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Medicina e Saúde

“Bariátrica não é solução para obesidade”, alerta endocrinologista

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A endocrinologista Mariana Guerra pediu ao SUS que distribua medicamentos para controlar o peso e reduzir a necessidade de cirurgias bariátricas

obesidade é um problema crescente que afeta muitas pessoas no mundo todo, e no Brasil, a situação é particularmente alarmante, gerando crescente preocupação entre especialistas em saúde.

A maioria da população brasileira está acima do peso, e muitos enfrentam obesidade mórbida, que apresenta riscos significativos à saúde. Embora haja muitos esforços para combater a obesidade, a cirurgia bariátrica tem se tornado uma alternativa cada vez mais comum. Seus resultados são notáveis, mas será que a bariátrica é realmente a única solução para enfrentar a obesidade?

A endocrinologista Mariana Guerra, delegada da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), alertou: “Pensando em obesidade enquanto doença crônica, só fazer a cirurgia bariátrica não é a solução. Existe um alto índice de reganho de peso no processo pós-operatório. É um paciente que precisa de atenção por toda a sua vida.”

Mariana participou da audiência pública Protocolo de Obesidade existente no Estado do Espírito Santo, realizada na quarta-feira (14) pela Frente Parlamentar de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Diabetes da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado Fabrício Gandini (PSD).

A preocupação é evidenciada pelos dados: mais de 1 bilhão de pessoas no mundo têm obesidade, com quase 25% da população brasileira afetada e mais de 60% com sobrepeso. No Espírito Santo, 70% dos adultos estão acima do peso, e 37% têm obesidade, de acordo com a pesquisa do Ministério da Saúde.

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A audiência discutiu a necessidade de melhorar o tratamento da obesidade pelo SUS, que atualmente oferece apenas a cirurgia bariátrica, com uma fila de espera de mais de 7 mil pacientes até o ano passado. Mariana criticou a abordagem, destacando que a cirurgia é um custo elevado e que medidas preventivas e tratamentos mais acessíveis deveriam ser priorizados.

QUANDO É INDICADO A BARI´ÁTRICA

A cirurgia é indicada para pacientes com IMC acima de 40 ou 35 com comorbidades. A obesidade está ligada a diversas complicações, como diabetes tipo 2 e insuficiência cardíaca, e a 14 tipos de câncer. 

Durante a audiência, especialistas enfatizaram a necessidade de aumentar a conscientização sobre a gravidade da obesidade e implementar políticas públicas que abrangem desde prevenção até programas de reeducação alimentar.

É importante destacar que para ajudar na decisão de fazer uma cirurgia, seja ela qual for, é muito importante não só o acompanhamento profissional nutricional, mas também um profissional que o acompanhe para os devidos cuidados em relação a saúde mental. 

BARIÁTRICA É A UNICA SOLUÇÃO?

Embora a cirurgia ofereça resultados significativos na perda de peso e na melhoria de condições associadas à obesidade, como diabetes e hipertensão, existem outras estratégias importantes para o manejo da obesidade:

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Mudanças de hábitos: uma dieta balanceada e a prática regular de exercícios são fundamentais para a perda de peso sustentável e a melhoria da saúde geral.

Tratamentos medicamentosos: medicamentos podem ajudar a controlar o apetite e melhorar o metabolismo, sendo uma opção complementar às mudanças de estilo de vida.

Programas de reeducação alimentar: focam na educação sobre alimentação saudável e no desenvolvimento de hábitos alimentares adequados, ajudando na gestão a longo prazo da obesidade.

Apoio psicológico: terapia e suporte psicológico auxiliam no manejo de questões emocionais e comportamentais associadas à obesidade.

Intervenções não-cirúrgicas: técnicas minimamente invasivas e terapias alternativas podem oferecer benefícios em casos específicos e complementam outras abordagens.

Tratamento personalizado: a escolha do tratamento deve ser adaptada às necessidades individuais, considerando a gravidade da obesidade e a saúde geral do paciente.

ALERTA

Após a cirurgia bariátrica, é crucial seguir uma dieta específica para garantir uma recuperação saudável e evitar complicações. Consulte sempre um nutricionista e um médico para adaptar a dieta às suas necessidades individuais e para monitorar a ingestão de nutrientes essenciais. Não ignore as orientações médicas e ajuste a dieta conforme necessário para obter os melhores resultados e manter a saúde a longo prazo.

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Vila Velha passa a ofertar teleconsultas com médicos especialistas

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Vila Velha dá mais um passo importante para melhorar o serviço de saúde para os moradores. A Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com o Governo do Estado, passa a ofertar teleconsultas com especialistas. A iniciativa vai facilitar o acesso à Atenção Especializada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e diminuir o tempo de espera para consultas.
 
As teleconsultas serão agendadas pelo Governo do Estado e os munícipes deverão se dirigir até o Centro de Atendimento Médico Especializado (Cemas) na data e horário agendado. As salas foram adaptadas para receber esses usuários, que contarão com o acompanhamento de um profissional de enfermagem durante a consulta virtual.
 
“Há uma demanda reprimida por consultas em especialidades médicas e, a implementação das teleconsultas vai beneficiar a população, já que vai garantir o seu acesso aos serviços médicos, reduzindo filas e tempos de espera”, explica a secretária de Saúde da Prefeitura de Vila Velha, Cátia Lisboa.
 
As 12 especialidades médicas ofertadas são: angiologia adulto; cardiologia adulto e pediátrica; dermatologia adulto; gastroenterologia adulto; neurologia adulto; ortopedia adulto e pediátrico; otorrinolaringologia adulto e pediátrica; psiquiatria adulto; e urologia adulto.

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Volta às aulas: pais devem ficar atentos aos sintomas de virose

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Aumento da interação social, mudanças de temperatura e convivência em ambientes fechados com volta às aulas favorecem disseminação de vírus

Com a volta às aulas neste começo de fevereiro, os pais devem ficar atentos aos possíveis sintomas de virose que os filhos podem apresentar. Elas se espalham rapidamente em ambientes coletivos, por isso a atenção à saúde das crianças deve ser redobrada.

Para a prevenção das doenças, os pais devem estar atentos aos sinais. Alguns dos sintomas de viroses mais comuns incluem febre, dor de garganta, coriza, tosse, diarreia, náuseas e vômitos.

A atenção deve ser redobrada com o aumento da interação social, as mudanças de temperatura e a convivência em ambientes fechados, fatores que favorecem a disseminação de vírus.

A médica infectologista da Unimed Vitória, Ana Carolina D’Ettorres, alerta que a volta às aulas pode afetar a saúde das crianças. Além do maior contato dos estudantes em ambientes fechados, as crianças menores ainda têm um sistema imunológico em desenvolvimento.

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“A volta às aulas representa um aumento no número de contatos entre os estudantes, criando um ambiente propício para a transmissão de vírus respiratórios, como o da gripe, resfriados, incluindo o vírus da Covid-19, e os causadores de gastroenterites”, orienta a médica.

Segundo a médica, o compartilhamento de materiais escolares, como lápis, canetas e até brinquedos, também facilitam a transmissão de vírus.

Sintomas de viroses para ficar de olho

Os sintomas são sinais importantes para os pais ficarem atentos. Segundo a médica Ana Carolina, a postura da criança é outro sinal a se investigar. Caso ela esteja demonstrando falta de energia, pode ser um indicativo de virose.

“É possível observar uma postura mais ‘prostrada’ nas crianças, como cansaço e desânimo para realizar atividades que antes eram prazerosas, como correr e brincar, além de uma possível falta de apetite”, descreve a infectologista.

Os sintomas mais comuns de uma virose são:

  • febre;
  • dor de garganta;
  • coriza;
  • tosse;
  • diarreia;
  • náuseas;
  • vômitos.

Vacinação em dia e bons hábitos de higiene

A pediatra da Unimed Vitória, Iria Giacomin, orienta que manter bons hábitos de higiene e manter a caderneta de vacinação das crianças em dia é a principal forma de prevenção. Lavar as mãos com água e sabão, especialmente antes das refeições e após o uso do banheiro, é essencial.

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“Vacinas contra o sarampo, gripe, hepatite, entre outras, são fundamentais para a proteção da saúde coletiva. Além disso, pais, alunos e escolas, precisam trabalhar em conjunto, a fim de manter a boa higienização das crianças e dos materiais escolares utilizados por eles”, aponta a médica.

Tratamento inclui repouso e hidratação

Iria Giacomin afirma que muitas viroses podem ser tratadas em casa, com repouso e hidratação. Mas, segundo ela, é fundamental estar atento aos sinais que indicam complicações.

“Caso a criança apresente dificuldade para respirar, febre muito alta que não cede com medicamentos, dor abdominal intensa, ou uma piora no quadro, é necessário buscar orientação médica”, indica a pediátra.

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