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Medicina e Saúde

Câncer de mama em homens: uma doença rara que exige atenção

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Homens com histórico familiar da doença devem conversar com um médico sobre a possibilidade de realizar exames genéticos e fazer um acompanhamento mais cuidadoso

Quando se fala em câncer de mama, a maioria das pessoas associa a doença ao público feminino. No entanto, homens também podem desenvolver esse tipo de câncer, ainda que em menor escala. No Brasil, estima-se que menos de 1% dos casos ocorram em pacientes do sexo masculino.

Por ser pouco conhecido e de baixa incidência, o câncer de mama masculino é diagnosticado tardiamente na maioria dos casos, o que reduz significativamente as chances de um tratamento eficaz. A falta de informação é um dos principais obstáculos, pois muitos homens não imaginam que possam desenvolver a doença e, por isso, não procuram ajuda médica ao notar os primeiros sinais.

Mas, afinal, como identificar os sintomas e quais são os fatores de risco? E, mais importante, quais são as novas possibilidades de tratamento para combater esse tipo de câncer?

Silencioso e Perigoso: Como o Câncer de Mama se Manifesta nos Homens

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a previsão é que, até 2025, o Brasil registre 73.610 novos casos de câncer de mama. Os homens fazem parte dessa estatística, mas, como representam uma parcela muito pequena, não há campanhas de rastreamento ou exames preventivos específicos para eles.

Na ausência desses exames, o diagnóstico precoce depende da atenção aos sinais do corpo. Os sintomas mais comuns incluem:

  • Nódulo endurecido na mama
  • Retração da pele ou do mamilo
  • Secreção mamilar, podendo conter sangue
  • Aumento da sensibilidade ou dor na região

Como os sintomas são inespecíficos e muitas vezes confundidos com outras condições, como a ginecomastia (aumento das mamas em homens), o câncer de mama masculino costuma ser identificado já em estágios avançados. Isso dificulta o tratamento e reduz as chances de cura.

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Quem Tem Mais Risco de Desenvolver a Doença?

Embora qualquer homem possa ser diagnosticado com câncer de mama, alguns fatores aumentam significativamente a predisposição à doença. Os principais são:

  • Histórico familiar e genética – Homens com mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 correm maior risco.
  • Idade – O câncer de mama masculino é mais frequente após os 60 anos.
  • Desequilíbrio hormonal – O uso prolongado de hormônios femininos ou doenças hepáticas que aumentam o nível de estrogênio no corpo podem favorecer o desenvolvimento de tumores.
  • Obesidade – O excesso de gordura corporal também eleva os níveis de estrogênio, aumentando o risco da doença.
  • Exposição à radiação – Homens que passaram por radioterapia no tórax podem desenvolver mutações que favorecem o câncer de mama.

Se houver a presença de um ou mais desses fatores de risco, é fundamental prestar atenção a qualquer alteração nas mamas e procurar um médico em caso de dúvida.

Avanços no Tratamento: Crioablação Pode Revolucionar a Abordagem do Câncer de Mama

Nos últimos anos, a medicina tem investido em alternativas menos invasivas e mais eficazes para tratar o câncer de mama, especialmente em estágios iniciais.

Uma dessas abordagens inovadoras é a crioablação, um procedimento que usa temperaturas extremamente baixas para congelar e destruir células tumorais, sem a necessidade de cirurgia tradicional. Essa técnica já é aplicada no tratamento de outros tumores e está mostrando resultados promissores para o câncer de mama.

Entre as principais vantagens da crioablação estão:

  • Menor invasividade do procedimento
  • Possibilidade de realização sem internação
  • Recuperação rápida e preservação estética
  • Redução do risco de complicações cirúrgicas

Além disso, esse método torna-se uma opção viável para pacientes que não podem passar por cirurgias convencionais.

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Outro avanço importante é a radioterapia corporal estereotáxica (SBRT), que permite a aplicação de radiação altamente precisa diretamente no tumor, reduzindo danos aos tecidos saudáveis e aumentando a eficácia do tratamento.

Pesquisadores também estudam a combinação da crioablação com imunoterapia, para estimular o sistema imunológico a combater as células cancerígenas de forma mais eficiente. Se comprovada sua eficácia, essa abordagem poderá mudar o futuro do tratamento do câncer de mama.

Diagnóstico Precoce: A Chave para Salvar Vidas

Como o câncer de mama em homens é raro e não há exames preventivos rotineiros, a conscientização torna-se fundamental. Falar sobre o assunto, reconhecer os sinais e buscar atendimento médico ao menor sintoma pode salvar vidas.

Homens com histórico familiar da doença devem conversar com um médico sobre a possibilidade de realizar exames genéticos e fazer um acompanhamento mais cuidadoso. O câncer de mama, quando diagnosticado precocemente, tem altas taxas de cura, o que reforça a necessidade de vigilância.

Quebrar o tabu sobre o câncer de mama masculino é essencial. Informar-se, estar atento aos sintomas e buscar ajuda médica precocemente são passos fundamentais para aumentar as chances de cura.

O câncer de mama masculino pode ser raro, mas isso não significa que deva ser ignorado. A falta de informação ainda é um grande obstáculo para o diagnóstico precoce, tornando a conscientização uma ferramenta essencial no combate à doença.

Com novas opções de tratamento, como a crioablação e a radioterapia de precisão, o cenário do câncer de mama pode mudar nos próximos anos. Mas, enquanto essas tecnologias avançam, a informação continua sendo a melhor aliada para garantir que mais homens tenham um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz. Seja um multiplicador dessa mensagem: compartilhe essa informação e ajude a salvar vidas.

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Estado recebe doses de vacina influenza e municípios podem dar início à nova estratégia de imunização de rotina

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A Secretaria da Saúde (Sesa) recebeu nessa segunda-feira (24) a primeira remessa de vacinas Influenza. O Espírito Santo será contemplado com 116.000 doses que, após envio aos municípios, já poderão dar início à nova estratégia de imunização contra a gripe definida pelo Ministério da Saúde no último mês, com a inclusão da vacina no calendário nacional de vacinação, como dose de rotina, para crianças a partir de 6 meses a menores de 6 anos (5 anos, 11 meses e 29 dias), idosos com 60 anos ou mais e gestantes.

As doses estarão disponíveis nas mais de 700 salas de vacinação em todo Estado. A nova estratégia visa tornar permanente a proteção para esses públicos. No Espírito Santo, a expectativa é que 349.325 crianças de 6 meses a menores de 6 anos, 680.000 idosos com mais de 60 anos e 39.140 gestantes recebam a vacina ao longo do ano. A meta é alcançar 90% de cada um dos grupos prioritários para vacinação de rotina contra a influenza.

A Sesa orienta ainda que os municípios, assim que tiverem as doses disponíveis em seus territórios, que iniciem também a oferta da vacina aos públicos-alvo que compõem o grupo especial da estratégia de vacinação contra a gripe. Este ano, além dos grupos já conhecidos, o Ministério da Saúde incluiu os trabalhadores dos Correios.

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Estratégia de vacinação nos grupos especiais contra a gripe tem início oficial em 07 de abril

O Ministério da Saúde anunciou na última sexta-feira (21) que a estratégia especial de vacinação contra a gripe, que acontece anualmente destinada a determinados grupos prioritários, será iniciada oficialmente no próximo dia 07 de abril, com o dia “D” de mobilização definido para o dia 10 de maio. Entretanto, com as doses estando disponíveis, os municípios já podem dar início à vacinação.

A vacinação contra a gripe é dividida em estratégia de rotina, com os públicos elencados acima e estratégia especial. No Espírito Santo, a expectativa é imunizar um total de 1.718.123 pessoas contra a gripe, entre os grupos que receberão as doses na rotina e os que pertencem aos grupos especiais. A vacinação contra a gripe tem como objetivo reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus influenza no público-alvo para a vacinação em 2025.

Nos grupos especiais, destacam-se: Trabalhadores da Saúde; Puérperas; Professores dos ensinos básico e superior; Povos indígenas; Pessoas em situação de rua; Profissionais das forças de segurança e de salvamento; Profissionais das Forças Armadas; Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade); Pessoas com deficiência permanente; Caminhoneiros; Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso); Trabalhadores portuários; Trabalhadores dos Correios; Funcionários do sistema de privação de liberdade; e População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas  (entre 12 e 21 anos).

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A vacinação contra a gripe deve ser realizada anualmente, uma vez que os imunizantes recebem atualizações quanto às cepas circulantes, a fim de garantir a proteção da população. As vacinas influenza trivalentes utilizadas no Brasil neste ano apresentam três tipos de cepas de vírus em combinação: A/Victoria/4897/2022 (H1N1) pdm09; A/Croatia/10136RV/2023 (H3N2); e B/Austria/1359417/2021 (B/linhagem Victoria).

 

Cenário epidemiológico

No Espírito Santo, até a semana epidemiológica 10 (até o dia 08 de março), foram notificados 295 casos de Influenza por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo 37 confirmados e um (01) óbito. Em 2024, durante todo o ano, foram 4.630 notificações, 501 casos confirmados e 51 óbitos.

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Dia Mundial de Combate à Tuberculose: SUS e Sistema Único de Assistência Social juntos no cuidado

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O Dia Mundial de Combate à Tuberculose é lembrado nesta segunda-feira (24), com o objetivo de intensificar os esforços para erradicar a doença, que tem cura e tratamento gratuito ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, que afeta prioritariamente os pulmões, mas pode acometer outros órgãos.

Para auxiliar no acolhimento e no cuidado dos pacientes, SUS e o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no Espírito Santo estão cada vez mais integrados para garantir que as pessoas recebam o tratamento adequado e obtenham a cura da doença, além da proteção social. A coordenadora do Observatório de Tuberculose no Espírito Santo (Observa TB), Carolina Sales, informou que o projeto está desenvolvendo um fluxograma com os municípios considerando essa intersetorialidade. O Observa TB é desenvolvido pelo Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), por meio do Programa de Qualificação das Redes de Vigilância em Saúde (PQRSV), em parceria com o Laboratório de Epidemiologia da Universidade Federal do Espírito Santo (LabEPI/Ufes).

“O Espírito Santo é pioneiro no estabelecimento desse fluxograma entre Secretarias de Saúde e de Assistência Social, pois não basta o paciente ter acesso às medicações e aos exames se ele não tem o básico e não consegue se alimentar direito. Isso aumenta o risco de interrupção do tratamento da tuberculose. A integração entre o SUS e o SUAS não é importante apenas para a tuberculose, mas para as demais doenças determinadas socialmente”, explicou Carolina Sales.

Apesar de ser uma doença muito antiga, a tuberculose ainda é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Segundo dados do sistema de notificação e-SUS Vigilância em Saúde (e-SUS VS), o Espírito Santo registrou, em 2022, 1.625 novos casos de tuberculose. Em 2023, foram registrados 1.838 novos casos. Já em 2024, foram 1.952 novos casos e, até fevereiro deste ano, 305 novos casos.

A coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, Ana Paula Rodrigues Costa, explicou que “há um aumento dos novos casos de tuberculose nos anos seguintes à pandemia da Covid-19, porque muitas pessoas que adoeceram naquele período não procuraram atendimento e não foram diagnosticadas em tempo oportuno”.

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Quanto aos óbitos no Estado, segundo dados extraídos do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), foram registrados 114 óbitos por tuberculose em todo o ano de 2022. Em 2023, foram registrados 132 óbitos, enquanto no ano seguinte foram 143. Até fevereiro deste ano, cinco óbitos foram registrados.

 

Tecnologia como aliada

Para prevenir o risco de interrupção do tratamento por uma pessoa com tuberculose, o Observa TB está desenvolvendo o aplicativo ANA. A ferramenta vai ajudar os profissionais de saúde na elaboração de ações para auxiliar os pacientes na continuidade do tratamento.

Ana Paula Rodrigues Costa reforça que a eliminação da doença é urgente, tendo em vista que dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que mais de 10 milhões de pessoas continuam adoecendo com tuberculose a cada ano e o número só cresce desde 2021. Estima-se que cerca de um quarto da população global tenha sido infectada pela bactéria e, após a infecção, o risco de desenvolver a doença é mais alto nos dois primeiros anos.

Em 2023, a tuberculose voltou a ser a principal causa de morte por um único agente infeccioso, após três anos em que foi substituída pela Covid-19, e causou quase o dobro de mortes que o vírus da imunodeficiência humana (HIV).

 

A tuberculose

É uma doença de transmissão aérea e se instala a partir da inalação de aerossóis oriundos das vias aéreas, durante a fala, espirro ou tosse das pessoas com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea), que lançam no ar partículas em forma de aerossóis contendo bacilos. Calcula-se que, durante um ano, em uma comunidade, um indivíduo que tenha baciloscopia positiva pode infectar, em média, de 10 a 15 pessoas.

 

Sintomas

Os sintomas da infecção por Tuberculose podem ser observados quando o indivíduo apresenta tosse há mais de três semanas, febre no fim do dia, suor noturno, falta de apetite, perda de peso, cansaço e dor no peito. Esses sinais são importantes indicadores, especialmente se combinados, pois a tuberculose pode progredir e se tornar grave sem o tratamento adequado.

 

Tratamento

A porta de entrada para o diagnóstico e o trato da doença é na Atenção Primária à Saúde (APS) e o cidadão pode se dirigir à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima a sua moradia para a realização dos primeiros atendimentos e direcionamento ao tratamento, de acordo com a especificidade de cada caso, sempre com acompanhamento contínuo para garantir a adesão ao tratamento e evitar a propagação da doença.

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Vacinação com BCG

A vacina BCG (bacilo Calmette-Guérin), ofertada no SUS, protege a criança das formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a tuberculose meníngea. É uma das vacinas mais antigas ainda em uso, implementada globalmente no século passado, especialmente em países com alta prevalência de tuberculose.

A tuberculose miliar ocorre quando a bactéria se dissemina pela corrente sanguínea, afetando múltiplos órgãos e tecidos. Os sintomas incluem febre persistente, fraqueza, perda de peso e sintomas relacionados aos órgãos afetados, como fígado, baço e pulmões. Essa forma pode evoluir rapidamente, levando à falência múltipla de órgãos e risco de vida.

A meningite tuberculosa, por outro lado, é uma infecção das meninges, as membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. A doença apresenta sintomas como febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez na nuca e alterações neurológicas, incluindo convulsões e perda de consciência. Essa condição pode causar sequelas graves, como danos neurológicos permanentes, que incluem comprometimentos motores, perda de audição, déficit cognitivo e, em casos mais extremos, paralisia e morte.

A vacina está disponível nas salas de vacinação das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e maternidades. Essa vacina deve ser dada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até os quatro anos, 11 meses e 29 dias.

 

Tratamento da Infecção Latente pelo Mycobacterium tuberculosis (ILTB) ou Tratamento preventivo da Tuberculose (TPT)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que um terço da população mundial está infectada pelo Mycobacterium tuberculosis e está em risco para desenvolver a doença. O tratamento para a chamada tuberculose latente (quando ainda não houve o desenvolvimento da doença) também está disponível no SUS.

É uma importante estratégia de prevenção para evitar o desenvolvimento da tuberculose ativa, especialmente nos contatos domiciliares, nas crianças e nos indivíduos com condições especiais, como imunossupressão pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV).

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