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Medicina e Saúde

Bebê nasce com tumor raro de 795g na face, “segundo caso no Brasil”, diz mãe

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Braian nasceu com 2,8 kg, mas o tumor, sozinho, pesava 795 gramas. A remoção foi feita nas primeiras semanas de vida e, hoje, aos 11 meses, o pequeno, já está aprendendo a engantinhar. “Nosso bebê milagre”, diz a mãe, Marciliana, de Curitiba, no Paraná. O diagnóstico do tumor epignathus, que é extremamente raro, foi feito ainda na gravidez

“Braian foi o segundo caso no Brasil de uma pessoa com esse tumor na face”, diz Marciliana Demjenski de Oliveira, 33 anos, de Curitiba, no Paraná. Ela, que sempre atuou na área comercial, precisou se afastar do trabalho para se tornar cuidadora do filho 24 horas por dia. O menino foi diagnosticado com um tumor extremamente raro ainda na gravidez. “já na primeira morfológica, nosso mundo desabou. Foi quando os médicos suspeitaram do tumor. Senti um aperto no coração, morria de medo que o tumor causasse dor nele”, lembra.

A gravidez foi de alto risco e o parto foi acompanhado por cerca de cinquenta profissionais de saúde. Braian nasceu e foi direto para a UTI. “Da barriga até chegar na UTI, foram quatro paradas cardiorrespiratórias”, conta. Mas o pequeno surpreendeu até os médicos ao reagir e prosperar. Hoje, após a retirada do tumor e com quase onze meses, ele já está começando a engantinhar e é um bebê bastante ativo, apesar da traqueostomia e da grastrostomia. “Ele não tem sequelas neurológicas. Como? Os médicos não sabem explicar”, diz. “Nosso bebê milagre”, completou ela, que também é mãe de Beatryz, 13 anos.

E além das terapias e acompanhamentos médicos, ele ainda deve passar por cirurgias de reconstrução facial. A família criou um perfil nas redes sociais (@braiandemjenskipereira) para compartilhar a história de Braian e arrecadar doações para o tratamento. Mas nem sempre o que recebem é ajuda ou apoio. “Por causa da aparência, já passamos por situações preconceituosas tanto em casa quanto na rua e, claro, na internet. Mas nós sempre seremos o escudo do nosso filho”, garante. Confira, a seguir, o depoimento da mãe à CRESCER.

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“Descobri que estava grávida de Braian depois de dois anos de tentativas, incluindo um aborto espontâneo com 8 semanas de gestação. Então, quando o teste deu positivo, foi um misto de emoções — estava muito feliz por ter conseguido, porém, com muito medo de perder novamente meu bebê. E com 18 semanas, já na primeira morfológica, nosso mundo desabou. Foi quando os médicos suspeitaram do tumor. Senti um aperto no coração, morria de medo que ele sentisse dor na minha barriga, que o tumor causasse dor nele. Ali, teve início uma rotina intensa de exames semanais. Até que, nas ecografias seguintes, recebemos a confirmação do diagnóstico — tratava-se do tumor epignathus. Era apenas o segundo caso no Brasil de uma pessoa com esse tumor na face.

Foi uma gravidez de muito repouso, consultas todas às quintas-feiras para acompanhar o crescimento do tumor e, do meio para o fim da gestação, vivemos uma semana de cada vez. Como o tumor obstruiu sua cavidade oral, ele não deglutia o líquido amniótico. Com isso, minha barriga aumentava muito e corria sérios riscos de evoluir para complicações na placenta. Então, a cada quinze dias, eu precisava fazer pulsões para retirar esse líquido — tirava mais de dois litros de líquido.

Diagnóstico veio durante a gravidez — Foto: Arquivo pessoal

Por fim, conseguimos levar a gravidez até 35 semanas. Foi quando os médicos decidiram que era o momento de fazer a cesárea. Na sala de parto, mais de 50 profissionais acompanharam a cirurgia. Recebi anestesia geral, não vi nada, e meu marido não pode acompanhar o nascimento. Braian foi submetido a traqueostomia intrauterina e, do parto até chegar na UTI, o que levou em torno de 1 hora e meia, ele sofreu quatro paradas cardiorrespiratórias. Na última, ele ficou 25 minutos parado. Braian ficou 12 horas recebendo adrenalina em seu coração e com suporte respiratório — já não acreditavam mais que ele voltaria. E se voltasse, poderia ter sequelas gravíssimas.

Braian antes de depois da cirurgia — Foto: Arquivo pessoal

omo eu também fui levada para a UTI devido a complicações, só pude ver meu filho 12 horas após o parto. Foi uma sensação de que Deus tinha nos mantido vivos aqui, um amor sem explicação. Senti que, por ele, eu faria tudo. Além da traqueostomia intrauterina no parto, ele passou a usar sonda para se alimentar e fizeram drenos em seus pulmões logo após o nascimento também. Com duas semanas de vida, ele passou por uma cirurgia para a retirada do tumor. Braian nasceu com 2,880 kg, mas o tumor, sozinho, pesava 795 gramas. Costumo dizer que moramos com ele no Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), de Curitiba, por três meses.

O tumor, após retirado, foi para biópsia. É um teratoma imaturo grau 3. Ele não ficou sequelas neurológicas. Como? Os médicos não sabem explicar. O que os médicos também não souberam explicar foram as pontuações do Apgar quando ele nasceu. No primeiro minuto foi 1. Após cinco minutos, ele apresentou apenas 2. Mesmo depois da cirurgia, ele continua fazendo acompanhamento oncológico e o fará pelo resto da vida, pois existe a possibilidade de o tumor voltar em qualquer parte do corpo. E, além da equipe oncológica, faz acompanhamento com pneumologista, cardiologista, neurologista, pediatra e otorrinolaringologista. E tem também as terapias com fisioterapeuta, fonoaudióloga e terapeuta ocupacional.

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Vila Velha passa a ofertar teleconsultas com médicos especialistas

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Vila Velha dá mais um passo importante para melhorar o serviço de saúde para os moradores. A Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com o Governo do Estado, passa a ofertar teleconsultas com especialistas. A iniciativa vai facilitar o acesso à Atenção Especializada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e diminuir o tempo de espera para consultas.
 
As teleconsultas serão agendadas pelo Governo do Estado e os munícipes deverão se dirigir até o Centro de Atendimento Médico Especializado (Cemas) na data e horário agendado. As salas foram adaptadas para receber esses usuários, que contarão com o acompanhamento de um profissional de enfermagem durante a consulta virtual.
 
“Há uma demanda reprimida por consultas em especialidades médicas e, a implementação das teleconsultas vai beneficiar a população, já que vai garantir o seu acesso aos serviços médicos, reduzindo filas e tempos de espera”, explica a secretária de Saúde da Prefeitura de Vila Velha, Cátia Lisboa.
 
As 12 especialidades médicas ofertadas são: angiologia adulto; cardiologia adulto e pediátrica; dermatologia adulto; gastroenterologia adulto; neurologia adulto; ortopedia adulto e pediátrico; otorrinolaringologia adulto e pediátrica; psiquiatria adulto; e urologia adulto.

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Volta às aulas: pais devem ficar atentos aos sintomas de virose

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Aumento da interação social, mudanças de temperatura e convivência em ambientes fechados com volta às aulas favorecem disseminação de vírus

Com a volta às aulas neste começo de fevereiro, os pais devem ficar atentos aos possíveis sintomas de virose que os filhos podem apresentar. Elas se espalham rapidamente em ambientes coletivos, por isso a atenção à saúde das crianças deve ser redobrada.

Para a prevenção das doenças, os pais devem estar atentos aos sinais. Alguns dos sintomas de viroses mais comuns incluem febre, dor de garganta, coriza, tosse, diarreia, náuseas e vômitos.

A atenção deve ser redobrada com o aumento da interação social, as mudanças de temperatura e a convivência em ambientes fechados, fatores que favorecem a disseminação de vírus.

A médica infectologista da Unimed Vitória, Ana Carolina D’Ettorres, alerta que a volta às aulas pode afetar a saúde das crianças. Além do maior contato dos estudantes em ambientes fechados, as crianças menores ainda têm um sistema imunológico em desenvolvimento.

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“A volta às aulas representa um aumento no número de contatos entre os estudantes, criando um ambiente propício para a transmissão de vírus respiratórios, como o da gripe, resfriados, incluindo o vírus da Covid-19, e os causadores de gastroenterites”, orienta a médica.

Segundo a médica, o compartilhamento de materiais escolares, como lápis, canetas e até brinquedos, também facilitam a transmissão de vírus.

Sintomas de viroses para ficar de olho

Os sintomas são sinais importantes para os pais ficarem atentos. Segundo a médica Ana Carolina, a postura da criança é outro sinal a se investigar. Caso ela esteja demonstrando falta de energia, pode ser um indicativo de virose.

“É possível observar uma postura mais ‘prostrada’ nas crianças, como cansaço e desânimo para realizar atividades que antes eram prazerosas, como correr e brincar, além de uma possível falta de apetite”, descreve a infectologista.

Os sintomas mais comuns de uma virose são:

  • febre;
  • dor de garganta;
  • coriza;
  • tosse;
  • diarreia;
  • náuseas;
  • vômitos.

Vacinação em dia e bons hábitos de higiene

A pediatra da Unimed Vitória, Iria Giacomin, orienta que manter bons hábitos de higiene e manter a caderneta de vacinação das crianças em dia é a principal forma de prevenção. Lavar as mãos com água e sabão, especialmente antes das refeições e após o uso do banheiro, é essencial.

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“Vacinas contra o sarampo, gripe, hepatite, entre outras, são fundamentais para a proteção da saúde coletiva. Além disso, pais, alunos e escolas, precisam trabalhar em conjunto, a fim de manter a boa higienização das crianças e dos materiais escolares utilizados por eles”, aponta a médica.

Tratamento inclui repouso e hidratação

Iria Giacomin afirma que muitas viroses podem ser tratadas em casa, com repouso e hidratação. Mas, segundo ela, é fundamental estar atento aos sinais que indicam complicações.

“Caso a criança apresente dificuldade para respirar, febre muito alta que não cede com medicamentos, dor abdominal intensa, ou uma piora no quadro, é necessário buscar orientação médica”, indica a pediátra.

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