão.

O valor para acessar os conteúdos de Santos é de $ 4,75 (cerca de R$ 23,60) por mês, mas o blogueiro anuncia que os primeiros 30 dias de assinatura são gratuitos. No entanto, os novos assinantes são cobrados normalmente, sem nenhum tipo de desconto ou estorno do valor pago.

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O Onlyfans e o X foram procurados pelo Estadão para comentar o caso, mas não se pronunciaram até a publicação deste texto. Allan dos Santos também foi contatado e até o momento não respondeu.

O bloqueio foi determinado pelo ministro no âmbito do inquérito das fake news, que apura notícias falsas, ofensas e ameaças contra autoridades. A medida foi justificada pela necessidade de “interromper discursos criminosos de ódio”. A frase no recém-criado perfil do influenciador no OnlyFans é “teremos liberdade aqui?”.

Santos vive nos Estados Unidos desde 2020, onde burla sucessivamente a proibição do STF com a criação de novos perfis nas redes sociais. 

No mais recente, criado no Instagram em 19 de dezembro de 2023, ele afirma ser a sua 38ª conta, e tem entre as postagens diversos ataques direcionados a Moraes. A conta acumula 151 mil seguidores e mais de 660 publicações e está acessível no Brasil.

No OnlyFans, apesar de ser uma plataforma de conteúdos adultos, o blogueiro “tranquiliza” os assinantes com a mensagem automática de que o material produzido será apenas “jornalístico” e “nada mais”.

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A única foto postada na nova rede é dele em frente ao Capitólio dos Estados Unidos, feita nesta terça-feira, quando acompanhou a visita do deputado federal Carlos Bolsonaro (PL-SP) ao local. A foto e outros vídeos da visita foram publicados no perfil do Instagram de Santos.

Além do inquérito que investiga fake news, Allan dos Santos é alvo de outro que apura atos antidemocráticos – investigação que deu origem à apuração sobre milícias digitais. 

Polícia Federal (PF) aponta que ele tentou influenciar o então presidente Jair Bolsonaro (PL) e os parlamentares da base aliada a darem um golpe de Estado durante as manifestações antidemocráticas realizadas entre abril e maio de 2020.

Em janeiro de 2023, o Ministério da Justiça disse querer acelerar o processo de extradição do blogueiro. A pasta procurou a Interpol e os Estados Unidos para cumprir o mandado de prisão preventiva que pesa contra ele desde 2021. 

Segundo mostrou o jornal Folha de S. Paulo nesta quarta-feira (13) o governo dos Estados Unidos comunicou o Brasil que não poderá extraditar Santos, porque os delitos cometidos por ele são vistos lá como crimes de opinião, garantidos no direito à liberdade de expressão.

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Política Nacional

PGR denuncia Bolsonaro e mais 33 por tentativa de golpe de Estado

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Denúncia será julgada pela Primeira Turma do STF

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta terça-feira (18) o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

A acusação também envolve outros militares, entre eles Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil, e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

As acusações da procuradoria estão baseadas no inquérito da Polícia Federal (PF) que indiciou, em novembro do ano passado, o ex-presidente no âmbito do chamado inquérito do golpe, cujas investigações concluíram pela existência de uma trama golpista para impedir o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A denúncia será julgada pela Primeira Turma do Supremo, colegiado composto pelo relator, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. 

Se a maioria dos ministros aceitar a denúncia, Bolsonaro e os outros acusados viram réus e passam a responder a uma ação penal no STF.

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Pelo regimento interno da Corte, cabe às duas turmas do Tribunal julgar ações penais. Como o relator faz parte da Primeira Turma, a acusação será julgada pelo colegiado.

A data do julgamento ainda não foi definida. Considerando os trâmites legais, o caso pode ser julgado ainda neste primeiro semestre de 2025. 

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Política Nacional

Família do ES é condenada pelo STF por participação no 8 de Janeiro

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Pai, filho e genro invadiram e vandalizaram as sedes do Congresso e do STF em Brasília; pena é de 12 anos de reclusão e 1 ano e meio de detenção

A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, por unanimidade, três moradores de Cariacica – pai, filho e genro – que participaram dos ataques antidemocráticos à Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.

O julgamento começou no último dia 7 e terminou na sexta-feira (14). O empresário Germano Siqueira Lube, o gerente administrativo Germano Siqueira Lube Júnior e o gestor Carlos Magno Pimentel foram condenados a 12 anos de reclusão e mais 1 ano e meio de detenção.

8 de janeiro: sentença inclui pagamento de multa

Além disso, os três deverão pagar 100 dias-multa, cada um no valor de um terço do salário mínimo (R$ 506, totalizando R$ 50,6 mil).

A reportagem do Folha Vitória procurou a defesa dos três condenados, mas não obteve resposta até o momento desta publicação. O espaço está aberto à manifestação.

Conforme o processo, os condenados associaram-se “de maneira livre e consciente”, desde o período eleitoral de 2022, a grupos que incitavam atos antidemocráticos, descredibilizando o sistema eleitoral e incentivando o cometimento de crimes que objetivavam um golpe de Estado.

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Identificação após denúncia

A identificação dos três em Brasília ocorreu a partir de uma denúncia apresentada à Superintendência da Polícia Federal no Espírito Santo.

Em depoimento à PF, os três confirmaram a presença nos atos do 8 de janeiro. Segundo a denúncia, eles “registraram imagens de si mesmos na marquise e na rampa de acesso ao Congresso Nacional no momento em que os invasores ocuparam o prédio, intensificando os atos de vandalismo no local”.

Os familiares ainda “permaneceram unidos subjetivamente aos integrantes do grupo e participaram da ação criminosa que invadiu as sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal e quebrou vidros, cadeiras, painéis, mesas, móveis históricos e outros bens que ali estavam”.

A eles, foram imputadas as práticas das condutas de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do Patrimônio tombado e associação criminosa armada.

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