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Medicina e Saúde

Casos de infarto abaixo dos 40 anos aumentam; veja como prevenir

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Ministério da Saúde registra um crescimento de 184% nas internações de pessoas por infarto abaixo dos 40 anos no SUS entre 2000 e 2022

Dados do Ministério da Saúde revelam uma estatística alarmante: as internações relacionadadas aos casos de infarto abaixo dos 40 anos cresceram 184% no Sistema Único de Saúde (SUS) entre 2000 e 2022.

Isso significa que a taxa passou de 1,7 caso por 100 mil habitantes para quase 5 no período analisado. As informações foram analisadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

A faixa etária de 35 a 39 anos foi a mais impactada, com um aumento de 79,8% nas internações, de 9,3 para 18 casos por 100 mil habitantes. Entre jovens de 25 a 29 anos, os casos mais que triplicaram.

Infarto abaixo dos 40 anos: subnotificação é um desafio

Apesar de os números refletirem apenas internações registradas no SUS, que atende cerca de 75% da população brasileira, especialistas destacam que o problema pode ser ainda maior devido à subnotificação.

O aumento nos casos de infarto precoce é atribuído a fatores genéticos e ambientais, com destaque para o avanço da obesidade no Brasil.

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Casos de obesidade no Brasil chegam a 34% em 2024

Em 2024, 34% dos adultos brasileiros apresentavam obesidade.

Esse dado representa um aumento de aproximadamente 70% em comparação aos 20% registrados em 2019, segundo a Fundação Oswaldo Cruz e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso).

De acordo com o cardiologista Jansem Bonfim, da Cardiodiagnóstico, a gordura abdominal é um dos mais importantes marcadores de risco para doenças cardiovasculares.

Esse tipo de acúmulo de gordura está frequentemente relacionado a níveis elevados de triglicerídeos, baixos níveis de colesterol bom (HDL) e resistência à insulina, todos fatores de risco cardiovascular, explica Bonfim.

Cigarro eletrônico e “chip da beleza” são fatores de risco

Outros fatores de risco incluem o estresse, sedentarismo, alimentação inadequada e o uso crescente de dispositivos como cigarros eletrônicos (vapes) e hormônios sintéticos, incluindo o popular “chip da beleza”.

Em 2024, tanto o chip quanto os vapes foram alvo de críticas e pressões de sociedades médicas para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibisse sua comercialização, devido aos efeitos adversos relatados.

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O cardiologista Rafael Altoé explica que, em muitos casos, o cigarro eletrônico é visto como inofensivo, mas a falta de regulamentação dificulta saber quais substâncias estão presentes nos dispositivos.

Isso pode causar diversos problemas de saúde, incluindo riscos para o coração e a circulação sanguínea, alerta Altoé.

Quando ocorre o infarto?

O infarto ocorre quando há morte do tecido cardíaco devido à falta de circulação sanguínea no coração, geralmente associada ao acúmulo de placas de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos.

Essas placas podem obstruir as artérias ou se romper, bloqueando o fluxo de sangue para o coração.

“A prevenção ao infarto exige hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos, controle do estresse, além de evitar o tabagismo e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas”, orienta Bonfim.

Segundo ele, como muitas doenças cardiovasculares se desenvolvem de forma silenciosa, as consultas médicas regulares são essenciais.

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Câncer de boca: Diagnóstico precoce ajuda a salvar vidas

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câncer de boca é uma condição grave que afeta milhares de pessoas em todo o mundo. Trata-se de um tipo de neoplasia que pode surgir em diversas áreas da cavidade oral, como língua, gengivas, bochechas, céu da boca, assoalho da boca e lábios.

Esse tipo de câncer, se não diagnosticado e tratado precocemente, pode comprometer funções essenciais como a fala, a mastigação e a deglutição, além de se espalhar para outras regiões do corpo.

O câncer de boca, como outras neoplasias malignas, ocorre devido ao crescimento descontrolado de células anormais na cavidade oral. Esse crescimento pode ser desencadeado por uma série de fatores, sendo os principais:

Tabagismo e consumo de álcool

O cigarro e o álcool são os maiores responsáveis pelo desenvolvimento do câncer de boca. O tabagismo está diretamente relacionado ao aparecimento de tumores na mucosa oral, pois contém substâncias químicas que causam mutações celulares.

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas também é um fator de risco importante, e quando combinado ao cigarro, o risco é potencializado significativamente.

Infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV)

O HPV está associado a diversos tipos de câncer, incluindo o câncer de boca. A transmissão do vírus ocorre principalmente por meio do contato direto das lesões com a mucosa oral.

Exposição excessiva ao sol

A exposição prolongada aos raios ultravioleta (UV) sem proteção pode aumentar o risco de câncer nos lábios, especialmente em pessoas que trabalham ao ar livre sem o uso de protetor solar labial.

Má higiene bucal e uso de próteses mal ajustadas

falta de higiene bucal adequada pode levar a inflamações crônicas na boca, facilitando a proliferação de células anormais.

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Além disso, próteses mal ajustadas podem causar feridas recorrentes, que, ao longo do tempo, podem se tornar lesões cancerígenas.

Dieta pobre em frutas e vegetais

A alimentação também desempenha um papel crucial. O consumo insuficiente de frutas e vegetais, que são ricos em antioxidantes e vitaminas, pode enfraquecer o sistema imunológico e aumentar a predisposição ao câncer.

O câncer de boca pode se manifestar de diversas formas, o que pode dificultar o seu diagnóstico inicial. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:

  • Feridas na boca que não cicatrizam em até 15 dias;
  • Manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na mucosa oral;
  • Dor persistente na boca ou na garganta;
  • Dificuldade para mastigar, engolir ou falar;
  • Inchaço ou caroços na boca, língua ou bochechas;
  • Sangramento sem causa aparente;
  • Mau hálito persistente;
  • Perda de peso sem explicação.

Vantagens do diagnóstico precoce

diagnóstico precoce do câncer de boca aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento.

O processo diagnóstico inclui um exame clínico minucioso da micosa oralbiópsia das áreas ou lesões suspeitas e exames de imagem, quando necessário, para definir a dimensão da doença e o seu estadiamento.

Tratamento varia de acordo com o estágio da doença

tratamento do câncer de boca depende do estágio da doença, da localização do tumor e das condições gerais do paciente. As principais abordagens incluem:

  • Cirurgia: a remoção cirúrgica do tumor é uma das principais formas de tratamento. Em casos avançados, pode ser necessário remover parte da língua, mandíbula ou outras estruturas da boca;
  • Radioterapia: utiliza radiação para destruir células cancerígenas. Pode ser usada isoladamente ou em combinação com a cirurgia e a quimioterapia;
  • Quimioterapia: o tratamento quimioterápico utiliza medicamentos para destruir células cancerosas ou impedir sua multiplicação. É frequentemente utilizado em casos mais agressivos ou quando o câncer já se espalhou para outras regiões do corpo;
  • Terapia alvo e imunoterapia: novas terapias, como a terapia alvo e a imunoterapia, vêm sendo utilizadas para tratar cânceres avançados. Elas atuam diretamente nas células cancerígenas ou estimulam o sistema imunológico a combater a doença.
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Mudança nos hábitos de vida

A prevenção do câncer de boca envolve mudanças nos hábitos de vida e cuidados com a saúde bucal. Algumas medidas eficazes incluem:

  • Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool;
  • Utilizar protetor solar labial ao se expor ao sol por períodos prolongados;
  • Manter uma higiene bucal rigorosa, escovando os dentes e usando fio dental diariamente;
  • Consultar um dentista regularmente para check-ups e detecção precoce de lesões suspeitas;
  • Adotar uma alimentação rica em frutas, legumes e vegetais;
  • Evitar o contato com o HPV por meio do uso de preservativos e vacinação contra o vírus.

Incentivo às campanhas de conscientização

Campanhas de conscientização são fundamentais para alertar a população sobre os riscos do câncer de boca e a importância do diagnóstico precoce.

O câncer de boca é uma doença grave, mas pode ser prevenido e tratado com sucesso quando detectado precocemente.

A conscientização sobre os fatores de risco, a adoção de hábitos saudáveis e o acompanhamento odontológico e médico regular são essenciais para reduzir a incidência da doença e garantir um diagnóstico precoce.

Se você notar qualquer sintoma persistente na boca, não hesite em procurar um profissional de saúde.

Quanto mais cedo o câncer for identificado, maiores serão as chances de um tratamento eficaz e uma recuperação bem-sucedida.

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Medicina e Saúde

São Paulo confirma primeiro caso de sarampo em 2025

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A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo anunciou a confirmação do primeiro caso de sarampo em 2025. O paciente, um homem de 31 anos residente na capital paulista, já está recuperado e havia recebido a vacina. As autoridades de saúde estão investigando a origem da infecção, uma vez que o último caso autóctone no estado foi registrado em 2022. O homem começou a apresentar sintomas após uma viagem a Jacarezinho, no Paraná. Considerada uma doença altamente contagiosa, o sarampo é transmitido por meio de gotículas respiratórias. A vacinação continua sendo a principal estratégia para prevenir a doença. Os sintomas típicos incluem febre elevada, erupções cutâneas, tosse, conjuntivite e um geral mal-estar. A vacina contra o sarampo está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em São Paulo.

O Brasil obteve a certificação de eliminação do vírus do sarampo em 2016, mas essa conquista foi revertida em 2019, quando houve um aumento significativo no número de casos. O último registro de um caso endêmico ocorreu em junho de 2022, no Amapá. Em novembro do ano passado, o país foi novamente certificado como livre da circulação do vírus, mas a situação atual levanta preocupações. As autoridades de saúde reforçam a importância da vacinação para evitar a propagação do sarampo, especialmente em um cenário onde novos casos podem surgir. A vigilância epidemiológica está em alerta, e a população é incentivada a manter a caderneta de vacinação em dia.

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