Vítima estava em ponto de ônibus na madrugada de quarta-feira (21), quando foi alvo de assalto e teve a bolsa roubada
Uma aposentada teve R$ 12 mil roubados enquanto aguardava o ônibus em um ponto no bairro Vale dos Reis, em Cariacica, na madrugada desta quarta-feira (21). O valor, fruto de um empréstimo e destinado ao pagamento de dívidas, estava dentro da bolsa da vítima.
Horas após o crime, a quantia foi recuperada pela Polícia Militar, que contou com a colaboração de um morador que presenciou os suspeitos derrubarem a bolsa roubada durante a fuga, no bairro Jardim América.
De acordo com o relato da vítima, o crime aconteceu por volta das 5h, quando ela estava esperando um ônibus no ponto para ir ao trabalho.
A aposentada contou que estava com o valor na bolsa porque faria o pagamento de dívidas ainda na manhã do mesmo dia.
Dois homens em motos se aproximaram, armados, e anunciaram o assalto. Além da bolsa com dinheiro, pertences de outras pessoas que estavam no local também foram levados.
Vieram, pegaram a arma e apontaram para minha cintura. Um puxou a bolsa e o outro apalpou a cintura para ver se eu estava com celular. Eu falei: ‘Não, está tudo aí’ e mandei levar, relatou a vítima.
Já em Jardim América, bairro vizinho, durante a fuga, os criminosos deixaram a bolsa cair. Um morador percebeu o objeto sendo deixado por um dos suspeitos em uma moto e decidiu recolhê-la.
Ao se deparar com uma viatura da PM, entregou a bolsa roubada e informou o que havia presenciado.
O material, contendo todo o valor em dinheiro, foi levado até a Delegacia Regional de Cariacica, onde a vítima foi localizada e teve os pertences devolvidos.
“Acharam minha bolsa em Jardim América. O rapaz passou de moto, viu a bolsa caída no chão e pegou. A viatura passou na hora e ele entregou. Minha filha me ligou falando que minha bolsa estava no DPJ de Jardim América. Graças a Deus, eu recuperei tudo”, disse a aposentada.
A Polícia Civil reforçou a importância de registrar um boletim de ocorrência, em uma delegacia ou através da Delegacia Online, em casos em que não há detidos em flagrante, como este, para que sejam investigados.
A vítima denunciou o caso após chegar à escola do filho. Ela disse que ficou uma semana sendo agredida pelo marido
Um homem de 33 anos foi preso em flagrante nesta quarta-feira (18) no bairro São Geraldo, em Cariacica, acusado de agredir e manter a esposa, de 42 anos, em cárcere privado. A prisão ocorreu depois que a mulher conseguiu sair da casa com a desculpa de levar o filho para a escola.
Ela denunciou o caso após chegar à escola do menino, informar sobre a situação e ser orientada pelos profissionais da unidade a procurar a polícia.
Segundo a Polícia Militar, a vítima afirmou que apenas conseguia sair de casa para levar o filho à escola e que seu tempo de ida e volta era rigorosamente controlado pelo marido.
Na quarta-feira, ao chegar à unidade de ensino, os funcionários da escola perceberam os ferimentos no corpo da mulher e providenciaram um transporte para que ela fosse até a Delegacia da Mulher, também em Cariacica.
De acordo com a Polícia Civil, a vítima relatou que estava sendo mantida trancada dentro da residência há cerca de uma semana, sem permissão para sair. Além disso, contou que era constantemente agredida pelo companheiro, e que levou socos, chutes e tapas.
Com os relatos, os policiais foram até o endereço do casal e o suspeito foi detido em flagrante. Ele foi autuado pelos crimes de injúria, ameaça, lesão corporal e cárcere privado, na forma da Lei Maria da Penha.
Durante a ação, a polícia também encontrou vários pinos de cocaína na residência. Por esse motivo, o homem também foi autuado por porte de drogas para uso pessoal. Ele foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV).
A casa onde estavam os três irmãos não tinha nenhum tipo de mobília, apenas dois colchões. As crianças foram entregues ao Conselho Tutelar
Três crianças, de 4, 9 e 13 anos de idade, foram encontradas pela Polícia Militar sozinhas, sem comida e em um imóvel em condições precárias no bairro Porto Novo, em Cariacica. A mãe das crianças, que tem 37 anos, acabou presa por abandono de incapaz.
O flagrante aconteceu na tarde dessa quarta-feira (18), após a PM ser acionada para averiguar um possível caso de abandono de incapaz.
Quando os policiais chegaram ao endereço, a pessoa que fez a denúncia informou que a mãe e o padrasto das crianças costumam deixar os menores em casa o dia todo sem nem mesmo ter o que comer.
Na residência, os PMs encontraram os três irmãos sozinhos e sem nenhum tipo de alimento. A comida que tinha estava estragada e até com bicho. Além disso, a casa também não tinha móveis, apenas dois colchões. O Conselho Tutelar foi acionado e esteve no local.
Durante o atendimento da ocorrência, a mãe das crianças chegou e alegou que sai de casa para trabalhar.
“Eles estavam sozinhos em casa, sem nenhuma alimentação, sem mobília. Quando a mãe apareceu, ela disse que deixa comida para eles, mas não encontramos nada. As crianças disseram que esses fatos acontecem há meses. Eles disseram que quando comem só têm biscoito e água, e só comem arroz, feijão e carne na escola”, relatou o conselheiro tutelar de Cariacica, Marcos Paulo.
Foto: Divulgação
Diante do flagrante de abandono, os três menores ficaram sob responsabilidade do Conselho Tutelar, e a mulher foi conduzida à 4ª Regional de Cariacica pelos policiais.
Denúncia de abuso sexual
Na delegacia, o conselheiro tutelar ouviu do adolescente de 13 anos, que ele já foi abusado pelo padrasto. O homem, no entanto, ainda não foi localizado.
“O adolescente nos chamou para conversar em um local reservado e informou sobre o suposto abuso sofrido pelo companheiro da mãe. Ele disse que a mãe tinha ciência, mas que a polícia não foi chamada. A mãe confirmou que não havia chamado a polícia e em certo momento até preferiu ficar calada. O menor foi encaminhado para exames”, informou o conselheiro tutelar.
Em nota, a Polícia Civil informou que a mãe foi autuada por abandono de incapaz. Como não pagou a fiança estipulada pelo delegado, ela foi encaminhada ao Centro Prisional Feminino de Cariacica. O companheiro dela não foi localizado.
O caso seguirá sob investigação da Delegacia de Proteção à Criança ao Adolescente (DPCA). Por envolver menor de idade, o procedimento tramita sob sigilo, conforme previsto em lei.