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Medicina e Saúde

Confinamento: oportunidade de cuidar do corpo e da mente

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Nova rotina de isolamento devido ao coronavírus não precisa ser sinônimo de sedentarismo

A vida seguia seu ritmo e de repente tudo parou. Trabalho, estudo, passeios, práticas esportivas. O isolamento social imposto pela necessidade de conter rapidamente o avanço do novo coronavírus trouxe diversas restrições para a rotina diária, e uma delas diz respeito à atividade física. Mas o confinamento não precisa ser sinônimo de sedentarismo, como destaca o professor de Educação Física e personal trainer Alex França Lana.

“A prática de exercícios físicos durante esse período de confinamento é muito importante. Não só por conta de todos os benefícios promovidos em níveis fisiológicos, através da manutenção de um estado de atividade física corporal, mas também para contribuir com o controle emocional, com nossa saúde mental que tende a ficar abalada diante de uma situação tão inesperada”, ponderou Lana.

O treinador é um dos profissionais que recorreram à internet para garantir a frequência nas aulas de seus alunos e também para incentivar quem está buscando orientação para sair do sedentarismo durante o isolamento. Via aplicativo ele fornece gratuitamente alguns programas de treinamento.

“Há uma diversidade de treinos que foram elaborados para diversas realidades, no entanto, a recomendação para prescrição de um programa específico para cada pessoa, permanece”, diz.  Nesse último caso, o serviço é pago. Segundo o treinador, o app tem tido muitos acessos, com retorno positivo, tanto dos que acessam os treinos gratuitos como dos que optam pela consultoria personalizada.

Os aplicativos de atividades físicas também estão se tornando ferramentas usadas por algumas empresas nesse período de confinamento para estimular os funcionários a cuidarem da saúde.

O Grupo Águia Branca lançou uma campanha para funcionários: “Com os corações internos, somos mais fortes”. A ideia é selecionar uma série de conteúdos e dicas que possam ajudar os colaboradores e familiares no período de isolamento social.

“Diante do desafio que é ficar preso em casa, os exercícios físicos são uma alternativa para desestressar, manter o corpo em movimento e promover a imunidade. Acontece que nem todos têm disciplina e motivação para fazer isoladamente e muitos não têm conhecimento sobre como fazer os exercícios corretamente. Os aplicativos contribuem nesse sentido”, explica a assessora de Comunicação e Sustentabilidade do grupo, Adriana Denadai.

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Para quem optar pelos aplicativos, Alex Lana destaca que o básico é saber se há um profissional de Educação Física habilitado por trás da elaboração dos programas. E faz um alerta: “Acho que o mais importante é se conhecer, saber suas limitações e não dar continuidade ao que não te faz bem. Se você está fazendo um programa de exercícios de algum aplicativo e sentiu algum tipo de desconforto, cesse essa atividade até descobrir a causa desse desconforto”.

Lana também fez ressalvas quanto aos treinos disseminados na internet. “Somente o profissional de Educação Física é habilitado a prescrever e orientar a prática de exercícios físicos. Não cometa o erro de ir seguindo programas avulsos postados por blogueiros que não são da área e não conhecem sua realidade”.

Yoga

Outro tipo de atividade física que vem ganhando adeptos durante a quarentena é o yoga – prática milenar de harmonização do corpo com a mente por meio de técnicas de respiração, posturas e meditação. A professora Fabiana Lorencette explica que o yoga trabalha diretamente no processo de disciplinar a mente com firmeza e flexibilidade, refletindo assim no corpo e no equilíbrio espiritual, o que auxilia na capacidade de lidar melhor com os processos de mudanças e imprevistos, como o período de isolamento social.

Segundo Fabiana, os benefícios da prática podem ser observados desde o primeiro dia de aula, como por exemplo, o corpo e o processo respiratório expandidos, mente mais focada e sensação de alegria que tem a ver com o equilíbrio hormonal proporcionado pelos exercícios.

A profissional também adaptou suas aulas para o ambiente virtual e viu a procura quase dobrar neste período. “A procura pela prática de yoga aumentou consideravelmente de uns dois anos para cá, acredito que seja porque as pessoas têm voltado mais a atenção para o que traz bem-estar em relação à qualidade de vida. Com esse processo pelo qual estamos passando, de confinamento, a procura aumentou ainda mais, numa escala de 70%, acima do habitual”, afirmou.

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Mesmo ministrando as aulas por videoconferência, Fabiana garante que consegue fazer ajustes básicos na postura do aluno e demonstra preocupação com o grande aumento também da oferta de aulas online.

“Não há restrições de idade e nem de condição física para realizar yoga, mas a prática de maneira virtual deve ter a atenção redobrada tanto de quem está oferecendo as aulas como de quem está praticando. Consciência e respeito vêm de cada um, ou seja, cada um tem seu ritmo e isso deve ser imensamente respeitado”, salientou.

Além das videoconferências para alunos já matriculados, a professora também decidiu levar para a internet as aulas que ministra gratuitamente desde 2016, no projeto “Yoga na Praça-Prof. Fabi””, realizado na Praça dos Namorados, em Vitória, com o objetivo de “plantar e cultivar a semente do yoga no coração das pessoas e despertar para que elas também sejam cultivadoras”.

A praça foi trocada pela live do Instagram nas manhãs de sábado e, segundo Fabiana, tem atraído praticantes de outros estados e até de países como Estados Unidos e Áustria. “Usar as redes sociais de maneira consciente e saudável também faz parte do yoga. Adaptação”, ressaltou.

Expectativas

Quanto à expectativa para o pós-confinamento, os professores Fabiana Lorencette e Alex Lana apostam em mudanças de comportamento. “Quando tudo isso passar as pessoas já não serão as mesmas e aí veremos o que elas irão adotar em suas vidas, para o cotidiano, pois irá de acordo com o aprendizado que cada um teve de toda essa lição”, apontou Fabiana.

“Sou uma pessoa bem otimista. Minha expectativa é que ao final desse período de quarentena as pessoas deem mais importância à saúde e que saibam que saúde vai além do estado de ausência de doenças. É preciso cuidar do nosso corpo e da nossa mente, independente da situação que estivermos vivendo”, concluiu Lana.

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Vila Velha passa a ofertar teleconsultas com médicos especialistas

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Vila Velha dá mais um passo importante para melhorar o serviço de saúde para os moradores. A Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com o Governo do Estado, passa a ofertar teleconsultas com especialistas. A iniciativa vai facilitar o acesso à Atenção Especializada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e diminuir o tempo de espera para consultas.
 
As teleconsultas serão agendadas pelo Governo do Estado e os munícipes deverão se dirigir até o Centro de Atendimento Médico Especializado (Cemas) na data e horário agendado. As salas foram adaptadas para receber esses usuários, que contarão com o acompanhamento de um profissional de enfermagem durante a consulta virtual.
 
“Há uma demanda reprimida por consultas em especialidades médicas e, a implementação das teleconsultas vai beneficiar a população, já que vai garantir o seu acesso aos serviços médicos, reduzindo filas e tempos de espera”, explica a secretária de Saúde da Prefeitura de Vila Velha, Cátia Lisboa.
 
As 12 especialidades médicas ofertadas são: angiologia adulto; cardiologia adulto e pediátrica; dermatologia adulto; gastroenterologia adulto; neurologia adulto; ortopedia adulto e pediátrico; otorrinolaringologia adulto e pediátrica; psiquiatria adulto; e urologia adulto.

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Volta às aulas: pais devem ficar atentos aos sintomas de virose

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Aumento da interação social, mudanças de temperatura e convivência em ambientes fechados com volta às aulas favorecem disseminação de vírus

Com a volta às aulas neste começo de fevereiro, os pais devem ficar atentos aos possíveis sintomas de virose que os filhos podem apresentar. Elas se espalham rapidamente em ambientes coletivos, por isso a atenção à saúde das crianças deve ser redobrada.

Para a prevenção das doenças, os pais devem estar atentos aos sinais. Alguns dos sintomas de viroses mais comuns incluem febre, dor de garganta, coriza, tosse, diarreia, náuseas e vômitos.

A atenção deve ser redobrada com o aumento da interação social, as mudanças de temperatura e a convivência em ambientes fechados, fatores que favorecem a disseminação de vírus.

A médica infectologista da Unimed Vitória, Ana Carolina D’Ettorres, alerta que a volta às aulas pode afetar a saúde das crianças. Além do maior contato dos estudantes em ambientes fechados, as crianças menores ainda têm um sistema imunológico em desenvolvimento.

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“A volta às aulas representa um aumento no número de contatos entre os estudantes, criando um ambiente propício para a transmissão de vírus respiratórios, como o da gripe, resfriados, incluindo o vírus da Covid-19, e os causadores de gastroenterites”, orienta a médica.

Segundo a médica, o compartilhamento de materiais escolares, como lápis, canetas e até brinquedos, também facilitam a transmissão de vírus.

Sintomas de viroses para ficar de olho

Os sintomas são sinais importantes para os pais ficarem atentos. Segundo a médica Ana Carolina, a postura da criança é outro sinal a se investigar. Caso ela esteja demonstrando falta de energia, pode ser um indicativo de virose.

“É possível observar uma postura mais ‘prostrada’ nas crianças, como cansaço e desânimo para realizar atividades que antes eram prazerosas, como correr e brincar, além de uma possível falta de apetite”, descreve a infectologista.

Os sintomas mais comuns de uma virose são:

  • febre;
  • dor de garganta;
  • coriza;
  • tosse;
  • diarreia;
  • náuseas;
  • vômitos.

Vacinação em dia e bons hábitos de higiene

A pediatra da Unimed Vitória, Iria Giacomin, orienta que manter bons hábitos de higiene e manter a caderneta de vacinação das crianças em dia é a principal forma de prevenção. Lavar as mãos com água e sabão, especialmente antes das refeições e após o uso do banheiro, é essencial.

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“Vacinas contra o sarampo, gripe, hepatite, entre outras, são fundamentais para a proteção da saúde coletiva. Além disso, pais, alunos e escolas, precisam trabalhar em conjunto, a fim de manter a boa higienização das crianças e dos materiais escolares utilizados por eles”, aponta a médica.

Tratamento inclui repouso e hidratação

Iria Giacomin afirma que muitas viroses podem ser tratadas em casa, com repouso e hidratação. Mas, segundo ela, é fundamental estar atento aos sinais que indicam complicações.

“Caso a criança apresente dificuldade para respirar, febre muito alta que não cede com medicamentos, dor abdominal intensa, ou uma piora no quadro, é necessário buscar orientação médica”, indica a pediátra.

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