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Internacional

Cineasta palestino denuncia ataque ‘brutal’ de colonos e Exército israelense: ‘foi para me matar’

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Hamdan Ballal, um dos diretores de ‘Sem Chão’ afirmou que prêmio de Melhor Documentário tornou membros do filme ‘foco dos ataques’

O cineasta palestino Hamdan Ballal, um dos diretores do documentário Sem Chão (No Other Land), vencedor do Oscar 2025, fez suas primeiras declarações após ser sequestrado e torturado por colonos israelenses.

Em vídeo veiculado pela Federação Árabe Palestina (Fepal) nesta quarta-feira (26/03), Ballal afirma que esta foi “a primeira vez” que foi atacado “tão brutalmente” e “exposto a tamanha truculência”.

“Esse ataque foi feito para me matar. E foi feito depois que ganhei o Oscar. Eu não esperava ser submetido a um ataque tão brutal. Mas penso que depois do prêmio, nos tornamos o foco dos ataques. É uma ameaça, inclusive contra nossas vidas”, declarou o palestino.

As declarações de Ballal foram feitas ao lado do outro diretor palestino do documentário, Basel Adra, que também comentou a relação dos ataques com sua vitória no Oscar: “eu realmente agora acho que há ameaças sérias contra nossa vida depois do Oscar e do sucesso do filme”.

Adra afirmou que a vitória na categoria de “Melhor Documentário” na premiação “não ajuda” a proteger suas vidas. “Handam voltou com o Oscar, e se tornou uma vítima e o alvo de ataques de colonos” que muitas pessoas vivem em Massafer Yatta”, aldeia palestina na Cisjordânia que o filme retrata.

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O outro cineasta ainda denunciou o papel das Forças de Defesa Israelenses (IDF, como é chamado o exército do país) nos ataques dos colonos. “O exército de ocupação está aqui para facilitar esses linchamentos e ataques dos colonos. Há anos eu, Handam e outros ativistas temos documentado esse tipo de linchamento e ataques”, revela.

O profissional de cinema foi sequestrado na última segunda-feira (24/03) e libertado na terça (25/03). A denúncia original foi feita pelo seu colega Yuval Abraham. Conforme o relato do cineasta israelense, Ballal estava “sangrando”, apresentava “ferimentos na cabeça e no estômago”, e nessas condições teria sido sequestrado e levado a um local desconhecido.

“Após o ataque, Hamdan foi algemado e vendado a noite toda em uma base do exército enquanto dois soldados o espancavam no chão, segundo sua advogada Leah Tsemel, depois de falar com ele agora há pouco. Ele ainda está retido na delegacia de polícia de Kiryat Arba”, detalhou.

As IDF confirmaram terem prendido Ballal e justificaram o sequestro sob o argumento de que ele estava entre um grupo de palestinos que arremessaram pedras contra colonos israelenses. Entretanto, negaram tê-lo retirado à força de uma ambulância onde estava para tratar as feridas após ser agredido, conforme a denúncia de Abraham.

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Sem Chão (No Other Land)

Vencedor do Oscar 2025 na categoria de Melhor Documentário, Sem Chão conta a história das dificuldades que o palestino Basel Adra, co-diretor do filme, enfrenta enquanto documenta a destruição dos vilarejos de Masafer Yatta na Cisjordânia ocupada. O trama também retrata sua amizade crescente com um segundo diretor, o israelense Yuval Abraham, que passa, neste processo, a compreender as restrições, a discriminação que Adra enfrenta e a importância da resistência palestina.

Durante o discurso na principal premiação estadunidense de cinema, após a entrega do prêmio, Adra e Abraham (os outros dois diretores são Rachel Szor e Hamdan Ballal), realizaram uma forte denúncia das ações militares do regime sionista em Gaza e na Cisjordânia.

“Há cerca de dois meses, me tornei pai, e minha esperança para minha filha é que ela não precise viver a mesma vida que vivo agora — sempre temendo a violência dos colonos, as demolições de casas e os deslocamentos forçados que minha comunidade, Masafer Yatta, enfrenta todos os dias sob a ocupação israelense”, disse Adra.

Sem Chão já havia conquistado outros importantes prêmios. Foi escolhido o melhor documentário no Festival Internacional de Cinema de Berlim, em fevereiro de 2024, e Melhor Filme Não-Ficcional do Círculo de Críticos de Cinema de Nova York.

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Internacional

Apagão na Espanha e em Portugal gera caos no transporte público e deixa população sem sinal de celular

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Blecaute causou paralisações no metrô de Madri, Lisboa e Porto, cancelamentos de viagens de trem e congestionamentos; há relatos de falhas também na França, Alemanha e Finlândia, embora em menor escala

Um apagão atingiu nesta segunda-feira (28) vários países da Europa, principalmente Espanha e Portugal, provocando interrupções no transporte público, queda de sinal de celular e fechamento de comércios. Há relatos de falhas também na FrançaAlemanha e Finlândia, embora em menor escala. Na Espanha, a empresa Red Eléctrica informou que ativou planos de emergência para restabelecer o fornecimento de energia. Segundo dados reunidos pelo jornal El País, o consumo caiu pela metade entre 12h25 e 13h25 do horário local. Em comunicado, a companhia afirmou que “as causas estão sendo analisadas” e que “todos os recursos estão sendo dedicados à solução”.

Em Portugal, a fornecedora E-Redes relatou que o blecaute é parte de “um problema europeu mais amplo” e que o caso já foi reportado ao Centro Nacional de Cibersegurança. As autoridades portuguesas pediram que a população redobre a atenção no trânsito, uma vez que semáforos foram afetados em várias cidades, como Lisboa e Porto. Apesar de ainda não haver uma causa oficial confirmada, autoridades espanholas e portuguesas investigam a possibilidade de um ciberataque. “A dimensão do apagão é compatível com um ataque”, disse o ministro Adjunto e da Coesão Territorial de Portugal, Manuel Castro Almeida, embora tenha ressaltado que essa hipótese ainda não está confirmada.

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O blecaute causou paralisações no metrô de Madri, Lisboa e Porto, além de cancelamentos de viagens de trem e congestionamentos devido à falha dos semáforos. Em Madri, o torneio de tênis ATP Masters 1000 foi interrompido em meio a partidas importantes, como a de Grigor Dimitrov contra Jacob Fearnley. Segundo a ATP, a energia foi cortada às 12h34 locais.

Nos aeroportos portugueses, os embarques foram realizados manualmente, com apoio de geradores. A empresa ANA, responsável pela operação dos aeroportos, confirmou que as decolagens e aterrissagens seguiram em Faro, Porto e Lisboa, embora com limitações na capital. Hospitais, universidades e outros serviços essenciais em Portugal também acionaram geradores para manter o funcionamento. Em Lisboa, a emissora SIC relatou que houve casos de pessoas presas em vagões de metrô devido à falta de energia. As operadoras elétricas seguem trabalhando para restabelecer totalmente o serviço. A expectativa inicial era de normalização parcial a partir das 13h locais (9h em Brasília).

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‘Espero que possamos chegar a um acordo em todos os pontos discutidos’, diz Zelensky após reunião com Trump

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Presidente da Ucrânia declarou que deseja um ‘cessar-fogo total e incondicional’ e afirmou que, embora o encontro tenha sido ‘muito simbólico’, ele pode se tornar histórico caso alcance resultados concretos 

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, disse neste sábado (26) que falou de uma trégua “total e incondicional” durante seu encontro “simbólico” com seu colega americano, Donald Trump, que está pressionando pelo fim das hostilidades entre Kiev e Moscou. “Boa reunião. Conversamos bastante pessoalmente. Espero que possamos chegar a um acordo em todos os pontos discutidos”, escreveu Zelensky nas redes sociais após o encontro, que ocorreu paralelamente ao funeral do papa Francisco no Vaticano.

O líder acrescentou que quer “um cessar-fogo total e incondicional” e que a reunião foi “muito simbólica” e “pode se tornar histórica se alcançarmos resultados comuns”.

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