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Medicina e Saúde

Beber por dias seguidos no Carnaval pode acabar em ‘super-ressaca’

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Consumir álcool no dia seguinte à bebedeira mascara os efeitos da ressaca; médicos recomendam hidratação durante e a após a farra

Carnaval significa, para muita gente, dias seguidos de festa, com pouco descanso e muita bebida alcoólica. 

No entanto, ficar alcoolizado por vários dias seguidos pode causar uma ressaca prolongada, que pode levar até dez dias para melhorar completamente.

O neurologista Saulo Nader, do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, explica que a ressaca é causada por uma substância produzida na metabolização do álcool no fígado: o acetaldeído.

Este composto age no corpo inteiro, mas principalmente no cérebro, causando uma irritação. Vários dias seguidos de consumo de álcool exagerado resultam em uma maior quantidade da substância no corpo.

Segundo Nader, manter a bebedeira por mais de um dia máscara a ressaca. “O primeiro efeito do álcool é a euforia, ele vai dar essa sensação de bem-estar.”

Segundo o gastroenterologista Decio Chinzon, Secretário Geral da FBG (Federação Brasileira de Gastroenterologia), consumir bebida alcoólica na ressaca faz pessoa entrar em um ciclo vicioso da intoxicação.

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“Ela começa bebendo um líquido, que hidrata e pode ajudar, mas logo tem o efeito nocivo do álcool novamente.”

Os médicos orientam que o melhor segredo para a ressaca é a hidratação durante e após o consumo.

“Se não se hidratou, chega em casa e bebe um montão de água. Imagine que seu corpo está cheio de acetaldeído causando a ressaca, se essa substância estiver mais diluída, se tiver mais líquido no seu corpo, o efeito dela vai diminuir muito”, afirma Nader.

O neurologista indica o uso de analgésico e remédio para enjoo após terminar de beber, antes de dormir.

“Se você sabe que o sintoma vai vir, você pode se precaver. Tomar sempre um remédio que você já está acostumado e que já tenha sido prescrito para você.”

Chizon alerta para o uso de paracetamol, que é uma substância hepatotóxica e, em grandes dosagens, pode causar danos ao fígado. “O fígado da pessoa já está machucado, o paracetamol pode piorar a situação.”

Ele orienta a não beber de estômago vazio. “É importante forrar o estômago para lentificar a absorção do álcool.”

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Nader explica que o tipo de bebida e a mistura entre elas não interfere na ressaca.

“Claro que as [bebidas] que têm um teor alcoólico mais alto, você bebe mais etanol em menos líquido. A pessoa que mistura bebida costuma beber mais, mas misturar em si não interfere.”

Chizon alerta para o efeito do consumo crônico de bebidas alcoólicas que pode acarretar em pancreatite, hepatite aguda alcoólica e gastrite. “O álcool é um tóxico completo e provoca dependência. Temos que tomar cuidado mesmo nesses quatro dias.”

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Dengue no ES: número de casos é 10 vezes maior que em 2022

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Entre janeiro e a última semana de novembro de 2023, o Estado registrou 185.174 casos da doença. No mesmo período do ano passado, foram 17.922

Os números da dengue no Espírito Santo em 2023 chamam a atenção, principalmente quando comparados ao mesmo período do ano passado. Segundo o último Boletim Epidemiológico divulgado no dia 30 de novembro pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o Espírito Santo registrou 185.174 notificações de casos. 

A incidência é de 4.556,7 casos por 100 mil habitantes entre a semana epidemiológica (SE) 01 (de 1 a 7 de janeiro deste ano) e a semana epidemiológica (SE) 47 (de 19 a 25 de novembro).

Já em 2022, entre a SE 01 (de 2 a 8 de janeiro) e a SE 47 (de 20 a 26 de novembro) a incidência foi de 440,99 casos por 100 mil habitantes.

Mortes pela doença também saltaram esse ano: 93 até o dia 30 de novembro. Em 2022, até o dia 26 de novembro, foram 5 óbitos.

Nova vacina contra a dengue

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, (Anvisa) aprovou em março o registro de uma nova vacina para a prevenção da dengue. Chamada Qdenga, da empresa Takeda Pharma Ltda, o imunizante apresentou eficácia de 80% em ensaios clínicos. A vacina é composta por quatro sorotipos diferentes do vírus causador da doença.

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O Ministério da Saúde estuda incorporar nova vacina da dengue ao SUS. Na rede particular, o preço médio gira em torno de R$ 450.

Atenção aos mínimos sinais e sintomas da dengue

Diante de qualquer suspeita de dengue e dos sintomas da doença, é fundamental buscar o serviço de saúde mais próximo, além de começar a se hidratar quanto antes. Fique atento:

– Febre;

– Dor no corpo;

– Dor nas articulações;

– Dor muscular;

– Dor ao redor dos olhos e de cabeça;

– Dores abdominais;

– Náusea;

– Vômitos.

Faça uma vistoria em casa uma vez por semana

O Aedes aegypti tem um ciclo de reprodução muito rápido, apenas sete dias, entre ovo e mosquito adulto. Por esse motivo, é fundamental que as pessoas chequem uma vez por semana possíveis focos dentro das residências.

CUIDADOS IMPORTANTES

1. Limpe o quintal, e jogue fora o que não é utilizado;

2. Retire a água dos pratos de plantas;

3. Coloque garrafas vazias de cabeça para baixo;

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4. Mantenha tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água fechados;

5. Quintais devem estar sempre bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas e sacolas plásticas;

6. Escove bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, pratos de plantas, tonéis e caixas d’água) e mantenha-os sempre limpos.

 

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Anvisa decide abrir uma consulta pública sobre cigarros eletrônicos

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Norma vigente (RDC 46), de agosto de 2009, proíbe fabricação, comercialização, importação e propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs)

A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu, de forma unânime, em reunião virtual de mais de 7 horas desta sexta, 1º, abrir uma consulta pública para rediscutir a regulamentação dos cigarros eletrônicos no País. 

A norma vigente (RDC 46), de agosto de 2009, proíbe fabricação, comercialização, importação e propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs).

Na consulta pública, que ficará aberta por 60 dias, a sociedade poderá fazer sugestões e contribuições por meio de um formulário eletrônico no site da Anvisa, no qual serão coletadas opiniões de cidadãos, sociedades médicas e científicas, empresas e qualquer outro interessado. 

Ao fim do processo, as contribuições serão consideradas na discussão sobre uma eventual nova regulamentação para os cigarros eletrônicos. Uma outra reunião da diretoria será agendada após o processo, no próximo ano.

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A abertura da consulta pública e a discussão de uma eventual nova regulamentação dos cigarros eletrônicos não significam, no entanto, que o vape obrigatoriamente passará a ser permitido no Brasil. 

“O período de consulta pública é um período que, em absoluto, amarra a agência àquilo que foi mostrado e demonstrado na reunião de hoje”, disse o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, referindo-se a posicionamentos expostos durante a reunião por diferentes partes.

DIÁLOGO

Antes do voto dos cinco diretores, foram reproduzidos ao público que assistia à reunião mais de 60 vídeos com diferentes posicionamentos sobre o produto. Falaram ex-fumantes, pesquisadores nacionais e internacionais, médicos, líderes de organizações sanitárias, como a Organização Pan-Americana da Saúde, ONGs que atuam no campo da saúde pública e associados da indústria tabagista.

Parte dos participantes defendia a regulamentação, alegando que a substituição do cigarro comum pelo cigarro eletrônico pode ser benéfica aos tabagistas e que outros países já regulamentaram os DEFs, o que ajudaria também a diminuir o contrabando. 

Do outro lado, médicos renomados como Drauzio Varella, Jaqueline Scholz (coordenadora do Comitê de Controle do Tabagismo da Sociedade Brasileira de Cardiologia) e Roberto de Almeida Gil (diretor-geral do Inca) se posicionaram contra a mudança da regulamentação atual, que proíbe o uso, alegando que o produto pode causar dependência em crianças e adolescentes não fumantes e que seus danos ainda não são totalmente conhecidos pela ciência.

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“As companhias tabaqueiras querem continuar fazendo o que sempre fizeram: viciar nossas crianças e nossos adolescentes na dependência mais feroz que existe. É mais fácil largar o crack do que largar o cigarro. E por isso querem que a Anvisa aprove o uso: para ampliar o mercado, e isso que não podemos permitir”, afirmou o médico Drauzio Varella.

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