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Política Nacional

Após ser alvo de ação inédita, Gilvan pede desculpa e promete que vai mudar

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Conselho de Ética da Câmara Federal analisa nesta terça-feira representação da Mesa Diretora que pede suspensão do mandato do parlamentar por quebra de decoro

Na véspera do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidir se suspende seu mandato por seis meses, o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) pediu desculpas publicamente durante a sessão da Casa na noite desta segunda-feira (05). Ele ainda se comprometeu a mudar de comportamento daqui para frente.

Gilvan é alvo de uma representação inédita assinada pela Mesa Diretora da Câmara – inclusive pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB) – que pede a suspensão do seu mandato, de forma cautelar, por seis meses por quebra de decoro.

O documento diz que o deputado proferiu “manifestações gravemente ofensivas e difamatórias” contra a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e que “as falas do representado excederam o direito constitucional à liberdade de expressão, caracterizando abuso das prerrogativas parlamentares”.

Durante reunião da Comissão de Segurança Pública da Câmara Federal, no último dia 29, Gilvan se referiu à ministra como “prostituta” e “amante”, citando uma acusação da qual ela foi inocentada.

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Na mesma sessão, ele se envolveu numa confusão com o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), que quase terminou nas vias de fato. E isso poucos dias após, também durante uma reunião da Comissão de Segurança, ter desejado a morte do presidente Lula.

“Os embates entre deputados acontecem aqui na Câmara, mas em hipótese alguma pode se partir para o lado pessoal. Gostaria de dizer, para Vossa Excelência, que amanhã vai ter o Conselho de Ética e já quero me antecipar assumindo o compromisso de mudança de comportamento no plenário e nas comissões”, disse Gilvan, no microfone, ao presidente Hugo Motta.

Sem sua tradicional bandeira do Brasil, que costuma carregar no ombro, Gilvan pediu desculpas e disse que assume a responsabilidade, caso seja punido pela Casa:

Eu peço desculpa aqui a quem se sentiu ofendido e ao presidente da Câmara. E eu não estou falando aqui para não ser punido, eu reconheço que no calor da emoção eu extrapolei. Assumo a responsabilidade e, se for punido, também aceito a punição.

Gilvan estava ladeado por aliados que o aplaudiram após o discurso. O presidente respondeu que é sua missão zelar pela ordem na Casa.

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“Nós tomamos essa atitude, pela Mesa, porque o presidente da Casa tem que zelar pelo bom funcionamento da instituição, que todos nós representamos. É importante dizer que para se discordar politicamente, para fazer a defesa ideológica das pautas e das bandeiras que cada parlamentar representa aqui nessa Casa, não é necessário agredir o outro parlamentar, não é necessário agredir a família de um outro parlamentar, não é necessário agredir ninguém”, disse Motta. E continuou:

A atitude de Vossa Excelência foi totalmente excedente do ponto de vista da atuação parlamentar, vamos ver o que o Conselho de Ética irá decidir amanhã, mas Vossa Excelência aqui no plenário se comprometendo a uma mudança de conduta, penso que isso engrandece o seu mandato”, disse Motta.

A reunião do Conselho de Ética está marcada para o final da manhã desta terça-feira (06). Além da suspensão, a representação contra Gilvan pode resultar num processo de cassação do seu mandato.

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Política Nacional

Apesar de inelegibilidade, Bolsonaro reafirma candidatura à Presidência e ‘tira’ Tarcísio da corrida

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Ex-presidente declarou que os dois serão candidatos nas eleições de 2026: ‘O Tarcísio para reeleição [ao governo do Estado] e eu para presidente’

O ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, divulgou um vídeo em que reafirma sua intenção de concorrer à Presidência da República nas eleições de 2026. Apesar de sua inelegibilidade, determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele se mostra confiante em sua candidatura. No mesmo vídeo, publicado em março deste ano e republicado nesta quarta, (21) Bolsonaro menciona o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. “Nós dois seremos candidatos ano que vem. O Tarcísio para reeleição e eu para presidente. Se eu não aparecer como candidato é uma negação à democracia. Qual foi o crime que eu cometi? Me reunir com embaixadores? Ah, tenha santa paciência”, disse Bolsonaro.

Na ocasião, Bolsonaro perguntou se “estamos no ritmo da Venezuela”, quando questionado se a inelegibilidade decidida pelo STF o impediria de participar do pleito. Ele citou o caso da Romênia em que, segundo Bolsonaro, o candidato de direita foi retirado do pleito e a justiça confirmou sua inelegibilidade. “O povo não aceita o que a gente chama de ‘lawfare’, interferência política no destino de uma nação”, finaliza. Um tribunal da Romênia anulou, em 6 de dezembro de 2024, o primeiro turno das eleições presidenciais do país, dias após alegações de que a Rússia realizou uma campanha online coordenada para promover o candidato de extrema direita que venceu a disputa.

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A decisão sem precedentes do Tribunal Constitucional – que é final – ocorreu depois que o presidente Klaus Iohannis tirou a confidencialidade de informações de inteligência que alegavam que a Rússia realizou uma ampla campanha envolvendo milhares de contas de mídia social para promover Calin Georgescu em plataformas como TikTok e Telegram. As declarações de Bolsonaro, agora republicadas, foram dadas durante uma visita ao Salão Nacional e Internacional das Motopeças, localizado na zona norte da cidade de São Paulo.

Bolsonaro esteve no evento acompanhado de Tarcísio e do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Durante a visita, ele percorreu os estandes da feira, experimentou um capacete feito com grafeno, desenvolvido pela empresa que fundou junto com o filho em 2024, a Bravo Grafeno. Ele ainda elogiou Tarcísio, que foi seu ministro e seu indicado ao governo paulista na eleição de 2022.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou maioria ainda em junho de 2023, para tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível até 2030. Com os incisivos votos da ministra Cármen Lúcia e do ministro Alexandre de Moraes, a Corte formou um placar de 5 votos a 2 para enquadrar o ex-chefe do Executivo por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão da reunião em que atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas.

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Política Nacional

Comissão do Senado aprova fim da reeleição para presidente, prefeitos e governadores

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A PEC também aumenta o tempo dos mandatos para cinco anos e unifica as eleições. O texto vai para o plenário do Senado

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição no Brasil para presidente, governadores e prefeitos foi aprovada, nesta quarta-feira (21), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

A PEC 12/2002 ainda aumenta os mandatos do Executivo, dos deputados e dos vereadores para cinco anos. Agora, o texto segue para análise do plenário do Senado.

A PEC previa o aumento do mandato dos senadores de oito para dez anos, mas a CCJ decidiu reduzir o tempo para cinco anos, igual período dos demais cargos.

proposta ainda unifica as eleições no Brasil para que todos os cargos sejam disputados de uma única vez, a partir de 2034, acabando com eleições a cada dois anos, como ocorre hoje.

A proposta prevê um período de transição para o fim da reeleição. Em 2026, as regras continuam as mesmas de hoje.

Em 2028, os prefeitos candidatos poderão se reeleger pela última vez e os vencedores terão mandato estendido de seis anos. Isso para que todos os cargos coincidam na eleição de 2034.

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Em 2030, será a última eleição com possibilidade de reeleição para os governadores eleitos em 2026. Em 2034, não será mais permitida qualquer reeleição e os mandatos passarão a ser de cinco anos.  

Após críticas, o relator Marcelo Castro (MDB-PI) acatou a mudança sugerida para reduzir o mandato dos senadores.

A única coisa que mudou no meu relatório foi em relação ao mandato de senadores que estava com dez anos. Eu estava seguindo um padrão internacional, já que o mandato de senador sempre é mais extenso do que o mandato de deputado. Mas senti que a CCJ estava formando maioria para mandatos de cinco anos, então me rendi a isso, explicou o parlamentar.

Com isso, os senadores eleitos em 2030 terão mandato de nove anos para que, a partir de 2039, todos sejam eleitos para mandatos de cinco anos. 

A mudança também obriga os eleitores a elegerem os três senadores por estado de uma única vez. Atualmente, se elegem dois senadores em uma eleição e um senador no pleito seguinte.

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Os parlamentares argumentaram que a reeleição não tem feito bem ao Brasil, assim como votações a cada dois anos. Nenhum senador se manifestou contra o fim da reeleição.

O relator Marcelo Castro argumentou que o prefeito, governador ou presidente no cargo tem mais condições de concorrer, o que desequilibraria a disputa.

Foi um malefício à administração pública do Brasil a introdução da reeleição, completamente contrária a toda a nossa tradição republicana. Acho que está mais do que na hora de colocarmos fim a esse mal, argumentou Castro.

A possibilidade de reeleição foi incluída no país no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1997, mudança que permitiu a reeleição do político em 1998.

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