
O vice de futebol, Marcos Braz é o maior defensor de Rogério Ceni no Flamengo.
Foi ele quem o convenceu a largar o Fortaleza e assumir o clube carioca.
E concordou com o pedido do técnico de liberdade total para lidar com o milionário elenco.
Foi quem se posicionou contra sua demissão, quando aconteceram as eliminações na Copa do Brasil, para o São Paulo, e na Libertadores, para o Racing.
Braz também foi o responsável pela intrincada negociação para a contratação de Gabigol. O dirigente convenceu que o clube da Gávea seria o melhor caminho, no seu sonho de disputar a Copa do Mundo de 2022.
Melhor do que ninguém, o vice sabe o quanto os dois personagens são geniosos, vaidosos.
E que eles entraram em rota de colisão.
Gabigol custou 16,5 milhões de euros, cerca de R$ 106 milhões.
Está insatisfeito com o treinador pelas substituições constantes.
Se não consegue terminar os jogos pelo Flamengo, como pode reivindicar uma vaga na Seleção?
O treinador não acredita que o time possa atuar com Gabigol e Pedro juntos.
O ex-atacante do Fluminense custou 14 milhões de euros, R$ 90 milhões.
Ou seja: o clube tem uma dupla de artilheiros de R$ 196 milhões.
Mas cada jogador só pode, na visão de Ceni, atuar parte das partidas.
Pedro concorda, respeitosamente, começar no banco.
Ou ser trocado durante os jogos.
Só que Gabigol não aceita ser substituído.
Está mostrando sua raiva publicamente.
Como ontem, no clássico diante do Vasco.
O que tem prejudicado o ambiente no time.
Justo agora, que só depende de quatro vitórias para ganhar o Brasileiro.
Braz resolveu.
Vai apaziguar.
Conversar com os dois para evitar o rompimento.
Que seria drástico.
Poderia fazer o Flamengo perder o título nacional.
Rogério Ceni e Gabigol estão insatisfeitos.
Porque cada um sabe o que ouviu de Braz.
Os demais jogadores não tomam partido.
Para não piorar o clima nos vestiários.
Pedro é muito querido pelos atletas.
E está sendo desrespeitado, assim como Ceni, por Gabigol.
O presidente Rodolfo Landim quer o fim desse problema.
Antes dos jogos contra o Bragantino, fora; Corinthians, em casa; Internacional, em casa; e São Paulo, fora.
Essa é uma questão fundamental.
Se o Flamengo quer ser bicampeão deste país…