Medicina e Saúde
Covid-19: ‘soquinho’ traz menos risco de contágio que aperto de mão?
Publicado
23/11/2020 - 13:46
Usar o cotovelo seria a forma mais segura, porque é a mesma coisa que comparar a superfície de um prego com a palma da mão. Mas o ideal é fazer um cumprimento que não exige contato, diz especialista
Durante a pandemia, o habitual aperto de mão está vetado, já que essa parte do corpo funciona como um veículo de contaminação pelo novo coronavírus. Diante desse impasse, o “soquinho” tem sido adotado por muitas pessoas como cumprimento substituto na tentativa de diminuir o risco de contágio. E essa escolha é realmente é efetiva.
“O risco é menor porque você diminui a superfície de contato [entre as mãos]. Mas ele ainda existe. A mão é extremamente contaminada e cheia de bactérias, porque sempre estamos manipulando coisas”, destaca a infectologista Lina Paola, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
O novo coronavírus se espalha, principalmente, por gotículas expelidas por uma pessoa com covid-19 ao falar tossir e espirrar. Esses atos também contaminam o ambiente e objetos, ressalta a infectologista.
Nesse contexto, a mão se torna um grande veículo de contaminação, porque as pessoas sempre tateiam o mundo exterior e também estão constantemente tocando a boca, os olhos e nariz.
“As mucosas são muito irrigadas por vasos sanguíneos e aí se a gente está com o vírus nas mãos e toca essas regiões, ele entra rapidamente na corrente sanguínea”, esclarece.
“Se uma pessoa estiver doente, ela pode estar carregando milhões de cópias do vírus nas mãos. Então, a chance de transmissão pelo contato é muito alta”, ressalta.
A médica lembra que as recomendações para a prevenção do contágio pelo novo coronavírus continuam em vigor. “É preciso manter a distância de pelo menos um metro em relação ao outro, higienizar as mãos e superfícies”, orienta. “Pode ter reuniões, mas com menos de 50% da capacidade do lugar e janelas abertas”, completa.


Especialistas consideram que a imunidade coletiva é obtida quando entre 60% e 70% da população está imunizada
O Brasil precisará aplicar a Coronavac em praticamente toda a sua população apta a recebê-la (99%) para alcançar a imunidade coletiva – e deter a circulação do novo coronavírus no País. O cálculo é do microbiologista Luiz Gustavo de Almeida, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo e do Instituto Questão de Ciência. Segundo Almeida, seriam necessários dez meses para que todos recebessem a primeira dose. Ou seja, se tudo der certo, a vacinação só terá detido totalmente o vírus no segundo semestre de 2022.
A eficácia global da vacina produzida pelo Butantã e pelo laboratório chinês Sinovac é de 50,4%, como anunciado na terça-feira. Por isso, para alcançar a imunidade de rebanho, será necessário imunizar 160 milhões de brasileiros (dos 162 milhões que podem receber a vacina). Segundo o IBGE, o País tem 211 milhões de habitantes. No entanto, os menores de 18 anos, inicialmente, não receberão a vacina.
Especialistas consideram que a imunidade coletiva é obtida quando entre 60% e 70% da população está imunizada. O porcentual da população vacinada e o tempo para atingir a meta seriam menores com vacinas de eficácia mais alta.
Almeida calcula ainda que, no caso da vacina da Pfizer/BioNtech, cuja eficácia é de 95%, seria necessário imunizar metade do público, 81 milhões de pessoas, em aproximadamente cinco meses. No caso da vacina de Oxford (produzida no País pela Fiocruz e que também deve estar disponível no Brasil), com uma eficácia de 62,1%, o porcentual teria que chegar a 80%. Seriam 129 milhões vacinados em aproximadamente oito meses.
“Uma campanha de vacinação tem dois objetivos muito claros: gerar a imunidade de rebanho e a proteção individual”, disse Flávio Guimarães, presidente da Sociedade Brasileira de Virologia. “A CoronaVac não consegue cumprir muito bem o primeiro objetivo, mas o segundo objetivo se cumpre muito bem. Diante da emergência e das circunstâncias, é uma ferramenta muito importante.”
Cálculo errado
Cálculos com os dados brutos dos testes da Coronavac apontam uma eficácia de 49,69%, e não de 50,38%, como anunciado esta semana pelo Butantã. Mas o método usado na conta está errado para o caso da Coronavac e não corresponde ao modelo definido pelo Butantã no protocolo de pesquisa para calcular a eficácia da vacina, disse ao Estadão o diretor médico de pesquisa clínica do Butantã, Ricardo Palacios.
Segundo ele, o cálculo que aponta eficácia de 49,69% é inadequado nesse caso por considerar só o total absoluto de infecções em cada grupo do estudo (placebo e vacinado) e deixar de fora outro fator avaliado: o tempo de exposição ao risco de cada participante dos testes até ser infectado.
Em estatística, o método que conta também a variável tempo de exposição ao risco é chamado de análise de sobrevivência e tem como principal medida o hazard ratio (HR). Existe também a análise clássica, que leva em conta só o número de infecções em cada grupo, sem considerar o tempo de exposição. Ela tem como medidas o odds ratio (OR) ou risco relativo (RR). A metodologia deve ficar clara, para não haver desvios dos objetivos iniciais do estudo.
Palacios diz que o Butantã preferiu usar esse método por ser um estudo de curta duração, no qual o tempo de exposição ao risco de infecção de cada voluntário poderia variar muito.
No slide de apresentação dos resultados da Coronavac, além dos números absolutos, consta essa incidência, que seria de 11,74 no grupo vacinado ante 23,64 no grupo placebo.
“Se fosse um estudo em que a análise de eficácia fosse feita após dois anos, por exemplo, não teria tanta diferença porque todos os voluntários ficariam expostos por um tempo similar. Mas nesse caso, consideramos que seria mais adequado atribuir riscos diferentes conforme o tempo porque o risco de um voluntário com duas semanas de exposição após a vacinação é diferente de um que ficou quatro meses exposto”, afirma Palacios.
Ele ressaltou que a escolha do método está no protocolo de pesquisa, de agosto, apresentado à Anvisa para ter aval para a pesquisa e publicado em revista científica revisada por pares. “No protocolo descrevemos com antecedência a forma como a análise será feita justamente para não sermos acusados de mudar a regra do jogo durante a partida”, disse. O documento traz na página 47 a informação de que o método usado seria o do cálculo do hazard ratio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Medicina e Saúde
ES: Pacientes que testaram positivo para covid-19 em exames de dengue serão reexaminados
Publicado
13/01/2021 - 11:25
A afirmação é do secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, após apresentar estudo que identificou os anticorpos
As pessoas que testaram positivo para covid-19 em exames de dengue e chikungunya serão reexaminadas. É o que planeja o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, disse na manhã desta quarta-feira (13).
“Nós iremos retestar esses pacientes e convidá-los para participar de um inquérito sorológico com interrogatório para poder identificar relatos e sintomas”, afirma. Esses pacientes fizeram parte de um estudo divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que identificou a presença de anticorpos IgG específicos para SARS-COV-2 (covid-19), em amostras de infecção por arboviroses, que são a dengue e a chikungunya.
O que chama a atenção é que essas amostras foram recolhidas em dezembro de 2019, dois meses antes do anúncio oficial do primeiro caso de infecção por coronavírus no Brasil. Assim, a conclusão é que o novo vírus já circulava em território nacional e no Espírito Santo. A investigação descobriu que de 7370 amostras envolvendo casos das doenças transmitidas por mosquito, 210 dessas coletas testaram positivo para covid-19.
“Queremos realizar novos exames laboratoriais que possam neutralizar os anticorpos, tirar dúvidas de falso positivo, pra poder de fato comprovar que se trata realmente do SARS-COV-2 e não de nenhum tipo de reação com outro coronavírus ou reação cruzada com outro tipo de doença”, planeja.
A nova testagem é uma resposta à recomendação do Ministério da Saúde para que o Laboratório Central do Espírito Santo (Lacen-ES), responsável pelo estudo, que aprofunde as investigações sobre a possível presença de anticorpos. Fernandes, no entanto, defendeu o método e a tecnologia na pesquisa capixaba. A tecnologia utilizada ela é muito sensível e muito precisa.
“A probabilidade que se trate de um resultado falso positivo é muito baixa. Nós temos de fato um estudo que contém muita robustez tanto na quantidade de testes feitos quanto na tecnologia utilizada Já utilizamos algumas testagens pra poder refutar a ideia de que os resultados de que pacientes com dengue e chikungunya poderiam falsear os resultados de anticorpos positivos para sarcov 2”, destacou.
Relações comerciais
O secretário acredita que a presença de cidadãos da China no Estado pode ser uma explicação para que o vírus já estivesse marcando presença ainda em 2019. “Temos relações comerciais com a China principalmente por causa da rota do mármore tanto com a circulação de chineses na Grande Vitória, em Cachoeiro, em Barra de São Francisco e Colatina”, detalhou.
Vacina
Sobre a vacinação contra a covid-19, Nésio Fernandes acredita que haverá mais agilidade por parte do Governo Federal. Ele lembrou que o Ministério da Saúde irá definir uma data de in´´ício da imunização ainda no mês de janeiro. Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) irá divulgar a sua avaliação sobre as vacinas disponíveis no domingo (17).
“Nós acreditamos que, a partir da próxima semana, ficará estabelecido um calendário de distribuição dessas vacinas para todos os Estados brasileiros e no Espírito Santo, em até 48 horas de chegada das doses, nós conseguimos iniciar o processo de distribuição para os municípios”, finalizou.

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