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Segurança

Crédito ou débito? Qual a forma mais segura de pagar no carnaval

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Criminosos aproveitam a multidão de pessoas pelas ruas para roubar senhas e para trocar cartões em momentos de desatenção

O carnaval aumenta o número de pessoas pelas ruas atrás de blocos ou de trios elétricos. O movimento e a bagunça característicos da data favorecem a ação de criminosos que aproveitam a distração para aplicar golpes no meio da folia.

Ao contrário do que muitas pessoas podem imaginar, as ações de criminosos envolvendo cartões de crédito no carnaval não são sofisticadas. A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) alerta para o roubo da senha e a troca do cartão.

Quadrilhas aproveitam da distração da vítima para ver a senha que está sendo digitada ou para fazer a sequência númerica ser incluída no campo destinado ao valor da compra. Em seguida, o cartão usado na transação é substituído por um outro qualquer e devolvido à pessoa.

“Fique sempre atento ao seu cartão e confira a devolução. Veja se os números da sua senha estão aparecendo na tela quando você a digita. Isso não pode acontecer. Lembre-se que o campo de senha mostra apenas asteriscos”, alerta Adriano Volpini, diretor da comissão de Prevenção a Fraudes, da FEBRABAN.

Para tentar escapar desse tipo de crime, Volpi orienta conferir o nome do cartão e pedir a via do cliente para saber o valor exato que foi aprovado.

Débito ou crédito?

A resposta à pergunta frequente em qualquer pagamento com um cartão pode diminuir os prejuízos financeiros em caso de um golpe. 

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Os cartões de crédito costumam ser mais fraudados por terem um limite maior do que o saldo na conta, porém, existe mais chances de conseguir recuperar a quantia desviada. 

Conferir o valor no visor da máquina de cartão e esconder a senha podem evitar golpes

“O sistema do cartão de crédito pode avaliar se o pagamento realizado está dentro do perfil de compra e identificar um desvio de comportamento, que pode indicar um golpe. No caso do débito, isso é mais difícil porque o dinheiro sai da conta imediatamente”, diz Rafael Santana – Diretor de Desenvolvimento de Sistemas da Cielo.

Segundo Rafael, o sistema de segurança pode identificar tanto um volume muito grande de compras, mas dentro do padrão de consumo, quanto uma compra em um valor muito alto fora do valor médio gasto pelo cliente. 

A orientação da Febraban é ativar os avisos por SMS ou por e-mail de cada transação realizada com o cartão. Isso ajuda a identificar com rapidez uma transação fraudulenta.

Pagamento por aproximação

O uso do pagamento por aproximação ainda não é tão popular e gera uma certa desconfiança, mas pode ser uma alternativa segura para fazer transações.

“O pagamento por aproximação é uma transação muito segura, assim como no uso de um cartão com chip com aprovação por senha”, diz o diretor da Cielo.

Rafael ressalta que o uso de formas de pagamento por aproximação por celular, cartões e até por smart watch garante que o usuário não perca o contato físico e visual do dispositivo de pagamento, isso porque transações de até R$ 50 não exigem a senha apenas o contato com a maquininha.

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“Todas as formas de pagamento digital são seguras, mas é importante ficar atento para não cair em golpes. Se o cartão não passar de primeira e o vendedor insistir para passar outras vezes, mesmo colocando a senha correta, desconfie que algo está errado”, orienta o especialista.

Cuidado com o roubo de celular

Os celulares também são alvos de criminosos durante o Carnaval e muitas pessoas se preocupam em ligar apenas para a operadora e para o seguro, mas esquecem de avisar o banco. 

Outras usam o aplicativo do banco no celular e podem deixar senhas salvas no aparelho para facilitar o acesso. O conforto, porém, pode significar prejuízos financeiros se o criminoso encontrar senhas e logins no aparelho.

“É importante que a pessoa entre em contato com o banco para comunicar o roubo do celular assim que perceber que não está mais com o aparelho. Assim, a instituição financeira bloqueará a conta e impedirá que os bandidos realizem qualquer operação”, explica Volpini.

Em caso de roubo, perda ou extravio do cartão, ligue para a Central de Atendimento do banco e solicite o cancelamento. Em caso de roubo, também é ncessário fazer um boletim de ocorrência em uma delegacia.

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Segurança

Empresários, advogada e coronel são investigados por tráfico e lavagem de dinheiro

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Segundo a Polícia Civil, os investigados na Operação Baest lavam dinheiro para o Primeiro Comando de Vitória (PCV)

A Operação Baest, que cumpre 19 mandados de busca e apreensão nos municípios de Vitória, Serra, Vila Velha e Guarapari, tem como alvo das investigações empresários, uma advogada e um coronel da reserva da Polícia Militar. Ao todo, são 20 investigados.

Segundo a Polícia Civil, os investigados lavam dinheiro para o Primeiro Comando de Vitória (PCV). Na manhã desta quarta-feira (14), foram apreendidos 12 veículos de luxo, cinco armas de fogo, nove imóveis, além de joias, obras de arte e até criptomoedas.

Empresários são de vários ramos de atuação

Os empresários investigados são de vários ramos de atuação, como comércio imobiliário, automotivo e de materiais de construção. A operação também acontece nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

Segundo o delegado Alan Andrade, eram realizados vários procedimentos de lavagem de dinheiro entre os investigados e o PCV.

A principal técnica é o smurfing, que consiste em pegar uma grande quantia em dinheiro, pulverizar em diversas contas menores e, depois, esse dinheiro acaba sendo aglutinado em uma conta destino. Ou, então, como compra e venda de veículos ou imóveis. Esse dinheiro também era encaminhado para regiões limítrofes do Brasil, onde compravam mais drogas e armas e abasteciam o tráfico de drogas capixaba.

Policiais cumprem 25 mandados de busca e apreensão no país

Em todo o Brasil, são mais de 100 policiais civis, cumprindo 25 mandados de busca e apreensão, 17 mandados de sequestro de bens móveis e imóveis e 29 bloqueios de contas bancárias, totalizando aproximadamente R$ 104 milhões.

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A Operação Baest é uma parceria entre a Polícia Civil e do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A corporação informou que as diligências estão em andamento e os resultados serão repassados após a finalização da operação.

A Polícia Militar e a Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES) foram procurados para um posicionamento a respeito dos investigados, tanto o coronel quanto a advogada, mas ainda não responderam até o fechamento da reportagem. O texto será atualizado.

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Segurança

Vitória, antes a capital mais violenta do Brasil, ultrapassa os 50 dias sem assassinatos

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Na realidade brasileira, onde a violência impede o país de avançar, é utópico imaginar que uma capital consiga passar sequer um dia sem o disparo fatal de uma arma de fogo ou qualquer outro tipo de morte com intenção de matar. Vitória (ES) conseguiu esse feito.  Em abril, a capital capixaba comemorava o primeiro mês livre de mortes violentas desde 1996. O feito continuou e, na última terça-feira (6), trouxe um marco inédito para a história do município: o recorde de 50 dias sem homicídios. 

A capital do Espírito Santo atribui o feito a um trabalho integrado entre as forças de segurança. Guarda Civil Municipal de Vitória (GCMV), Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e até a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) colaboraram no monitoramento e na prisão de homicidas.  

“Com investimentos robustos em tecnologia, inteligência e valorização dos servidores fortalecemos a segurança municipal e passamos a entregar respostas rápidas das equipes na repressão e na prevenção de crimes”, destacou Amarílio Boni, secretário de Segurança Urbana da capital, em publicação sobre a segurança na cidade.  

No caso da Guarda Civil Municipal, que integra a pasta comandada por ele, parte dos investimentos foi na central de monitoramento e na criação da chamada Gerência de Inteligência (GI), em 2021. A secretaria define essa gerência como um “setor que visa realizar levantamentos para a realização de operações próprias ou conjuntas com outras forças de segurança e colaborar com investigações da Polícia Civil, Polícia Federal e Polícia Militar”. A Guarda Municipal de Vitória conta com 1.142 câmeras e possui apoio de drones e softwares de inteligência artificial, diz a prefeitura. 

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Vitória efetuou prisões mesmo sem novos homicídios

A polícia do Espírito Santo, por sua vez, destacou o foco na elucidação de crimes no período sem homicídios, trabalho conduzido pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Mesmo com os dados do Observatório de Segurança Pública do Espírito Santo indicando zero casos de homicídios, a delegacia não deixou de prender suspeitos no mês de abril.

“Embora a DHPP Vitória não tenha instaurado nenhum inquérito de homicídio consumado, conseguiu prender 15 pessoas envolvidas com esse tipo de crime”, diz o delegado Ricardo Almeida em nota à imprensa. “São prisões qualificadas, que envolvem indivíduos com histórico de homicídios contumazes, e essas ações contribuem diretamente para a redução da violência letal na cidade”, acrescenta. Fora as prisões, a DHPP informa ter concluído oito inquéritos com autoria definida.

Queda nos homicídios é melhor resultado em quase três décadas no ES

Desde 2019, o estado do Espírito Santo evidencia o programa “Estado Presente em Defesa da Vida”. Por meio dessa ação, os capixabas fizeram concursos para recomposição do efetivo e a aquisição de equipamentos, armas e viaturas. 

“Hoje temos uma polícia tecnológica, com recursos que nos colocam em posição de enfrentar e coibir a criminalidade violenta de forma eficaz”, diz Leonardo Damasceno, secretário de estado da Segurança Pública e Defesa Social.  O número de homicídios em Espírito Santo caiu para 253 nos quatro primeiros meses de 2025.

Esse número é uma redução de 21% em relação ao mesmo período no ano passado, além de ser o melhor resultado em 29 anos. “Ainda temos muito desafios, mas toda conquista deve ser comemorada”, afirmou o governador Renato Casagrande (PSB) em nota. 

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Já para o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), o caminho é seguir apostando em “políticas públicas integradas, planejamento e ação técnica”. Além das ações policiais, ele destaca que “iluminação pública eficiente, revitalização de espaços de lazer, educação integral” também impulsionam a segurança pública.

Outros números

Antes mesmo de zerar os homicídios em abril, Vitória apresentava uma redução nas ocorrências. No ano de 2024, o município teve uma redução de 35% nos casos, caindo de 85 para 55 homicídios. O dado só não é menor que o total de registros no ano de 2016, quando a cidade registrou 51 mortes com intenção de matar.

Espírito Santo teve outro marco positivo na área da segurança pública em 2024: a redução da taxa de homicídios por 100 mil habitantes. Há 16 anos, o estado tinha uma das maiores taxas do país, de 58,3 homicídios por 100 mil habitantes. Esse não é mais o caso.

Agora, segundo a taxa parcial calculada para o primeiro quadrimestre, o número caiu para 18,5 homicídios por 100 mil habitantes, segundo o governo. Para se ter ideia, no mais recente Anuário Brasileiro de Segurança Pública, a média brasileira era a de 22,8 mortes violentas a cada 100 mil habitantes.

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