Política e Governo
Casagrande projeta investir R$ 6 bilhões em infraestrutura em 2025
Publicado
17/12/2024 - 09:32Rodovias, grandes obras públicas, saúde e educação são alvo do governador do ES para o ano que vem, depois do investimento recorde de R$ 4 bilhões em 2024
A economia que se destaca do restante dos estados do país, investimentos bilionários em infraestrutura, entrega de obras importantes, preocupação com a educação, saúde, sem deixar de falar da paixão por futebol e a rivalidade política.
No balanço do fim de 2024, o governador Renato Casagrande(PSB) pontuou as áreas onde o Estado teve destaque, onde é preciso melhorar e, além de falar sobre o ano novo, o que ele projeta para os próximos dois anos de governo.
Em entrevista, Casagrande não deixou de responder sobre o processo eleitoral que se avizinha, em 2026, mas não cravou quem terá seu apoio na concorrência ao Palácio Anchieta. Ele não pode mais ser candidato por já estar no segundo mandato. Falou sobre a rivalidade com o prefeito da capital, Lorenzo Pazolini (Republicanos), e de como o Estado pode se tornar referência mundial em sustentabilidade.
A entrevista foi concedida no Parque Cultural Casa do Governador. A residência oficial virou atração turística e cultural e agora é aberta ao público. O assunto cultura também fez parte desta entrevista, com promessa de entregas importantes que devem ser feitas em breve.
O cenário escolhido para esta entrevista é o Parque Cultural Casa do Governador, um lugar ao qual agora a população tem acesso. O que significa isso?
Renato Casagrande – Este parque aqui já está aberto a eventos pontuais, mas estará aberto a partir de 1º de janeiro, de terça a domingo. Nós já tivemos aqui, na semana, show de Guilherme Arantes, tivemos festival de jazz. Domingo, a gente tem sempre o parque aberto com shows e apresentações culturais. Então, é um local de instrumento cultural e de preservação do ambiente.
Esta casa aqui, esta residência oficial, era um local acessível só ao governador, à primeira-dama, à equipe do governo e convidados, mas agora é um local aberto para todos os capixabas e todos os turistas que quiserem vir aqui conhecer.
A gente tem alguns equipamentos importantes que devem ser entregues ainda no governo do senhor. Cais das Artes, Teatro Carlos Gomes. Como o senhor pensa a arte e como vão ser esses próximos dois anos para a arte aqui no Espírito Santo?
Bem, primeiro aqui, de fato, é uma exposição a céu aberto, com diversos artistas capixabas e também de fora do Estado. Tem obras de arte aqui que são perenes, permanentes. Tem obras de arte que todo ano a gente faz um novo edital e troca. Então, é um local para as pessoas também contemplarem e apreciarem obras de arte de artistas capixabas e brasileiros.
Nós, de fato, estamos numa expectativa muito positiva de entregar o Cais das Artes em 2026 e entregar o Carlos Gomes no final do ano que vem, em 2025, ou também no início de 2026. São equipamentos importantíssimos.
Vamos começar agora a reforma no Carmélia, ali no Centro da cidade, perto da rodoviária. Também é um equipamento importante. Vai ser a sede da Fundação Carmélia. Então, sim, são diversos equipamentos que a gente tem hoje no Estado e que temos feito investimentos neles.
O Estado está preparado para entregar o Cais das Artes, uma obra muito comentada, muito falada, que parou muitas vezes, teve questionamentos sobre valores?
Teve um debate judicial com o Cais das Artes, porque, em 2015, o governo do Estado rompeu autoritariamente, unilateralmente, um contrato lícito. E aí deu um problema. Quando eu voltei, a gente conseguiu fechar um acordo, no ano passado.
Quando você toma uma decisão errada, sem diálogo, olha o prejuízo que dá à população. O Cais das Artes poderia estar pronto há muito tempo.
A gente retomou no ano passado, num acordo feito com a Justiça, com o Tribunal de Contas, e estamos na expectativa, sim, de a empresa seguir em frente, trabalhar e entregar em 2026. Essa é a nossa expectativa.
Estamos mantendo aqui um ambiente de diálogo com todas as forças políticas, tentando sair dessa polarização doentia que ainda está presente em algumas pessoas no Brasil. Então, o Estado hoje é respeitado e a gente tem como erguer a cabeça e continuar avançando com políticas públicas boas para a população.
Falando sobre essa relação entre governantes. Neste mês, o senhor realizou um almoço no Palácio Anchieta e convidou todos os prefeitos e vices. A gente notou uma ausência, do prefeito reeleito Lorenzo Pazolini. Como o senhor viu essa ausência e qual a sua relação com o prefeito da Capital?
Eu convidei os 78 municípios: 77 estavam presentes. Então, assim, essa pergunta tem que ser dirigida a ele. É para ele responder por que não foi, por que não foi a sua vice eleita, por que não mandou um representante. Eu, na verdade, convido todo mundo, trabalho com todo mundo.
Veja a quantidade de investimento que a gente tem aqui em Vitória: Ciclovia da Vida, Portal do Príncipe, Leitão da Silva, Complexo Viário de Carapina. Eu não olho o partido do prefeito. Veja que todos os prefeitos de diversos partidos de oposição estiveram presentes ou mandaram seus representantes.
Estou à disposição do prefeito para a gente poder trabalhar juntos. Não tenho nenhuma dificuldade em trabalhar junto com todos os prefeitos, independente da sua posição ideológica, da sua posição eleitoral, da sua posição política. Eu sou daquele time que, quando um não quer, dois não brigam.
Eu não quero brigar, eu quero trabalhar.
A gente veio de uma eleição para os municípios e agora nos preparamos para a eleição em 2026. Já definiu quem vai ser o candidato do senhor?
Não tenho nenhuma ideia ainda. Nós ainda estamos distantes da eleição. Temos um 2025 todo pela frente, sem eleição, para a gente poder trabalhar, produzir. Temos metade de 2026 ainda pela frente para a gente poder trabalhar e produzir. Aí sim, a partir de julho de 2026 é que a eleição de fato vai se definir. Qualquer conversa, qualquer pesquisa, qualquer decisão tomada nesse momento é muito prematura e chega a ser irresponsável.
Para nós estarmos aqui conversando sobre o Estado é muito bom. Agora, sobre a eleição de 2026 ainda é muito cedo porque qualquer decisão agora pode ser equivocada. No nosso grupo, naturalmente, eu liderarei, junto com o Ricardo Ferraço, o movimento político.
O nosso movimento político vai ter candidato ao governo, ao Senado, à Câmara Federal, à Assembleia Legislativa, mas nós não podemos ainda saber quem será candidato. Vamos ver o desenrolar dos acontecimentos.
Quem vai ser adversário, aí também não podemos dizer. Às vezes o adversário de hoje pode ser o aliado de amanhã, então vamos continuar trabalhando.
Teve algo que o senhor não conseguiu realizar em 2024 e que o senhor faria diferente para tornar possível em 2025?
Eu não sei se tem alguma coisa que eu não fiz, que eu deixei de fazer, ou que eu fiz de um jeito e faria de outro. Eu não sei avaliar isso, para falar a verdade. A gente fica muito angustiado, muitas vezes, com a lentidão da máquina pública, porque tem uma burocracia às vezes necessária, às vezes exagerada, que permite que a gente não tenha tanta velocidade.
Mas, se você imaginar que em 2019, quando eu retornei para o governo, o Estado fez R$ 1 bilhão de investimentos em infraestrutura e em 2024 nós vamos fazer R$ 4 bilhões, então nós multiplicamos por 4 os investimentos.
Se você andar para qualquer lugar hoje do Espírito Santo, você vai tropeçar numa obra do governo do Estado ou em um serviço do governo do Estado, na área de saúde, de assistência, de educação. A gente está avançando, fazendo tudo aquilo que está ao nosso alcance, para poder fazer o melhor.
A gente sempre quer mais velocidade, mais eficiência, menos burocracia. A gente quer avançar mais em áreas estratégicas, como, por exemplo, na oferta de serviços de consultas, de exames, de cirurgias eletivas. A gente já está avançando muito, mas a velocidade ainda não é a que eu desejo e que a população deseja.
Temos que continuar melhorando serviços essenciais, como os da saúde pública, na qualidade da nossa educação. O Estado tem a maior nota do Brasil no ensino médio. Mas é a metade, é em torno de 5, e o ideal é estar perto de 10.
O que o senhor projeta para a economia nos próximos dois anos?
Nós não somos uma ilha. Dependemos muito do que acontece no governo federal e no mundo. Mas, no que depender do Espírito Santo, estamos preparados. Já temos hoje capacidade de investimento para 2025 e 2026 suficiente para repetir ou até ampliar os investimentos que estamos realizando em 2024.
Estamos falando de valores entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões por ano em infraestrutura, dependendo do desempenho da economia brasileira.
Se a economia nacional for bem, investiremos R$ 6 bilhões. Se houver dificuldades, manteremos R$ 4 bilhões.
Nosso diferencial é o ambiente de confiança que criamos. Enquanto o Brasil e o mundo enfrentam desconfiança, o Espírito Santo se destaca por sua organização e previsibilidade.
Em 2024, teremos obras importantes como o Contorno de Jacaraípe, a ligação entre Nova Almeida e Ibiraçu, o contorno de Viana, além de viadutos e projetos como a ciclovia que conecta Viana a Cariacica. São iniciativas que mostram nossa capacidade de investir com planejamento e responsabilidade fiscal.
O Espírito Santo é reconhecido pela boa gestão financeira, possui um Fundo Soberano com R$ 1,8 bilhão. Por que manter esse recurso guardado diante de desafios como melhorar a saúde, a infraestrutura e a educação?
Isso é questão de responsabilidade. Assim como em uma família, nós guardamos recursos para eventualidades ou oportunidades futuras. O Fundo Soberano é nossa “poupança” para emergências, como foi a pandemia ou as chuvas que atingiram Mimoso do Sul.
Além disso, é uma reserva para o futuro dos capixabas. Guardamos parte das receitas do petróleo para facilitar a vida dos próximos governantes e investir em áreas sustentáveis.
Um exemplo disso é o Fundo de Descarbonização que lançaremos, financiado com recursos do Fundo Soberano, para apoiar atividades econômicas que reduzam emissões de carbono. Essa é uma maneira de usar a riqueza de um combustível fóssil para promover inovações limpas, preservando o planeta e preparando o Estado para o futuro.
Em 2024, o Espírito Santo consolidou-se como referência em ESG, com eventos relevantes e parcerias internacionais. Como o senhor enxerga o ESG no Estado?
O Espírito Santo pode ser, de fato, uma referência em sustentabilidade, gestão responsável e compromisso social.
Além do Fundo Soberano, temos programas como o Reflorestar, que é modelo nacional em recomposição florestal, e estamos desenvolvendo planos de descarbonização e adaptação climática para o Estado e os municípios.
Esses planos vão além de diretrizes: financiaremos obras de prevenção e adaptação, como barragens e macrodrenagens.
Como o senhor vê o potencial turístico do ES?
Nosso Estado tem um potencial enorme, com cerca de 400 quilômetros de litoral e montanhas pertinho do mar. Durante muito tempo ficamos escondidos, mas agora estamos promovendo o Espírito Santo com campanhas nacionais e investimentos em infraestrutura.
Reformamos a orla de Meaípe, Piúma e outras regiões. Estamos urbanizando praias como Ubu e construindo rodovias importantes para conectar localidades turísticas. Além disso, vamos repassar recursos para os municípios investirem em infraestrutura turística.
Turismo depende tanto de boas políticas públicas – como segurança, saneamento e saúde – quanto de investimentos privados.
Em Guarapari, por exemplo, vemos muitos empreendimentos surgindo, como hotéis e parques, impulsionados pela confiança no setor.
Considerando as perdas previstas com a reforma tributária, o turismo pode ser uma ferramenta de compensação?
Com certeza. Para isso, estamos investindo na qualificação da mão de obra, como por exemplo com o Programa Qualificar Turismo, que ensina inglês e boas práticas de atendimento. Também vamos construir um moderno Centro de Convenções na Serra, em Carapina, para atrair eventos.
Outra iniciativa é o incentivo ao turismo de experiência, como levar o visitante para uma colheita de café em propriedades locais, por exemplo. Essas ações têm como objetivo transformar o turismo em uma fonte de receita ainda mais expressiva para o Estado.
Como o ES se posiciona em relação à transição para energias renováveis?
Estamos dando passos importantes nessa área. O Fundo Soberano, por exemplo, tem ajudado empresas a migrar de combustíveis fósseis para fontes limpas, como energia solar, eólica e hidrogênio verde.
A partir de janeiro, todos os carros do governo passarão a usar etanol. E estamos eletrificando nossa frota de ônibus. Em 2024, teremos 50 ônibus elétricos operando, e estamos montando a infraestrutura de carregamento com apoio da iniciativa privada. Além disso, incentivamos a compra de ônibus fabricados aqui no Estado, pela Marcopolo.
O senhor gosta de futebol?
Adoro futebol! Sou botafoguense e estou muito feliz com o time. Ganhamos o Brasileiro e também a Libertadores da América.
O que falta para o Espírito Santo ter um time na primeira divisão?
Falta organização. Agora estamos mais perto disso. Temos o Porto Vitória e o Rio Branco, que estão na Série D, com boas perspectivas de avanço. O papel principal para desenvolvimento do esporte aqui no Espírito Santo é do setor privado. O Estado apoia, mas o futebol é uma atividade cara e precisa de investimentos empresariais.
No caso do Rio Branco, já temos uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol), e o Porto Vitória nasceu como um empreendimento privado. Esses modelos trazem expectativas positivas.
E sobre outras modalidades esportivas? Quais são os projetos do governo para incentivá-las?
Temos políticas importantes como a Bolsa Atleta, que apoia financeiramente nossos atletas de destaque. Em infraestrutura, estamos investindo em campos, quadras e ginásios. Quase todas as nossas escolas possuem áreas esportivas e, onde não há, estamos construindo.
Também temos o programa “Campeões do Futuro”, que hoje atende cerca de 20 mil crianças, e um ginásio específico para o paradesporto. É um grande conjunto de ações para fomentar o esporte.
Que legado o senhor quer deixar para o Espírito Santo?
O maior legado é a confiança. Quero que as pessoas acreditem nos seus governantes e nas instituições públicas.
Quero também deixar o legado do equilíbrio, da responsabilidade e da convivência respeitosa com as diferenças.
Trabalhei para reduzir as desigualdades sociais. Meu foco foi e sempre será construir um Estado justo e competitivo, com educação e saúde de qualidade e serviços eficientes para todos. É isso que eu busco incansavelmente.
FONTE DA ENTREVISTA: PORTAL FOLHA VITÓRIA.
Política e Governo
Vidigal a um passo de ir para o secretariado de Casagrande
Publicado
20/01/2025 - 13:59O ex-prefeito da Serra Sergio Vidigal (PDT), que acabou de passar o bastão da prefeitura para o seu sucessor, o prefeito Weverson Meireles (PDT), pode encerrar as férias mais cedo. Ele é cotadíssimo para fazer parte do secretariado do governador Renato Casagrande (PSB).
Citado pelo próprio Casagrande como um dos nomes possíveis de sucedê-lo no comando do Palácio Anchieta, Vidigal foi convidado, ainda no ano passado, para fazer parte da gestão estadual, o que foi confirmado pelo governador à coluna De Olho no Poder na semana passada:
“Convidei o Vidigal, sim. Mas ele ainda não deu resposta, não deu sinal ainda. Ele disse que iria tirar uns dias para descansar e que depois trataríamos”, disse Casagrande ao ser questionado se havia mesmo convidado o pedetista para o governo.
Vidigal já foi questionado pela coluna, por duas vezes, se teria interesse em assumir uma pasta na gestão de Casagrande. Nas duas ocasiões ele se mostrou honrado e agradecido pelo convite do governador, mas dava sinais de que iria declinar para descansar e voltar a clinicar – Vidigal é médico psiquiatra.
Porém, após ser citado publicamente tanto pelo governador quanto pelo vice-governador, Ricardo Ferraço (MDB), como possível aposta para o governo em 2026 e estar sendo estimulado pela militância do PDT e por boa parte do eleitorado serrano, Vidigal teria repensado sobre a proposta e estaria muito inclinado a aceitar o convite do governador.
Segundo apurou a coluna, estariam marcadas, para essa semana, reuniões de Vidigal com o governo – com Casagrande e com Ricardo – para definir a questão. A decisão seria tomada, no máximo, até a semana que vem. Se nenhum fato novo ocorrer, há mais de 90% de chance de Vidigal entrar para o 1º escalão do governo do Estado.
Durante o final de semana, a ex-primeira-dama Sueli Vidigal colocou um vídeo e uma enquete nas redes sociais com a legenda: “A força da Serra e o próximo passo”. No vídeo, ela questiona o que Vidigal estaria pensando. Já o texto da legenda indica ter sido escrito por Vidigal:
“Como médico, tive a honra de ministrar o remédio certo para uma cidade que sofria e clamava por políticas públicas…”, diz parte do texto da postagem que antecede a enquete.
Em outro trecho, diz: “Agora, mais uma vez, é a Serra quem decide os próximos passos. Nosso município tem muito a contribuir para o Espírito Santo e estou à disposição para continuar servindo. Juntos, podemos construir um futuro ainda melhor para a nossa cidade e para o Estado”.
Abaixo, nos comentários, o filho do casal Vidigal diz: “Vamos juntos mostrar ao Estado do Espírito Santo que nossa Serra tem homens de valor que possam contribuir para o progresso do nosso Estado. Bora fazer a diferença”, escreveu Sergio Vidigal Junior.
Na manhã desta segunda-feira, Sueli postou um novo vídeo no story. Vidigal aparece tomando café e ela pergunta: “E aí, hoje é segunda-feira. Pessoal está esperando, você vai?”. No que Vidigal responde: “É claro que eu vou”.
“Então, a resposta é que ele vai, ele está indo. Ele está subindo, ele vai subir”, diz Sueli com Vidigal sorrindo. “Vou descer. É que a Serra é mais alta”, diz o ex-prefeito no vídeo.
“Mas, pelo que estou percebendo da sua agenda de agora, você vai descer para subir”, diz Sueli, encerrando o vídeo e dando a entender que Vidigal “desceria” para Vitória, para talvez bater o martelo com Casagrande, para “subir” politicamente e se tornar um secretário de Estado.
Em qual pasta Vidigal entraria?
A coluna também apurou que estaria em discussão em qual pasta Vidigal poderia ser alocado. Ao fazer o convite, o governador não definiu o espaço, mas como as mudanças no secretariado já começaram e algumas das pastas mais cobiçadas já foram definidas, o espaço também pesaria na decisão.
Pelo perfil de Vidigal e do PDT, duas secretarias seriam as de maior interesse: a Saúde (Sesa) e a de Desenvolvimento Urbano (Sedurb). Porém, as duas já têm “dono” – o deputado licenciado Tyago Hoffmann (PSB) foi nomeado secretário da Saúde e o PP indicou Marcos Aurélio para ocupar a Sedurb.
Com as duas fora de questão, outras três podem ser oferecidas a Vidigal: a Setades (Secretaria de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social), que hoje é comandada por uma técnica, a secretária Cyntia Grillo; a Secretaria de Agricultura (Seag), comandada por Ênio Bergoli, que também é um técnico e foi indicado pelo vice-governador; e a Sedes (Secretaria de Desenvolvimento), que hoje é tocada por Ricardo Ferraço.
A Setades, pelas políticas públicas que comanda, seria mais próxima ao perfil do PDT, por ser um partido de esquerda e que tem como bandeira o trabalhismo. Porém, hoje, a pasta tem pouca visibilidade, embora tenha muitas entregas.
Já a Seag é a pasta que mais tem visibilidade no interior do Estado e estar próximo ao eleitorado do interior é quase que uma obrigação de um postulante ao Palácio Anchieta. É uma pasta robusta, com muitas entregas, mas também com muitas cobranças.
A Sedes já é mais focada nas pautas econômicas e desenvolvimentistas, tendo como principais interlocutores empresários, empreendedores e investidores. O foco estaria mais na Grande Vitória e nas principais cidades do interior.
Há a possibilidade de Ricardo deixar o comando da Sedes para ficar mais “livre” para as demandas do governo.
“O governador Renato Casagrande tem me solicitado estar mais disponível para compartilhar com ele a gestão, o desafio das entregas nas mais diversas áreas. Nós estamos com muito investimento. Então, nós estamos refletindo sobre isso. Não há uma decisão tomada ainda, mas estamos em processo de amadurecimento. Naturalmente, naquilo que o governador precisar, estarei à disposição”, disse Ricardo à coluna na quinta-feira passada (16).
Ricardo é o “plano A” do governo do Estado para 2026. Ele deixar a pasta seria uma medida estratégica para viabilizar seu nome à sucessão de Casagrande. E não só isso.
Abrindo espaço na gestão com um posto de secretário vago, Casagrande teria mais folga para abrigar aliados políticos, como o ex-prefeito Vidigal, que entraria como cota partidária do PDT.
À coluna, na semana passada, o governador disse que decidiria até fevereiro sobre Ricardo ficar ou deixar a Sedes.
Em tempo: Se Vidigal entrar no secretariado será, como já dito, em cota partidária. Hoje, os partidos aliados contam com um nome indicado no primeiro escalão.
Hoje, dois secretários de Casagrande são filiados ao PDT: Júnior Abreu, que é o chefe da Casa Civil, e Philipe Lemos, que está à frente da Secretaria de Turismo. Porém, apenas Philipe conta como cota partidária – Abreu seria cota pessoal de Casagrande.
Política e Governo
Secult anuncia parceria do Governo do Estado com Carnaval capixaba
Publicado
20/01/2025 - 13:47O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cultura (Secult), anunciou três importantes ações de fortalecimento à cadeia produtiva do Carnaval capixaba, com foco nas atividades culturais das escolas de samba na região da Grande Vitória, fortalecendo ainda mais as agremiações, as comunidades e os demais fazedores de cultura. A solenidade foi realizada na manhã desta segunda-feira (20), no Palácio Anchieta, em Vitória.
No evento, o governador Renato Casagrande assinou o Termo de Fomento destinado à Liga das Escolas de Samba do Grupo Especial (Liesge), provenientes do Tesouro Estadual e de emenda parlamentar federal. Foi também lançado o calendário de ensaios das escolas no Parque Cultural Casa do Governador, localizado em Vila Velha, e o lançamento da transmissão nacional dos desfiles das Escolas de Samba do Espírito Santo, iniciativa de parceria entre a TVE e a TV Brasil, integrantes da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP).
Estiveram presentes no evento o vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço; os secretários de Estado, Fabricio Noronha (Cultura), Flávia Mignoni (Comunicação Social), Tyago Hoffmann (Saúde) e Júnior Abreu (Casa Civil); o senador Fabiano Contarato; os deputados estaduais Marcelo Santos, Denninho Silva, Dary Pagung e Mazinho dos Anjos; além de representantes da Liga Espírito-santense das Escolas de Samba (Lieses) e da Liga das Escolas de Samba do Grupo Especial (Liesge).
“Quero agradecer a todas as escolas de samba, ligas e as lideranças políticas que estão aqui mobilizando mais um espetáculo. A cada ano a gente vê a evolução do trabalho. Temos um Estado reconhecido nacionalmente e também temos um Carnaval respeitado, com muita arte e talento. Desde a minha primeira gestão em 2011, estamos apoiando o setor. Tenho certeza que neste ano vocês vão nos brindar com mais um belo espetáculo. Ficamos felizes pelas oportunidades que são criadas nas nossas comunidades e também pelo fomento à nossa cultura”, afirmou o governador Casagrande.
De acordo com o secretário de Estado da Cultura, estas ações fortalecem ainda mais a potência do Carnaval capixaba, tendo como um dos principais atrativos a geração de trabalho e renda, o turismo, além de enriquecer a identidade cultural brasileira dentro e fora do País. “Com a aplicação de recursos via Tesouro Estadual, ensaios no Parque Cultural Casa do Governador e a transmissão pela TVE e TV Brasil, o Governo do Estado fortalece o Carnaval capixaba, fomentando a cadeia produtiva em parceria com a Liga, beneficiando todas as escolas e colocando o evento em destaque nacional”, destacou Fabricio Noronha.
O vice-governador Ricardo Ferraço enfatizou o potencial da festa para o desenvolvimento nas comunidades. “O Carnaval exerce uma magia. O que nós estamos comemorando aqui é a união de esforços. União de esforços para valorizar o trabalho comunitário realizado ao longo dos meses e para apresentar nosso Espírito Santo ao Brasil. Uma festa extraordinária, organizada, bem estruturada e bem planejada. Isso gera impacto social, impacto econômico e contribui com a promoção do nosso estado. Vida longa ao nosso carnaval capixaba. Essa união de esforços aqui nos dá segurança de que, mais uma vez, o carnaval capixaba vai pocar”, declarou.
Para o diretor-geral da Fundação Carmélia Maria de Souza de Cultura e Comunicação Pública, Igor Pontini, este é o terceiro ano consecutivo que a TVE e a TV Brasil transmitem os desfiles em rede nacional. “Essa parceria consolida nosso compromisso com a democratização do acesso aos temas da cultura popular, fortalecendo a comunicação pública e colocando o Carnaval capixaba no circuito nacional da folia. Estamos cumprindo a nossa missão de promover o nosso Carnaval, dar visibilidade às agremiações e valorizar as comunidades, as famílias e todas as pessoas envolvidas nos desfiles, fortalecendo a nossa identidade”, pontuou.
Fomento
Foram assinados os termos de fomento destinados destinado à Liga das Escolas de Samba do Grupo Especial (Liesge): “O Carnaval do Brasil Começa Aqui”, no valor de R$ 1,2 milhão, com recursos do Tesouro Estadual; e o projeto “Trilhas Identidade e Diversidade/Cultura Popular e Tradicional – Escola do Carnaval Capixaba – Formação e Aperfeiçoamento em Linguagens Carnavalescas: Alegorias”, com investimento de R$ 969 mil, fruto de emenda parlamentar de contrapartida, com recursos do Tesouro Estadual.
Essas iniciativas visam a fomentar a cadeia produtiva do Carnaval capixaba, com foco nas atividades das escolas de samba na região da Grande Vitória e devem capacitar, fomentar e articular a cadeia produtiva do Carnaval, promovendo a gestão e o planejamento dos desfiles das escolas de samba, além de profissionalizar os agentes ligados a essas entidades nas comunidades carnavalescas da região.
Ensaios
Também foi anunciado o lançamento do calendário de ensaios de algumas das principais escolas de samba do Estado no Parque Cultural Casa do Governador, localizado em Vila Velha, com ensaios que vão ocorrer aos domingos. Já tem data marcada o ensaio da Mocidade Unida da Glória (MUG), no dia 26 de janeiro; e do G.R.E.S. Unidos da Piedade, no dia 09 de fevereiro. Ambos os eventos serão gratuitos.
Localizado na Residência Oficial do Governo do Estado, o Parque Cultural Casa do Governador foi inaugurado em maio de 2022, com o propósito de valorizar a produção cultural local. Hoje, é reconhecido como a maior galeria de arte a céu aberto do Espírito Santo, abrigando 32 obras de arte, entre permanentes e temporárias, incluindo esculturas, instalações e obras site-specific.
Transmissão nacional das escolas de samba
Do Sambão do Povo para todo o Brasil: o desfile das escolas de samba do grupo especial do Carnaval capixaba será transmitido pela terceira vez ao vivo para todo o País. A iniciativa é fruto da parceria entre a TVE e a TV Brasil, gerando e distribuindo o sinal e seu conteúdo para todas as suas afiliadas, cobrindo todo o território nacional.
A equipe de reportagem fará entradas direto da concentração das escolas, das arquibancadas e de outros locais estratégicos, entrevistando os personagens que protagonizam o espetáculo. Várias câmeras e drones estarão posicionados ao longo da avenida, com som e imagens de alta qualidade, permitindo a melhor cobertura.
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