Muitos agricultores mudaram os hábitos de trabalho no campo devido à pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) e passaram a adotar medidas de segurança para evitar contágio no período da colheita do café. Para auxiliar nesse trabalho, eles contaram com as orientações contidas na cartilha lançada pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), em conjunto com vários parceiros que atuam no setor cafeeiro do Espírito Santo.
Em Patrimônio do Quinze, distrito de Nova Venécia, o produtor Luciano Zanotti, seguiu à risca as orientações contidas na cartilha. Para iniciar um novo dia de trabalho, antes do embarque nos veículos de transporte, é realizada uma triagem com a medição de temperatura corporal dos trabalhadores. Caso sejam identificados trabalhadores com sintomas de gripe (febre e sintomas respiratórios), eles são isolados por 14 dias.
“A cartilha foi fundamental para nos orientar no momento da colheita. Acredito que se todos os produtores seguirem à risca todas as medidas, teremos uma colheita com qualidade e segura”, disse o produtor Luciano Zanotti
Na hora da colheita, assim como no refeitório e nos banheiros, os trabalhadores mantêm a distância mínima de um metro entre si, e o uso de máscara é contínuo. Todos eles utilizam os equipamentos de forma individual, assim como todos os utensílios. O pagamento tem sido feito de maneira escalonada ao longo da semana ou do dia, evitando filas e aglomerações.
Em Marilândia, um produtor instalou um reservatório com água limpa e sabão para higienização de mãos e partes expostas sempre que necessário. “Em Colatina, a grande maioria dos produtores já está tomando as precauções. Nós enviamos a versão digital da cartilha pelos grupos de mensagens e estamos entregando nas propriedades rurais também. A grande maioria faz uso de álcool 70%, máscaras e mantém o distanciamento na lavoura entre uma pessoa e outra para diminuir o risco de contaminação”, afirmou Anderson Marim, extensionista do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) no município.
Para o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Paulo Foletto, a cartilha é fundamental nesse momento. “O Espírito Santo é o segundo produtor de café do Brasil e primeiro produtor de conilon, essa atividade é extremamente importância para a agricultura capixaba. Em um ano atípico em que uma pandemia tomou conta do mundo, ver os produtores adotando as medidas de prevenção contidas na cartilha, é a esperança de que passaremos por esse momento de forma segura. O trabalho no campo não pode parar, mas é necessário que todos continuem seguindo as orientações”, pontuou.
Abraão Carlos Verdin Filho, que é pesquisador do Incaper e coordenador técnico de cafeicultura, lembrou que além das orientações quanto à saúde das pessoas envolvidas na colheita, a cartilha destaca aspectos técnicos que ajudam a melhorar a qualidade do café.
“O café demorou um pouco mais a ser colhido porque os fatores climáticos a partir de outubro foram muito positivos para que isso ocorresse. O produtor que colheu um pouco mais tarde teve mais rentabilidade, porque o grão cresceu mais, teve um peso maior, uma peneira maior, como a gente diz. Além disso, o grão ficou mais tempo na planta, e a qualidade deste café é maior com certeza”, explicou Verdin.
O pesquisador do Incaper também destacou os cuidados com a mão de obra. “Na cartilha, o cafeicultor tem todas as orientações a respeito da contratação de mão de obra em relação a transporte, alimentação e distanciamento, por exemplo. Sugerimos que o produtor não contratasse pessoas que fazem parte do grupo de risco e colocasse equipamentos com água e sabão para a higienização adequada dos trabalhadores. Além disso, a gente sugeriu também que, em vez de contratar gente de longe, que o cafeicultor priorizasse as pessoas da região. Isso favorece vários aspectos: valoriza a mão de obra local e evita o deslocamento de pessoas. E mais: indicamos para que produtores orientassem seus colhedores de café para cada um usar seus próprios utensílio e seus próprios equipamentos: sua garrafa de água, sua peneira, seu grupo de sacaria numerada… e guardar para que todos esses cuidados fossem, de fato, efetuados”, completou Verdin.
Segundo Verdin, as orientações são bem recebidas pelos produtores, e estão sendo colocadas em prática. “Praticamente todos os cafeicultores do Espírito Santo estão adequados ou se adequando às indicações. A cartilha é fundamental para que o produtor tivesse uma direção segura, e não enfrentasse problemas sanitários ou trabalhistas na propriedade. A cartilha é muito positiva neste sentido. Assim, desejamos a todos os cafeicultores capixabas uma boa colheita, sem problemas em suas propriedades. Logo, logo vamos passar por este momento difícil e estaremos juntos novamente nos eventos, nos encontros, visitando as propriedades de café, e trabalhando juntos novamente pelo desenvolvimento do nosso estado”, informou Verdin.
Higienização na lavoura em Marilândia
O produtor de café de Marilândia, João Soela, seguiu as recomendações da cartilha informativa sobre prevenção ao novo Coronavírus durante a panha de café e instalou um lavatório para higienização das mãos e equipamentos de trabalho. Confira o vídeo:
Sobre a cartilha
A cartilha foi lançada recentemente pela Seag, em conjunto com vários parceiros que atuam no setor cafeeiro do Espírito Santo, e traz recomendações de prevenção e estratégias para evitar a contaminação e transmissão da doença durante a colheita do café deste ano.
Equipes da Seag, Incaper e do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) estão visitando propriedades rurais capixabas para entregar a cartilha.
Dona Nilce de Andrade, de 89 anos, realizou u,m grande sonho, na tarde desta terça-feira (18), quando recebeu as chaves de sua casa própria. A residência definitiva foi entregue por meio do Bônus Moradia, do programa Casa Feliz e Segura.
A casa, localizada no bairro Da Penha, já era moradia da beneficiada por meio de aluguel. Junto dela moram o neto Samuel e a filha primogênita, Maria José. Essa é a 214ª residência entregue pelo programa, que transforma a história de muitas pessoas e proporciona dignidade, segurança e qualidade de vida.
“Eu estou muito feliz, com o coração batendo forte. Moramos muitos anos em São Benedito, mas tivemos que sair de lá, pois a casa estava ruim. Agora, realizamos o sonho da nossa casa própria”, celebra Dona Nilce com muita alegria.
Sua residência de origem, em São Benedito, foi interditada pela Defesa Civil por conta do risco estrutural crítico e geotécnico. Em fevereiro de 2023, a munícipe passou a receber o Aluguel Provisório (Terra Mais Igual). Já em março de 2023, assinou o Termo de Adesão ao Bônus Moradia e passou a ser acompanha por equipe do programa, com atendimento social e providências para aquisição da moradia definitiva. Hoje, recebeu as chaves da sua casa, onde terá mais segurança e qualidade de vida.
“É uma emoção muito grande! E eu tenho certeza de que estamos realizando o sonho de duas famílias: a que está vendendo e a que está recebendo a moradia. Hoje a casa própria chegou para a dona Nilce. Na próxima semana, nos próximos meses e ao longo dos próximos quatro anos, diversas outras famílias serão contempladas, porque nossa gestão tem a marca de cuidar das pessoas”, celebra o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini.
Além da casa própria, a moradora foi contemplada com uma TV, uma geladeira e um fogão, eletrodomésticos que têm emocionado as famílias e levado conforto imediato aos novos lares.
“Existem políticas públicas que transcendem a nossa relação enquanto profissional ou agente público no município de Vitória. Um caso clássico é o de hoje com a dona Nilce, que esperou por tanto tempo para ter seu direito à habitação. É bonito ver sua lucidez e alegria de, aos 89 anos, conquistar este sonho. Então, em entregas como estas temos a certeza de que a política pública de verdade é aquela que leva aos munícipes uma condição mínima de cidadania e dignidade”, comenta o secretário de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho, Luciano Forrechi.
O vereador de Vitória, Baiano do Salão, fala da alegria em ver o sonho da moradora ser realizado. “Vitória está dando dignidade para seus munícipes. Cidadania começa com moradia. E o Bairro da Penha está inserido neste contexto social”, afirma.
Bônus e Auxílio Moradia
Inicialmente fixado em R$ 24 mil, o benefício foi ajustado para R$ 39 mil em 2010 e elevado para R$ 60 mil em 2017. A atual gestão aumentou o valor do benefício para até R$ 100 mil.
Regidos pelas Leis 6.967/2007 e 6.592/2006, esses programas têm como objetivo oferecer moradias dignas para famílias deslocadas compulsoriamente devido a intervenções urbanas, preservação ambiental, riscos estruturais e/ou geológicos graves, e áreas inadequadas para habitação.
Os benefícios incluem a flexibilidade de adquirir propriedades em qualquer município do Espírito Santo, além da eficiência no processo de concessão em comparação a outros programas habitacionais. O prazo estimado de três meses para a concessão definitiva representa uma alternativa valiosa para os residentes de Vitória alcançarem residências dignas e seguras, consolidando uma importante opção no cenário habitacional local.
A Prefeitura de Jaguaré inaugurou, na última sexta-feira, 14, a Praça Alfonso Zanelato na Comunidade do Palmito. Esse é mais um equipamento construído e entregue para a comunidade. Ano passado a Prefeitura entregou para os moradores uma Quadra Poliesportiva e, ainda este ano vai inaugurar a Unidade Básica de Saúde na localidade. As obras são fruto da iniciativa da Gestão Municipal em promover espaços de entretenimento, ações sociais, culturais e esportivas em todas as regiões do município e gerar mais qualidade de vida para os moradores.
Dignidade e qualidade de vida
O prefeito Marcos Guerra destacou a política de investimento em todas as áreas do município. “Nosso objetivo é entregar obras que garantam dignidade e qualidade de vida para os moradores. Agora, aqui no Palmito, as pessoas têm um local para fazer atividade física, conversar e as crianças também têm um bom espaço para diversão”, destacou o prefeito Marcos Guerra.
A praça foi projetada e construída com recursos próprios da ordem de 541,379,19 (quinhentos e quarenta e um mil, trezentos e setenta e nove reais e dezenove centavos) A nova praça ocupa uma área de 790,94 metros quadrados, o espaço possui academia popular coberta, playground, área de areia e pergolado, além de área de estar ampla para realização de diversas atividades. Após a inauguração a comunidade foi prestigiada com show musical com João Vítor Acústico.
Além do prefeito Marcos Guerra, participaram da inauguração, o secretário de Esportes, Romerito Camilo, além de outros secretários municipais, parentes de Alfonso Zanelato (que dá nome à praça) e o presidente da Câmara Municipal, João Vanes, acompanhado dos vereadores Elizeu Ribeiro, Preto Queiroz, Dunga do São Roque, Crânio, Jean Costalonga, Carmim Dondoni, Penha Bettim e Valdecir do Seac.
Homenagem
Para nomear a praça foi escolhido o nome de Alfonso Zanelato. A escolha é uma homenagem a um ex-morador da comunidade. Alfonso teve sua vida marcada por relevantes serviços prestados ao Palmito e ao município de Jaguaré. Segundo lideranças locais ele se destacou pela promoção do desenvolvimento social e para o fortalecimento da comunidade do Palmito.