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Medicina e Saúde

‘Desafio da pimenta’ acende alerta de autoridades e já mandou gente para o hospital

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Em vídeos com milhões de visualizações, pessoas comem itens picantes e até sofrem complicações de saúde

Comer pimenta e produtos extremamente ardidos é um desafio popular na internet. Em vídeos publicados principalmente no TikTok, jovens comem as pimentas consideradas mais fortes do mundo — e sofrem no processo.

Desafios do tipo somam mais de 200 milhões de visualizações, segundo a rede social, agrupados com títulos e hashtags como chili challenge (desafio da pimenta) e #worldhottestpepper (a pimenta mais ardida do mundo).

A série de desafios chama ainda mais atenção após Thais Medeiros, de 25 anos, ser internada em fevereiro, depois de cheirar pimenta e ter uma forte reação alérgica. A jovem segue hospitalizada e apresenta sequelas cerebrais.

Nos vídeos do desafio, influenciadores aventureiros e até chefs profissionais comem as pimentas consideradas mais ardidas do mundo e até chegam a avisar que “podem ir para o hospital”.

A ideia é mostrar resistência à picância de diversos tipos de pimenta, o que às vezes é feito até mesmo em transmissões ao vivo.

Além da pimenta em si, também estão incluídos no desafio pratos extremamente apimentados e misturas industrializadas picantes.

Apesar dos riscos envolvidos com possíveis alergias ao alimento — consideradas raras, mas que podem ser desenvolvidas em qualquer momento da vida —, a prática segue popular em redes sociais e já foi causa de hospitalizações.

No início de abril, policiais de Massachusetts, nos Estados Unidos, emitiram um alerta após dez crianças de uma escola de ensino fundamental serem internadas.

O motivo era o Trouble Bubble, um chiclete usado em desafios virais. Segundo testemunhas, os alunos choraram, tiveram dores intensas no estômago, ficaram tontos e vomitaram após mascarem o produto.

“É algo que você vê em um filme de terror. Honestamente, parecia que essas crianças estavam sob ataque”, disse Kathleen Woodard, mãe de um dos alunos hospitalizados, ao site Western Mass News.

Apenas o “desafio do chiclete”, uma espécie de subdesafio apimentado, tem mais de 11 milhões de visualizações agrupadas na hashtag #troublebubble.

Após o caso, o TikTok passou a sinalizar os vídeos do desafio com o aviso: “Participar desta atividade pode resultar em ferimentos em você ou em outras pessoas”.

Em um aviso publicado no Facebook, a polícia de Southborough, cidade onde houve a hospitalização em massa, disse que o chiclete usa oleoresina capsicum, o mesmo composto do spray de  pimenta.

No entanto, as autoridades ressaltam que o spray tem nível de picância de 1 a 2 milhões de unidades de Scoville, a escala usada para medir a picância de qualquer produto a entrar em contato com humanos. A bala tem picância avaliada em 16 milhões de unidades.

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Para ter uma ideia de comparação, a pimenta-bode — a que causou a forte reação alérgica em Thais Medeiros — tem cerca de 200 mil unidades Scoville.

Jovem foi para o hospital após comer chips muito apimentado

“Não consigo respirar”

Outro desafio similar, chamado One Chip Challenge, levou ao menos uma pessoa ao hospital.

O desafio consiste em comer um chip de tortilla que, segundo o anúncio, é feito de “duas das pimentas mais picantes do mundo”.

Após comer o produto, que vem em uma embalagem em forma de caixão, uma jovem chamada Angela foi direto para o hospital.

Segundo um vídeo que ela publicou no TikTok em setembro de 2022, ela só aceitou o desafio após receber US$ 50 (R$ 250, na cotação atual) de um tio.

“Eu estava sentada na cama e meu estômago começou a queimar, muito, muito. E pensei: ‘não consigo lidar com isso'”, disse Angela, em um vídeo visto 10 milhões de vezes, que não está mais disponível após ela tornar a conta privada.

“Foi muito ruim, eu não conseguia respirar”, completou ela, que só melhorou após três horas de tratamento em um hospital.

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Medicina e Saúde

Vila Velha passa a ofertar teleconsultas com médicos especialistas

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Vila Velha dá mais um passo importante para melhorar o serviço de saúde para os moradores. A Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com o Governo do Estado, passa a ofertar teleconsultas com especialistas. A iniciativa vai facilitar o acesso à Atenção Especializada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e diminuir o tempo de espera para consultas.
 
As teleconsultas serão agendadas pelo Governo do Estado e os munícipes deverão se dirigir até o Centro de Atendimento Médico Especializado (Cemas) na data e horário agendado. As salas foram adaptadas para receber esses usuários, que contarão com o acompanhamento de um profissional de enfermagem durante a consulta virtual.
 
“Há uma demanda reprimida por consultas em especialidades médicas e, a implementação das teleconsultas vai beneficiar a população, já que vai garantir o seu acesso aos serviços médicos, reduzindo filas e tempos de espera”, explica a secretária de Saúde da Prefeitura de Vila Velha, Cátia Lisboa.
 
As 12 especialidades médicas ofertadas são: angiologia adulto; cardiologia adulto e pediátrica; dermatologia adulto; gastroenterologia adulto; neurologia adulto; ortopedia adulto e pediátrico; otorrinolaringologia adulto e pediátrica; psiquiatria adulto; e urologia adulto.

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Medicina e Saúde

Volta às aulas: pais devem ficar atentos aos sintomas de virose

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Aumento da interação social, mudanças de temperatura e convivência em ambientes fechados com volta às aulas favorecem disseminação de vírus

Com a volta às aulas neste começo de fevereiro, os pais devem ficar atentos aos possíveis sintomas de virose que os filhos podem apresentar. Elas se espalham rapidamente em ambientes coletivos, por isso a atenção à saúde das crianças deve ser redobrada.

Para a prevenção das doenças, os pais devem estar atentos aos sinais. Alguns dos sintomas de viroses mais comuns incluem febre, dor de garganta, coriza, tosse, diarreia, náuseas e vômitos.

A atenção deve ser redobrada com o aumento da interação social, as mudanças de temperatura e a convivência em ambientes fechados, fatores que favorecem a disseminação de vírus.

A médica infectologista da Unimed Vitória, Ana Carolina D’Ettorres, alerta que a volta às aulas pode afetar a saúde das crianças. Além do maior contato dos estudantes em ambientes fechados, as crianças menores ainda têm um sistema imunológico em desenvolvimento.

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“A volta às aulas representa um aumento no número de contatos entre os estudantes, criando um ambiente propício para a transmissão de vírus respiratórios, como o da gripe, resfriados, incluindo o vírus da Covid-19, e os causadores de gastroenterites”, orienta a médica.

Segundo a médica, o compartilhamento de materiais escolares, como lápis, canetas e até brinquedos, também facilitam a transmissão de vírus.

Sintomas de viroses para ficar de olho

Os sintomas são sinais importantes para os pais ficarem atentos. Segundo a médica Ana Carolina, a postura da criança é outro sinal a se investigar. Caso ela esteja demonstrando falta de energia, pode ser um indicativo de virose.

“É possível observar uma postura mais ‘prostrada’ nas crianças, como cansaço e desânimo para realizar atividades que antes eram prazerosas, como correr e brincar, além de uma possível falta de apetite”, descreve a infectologista.

Os sintomas mais comuns de uma virose são:

  • febre;
  • dor de garganta;
  • coriza;
  • tosse;
  • diarreia;
  • náuseas;
  • vômitos.

Vacinação em dia e bons hábitos de higiene

A pediatra da Unimed Vitória, Iria Giacomin, orienta que manter bons hábitos de higiene e manter a caderneta de vacinação das crianças em dia é a principal forma de prevenção. Lavar as mãos com água e sabão, especialmente antes das refeições e após o uso do banheiro, é essencial.

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“Vacinas contra o sarampo, gripe, hepatite, entre outras, são fundamentais para a proteção da saúde coletiva. Além disso, pais, alunos e escolas, precisam trabalhar em conjunto, a fim de manter a boa higienização das crianças e dos materiais escolares utilizados por eles”, aponta a médica.

Tratamento inclui repouso e hidratação

Iria Giacomin afirma que muitas viroses podem ser tratadas em casa, com repouso e hidratação. Mas, segundo ela, é fundamental estar atento aos sinais que indicam complicações.

“Caso a criança apresente dificuldade para respirar, febre muito alta que não cede com medicamentos, dor abdominal intensa, ou uma piora no quadro, é necessário buscar orientação médica”, indica a pediátra.

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