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Segurança

Brasil segue sendo país que mais mata pessoas trans no mundo

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Estudo aponta 122 assassinatos de pessoas trans no país em 2024

Ao todo, 122 pessoas trans e travestis foram assassinadas no Brasil em 2024, sendo cinco defensoras de direitos humanos. É o que aponta a última edição do dossiê da Associação Nacional de Trans e Travestis, a Antra, lançado nesta segunda-feira (27). O número é 16% menor do que o registrado em 2023.

De acordo com o dossiê, apesar dessa redução, o cenário permanece adverso, sem políticas públicas efetivas para combater essa violência. Isso se torna evidente, segundo o estudo, ao se observar que, mesmo com a diminuição desse tipo de crime, registrada pela pesquisa, o Brasil segue, pelo 16º ano consecutivo, como o país que mais assassina pessoas trans no mundo.

Uma das vítimas de 2024 que se enquadra na categoria de defensora de direitos humanos era suplente de vereadora. A outra já havia se candidatado a um cargo político.

O pior cenário foi em São Paulo, com 16 assassinatos. Minas Gerais ficou em segundo lugar, com 12, e Ceará em terceiro, com 11. Nos estados de Acre, Rio Grande do Norte e Roraima não foram encontrados registros de assassinatos em 2024.

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Em relação às características das vítimas, quase 96% eram travestis e mulheres trans/transexuais. Os anos de maior concentração dos assassinatos foram 2017, com 179, e 2020, com 175.

Neste domingo, as pautas da população trans foram levantadas na 2ª ‘Marsha’ Trans Brasil, em frente ao Congresso Nacional. Entre as reivindicações estavam cuidados de saúde e o fim do transfeminicídio.

O Dia Nacional da Visibilidade Trans é celebrado no próximo dia 29. A data representa um marco na resistência do movimento transgênero no Brasil.

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Segurança

“Gangue da Hilux”: suspeito é morto em confronto com a polícia no ES

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Quadrilha que furta caminhonetes no ES foi alvo de operação nesta terça. Um suspeito foi morto, outro baleado e um terceiro preso

Uma operação da Polícia Civil terminou com um homem, de 32 anos, morto na BR-259, na localidade de João Neiva, na região Norte do Espírito Santo. Segundo informações da corporação, ele fazia parte da “Gangue da Hilux”, especializada no roubo de caminhonetes.

A operação, realizada na manhã desta terça-feira (11), deixou outro suspeito ferido no braço, que foi levado para o Hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra.

Um terceiro envolvido foi detido e encaminhado para a Delegacia Especializada de Crimes de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV).

Segundo informações da Polícia Civil, os três suspeitos, de 27, 29 e 32 anos, eram monitorados pela corporação. Eles foram abordados pela equipe durante uma movimentação na BR-259, no sentido Colatina.

No momento da abordagem, segundo a corporação, eles não obedeceram à ordem de parada e um deles fez menção de que atiraria na direção dos policiais.

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“Para se defender da possível injusta agressão, um dos policiais efetuou um disparo, que atingiu o braço de um dos suspeitos e atingiu o rosto de outro”, diz a polícia em nota.

O suspeito atingido no rosto não resistiu e morreu no local. Já o homem de 27 anos foi socorrido e está internado no hospital da Serra e o de 29 anos foi encaminhado para a delegacia.

“O corpo do suspeito foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Científica, para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares”.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito de 29 anos foi autuado em flagrante por receptação, associação criminosa, adulteração veicular e resistência. Já o de 27 foi autuado em flagrante por associação criminosa, adulteração veicular e resistência.

Como a “Gangue da Hilux” agia?

Segundo a polícia, a “Gangue da Hilux” é especializada em furtar caminhonetes no Estado. A quadrilha é investigada por furtar, entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, sete caminhonetes na Grande Vitória, sendo que cinco veículos foram recuperados. 

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 A polícia explicou que os criminosos usam aparelhos para destravar a caminhonete e bloquear o rastreador. Dessa forma, o criminoso entra e sai com o veículo como se fosse o dono.

Suspeito foi preso na última semana

A Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos prendeu, na última quinta-feira (6), em Cariacica Sede, um homem de 24 anos suspeito de integrar a associação criminosa. É apontado como um dos responsáveis pelos furtos de dois veículos Toyota Hilux, ocorridos nos dias 5 e 6 de fevereiro.

“Ele teria praticado o crime ao lado de outro suspeito de 27 anos e de um terceiro envolvido, que ainda não foi identificado, utilizando um Toyota Etios”, diz a polícia.

Desde a última quarta-feira (05), equipes realizavam diligências contínuas, incluindo a análise de imagens de videomonitoramento, para identificar e localizar os envolvidos. O Etios utilizado nos furtos foi encontrado com um suspeito capturado.

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Segurança

Projeto Cozinhas Internas da Sejus é referência nacional

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No ano de 2024, a Secretaria da Justiça (Sejus) finalizou o cronograma previsto de implantação de cozinhas internas nas unidades prisionais do Estado. Com a proposta, estima-se uma redução de sete milhões anual com a alimentação nos presídios. Após a implantação das cozinhas internas, houve redução de 54,55% do total de denúncias recebidas referentes à alimentação e redução de 68,27% do total de irregularidades na entrega das refeições à massa carcerária, comparado ao ano anterior.

O projeto tem se destacado como modelo para demais estados do País. No final de janeiro, a Sejus recebeu a equipe da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) do estado do Pará, que estuda implantar cozinhas internas nas unidades prisionais locais. Eles puderam conhecer a cozinha em estrutura modular montada na Penitenciária Agrícola do Espírito Santo (Paes), no Complexo de Viana, e a estrutura do Centro de Detenção Provisória de Guarapari (CDPG).  

“As cozinhas industriais nas unidades garantem que a alimentação seja de qualidade, além de disponibilizarem muitas vagas de trabalho aos custodiados. Estrategicamente, entendemos que é uma ferramenta que contribui para a gestão penitenciária, garantindo o controle e a promoção da gestão social. Estamos ansiosos para colocar o projeto em prática no Pará”, ressaltou Belchior Machado, diretor de Trabalho e Produção da SEAP.

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Com as cozinhas internas, as vagas de trabalho à população carcerária do Espírito Santo foram ampliadas. Atualmente, 563 internos remunerados atuam em frentes de trabalho durante o preparo da alimentação nos presídios. O modelo de gestão inserido nas unidades prisionais também reflete na segurança.

O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, explica que além da redução das irregularidades no contrato de alimentação, com o aumento da qualidade na prestação do serviço, as cozinhas internas impactam diretamente nas ações operacionais.

“Aumentamos nosso poder de fiscalização não só do contrato de prestação de serviço, mas também da entrada de pessoas e materiais ilícitos nas unidades. O controle passa pelo acompanhamento do trabalho interno, o rigor na entrada e seleção dos trabalhadores do contrato, bem como na atividade-fim realizada na cozinha. A qualidade da alimentação é outro ponto importante, pois diminuiu o número de ocorrências relacionadas às refeições sem condições de consumo, o que evita possíveis motins e rebeliões”, enfatizou Rafael Pacheco.

Rádios Internas

Além das cozinhas internas, a comitiva do estado do Pará também conheceu o projeto Rádios Internas da Secretaria da Justiça, iniciativa pioneira no Brasil. Na ocasião, eles visitaram o estúdio da Rádio Black, montado dentro da Penitenciária Estadual de Vila Velha 3 (PEVV3), no Complexo de Xuri.

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“Ficamos animados com os dois projetos exitosos que vimos no Espírito Santo. A rádio é uma ferramenta que auxilia no controle das galerias, garantindo uma comunicação eficiente para a gestão interna, além de proporcionar momentos como as mensagens dos familiares, que promovem a conexão afetiva e emocional dos custodiados, diminuindo a tensão e o estresse dentro das unidades. Tudo isso contribui e muito para a gestão prisional”, destacou Belchior Machado, diretor de Trabalho e Produção da SEAP.

Com uma programação voltada para a massa carcerária, as rádios auxiliam na gestão das penitenciárias com assuntos sobre educação, rotina interna, saúde, religiosidade, entretenimento e música. O objetivo é transmitir mensagens importantes sobre o dia a dia da unidade, compartilhar programas educacionais, promover reflexões sobre cidadania e convivência e fortalecer vínculos afetivos das famílias com a pessoa presa.  Atualmente, são oito estúdios montados, mas a meta é que todas as 37 unidades prisionais do Estado passem a contar com rádios internas ainda este ano.

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