O sistema penitenciário do Espírito Santo está prestes a se tornar um modelo de referência para a assistência religiosa ofertada nos presídios federais de todo o País. No mês de março, representantes da Secretaria da Justiça (Sejus), que integram o Grupo de Trabalho Interconfessional do Sistema Penal (Ginter), estiveram em Brasília a convite da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). A proposta é implementar o modelo inovador de ressocialização pela fé, utilizando rádios internas para a promoção da assistência religiosa.
No Espírito Santo, 2.230 voluntários promovem atendimento religioso às pessoas privadas de liberdade, com grupos compostos por instituições evangélicas, católicas e espíritas. O atendimento é realizado de forma presencial, nas galerias, e também com a veiculação religiosa e musical pelas rádios internas implantadas nas unidades prisionais.
“O modelo de assistência religiosa desenvolvido no Espírito Santo se destaca pela abordagem inclusiva e diversificada, permitindo que diferentes crenças e tradições religiosas sejam respeitadas e atendidas. Com a participação de líderes religiosos de várias denominações, o programa oferece apoio espiritual, aconselhamento e atividades que promovem a reflexão e a fé. Por esse motivo, a assistência religiosa tem um importante papel na ressocialização das pessoas privadas de liberdade. Esse atendimento ganhou ainda mais força com a implantação das rádios internas nas unidades prisionais do Estado, pois atinge todo o ambiente prisional com a mesma mensagem”, destacou a coordenadora do Ginter, Maria Jovelina Debona.
De acordo com a coordenadora-geral de Assistência nas Penitenciárias, Zildimeiry Cristine Vieira Pedrosa, que atua na área vinculada à Diretoria do Sistema Penitenciário Federal, o objetivo é construir um modelo de assistência religiosa voltado às penitenciárias federais do País, tomando como referência a experiência bem-sucedida do Estado do Espírito Santo. “No entanto, serão necessárias adaptações, considerando os protocolos de segurança mais rigorosos que regem o sistema penitenciário federal, bem como sua finalidade específica: o isolamento de lideranças criminosas de alta periculosidade em âmbito nacional”, explicou.
As rádios internas devem ampliar o acesso à assistência religiosa nos presídios federais. “A utilização de rádios internas para ampliar o acesso à assistência religiosa é um dos principais objetivos do nosso projeto. Considerando que as penitenciárias federais estão localizadas em áreas afastadas dos centros urbanos, o que dificulta o acesso de voluntários e limita a diversidade da assistência socioespiritual, a implementação desse recurso trará benefícios significativos. Além de facilitar a disseminação de conteúdos religiosos e reflexivos, a rádio contribuirá para a criação de um ambiente mais acolhedor e respeitoso, beneficiando tanto os custodiados quanto os servidores que convivem nesse espaço”, enfatizou Zildimeiry Cristine Vieira Pedrosa.
Ela acrescenta: “O diferencial da assistência religiosa oferecida no sistema prisional do Espírito Santo está na forma organizada com que é conduzida, destacando-se pela atuação do Grupo Interconfessional (Ginter), que realiza um trabalho de excelência. Essa atuação cumpre os objetivos estabelecidos pela Lei de Execução Penal, promovendo, sobretudo, o respeito à diversidade religiosa.”
Com uma programação voltada para a massa carcerária, as rádios internas auxiliam na gestão das penitenciárias do Espírito Santo com assuntos sobre educação, rotina interna, saúde, religiosidade, entretenimento e música. O objetivo é transmitir mensagens importantes sobre o dia a dia da unidade, compartilhar programas educacionais, promover reflexões sobre cidadania e convivência e fortalecer vínculos afetivos das famílias com a pessoa presa.
Toda programação é coordenada pela unidade prisional. Internos também são selecionados para trabalhar como locutores e mesa de som. Atualmente, são nove estúdios montados, mas a meta é que todas as 37 unidades prisionais do Estado passem a contar com rádios internas ainda este ano.
Assistência Religiosa
Para participar da oferta de assistência religiosa no sistema prisional capixaba, basta entrar em contato com a Secretaria da Justiça (Sejus), por meio do Grupo de Trabalho Interconfessional do Sistema Prisional (Ginter), no telefone (27) 3636-5832 ou pelo endereço de e-mail: [email protected]
O Ginter é composto por assessores teológicos que contribuem de forma voluntária com a Sejus para a assistência religiosa no sistema prisional. Além de qualificar os voluntários que atuam nas unidades prisionais, o grupo também se dedica à ampliação da assistência espiritual oferecida nos presídios.
Vítima estava em ponto de ônibus na madrugada de quarta-feira (21), quando foi alvo de assalto e teve a bolsa roubada
Uma aposentada teve R$ 12 mil roubados enquanto aguardava o ônibus em um ponto no bairro Vale dos Reis, em Cariacica, na madrugada desta quarta-feira (21). O valor, fruto de um empréstimo e destinado ao pagamento de dívidas, estava dentro da bolsa da vítima.
Horas após o crime, a quantia foi recuperada pela Polícia Militar, que contou com a colaboração de um morador que presenciou os suspeitos derrubarem a bolsa roubada durante a fuga, no bairro Jardim América.
De acordo com o relato da vítima, o crime aconteceu por volta das 5h, quando ela estava esperando um ônibus no ponto para ir ao trabalho.
A aposentada contou que estava com o valor na bolsa porque faria o pagamento de dívidas ainda na manhã do mesmo dia.
Dois homens em motos se aproximaram, armados, e anunciaram o assalto. Além da bolsa com dinheiro, pertences de outras pessoas que estavam no local também foram levados.
Vieram, pegaram a arma e apontaram para minha cintura. Um puxou a bolsa e o outro apalpou a cintura para ver se eu estava com celular. Eu falei: ‘Não, está tudo aí’ e mandei levar, relatou a vítima.
Já em Jardim América, bairro vizinho, durante a fuga, os criminosos deixaram a bolsa cair. Um morador percebeu o objeto sendo deixado por um dos suspeitos em uma moto e decidiu recolhê-la.
Ao se deparar com uma viatura da PM, entregou a bolsa roubada e informou o que havia presenciado.
O material, contendo todo o valor em dinheiro, foi levado até a Delegacia Regional de Cariacica, onde a vítima foi localizada e teve os pertences devolvidos.
“Acharam minha bolsa em Jardim América. O rapaz passou de moto, viu a bolsa caída no chão e pegou. A viatura passou na hora e ele entregou. Minha filha me ligou falando que minha bolsa estava no DPJ de Jardim América. Graças a Deus, eu recuperei tudo”, disse a aposentada.
A Polícia Civil reforçou a importância de registrar um boletim de ocorrência, em uma delegacia ou através da Delegacia Online, em casos em que não há detidos em flagrante, como este, para que sejam investigados.
Segundo as investigações, Jhonatan Silva foi morto com aproximadamente 20 tiros após enviar uma foto íntima para adolescente
Marcel Silva Rodrigues, de 41 anos, foi preso na última sexta-feira (16), cerca de um ano e meio após ser apontado como suspeito de matar Jhonatan Carlos dos Santos Silva, de 25 anos, crime ocorrido em 18 de dezembro de 2023, no bairro Ataíde, em Vila Velha.
Segundo as investigações, Jhonatan foi morto com aproximadamente 20 tiros. A motivação do crime, de acordo com a polícia, seria o envio de uma foto íntima da vítima para a filha do investigado, que era menor de idade na época do homicídio.
Segundo as investigações, a vítima e a filha do suspeito mantinham um relacionamento na época do crime.
Para a Polícia Civil, Marcel cometeu o crime com a ajuda de um homem, ainda não identificado, que foi quem efetuou os disparos.
Após foto íntima, Jhonatan foi agredido e executado
Os dois foram até o local do crime juntos, em uma distribuidora no bairro Ataíde, onde o crime ocorreu. A vítima morava no andar de cima do estabelecimento e desceu para conversar com os dois homens.
Segundo o adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, delegado Cleudes Junior, Jonathan foi agredido antes de ser morto.
Eles foram ao local, em frente a uma distribuidora, chamaram a vítima e assim que ela desceu, passou a ser agredida pelo Marcel, com socos e chutes, e o comparsa, neste momento, efetuou os disparos que ceifaram a vida da vítima.
Marcel buscou autor dos disparos em Terra Vermelha
Segundo as investigações, Marcel teria buscado o autor dos disparos em Terra Vermelha, de carro, e os dois foram juntos até o local do crime.
Após o crime, eles se dirigiram à casa da ex-mulher de Marcel, no bairro Divino Espírito Santo, que ajudou os suspeitos a fugir. Marcel foi levado ao Terminal de Itaparica, e logo depois, fugiu para o Rio de Janeiro.
Suspeito era monitorado
Marcel continuou foragido durante todo o período em que esteve no Rio de Janeiro. O suspeito ainda era monitorado durante o período e a investigação apontou que ele teria voltado ao Espírito Santo.
O suspeito estava na casa da ex-mulher, em Divino Espírito Santo, por conta disso, a polícia montou um cerco em torno do local.
O local, que era um prédio de quitinetes, passava por uma obra. Ao ver os policiais, Marcel tentou trocar de camisa e se misturar aos funcionários da obra, mas foi preso.
“Ele esperou passar um tempo e recebemos a informação de que ele tinha voltado para a casa da mãe da menina. Na sexta-feira fomos até lá e o Marcel foi preso. Lá estava ocorrendo uma obra, ele trocou de camisa e tentou se misturar com os funcionários, mas acabou preso”, relatou o delegado.
Autor e vítima têm passagem por tráfico
Ao ser preso, Marcel foi levado para prestar depoimento na delegacia. Ele permaneceu em silêncio e não disse quem era o comparsa.
Veja o vídeo:
Segundo o delegado, o suspeito tinha passagem por tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Já Jhonatan também tinha passagem, no Espírito Santo, pelo mesmo crime.
A polícia agora pede ajuda à população por informações sobre o autor dos disparos, que podem ser passadas de forma sigilosa pelo 181. A arma utilizada no crime, uma pistola 9 milímetros, também não foi encontrada.