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Política Nacional

Debate sobre aborto vira munição de Lira contra Nísia

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Lula, no entanto, sinaliza a aliados não ter a pretensão de tirar ministra do cargo

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, se reuniu nesta quinta-feira (29) com a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). O encontro aconteceu horas antes de o Ministério da Saúde ter suspenso nota técnica sobre o aborto.

A agenda já estava prevista, mas foi antecipada após a publicação da nota técnica que causou polêmica na Câmara dos Deputados e acabou suspensa pela pasta.

No encontro com a cúpula da Igreja Católica, Lira fez questão de reafirmar sua posição contrária ao que defendia a pasta comandada por Nísia Trindade sobre o aborto.

Segundo relatos de aliados, o parlamentar teria se comprometido a dar atenção às pautas que envolvem esse tipo de assunto.

A reunião foi promovida por deputados federais, como Simone Marquetto (MDB-SP), que fizeram um pedido: acelerar a tramitação do projeto de lei que trata do estatuto do nascituro.

A proposta prevê revogar a atual autorização para a interrupção da gravidez em três situações: estupro, risco de vida para a gestante e casos de fetos anencéfalos.

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O regime de urgência da proposta já tem apoio suficiente de deputados federais, mas cabe a Lira decidir pautar o assunto no plenário da Casa Legislativa.

O argumento utilizado por deputados federais para que Lira promovesse a reunião era de que uma vinculação dele com a pauta católica é importante junto ao seu eleitorado conservador em Alagoas.

A polêmica envolvendo a nota técnica do governo federal vem na esteira de uma insatisfação do próprio presidente da Câmara dos Deputados sobre o Ministério da Saúde.

A pasta é uma das que têm sofrido maior pressão na Esplanada dos Ministérios para a liberação de emendas. E é também um dos alvos de cobiça do bloco do centrão por cargos no governo federal.

Ainda na transição de governo, o bloco do centrão pressionou Lula para que nomeasse um indicado para o Ministério da Saúde.

Lula, no entanto, até para fazer um contraponto a Jair Bolsonaro, decidiu nomear uma técnica. Nísia é pesquisadora e foi presidente da Fundação Oswaldo Cruz entre 2017 e 2022.

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Mesmo diante da suspensão da nota técnica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não pretende trocar Nísia Trindade do comando do Ministério da Saúde, segundo assessores que conversaram com o petista nas últimas horas.

O presidente reafirma confiança na ministra. E ressalta que as credenciais dela garantem a permanência no posto.

No Palácio do Planalto, o discurso é de que quanto mais o bloco do centrão tentar desgastar a imagem da ministra, maior é a garantia de permanência dela.

Até porque a saída de Nísia seria uma demonstração de fraqueza do presidente, que seria acusado de ter cedido à pressão do Congresso Nacional.

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Política Nacional

Em nova crise no governo, Casa Civil desmente ministro sobre aumento no Bolsa Família

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Governo enfrenta crise após contradições sobre Bolsa Família e denúncias de irregularidades em contratos de alimentação

Uma nova crise se instalou no governo federal, após a Casa Civil contradizer o ministro Wellington Dias sobre um possível aumento no Bolsa Família. Dias havia declarado que o reajuste “está na mesa”, o que gerou descontentamento no presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mobilizou outros membros da administração. A Casa Civil, por sua vez, afirmou que não existem estudos em andamento sobre o aumento do benefício e que o assunto não está sendo discutido. Paralelamente, o Ministério do Desenvolvimento Social se vê envolvido em denúncias relacionadas a irregularidades em contratos com organizações não governamentais. Um dos contratos, no valor de R$ 5,6 milhões, tinha como objetivo a distribuição de refeições para pessoas em situação de vulnerabilidade social. No entanto, surgiram dúvidas sobre a efetiva entrega dos alimentos, o que levantou suspeitas sobre a utilização dos recursos.

Diante das acusações, o ministério decidiu acionar a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União para investigar a aplicação dos recursos públicos. A situação gerou um clamor entre os parlamentares, que solicitaram a suspensão dos repasses financeiros até que as investigações sejam concluídas e as suspeitas sejam esclarecidas. O governo se comprometeu a adotar medidas rigorosas caso as irregularidades sejam confirmadas. A situação atual reflete um momento delicado para a administração, que busca manter a confiança da população e a integridade dos programas sociais.

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Política Nacional

STF adia decisão sobre revistas íntimas em presídios

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Supremo Tribunal Federal adia análise sobre legalidade de revistas íntimas vexatórias em presídios, com julgamento previsto para 12 de outubro

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu adiar a análise sobre a legalidade das revistas íntimas vexatórias em unidades prisionais, uma prática que busca impedir a entrada de substâncias ilícitas, armas e celulares. O julgamento, que teve início com os votos dos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, será retomado na próxima quarta-feira, dia 12, com a expectativa de que os outros nove ministros se manifestem. A discussão na Corte se baseia em um recurso apresentado pelo Ministério Público, que busca reverter a absolvição de uma mulher flagrada tentando entrar em um presídio de Porto Alegre com 96 gramas de maconha escondidas. A Defensoria Pública argumentou que a revista íntima realizada foi ilegal, o que levou o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a decidir pela absolvição da acusada.

O relator do caso, ministro Fachin, expressou sua posição contrária à prática das revistas íntimas vexatórias, ressaltando que a retirada de roupas íntimas deve ser justificada. Ele sugeriu que a revista manual só seja autorizada quando houver indícios concretos de que objetos proibidos estão sendo introduzidos, recomendando o uso de equipamentos como scanners e raio-x. Fachin também estabeleceu um prazo de 24 meses para que os presídios adquiram esses dispositivos.

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Por outro lado, o ministro Alexandre de Moraes apresentou uma visão divergente, defendendo que a revista íntima pode ser realizada mesmo na falta de equipamentos de raio-x, desde que haja consentimento do visitante e que a inspeção seja feita por agentes do mesmo sexo. Moraes alertou que a ineficácia de revistas superficiais pode resultar em problemas, como a suspensão de visitas em presídios que não possuem tecnologia adequada, o que poderia desencadear rebeliões.

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