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Política e Governo

Audifax está entre PP e PL e deve disputar a Prefeitura da Serra no ano que vem

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Dificilmente o ex-prefeito Audifax Barcelos (sem partido) ficará de fora das eleições no ano que vem. Ex-candidato ao governo no ano passado e sem partido desde o segundo turno da eleição para governador, Audifax tem feito movimentos que indicam que ele está se preparando para disputar e tentar voltar, pela quarta vez, ao comando da Prefeitura da Serra.

Audifax tem rodado o município e se reunido com moradores, lideranças da cidade e dirigentes partidários. Tem feito postagens em redes sociais provocativas, mirando o atual prefeito Sergio Vidigal (PDT) – como a que ele questiona qual o legado que a atual administração está deixando para a cidade. Mas o ex-prefeito também tem se articulado politicamente para recuperar o espaço que perdeu em outubro passado.

Audifax ficou em 4º lugar na disputa pelo Palácio Anchieta, conquistando 135.512 (6,51%) votos. Na Serra, que é o maior colégio eleitoral do Estado, o ex-prefeito teve um desempenho aquém do esperado, ficando em terceiro lugar com 50.458 (20,46%) votos, bem atrás de Casagrande, que conquistou 106.854 (43,32%) votos, e de Manato, com 79.202 (32,11%) votos.

O resultado ruim, no município que comandou por três vezes, fez com que Audifax saísse menor da eleição e mergulhasse logo após o 2º turno. Ele chegou à conclusão que errou em algumas estratégias, como a de ter priorizado o interior do Estado em detrimento ao seu reduto durante a campanha. Algo que, agora, ele quer recuperar.

Aliados do ex-prefeito afirmam que ele está num período de “construir e reconstruir” – construir uma candidatura e reconstruir o capital político perdido no município. E, para isso, precisa se reposicionar ideologicamente.

Ao se desfiliar da Rede quatro dias após a eleição do 1º turno e apoiar o então candidato bolsonarista Carlos Manato (PL), Audifax deu uma guinada em seu posicionamento ideológico e político. Toda sua trajetória política foi construída em partidos de esquerda, como PT, PDT, PSB e Rede. Mas, agora, o ex-prefeito quer se abrigar num partido do campo oposto.

Ele teria recebido convite para entrar em seis legendas – uma até teria convidado Audifax para se filiar e ser candidato a prefeito de Vitória. Mas a coluna apurou que ele está mesmo entre duas siglas: o PP e o PL. E deve decidir ainda neste ano em qual se filiará.

PP E A BASE DO GOVERNO

O presidente do PP na Serra, Oziel Andrade, confirmou que o convite de filiação foi feito ao ex-prefeito, mas que ainda não tinha uma resposta da parte dele. “Audifax ainda não decidiu. Vamos aguardar”.

O PP é um partido de direita e que, no campo nacional, foi base do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Porém, no Estado, o PP faz parte da base aliada do governador Renato Casagrande (PSB) e o apoiou à reeleição.

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Embora as eleições municipais não sigam muito os arranjos nacionais e estaduais, houve um rompimento que deixou feridas entre Audifax e Casagrande durante a campanha. Por já ter sido do partido do governador, muitos se surpreenderam da forma negativa com que a relação entre os dois escalou. Para os aliados do governo, Audifax teria sido a maior decepção, entre todos os outros candidatos.

Por isso, não se sabe ainda como o governo irá reagir caso o PP abrigue Audifax. Ainda mais se o atual prefeito, Sergio Vidigal (PDT), que é aliado de primeira hora do governador, decidir disputar a reeleição – embora ele já tenha dito que não será candidato.

Pode ser tomada como exemplo, a forma como o governador reagiu ao perceber a aproximação entre o PP e o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos). Em entrevista , Casagrande disse que o PP, após ter mudado seu comando estadual, tinha se afastado do diálogo com o governo e que a relação com o partido estava fria.

O deputado federal Da Vitória, que é o novo presidente estadual da legenda, negou, mas é visível que ele tem uma postura muito mais independente e autônoma com relação ao Palácio Anchieta do que o secretário de Desenvolvimento Urbano, Marcus Vicente (PP), tinha no comando do partido.

Sob o comando de Da Vitória, o PP tem costurado algumas articulações com o PL e com o Republicanos visando as eleições do ano que vem e de 2026. Tanto Da Vitória quanto o deputado federal Evair de Melo (PP), que faz oposição aberta a Casagrande, já admitiram que podem disputar o governo do Estado.

Portanto, uma eventual entrada de Audifax no partido, pode significar uma antecipação de um afastamento da sigla do governo de Casagrande.

PL E O COMANDO DE MAGNO MALTA

O outro partido cotado para abrigar Audifax Barcelos é o PL, sigla de Bolsonaro, que abriga políticos de direita que no Estado é comandada pelo senador Magno Malta, desde sempre.

Audifax não tem um perfil partidário. Não é da essência dele, por exemplo, rezar a cartilha do partido. Mas, nesse espectro político, ele herdaria não só os votos de parte da direita – que ele parece se identificar – como também os votos de um eleitor mais radical e extremista. Estaria, Audifax, disposto a representar esse eleitorado?

Por outro lado, ele fincaria os pés numa oposição bem definida com relação ao governo Casagrande, o que lhe poderia render frutos também. Nada garante que o fenômeno irá se repetir, mas o que se viu na última eleição é que os candidatos dos partidos que ocuparam os postos na polarização tiveram uma votação melhor, por exemplo, do que os candidatos de centro, de centro-esquerda e de centro-direita.

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Outra questão importante a ser avaliada numa eventual filiação ao PL é o comando de Magno Malta, que é tido como o “dono” do PL capixaba. Quem conhece politicamente Magno e Audifax não leva fé que os dois possam caminhar juntos por muito tempo. Aliás, há quem diga que eles poderiam personificar o ditado popular que diz que “dois bicudos não se beijam”.

À frente da Rede, Audifax tinha o partido nas mãos. Era a principal liderança da legenda no Estado, tinha voz de comando e exercia até uma certa influência nacionalmente. Por causa de Audifax, o Espírito Santo, na campanha a governador do ano passado, foi um dos únicos estados liberados pela Rede para ficar neutro, no 1º turno, com relação à eleição presidencial – ainda que a Rede tenha coligado com o PT.

Dificilmente Audifax conquistará o mesmo prestígio que teve na Rede estando no PL. Só a título de comparação, em entrevista para a coluna De Olho no Poder, durante a campanha passada, Magno foi questionado se dividiria os recursos do PL com seu correligionário, Manato, que disputava o governo. Ele disse que não. “Manato é rico”, justificou. Depois, o PL nacional assumiu parte da dívida, mas Manato ainda paga despesas da campanha.

Não custa lembrar que uma eleição majoritária custa muito dinheiro e sem um partido que banque uma estrutura para a disputa, é praticamente impossível ter uma candidatura competitiva. Fora que, Magno é famoso, no mercado político, por ser um dos poucos políticos que consegue transferir votos para quem apoia, mas também é conhecido por cobrar uma fatura alta depois da eleição.

INCENTIVO A OUTROS CANDIDATOS

Audifax tem dito a aliados que não têm a obrigação de ser candidato a prefeito, mas que se for quer ter os dois partidos (PL e PP) juntos, com ele. Um sendo cabeça e o outro, pescoço, indicando o vice.

Ele tem se reunido com outros possíveis candidatos a prefeito da Serra e estaria incentivando mais nomes a disputar também. Para quem não está no poder, quanto mais candidaturas majoritárias melhor, porque é uma forma de forçar um segundo turno.

Uma coisa é certa: mesmo que Audifax não dispute no ano que vem, ele não vai deixar a política e deve se apresentar, novamente, na eleição de 2026. Seja como candidato a governador ou a uma cadeira no Congresso. Tudo vai depender de como a Serra vai responder a esse processo de “reconstrução” que ele está se dispondo a fazer.

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Política e Governo

Sérgio Vidigal abre o jogo sobre a eleição para governador

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Ex-prefeito da Serra apoia Ricardo Ferraço, mas, se este não for candidato, até topa disputar o Palácio Anchieta, mediante duas condições

Sérgio Vidigal (PDT) apoia o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB) para o Governo do Estado em 2026. Ponto. Trata o vice-governador como o “timoneiro” do projeto. Se Ricardo desistir de ser candidato ou se porventura a candidatura dele não vingar, o ex-prefeito da Serra até topa disputar o Palácio Anchieta, mediante duas condições: se essa for a vontade de Renato Casagrande (PSB) e se ele for o candidato de todo o grupo liderado pelo governador.

“Fui para o governo para defender o projeto e o legado do Renato, que tem hoje o Ricardo como timoneiro para tocar… Se por algum motivo Ricardo não quiser e se essa convocação [do governador] vier para mim, só topo se eu for o candidato de todo o grupo”, afirma Vidigal.

Secretário estadual de Desenvolvimento desde o último dia 12, no lugar de Ricardo Ferraço, o ex-prefeito explica: “Não dá para disputar um negócio desses dividido. Não tenho interesse de ordem pessoal. Já me sinto contemplado pelos mandatos que tive. Não estava nos meus planos ir para o governo. Mas Ricardo e Renato se sentaram comigo. Me disseram que era importante para o projeto. Espero fazer um trabalho à altura do Ricardo”.

Conforme já está mais que explicitado, o Palácio Anchieta, hoje, aposta todas as fichas na pré-candidatura de Ricardo Ferraço. Ele mesmo, o governador e toda a máquina governamental já estão trabalhando fortemente no projeto de viabilização do vice-governador.

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A própria saída de Ricardo da Secretaria de Desenvolvimento é parte dessa estratégia. Liberado dos deveres de secretário, o vice-governador está mais livre para circular com Casagrande, participar dos mais diversos eventos do governo, fazer política partidária (ele é o presidente estadual do MDB), ampliar sua visibilidade, aparecer mais para a população.

Ao mesmo tempo, Vidigal tem sido mantido no aquecimento, de prontidão para assumir a candidatura em caso de necessidade, atendendo a eventual convocação do “Professor Casagrande” – como ele mesmo disse acima.

A escalação do ex-prefeito da Serra para a Secretaria de Desenvolvimento também atende a esse planejamento tendo em vista o pleito de 2026.

Colocar Vidigal à frente da Sedes não só deu a Ricardo e Casagrande a segurança de que o primeiro poderia deixar a pasta sem sobressaltos nem queda de qualidade. É, acima de tudo, uma maneira de “trazer” Vidigal e o PDT ainda mais para dentro do projeto político deles, como sócio do atual governo, e de manter o ex-prefeito numa boa vitrine política, em vez de mais de um ano sem cargo público. Essa exposição é muito importante no caso de ele precisar entrar em campo na próxima eleição estadual.

Todo o grupo”: dificuldade

Quando Vidigal diz “só topo se eu for o candidato de todo o grupo”, ele está falando de muita gente. “Todo o grupo” de Casagrande inclui cerca de dez partidos grandes, da esquerda à direita: PSB, PT, PDT, MDB, PSDB/Cidadania, União Brasil, Podemos, PP… Todos estão no governo dele. Sem falar em siglas menores…

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Ninguém pode subestimar a densidade eleitoral do homem que governou a Serra por quatro mandatos e que praticamente emendou um mandato eletivo no outro desde os anos 1980. Mas, pensando em uma hipotética candidatura a governador, ele pode enfrentar problemas de ordem política e partidária justamente para conseguir ser “o candidato de todo o grupo”.

Muitos dos partidos importantes e dos aliados que estão nesse grupo se reconhecem como direita, ou centro-direita. Vidigal é o líder máximo, no Espírito Santo, do PDT, partido de esquerda. Partidos como o Podemos (de Gilson Daniel), o PP (de Josias da Vitória) e o União Brasil (de Euclério Sampaio, Marcelo Santos e Felipe Rigoni) podem ter mais dificuldade em seguir com ele do que teriam, por exemplo, em apoiar Ricardo Ferraço (muito mais na centro-direita).

A princípio, a preservação dessa unidade em torno de uma candidatura governista tende a ser mais fácil se Ricardo for o candidato. Gilson Daniel já verbalizou isso. O próprio Ricardo, não por acaso, tão logo colocou seu bloco na rua (em entrevista a este espaço), tratou de acenar para todos esses partidos e respectivos líderes (Vidigal incluído), frisando a importância de se manter “a unidade de forças que tantos resultados tem gerado para o Espírito Santo nos últimos anos”.

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Governo do Estado empossa nova Diretoria do Contures

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Secretária de Turismo de Jaguaré está entre os membros eleitos para a nova Diretoria do Conselho Estadual de Turismo, em anúncio feito pelo Governo do Estado; nomeação reforça o compromisso com o desenvolvimento e fortalecimento do turismo em Jaguaré e na região do Verde e das Águas

O governador Renato Casagrande deu posse nesta segunda-feira, 17, ao novo secretário estadual de Turismo, Vítor Coelho. Na ocasião, o governador também empossou a nova Diretoria do Conselho Estadual de Turismo do Espírito Santo – Contures. Os novos membros foram empossados em evento realizado no Salão São Thiago, no Palácio Anchieta.

O mandato da composição que tomou posse nesta segunda tem como presidente o empresário Valdeir Nunes, presidente do Montanhas Capixabas Convention & Visitors Bureau, que foi eleito em chapa única para um mandato de dois anos à frente do Contures. Jaguaré está representado pela secretária municipal de Turismo, Vera Backer. Cimá Guizani, de Linhares, é o representante da Região Turística do Verde e das Águas.

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Turismo como gerador de emprego e renda

Junto às equipes de todos os municípios, eles têm compromisso em trabalhar intensamente para fortalecer a visibilidade da região, promovendo seu potencial turístico em todo o país. Vera Backer enfatiza a importância do turismo para o município. “O Turismo é uma nova matriz econômica que pode gerar emprego e renda para os jaguarenses. Estamos trabalhando para desenvolver nosso potencial turístico oferecendo condições, em forma de orientação e preparação para os empreendedores do município que queiram trabalhar com projetos turísticos”, destacou Vera Backer.

A Secretaria Municipal de Turismo de Jaguaré tem feito trabalho de levantamento dos pontos turísticos do município para estabelecimento de rotas turísticas. Após esse procedimento, políticas públicas serão implementadas para o fortalecimento da cadeia turística, que envolve comércio de alimentos e bebidas, rede hoteleira, agroturismo e agroecologia, entre outros.

Região Verdes e das Águas

A região é composta pelos municípios de Aracruz, Conceição da Barra, Jaguaré, Linhares, Rio Bananal, São Mateus e Sooretama. Na última Feira dos Municípios a região levou para casa o prêmio de 50 mil reais para fomento da região turística, pelo destaque na sintonia, união, conectividade, interatividade e equipamentos e potenciais turísticos de cada município.

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