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Internacional

Após boicote, presidente da Coreia do Sul sobrevive a pedido de impeachment

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Yoon Suk Yeol provocou uma crise política na última terça-feira (3) ao anunciar a aplicação da lei marcial e ordenar o envio de tropas ao Parlamento

presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, sobreviveu neste sábado (7) à votação no Parlamento de uma moção de impeachment, graças ao boicote dos deputados de seu partido e em meio a grandes protestos na capital. Yoon provocou uma crise política na terça-feira (3) ao anunciar a aplicação da lei marcial e ordenar o envio de tropas ao Parlamento, uma medida que foi obrigado a abandonar algumas horas depois, devido a uma votação dos deputados contra o decreto.

Os partidos de oposição apresentaram a proposta de votar uma moção de destituição neste sábado. Para avançar no plenário, e medida precisava da maioria de dois terços dos deputados. Mas quase todos os deputados do partido do presidente Yoon, o Partido do Poder Popular (PPP), abandonaram a Assembleia Nacional e condenaram a moção ao fracasso.

“O número de membros que votaram não atingiu a maioria de dois terços exigida”, anunciou o presidente do Parlamento, Woo Won-shik, o que tornou o resultado da moção “inválido”. O PPP afirmou que decidiu bloquear a moção para evitar “grandes divisões e caos” no país e prometeu que “a crise terá uma resolução mais ordenada e responsável”. O resultado decepcionou milhares de pessoas – 150.000 segundo a polícia ou um milhão de acordo com os organizadores – que protestaram diante do Parlamento em Seul. Os manifestantes gritaram e choraram de frustração quando os deputados do partido governista deixaram o plenário.

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Presidente “politicamente morto”

Antes da votação, a oposição prometeu apresentar uma nova moção em caso de fracasso e muitos manifestantes afirmaram que pretendem seguir com a mobilização. “Vou destituir Yoon Suk Yeol, que se tornou o maior risco para a Coreia do Sul, a qualquer custo”, disse o líder da oposição Lee Jae-myung. Antes da votação, Yoon, 63 anos, pediu desculpas por sua decisão e que deixava o mandato nas mãos do PPP.

“Provoquei ansiedade e inconveniência à população. Me desculpo sinceramente ante os cidadãos que se sentiram muito angustiados”, afirmou em um discurso exibido na televisão, na sua primeira aparição pública em três dias. Apenas três deputados do PPP, Ahn Cheol-soo, Kim Yea-ji e Kim Sang-wook, participaram na votação deste sábado. O fracasso da moção de impeachment “representa uma crise política mais prolongada”, disse à AFP Vladimir Tikhonov, professor de Estudos Coreanos na Universidade de Oslo.

“Teremos um presidente politicamente morto, incapaz de governar por mais tempo, e centenas de milhares de pessoas saindo às ruas toda semana até que Yoon seja destituído”, acrescentou. Se a moção fosse aprovada, Yoon teria sido suspenso de suas funções para aguardar uma decisão da Corte Constitucional. Uma pesquisa publicada na sexta-feira mostrou que o índice de apoio ao presidente desabou para 13%, o menor resultado da história.

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A polícia começou a investigar Yoon e outras pessoas por suposta insurreição. Antes de declarar lei marcial, Yoon, em minoria no Parlamento desde as eleições legislativas de abril, mantinha uma dura queda de braço com os deputados opositores, que recentemente fizeram cortes no orçamento governamental para o próximo ano.  Em seu discurso na noite de terça-feira, Yoon assegurou que a lei marcial serviria para proteger uma Coreia do Sul liberal das “ameaças representadas pelas forças comunistas da Coreia do Norte” e “pelos elementos antiestatais que roubam a liberdade e a felicidade do povo”.

As forças de segurança bloquearam o acesso à Assembleia Nacional, vários helicópteros pousaram no teto do edifício e quase 300 soldados tentaram fechar o Parlamento. Entretanto, os funcionários do Parlamento bloquearam a entrada dos soldados na câmara com sofás e extintores, enquanto os deputados, alguns dos quais tiveram que escalar as grades para entrar, votavam contra o decreto de Yoon.

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Internacional

Joe Biden recebe apoio de líderes mundiais após diagnóstico de câncer

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Em declaração nas redes sociais, ex-presidente expressou gratidão pelo apoio recebido e destacou a força que encontra nas adversidades

O ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de 82 anos, anunciou neste domingo (18) que foi diagnosticado com um câncer agressivo de próstata, que já se espalhou para os ossos. A notícia gerou uma onda de manifestações de apoio de líderes internacionais e ex-presidentes americanos. Biden, que liderou a força-tarefa contra o câncer durante o governo de Barack Obama, enfrenta agora uma das batalhas mais difíceis de sua vida. Em uma declaração nas redes sociais, ele expressou gratidão pelo apoio recebido e destacou a força que encontra nas adversidades, “o câncer atinge a todos nós”.

A vice-presidente Kamala Harris e seu marido, Doug Emhoff, expressaram tristeza com o diagnóstico e enviaram suas orações à família Biden. Barack Obama, ex-presidente e amigo próximo de Biden, também manifestou apoio, elogiando os esforços de Biden na luta contra o câncer e expressando confiança em sua determinação para enfrentar o desafio. Bill Clinton, outro ex-presidente, destacou a resiliência de Biden, enquanto Donald Trump, apesar das diferenças políticas, enviou votos de rápida recuperação. No cenário internacional, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, expressou preocupação e desejou uma recuperação rápida a Biden.

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Internacional

Avião voa 10 min. sem comando; copiloto passou mal e piloto ficou trancado fora da cabine

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Um avião da Lufthansa voou por cerca de 10 minutos sem supervisão após o comandante deixar a cabine para ir ao banheiro e, neste curto período, o copiloto sofrer um mal súbito.

O voo LH77X partiu de Frankfurt, na Alemanha, com destino a Sevilha, na Espanha. Havia 205 pessoas a bordo. Por causa da urgência médica, a aeronave foi desviada para o Aeroporto Internacional Adolfo Suarez Madri-Barajas, onde fez pouso de emergência. A viagem foi retomada cinco horas depois.

O incidente aconteceu em 17 de fevereiro de 2024, mas os detalhes só foram divulgados na última quinta-feira (15), quando foi publicado o relatório da Comissão de Investigação de Acidentes e Incidentes de Aviação Civil da Espanha (CIAIAC) sobre o caso.

O voo estava em fase de cruzeiro e seguiu normalmente durante a confusão. O piloto automático estava ativado e manteve a rota pré-estabelecida para o trajeto.

Segundo o relatório:

  • Às 10h31, o piloto se ausentou da cabine de comando por “necessidades fisiológicas”;
  • Antes disso, ele e o copiloto conversaram sobre as condições meteorológicas e a operação da aeronave. O copiloto parecia estar “atento” e respondeu normalmente;
  • Quando o piloto voltou, às 10h39, inseriu a senha para reabrir a cabine. Ele não conseguiu entrar;
  • Ele disse que pensou que havia digitado o código errado. Tentou outras quatro vezes, sem sucesso;
  • Um tripulante tentou ligar para a cabine de comando, mas também não foi atendido. O piloto digitou o código de emergência;
  • Então, o copiloto, mesmo debilitado, conseguiu abrir a porta manualmente de dentro da cabine, às 10h42. Segundo o relatório, ele foi encontrado “pálido” e “suando”;
  • Os tripulantes e um passageiro, que era médico, prestaram os primeiros socorros. A suspeita era de que estava tendo um ataque cardíaco;
  • Neste momento, o piloto decidiu desviar o avião para pousar em Madri. O pouso aconteceu cerca de 20 minutos depois.
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O copiloto foi atendido em solo e recebeu o diagnóstico de um possível transtorno convulsivo, uma condição que, até então, não tinha sido identificada em seus exames médicos de rotina. Ele tinha certificação válida e sem restrições para voar. Como medida preventiva, o certificado médico do copiloto foi suspenso.

A Lufthansa não divulgou nota sobre o caso.

O relatório da comissão espanhola destacou que a ausência de um segundo tripulante autorizado na cabine impediu o reconhecimento imediato da emergência e retardou a atuação do comandante.

Na época, a Lufthansa seguia diretrizes da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA), que não exigem a presença de outro tripulante na cabine quando um dos pilotos se ausenta brevemente.

Como desdobramento do caso, a comissão emitiu uma recomendação formal à agência europeia de aviação para que reavalie os procedimentos e considere obrigatória a permanência de duas pessoas autorizadas na cabine de comando durante todo o voo.

A medida, segundo o órgão, pode aumentar a segurança operacional e evitar riscos semelhantes em situações futuras.

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