conecte-se conosco


Segurança

Comissão colhe demandas contra violência em Mantenópolis

Publicado

Sistema de monitoramento, aumento de efetivo policial e investimentos em educação foram medidas sugeridas para melhorar segurança no município

Implantação de um sistema de monitoramento, aumento de efetivo policial, aquisição de mais viaturas para impedir o avanço do tráfico de drogas e o crescimento da violência entre adolescentes e jovens de Mantenópolis e outros municípios da região. Essas foram as reivindicações feitas durante a audiência pública realizada pela Comissão de Segurança na Câmara de Vereadores do município na noite de quinta-feira (12).

Autoridades e cidadãos relataram temor diante dos números da violência na cidade de pouco mais de 15 mil habitantes, no noroeste capixaba, que registra entre 50 a 70 ocorrências por mês entre denúncias de violência doméstica, crimes relacionados ao tráfico e furto.

Além disso, o fechamento e transferência da comarca local para outro município também tem revoltado os moradores, que relataram influência do tráfico nas escolas e entrada de veículos roubados oriundos de Minas Gerais. “Já não temos mais delegacia. Todas as ocorrências são registradas em Barra de São Francisco. Não temos delegado, nem juiz, muito menos segurança. Já cansamos de pedir o sistema de monitoramento, mas não somos ouvidos”, disse o vereador Tico do Dé (PPS).

O município não conta com delegacia. Os moradores são atendidos por dois investigadores e um escrivão. Eles trabalham em uma unidade no prédio da prefeitura e não dispõe de internet ou telefone. Além disso, não podem utilizar os dois veículos disponíveis, pois um está sem funcionar e outro com problemas, conforme foi dito na audiência.

Leia mais:  Tráfico perdeu R$ 653,8 mi em 2019, diz Polícia Federal

Uma das proponentes da audiência pública, a vereadora Euzeni Borges (PMN), também cobrou a manutenção de equipamentos públicos, citando as ruínas da antiga delegacia local, e pediu a permanência do fórum na cidade. “Entregamos o pedido ao presidente do Tribunal de Justiça e esperamos que atendam nosso clamor”, afirmou a vereadora.

Educação 

Em 2012, Mantenópolis foi um dos dois municípios capixabas premiados pela Secretaria de Estado de Educação (Sedu) em qualidade na educação. De lá pra cá, segundo os convidados, as escolas não mantiveram os bons índices por falta de estrutura e reivindicaram investimentos pasta. Para eles, promover educação de qualidade é fundamental para estruturar a segurança.

“A educação pode amenizar a maioria dos problemas que hoje estamos vivemos. Precisamos investir mais em estrutura humana, mas com inteligência nos planejamentos”, afirmou o vice-prefeito, Geraldo Magela (PSDB).

Economia

Além da insegurança das famílias, o comércio local vem contabilizando inúmeros prejuízos com a insegurança. De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Mantenópolis, Denilson Piazzanti da Silva, o número de furtos vem aumentando a cada dia.

“Muitos comerciantes acabam desistindo por causa da crescente criminalidade em Mantenópolis. Precisamos ter acesso ao sistema de monitoramento, porque essa ferramenta vai nos ajudar a identificar os criminosos com mais rapidez”, disse.

Leia mais:  PF cumpre mandados no ES em operação contra venda ilegal de anabolizantes

Infraestrutura e Guarda Civil

Mais urbanização do município, com melhorias nas vias, e criação de mais espaços públicos foram cobradas pelo prefeito Hermínio Espanhol (MDB). Segundo ele, a gestão municipal tem trabalhado para promover melhorias na infraestrutura local. “Estamos trabalhando, mas precisamos, ainda, de investimentos para melhorar as condições de vida das pessoas em Mantenópolis”, destacou.

Espanhol também pediu ajuda do colegiado para que criar uma Guarda Civil Municipal. “Isso ajudaria muito nossa cidade, já que temos enorme carência de efetivo de policiais civis e militares”, afirmou.

O presidente do colegiado, deputado Danilo Bahiense (PSL), criticou o sucatemaneto das estruturas de segurança do Estado. Segundo ele, a unificação das comarcas trará ainda mais prejuízo a moradores do interior. “Há casos em que as distâncias ficam tão grandes que inviabiliza o acesso do cidadão aos serviços. Vamos continuar batendo nessa tecla”, salientou.

A audiência de Mantenópolis foi a segunda deste ano. Pinheiros abriu os trabalhos da comissão e registrou demandas parecidas. Em 2019, o Colegiado realizou 13 audiências públicas em diversas regiões. O objetivo é mapear as demandas de segurança no Espírito Santo e  apresentar ao Poder Executivo um diagnóstico da situação.

publicidade

Segurança

“Pó virado”: traficantes preparavam droga em piscina até com fermento

Publicado

Dentre os integrantes da quadrilha que produzia o pó virado estava um policial militar, segundo investigação da Polícia Civil

A Polícia Civil prendeu 14 pessoas durante a Operação Killers, desmantelando uma organização criminosa envolvida no tráfico de drogas em Cariacica e Vila Velha, incluindo a prisão de um policial militar que repassava informações estratégicas para traficantes. Os envolvidos eram conhecidos pela produção e venda do chamado “pó virado”.

O pó virado é um processo de mistura de crack com outros produtos como ácido bórico, fermento e até pó de mármore, para simular cocaína e vender aos usuários por um preço mais baixo.

A droga estava em uma piscina e foram encontrados pelo menos 100 quilos do entorpecente. De acordo com a polícia, a quadrilha movimentava de R$ 2 milhões a R$ 5 milhões com a comercialização.

De acordo com o delegado Alan Moreno, coordenador do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat), informou que o pó virado dobra o risco para os usuários da droga e aumenta o lucro para a organização criminosa.

“Descobrimos que a organização estava utilizando o ‘pó virado’, um processo de adulteração de crack com outras substâncias como ácido bórico e pó Royal. Isso não só coloca em risco a saúde dos usuários, mas também aumenta o lucro da organização, já que a droga é vendida a um preço mais baixo, mas com um alto potencial de danos para quem consome”, disse.

Operação Killers

A operação, que começou em novembro de 2023, identificou diversas lideranças do tráfico local, como o chefe Adair Fernandes da Silva (vulgo Dadá), preso em maio do mesmo ano, e o traficante José Cândido Javarini Filho, conhecido como Dé, que também foi preso.

Durante a operação, foram apreendidos veículos de luxo e uma grande quantidade de drogas, além de armamentos pesados, demonstrando a complexidade e o poder da organização criminosa.

Leia mais:  Sefaz realiza operação especial para fiscalizar comércio atacadista de café em grão

A investigação aconteceu com o com apoio do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat) e da Subsecretaria de Inteligência (SEI) da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) e com denúncias do Ministério Público.

O delegado detalhou o início da operação e as dificuldades enfrentadas pelas equipes de investigação:

“A operação começou com a prisão de Gideão da Silva Jorge, em março de 2023, e foi a partir dessa prisão que vimos a necessidade de uma ação contundente, pois o tráfico naquela região era imenso. A área estava basicamente sob o controle de criminosos ligados ao PCC, mas também havia facções menores e traficantes independentes. Com a prisão de Gideão, avançamos com a investigação e fizemos nossa primeira operação, a Cripta, em setembro de 2023”, disse o delegado Alan Moreno.

Liderança e estrutura

A organização criminosa em questão é liderada por Adair Fernandes da Silva, vulgo “Dadá”, de 42 anos, figura central do tráfico de drogas e armas no bairro Flexal II, em Cariacica.

“Dadá” carrega um extenso histórico criminal, envolvendo-se diretamente no controle de diversos pontos de venda de entorpecentes e no comércio de armas. Sob sua liderança, a organização se mantém estruturada, com uma hierarquia bem definida, capaz de manter suas operações mesmo diante das constantes investigações.

A estrutura inclui figuras de confiança, como o gerente Gideon da Silva Jorge, conhecido como “CAVEIRA”, responsável pela coordenação das operações de tráfico de cocaína e crack.

Wemerson Rosa de Oliveira, vulgo “BOI”, gerencia a venda de maconha, enquanto Vandeilson da Fonseca Antunes, “Vandinho”, cuida do tráfico de skank (haxixe), sendo ambos elementos essenciais para o abastecimento de entorpecentes na região.

Outros membros da organização, como Carlos Eduardo Silva Correa, “Lambão”, e Matheus Martins Barbosa, “Gaguinho”, Ruan Lourenço Correa, vulgo “Marola”, Marcos de Jesus Bispo, vulgo “Chapinha”, auxiliam na preparação e ocultação de veículos e propriedades adquiridas com os lucros do tráfico.

Leia mais:  Violência contra idosos aumenta mais de 300% em cinco anos no ES

As outras prisões foram de Sidney dos Santos Nunes, vulgo “Nego Sidney”, que tinha participação no tráfico de drogas. Ederson Braga Paradela, na sua residência , foram encontrados armas, munições e entorpecentes.

E também de Carlos Victor Hugo de Oliveira, vulgo “Coroa Mel”, segundo a Polícia, ele revendia aparelhos telefônicos para o grupo de Dadá, além de habilitar linhas em seu nome, para facilitar a comunicação do grupo.

Policial Militar envolvido em espionagem criminosa

Um dos aspectos mais chocantes da operação foi a descoberta de que um policial militar estava envolvido com o tráfico de drogas, fornecendo informações operacionais sobre a Polícia Militar para os criminosos.

O PM, identificado como Maurício Simonassi de Andrade, mantinha contato direto com os líderes do tráfico, repassando escalas de serviço e fotos dos policiais, o que colocava em risco a segurança de seus colegas.

O Policial fornecia informações sigilosas, incluindo rotas de patrulhamento e horários, e
alertas sobre operações policiais, permitindo que a organização evitasse a apreensão de drogas e dinheiro.
Ele recebia pagamentos regulares de “Dadá”, estimados em R$ 5 mil mensais, em troca do fornecimento das informações confidenciais. Também há indícios de que recebeu um veículo usado como pagamento, um Fiat Palio, registrado sob nome falso.

O delegado também comentou sobre a ação envolvendo o policial militar:

“Infelizmente, um policial militar, Maurício, foi identificado como colaborador do tráfico. Ele passava informações sigilosas para a organização criminosa, como escalas operacionais e fotos de policiais, colocando a vida de seus colegas em risco. Esse é um fato lamentável, mas que foi fundamental para nosso avanço na operação”, disse o Delegado Alan Moreno.

Continue lendo

Segurança

Foragido manda cachorro morder PM para escapar de prisão

Publicado

Rapaz ainda tentou dar um nome falso para não ser reconhecido, mas acabou preso. Com ele, os policiais encontraram uma drogas e dinheiro

Um homem de 37 anos foi preso em uma operação policial no bairro Divino Espírito Santo, em Vila Velha, após uma tentativa frustrada de fuga. Para tentar se livrar dos policiais, o rapaz deu ordens para o cachorro morder os militares.

Pablo Velten de Jesus, segundo a polícia, estava foragido do sistema prisional desde setembro e possuía uma extensa ficha criminal.

Durante uma ação no bairro, policiais militares viram o suspeito no “Beco da Lica”. De acordo com a polícia, o rapaz estava com uma sacola suspeita e, ao notar a presença dos policiais, tentou escapar e jogou a sacola para um lado. Nela, foram encontradas mais de 200 pedras de crack e R$ 200.

O rapaz acabou detido pouco depois. No momento da prisão, Pablo reagiu com violência e desferiu socos e chutes contra um dos policiais. 

Leia mais:  Sejus recebe 11 veículos do Senappen

Ele ainda ordenou que o cachorro atacasse os agentes. O animal mordeu um policial na perna, que precisou de atendimento médico. Pablo ainda tentou dar um nome falso aos policiais. O homem foi levado para a delegacia e acabou preso.

Continue lendo

São Mateus

Política e Governo

Segurança

Camisa 10

Mais Lidas da Semana