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Internacional

Anticoncepcional falha e pelo menos 170 mulheres engravidam

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Governo chileno é acusado de negligência por não alertar amplamente sobre problema de fabricação de pílula distribuída na rede pública

O governo do Chile está sendo acusado de negligência por dezenas de mulheres que tomavam um anticoncepcional que era distribuído na rede pública do país e, mesmo assim, engravidaram. Somente após receber diversas denúncias, o remédio foi retirado de circulação em agosto do ano passado, pelo Instituto de Saúde Pública (ISP) chileno, mas para muitas, já era tarde.

Segundo a Miles Chile, organização que luta pelos direitos reprodutivos das mulheres, pelo menos 170 chilenas denunciaram que engravidaram após tomar o medicamento Anulette CD.

Uma investigação do governo constatou que dois lotes do anticoncepcional estavam com problemas. De acordo com a Silesia, a farmacêutica que produz o Anulette, os dois lotes com defeito continham quase 270 mil cartelas.

No primeiro lote, o problema não era com os remédios em si, mas com as cartelas. Normalmente, elas vêm com 28 comprimidos — 21 amarelos que contém o medicamento para serem tomadas no período fértil e 7 azuis com placebo para o período menstrual. Algumas cartelas desse lote tinham cápsulas de placebo no lugar do medicamento e vice-versa.

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O segundo lote, para o qual o governo fez um recall apenas quatro dias depois, tinha cartelas defeituosas, traziam comprimidos esmagados ou simplesmente estavam vazias. Com isso, o registro do medicamento foi suspenso pelo governo. Mas os problemas não pararam por aí. O governo chegou a liberar o uso do Anulette após o recall, mas depois voltou atrás.

Em outubro do do ano passado, a empresa pediu que o ISP retirasse dois outros anticoncepcionais de circulação, o Minigest 15 e o Minigest 20, que apresentavam quantidades baixas do princípio ativo.

Resposta insuficiente

Para a Miles Chile e outras entidades, a resposta do governo foi insuficiente. Em meio à pandemia do coronavírus, os recalls foram anunciados apenas em um site do governo que é pouco acessado pelo público, e não receberam muita cobertura da imprensa local. O governo também não fez nenhuma coletiva de imprensa nem uma campanha na mídia para avisar as usuárias.

“Eles violaram gravemente o direito das mulheres de decidirem quando querem ter um filho”, criticou Javiera Canales, diretora-executiva da Miles Chile.

O resultado foi que dezenas delas engravidaram sem querer e sem ter nenhuma outra alternativa a não ser levar a gravidez adiante, em um país onde o aborto é criminalizado, com exceção a casos de estupro e risco à vida da mãe.

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“Nunca vimos uma falha sistêmica tão grave e que tenha durado tanto tempo como esse caso do Chile, com consequências tão graves”, disse Paula Ávila-Guillén, diretora-executiva do Women’s Equality Center, ONG que monitora os direitos reprodutivos na América Latina, em entrevista ao New York Times.

No caso de Valentina Donoso, 21, a gravidez indesejada é um peso que ela não queria carregar. Ela está com pouco mais de 7 meses de gravidez, mora com os pais em um bairro pobre da capital, Santiago, e precisou parar seus planos de fazer faculdade e ter uma carreira, depois que o Anulette falhou.

“Me olhar no espelho é difícil, vejo a barriga e lembro do pesadelo. Tem dias que me levanto bem e quero tê-la, mas na maioria das vezes não. Eu queria ser mãe, mas mais adiante. Queria ter um trabalho e uma casa antes disso. Queria ter um futuro”, diz ela.

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Internacional

Israel pede no Conselho de Segurança da ONU que Irã sofra ‘todas as sanções possíveis’

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Comitê das Nações Unidas realizou reunião extraordinária neste domingo para discutir ataque iraniano com mísseis e drones ao território israelense

Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião de emergência após o ataque sem precedentes do Irã com drones e mísseis contra Israel. O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, pediu “todas as sanções possíveis” ao Irã durante a reunião. Erdan afirmou que “o Conselho precisa agir” e exigiu que “todas as sanções possíveis sejam impostas ao Irã antes que seja tarde demais”. Ele também destacou que Israel não busca uma escalada da situação, mas pediu para que  Exército de Guardiões da Revolução do Irã passe a ser considerada uma organização terrorista. O secretário-geral da ONU, António Guterres, clamou por “máxima moderação” e destacou que o Oriente Médio está à beira do abismo. Ele enfatizou a importância de evitar grandes confrontos militares na região. Guterres também pediu um “cessar-fogo imediato” em Gaza e a libertação de reféns tomados pelo Hamas em 7 de outubro no ano passado.

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O ataque iraniano, denominado “Promessa Honesta”, foi uma resposta ao bombardeio que destruiu o consulado iraniano em Damasco. O exército israelense relatou um ataque do Irã com “um enxame de 300 drones assassinos, mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro” durante a noite de sábado para domingo. Israel afirma ter frustrado grande parte desse ataque. Esses eventos ocorrem em meio a décadas de hostilidade entre o país judeu e a República Islâmica do Irã, que remonta à revolução iraniana de 1979. Nesse período, Israel se tornou o inimigo declarado do Irã. No entanto, até então, Teerã se abstinha de ataques diretos, preferindo envolver-se em confrontos por meio de grupos terceiros, como o Hezbollah libanês.

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Internacional

Turquia conclui resgate de 174 pessoas após acidente em teleférico

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Mais de duas mil pessoas e quatro helicópteros participaram dos trabalhos de resgate, que tiveram dificuldade por conta do vento

Os trabalhos de resgate das 174 pessoas que ficaram presas em um teleférico localizado na cidade turística Antalya, na Turquia, foram concluídos neste sábado (13). Segundo o Ministério do Interior do país, uma das cabines do teleférico bateu em um poste e seus passageiros caíram em uma área rochosa, causando a morte de um dos ocupantes e ferindo outras dez pessoas. Após tratar e evacuar os feridos, as equipes de resgate começaram a evacuar os visitantes das demais cabines, em uma operação que demorou 23 horas para ser concluída.

O teleférico danificado transporta turistas da praia de Konyaalti até um restaurante e plataforma de observação no topo do pico Tünektepe, a mais de 600 metros de altura. Mais de duas mil pessoas e quatro helicópteros participaram dos trabalhos de resgate, que tiveram dificuldade por conta vento. O ministro da Justiça turco, Yılmaz Tunç, afirmou que um relatório preliminar apontou a corrosão e o mau estado de certos elementos do teleférico como a causa do acidente.

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A investigação também concluiu que a empresa que explora a linha não possuía plano de emergência e evacuação, razão pela qual foram emitidos mandados de detenção para 13 suspeitos, incluindo funcionários da empresa operadora e da empresa responsável pela manutenção.

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