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Política Nacional

Após três anos, BC corta 0,5 ponto e taxa Selic cai para 13,25%

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É o primeiro corte desde agosto de 2020 da taxa básica de juros, que ficou estacionada em 13,75% por quase um ano

Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), decidiu nesta quarta-feira (2) cortar em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros da economia brasileira, que passou para R$ 13,25% ao ano. É o primeiro corte, após três anos, da taxa Selic, que estava estacionada em 13,75% desde agosto do ano passado.

Em um comunicado após a reunião, o Copom afirma que avaliou a alternativa de reduzir a taxa básica de juros para 13,5%, mas considerou ser apropriado adotar o ritmo de queda de 0,5 ponto percentual, por causa da melhora do quadro inflacionário.

“Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, informa o comitê. 

Após essa primeira baixa, esse movimento de queda com novos recuos esperados nos meses de setembro (0,5 ponto), novembro (0,5) e dezembro (0,5), se confirmado, levará a Selic a 11,75% ao ano na entrada de 2024.

Foi a primeira reunião do Copom com a participação de Gabriel Galípolo, o novo diretor de Política Monetária do BC, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado do presidente da instituição, Roberto Campos Neto.

Votaram pela redução de 0,5 ponto percentual os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente); Ailton de Aquino Santos; Carolina de Assis Barros; Gabriel Muricca Galípolo; e Otávio Ribeiro Damaso. Votaram por uma redução de 0,25 ponto percentual os seguintes membros: Diogo Abry Guillen; Fernanda Magalhães Rumenos Guardado; Maurício Costa de Moura; e Renato Dias de Brito Gomes.

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Com a queda da inflação, que em julho recuou para 0,07%, o governo federal e setores da economia têm pressionado o Banco Central para reduzir os juros.

Segundo o IPCA-15, prévia da inflação, em julho o índice acumulava 3,19% nos últimos 12 meses, resultado abaixo do centro da meta preestabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 1,75% para 4,75%).

Nesta quarta-feira, o presidente Lula voltou a criticar Roberto Campos Neto. “Acontece que esse rapaz que está no Banco Central, me parece que ele, não sei do que ele entende, mas ele não entende de Brasil e não entende de povo”, afirmou. Lula disse ainda que o Banco Central deveria ter baixado o índice já no primeiro semestre de 2023.

No entanto, Campos Neto tem afirmado que a decisão é técnica e que o BC foca o chamado “horizonte relevante”, que são oito meses à frente. Ao manter os juros elevados, o BC faz uso de seu principal instrumento de política monetária para reduzir a inflação. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.

Histórico

Iniciada em março de 2021, a escalada da taxa Selic até o maior patamar desde o fim de 2016 teve o objetivo de conter o avanço da inflação. No período, 12 altas seguidas resultaram na elevação dos juros básicos de 2% para 13,75% ao ano, nível atingido em agosto de 2022 e mantido desde então.

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O último recuo da Selic ocorreu em agosto de 2020, quando a taxa passou de 2,25% para 2% ao ano, o menor patamar da história. O nível persistiu até março de 2021, quando a alta da inflação resultou em 12 altas consecutivas dos juros básicos até o atual patamar, o maior dos últimos seis anos.

Entenda a Selic

A taxa básica é a mais baixa da economia e funciona como piso para os demais juros cobrados no mercado. Ela é usada nos empréstimos entre bancos e nas aplicações que as instituições financeiras fazem em títulos públicos federais.

A Selic é a taxa que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo a empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos. Por esse motivo, os juros que os bancos cobram em contratos de crédito são sempre superiores à Selic.

A taxa básica também é o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle, perto da meta estabelecida pelo governo. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam alternativas de investimento.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo. 

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Política Nacional

Câmara aprova projeto e Novembro e ganha novo feriado nacional

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Novembro ja tem dois feriados Nacionais: 02 Dia de Finados e 15, Proclamação da República

s deputados federais aprovaram nesta quarta-feira, 29, o projeto de lei que torna o Dia da Consciência Negra feriado nacional. Foram 286 votos a favor, 121 contra e duas abstenções. A proposta já havia sido aprovada pelo Senado, em 2021, e vai agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após atuação da bancada negra, criada recentemente na Câmara.

“Não foi por acaso que a bancada negra da Câmara dos Deputados decidiu iniciar seus esforços de combate ao racismo e de promoção da igualdade racial pela criação de um feriado nacional. Talvez pareça a muitos uma iniciativa menor, meramente simbólica. Mas não o é. Porque símbolos são importantes”, justificou a relatora, deputada Reginete Bispo (PT-RS).

O PL e o Novo foram os únicos partidos que orientaram seus parlamentares a rejeitar o projeto. Na semana passada, integrantes da nova bancada negra pediram ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que desse prioridade ao texto. Atualmente, dia 20 de novembro é feriado em apenas seis Estados.

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Coordenador-geral da bancada negra, o deputado Damião Feliciano (União Brasil-PB) afirmou na semana passada que o grupo “não é da esquerda nem da direita”. Ele também ressaltou que a direção da bancada é formada por políticos de todas as matizes ideológicas, do PT ao PL e do União Brasil ao PSOL.

O deputado do União foi eleito por aclamação para coordenar a bancada por um período de um ano. As vice-coordenadoras serão as deputadas Benedita da Silva (PT-RJ), Silvia Cristina (PL-RO) e Taliria Petrone (PSOL-RJ). Segundo Damião Feliciano, a intenção da bancada, ao ter lugar no Colégio de Líderes da Câmara, é ter resultados concretos na redução das desigualdades raciais e no combate ao preconceito.

“Se a gente fizer uma lei por ano que melhore a questão da igualdade racial, estamos satisfeitos. Se forem duas leis, melhor ainda”, disse Feliciano, em uma entrevista coletiva no dia da Consciência Negra. “Queremos resultado, transformação. É uma política não só de resgate da História, mas de justiça”, emendou. “A bancada negra não é da esquerda nem da direita”, afirmou o deputado, ao apresentar Silvia Cristina como representante da direita e Taliria Petrone e Benedita da Silva, da esquerda.

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“Não temos nenhuma preocupação com divergências, porque a gente não vai divergir entre nós, vamos incluir a todos em um projeto de País”, respondeu o líder do PSD na Câmara, Antonio Brito (BA), ao ser questionado na semana passada sobre possíveis discordâncias internas devido às diferenças ideológicas.

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Política Nacional

Ministros do STF não são odiados pela maioria da população, diz Gilmar Mendes

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Declaração é uma resposta ao advogado de um dos réus dos atos do 8 de Janeiro

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou nesta sexta-feira, 1º, que ele e seus colegas de Corte não são odiados pela população brasileira. A declaração é uma resposta ao advogado de um dos réus dos atos do 8 de Janeiro. Em 13 de setembro deste ano, o desembargador aposentado Sebastião Coelho da Silva, defensor de Aécio Lúcio Costa Pereira, disse que “os ministros são as pessoas mais odiadas do país”. No entendimento de Gilmar Mendes, esta não é uma verdade.

“Recentemente, na tribuna do Supremo, um advogado disse que nós éramos bastante pouco amados, ou até mesmo odiados. Certamente, não somos pela maioria da população. Mas, é claro, o papel da contramajoritariedade é muito difícil, ele muitas vezes leva a atitudes de incompreensão e antipatia”, comentou o decano, durante evento realizado em Fortaleza, no Ceará.

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Na ocasião, Sebastião Coelho da Silva repercutiu ao criticas os ministros do STF. “Eu quero dizer, com muita tristeza, que nessas bancadas aqui, nesses dois lados, estão as pessoas mais odiadas desse país. Infelizmente. Quantas fotos tenho com ministros dessa corte? Vossas excelências têm que ter a consciências que vossas excelências são pessoas odiadas desse país. Essa é uma realidade que alguém tem que dizer e vossas excelências têm que saber disso”, afirmou o desembargador aposentado. No mesmo dia, o ministro Alexandre de Moraes rebateu o advogado, criticando os manifestantes do 8 de Janeiro.

“Todas essas pessoas que são odiadas pela maioria da população. Esses extremistas que não gostam do Supremo são a minoria da população e isso ficou demonstrado nas urnas e fica demonstrado nos atos golpistas em que uma minoria praticou e foi repudiado pela população brasileira, que é séria, ordeira e digna.”

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