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Descobrindo descanso no bom pastor

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O que leva um rei a lembrar da vara, do cajado rústico, das ovelhas quando tem à sua disposição cetros de ouro, servos pessoais e toda a grandeza da corte?

POR ALISSON MAGALHÃES

Que leva um servo e um Senhor a um relacionamento tão íntimo? O que leva um rei, por exemplo, a lançar mão de seu passado humilde como pastor para explicar sua relação com aquele que ele tanto ama? O que leva um rei a lembrar da vara, do cajado rústico, das ovelhas quando tem à sua disposição cetros de ouro, servos pessoais e toda a grandeza da corte?

O salmo 23 é, sem dúvida, um dos trechos mais conhecidos – se não for o mais conhecido – de toda a Bíblia. Só de visualizar os verdes pastos pintados por Davi em nossa mente já ficamos mais relaxados com a paisagem emoldurada pelo salmista. Neste belo hino, o grande rei retrata em seis versículos a jornada da vida de todo ser humano e nos mostra como é importante ter o Senhor por perto em todos os momentos.

Nos três primeiros versículos Davi nos leva pelas paisagens escondidas em sua própria alma, contemplando um Deus de amor que nos traz conforto, alegria, paz e descanso. No verso 4, como uma espécie de mudança no andamento da canção, ele insere alguns elementos que não deveriam estar presentes; pelo menos não do nosso ponto de vista. São elementos que não combinam com os pastos verdejantes do verso 2. Afinal de contas, nos nossos pastos verdejantes não conseguimos encontrar lugar para? Vale da sombra da morte? Adversários? Vara e cajado? Sim, sim e sim.

Davi era um rei que havia passado por esses locais e sabia que mesmo quando nossa vida pode ser descrita como o quadro emoldurado do verso 2, atrás das colinas da vida, lá onde ninguém procura, estão o vale da sombra da morte, os adversários e sim, a necessidade de correção. O rei não tentava passar uma ideia triunfalista de uma vida pacata e tranquila, onde quando estamos com Deus ficamos livres de problemas. 

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O Salmo 23 não é um seguro contra as tempestades da vida, e sim a garantia de que você não será vencido por elas com o Senhor ao seu lado. Quantos buscam no salmo 23 um seguro ao invés de uma garantia?

Outro ponto interessante são as figuras que Davi usa neste salmo, que revelam aspectos da sua própria intimidade com o seu Deus. Tanto a figura da relação ‘pastor-ovelha’ quando a do ‘Hospedeiro-hóspede’ demonstram que o salmista desenvolvera e nutria um profundo relacionamento pessoal com Deus, a ponto de encontrar n’Ele o consolo durante suas lutas e provações. O verso 4 – “Tu estás comigo” – denota essa busca constante pela presença confortadora e alentadora do Senhor, bem como sua pronta resposta.

Os versículos 5 e 6 mostram um Davi assentado à mesa com o Senhor, e é bom salientar que eram tempos de turbulência e perseguição. A expressão “na presença dos meus adversários” ilustra o período difícil na vida do salmista durante o qual ele encontrava abrigo em seu Senhor sentado à sua mesa, gozando do refrigério de Sua presença.

Ficamos atemorizados quando as provações vêm, mantendo uma atitude de desespero e pavor frente a nossos inimigos? Então precisamos aprender a investir tempo com o Senhor para provar de Sua doce e gloriosa presença, que é refrigério em tempos de guerra e descanso em tempos de dificuldade.

Pensamos na paisagem do quadro pintado pelo rei no verso 2 como um lugar físico, um lugar que almejamos alcançar para estar, descansar de vez em quando, mas gosto de pensar que o segredo de Davi era que aquele não era um lugar que ele almejava estar, e sim o seu segredo: O quadro do verso 2 era o interior daquele que espera e descansa em Deus, e o tem como senhor. Ainda que a tempestade se levante lá fora, nossa alma está num pasto verdejante.

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Sabe, na sua jornada pessoal, Davi descobriu algo poderoso: Que o Senhor nos ministra de Suas próprias características quando passamos tempo com Ele. Estar com Deus é se fazer mais parecido com Ele, e quanto mais passamos tempo com o Senhor, mais e mais vamos sendo moldados à sua imagem. Sentir a bondade e a misericórdia do Senhor sendo derramadas em nossas vidas em tempos de tribulação é tudo o que precisamos. 

Busque-o. Coloque aos Seus pés todos os seus receios e todas as suas batalhas diárias; deixe que Ele lute por você. Os problemas até poderão continuar, mas com o bálsamo do Senhor derramado em nossas vidas, “O nosso cálice transborda”. Não há melhor esconderijo, melhor abrigo, mesa mais farta do que a presença do Senhor dentro de nós. Experimente deitar em Sua grama verde e fresca! Sua vida – e sua morte – nunca mais serão as mesmas. 

 

Alisson Magalhães é Ministro Ordenado na Igreja do Nazareno, formado em Teologia pela FNB/Unicamp, professor de Teologia em cadeiras teológicas, pastorais e na área de música e adoração. Autor do livro Cristianismo 4.0 – Desafios para a comunicação cristã no século XXI, é publicitário, jornalista, Consultor e Especialista em Comunicação Pública, Marketing Político e Eleitoral. Atualmente serve com sua esposa, Elaine, na Serra Catarinense, onde também atua como Chefe de Gabinete no município de Palmeira/SC.

 

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Médicos reconhecem impacto da religião na saúde mental e física: ‘Não podemos negar’

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Para abordar a relação entre religião e ciência, o programa CNN Sinais Vitais, conduzido pelo médico Roberto Kalil, apresentou uma discussão que desafia a visão tradicional de conflito entre as duas áreas.

O programa contou com a participação de Alexander Moreira Almeida, professor titular de psiquiatria da Universidade Federal de Juiz de Fora, e Wagner Gattaz, também professor de psiquiatria na Universidade de São Paulo.

Conforme destacado em publicações científicas recentes, incluindo um artigo na renomada revista Nature, há um interesse crescente em investigar como a espiritualidade se manifesta no cérebro e impacta a saúde mental e física das pessoas.

Essa evolução tem motivado a proposta de estabelecer uma nova área de estudo: a neurociência da religião.

Almeida ressaltou a presença da espiritualidade nas diversas culturas humanas. Ele enfatizou a necessidade de estudar esses fenômenos com rigor científico:

“É importante, quanto cientistas, tentar entender esse fenômeno. Não podemos negá-lo e nem a priori acharmos que temos uma explicação pronta para isso.”

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Neurociência como ferramenta de estudo

Os pesquisadores defendem que a neurociência tem o potencial de ser uma ferramenta fundamental para explorar e compreender as experiências espirituais e religiosas.

Ao analisar como o cérebro interpreta essas experiências, os cientistas buscam alcançar uma compreensão mais ampla da mente humana e de sua conexão com conceitos transcendentais.

Segundo os especialistas, a abordagem interdisciplinar visa não só esclarecer os aspectos da espiritualidade humana, mas também impulsionar o progresso do conhecimento neurocientífico como um todo.

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Papa Francisco precisará reaprender a falar após internação; veja motivo

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Internado há cinco semanas no Hospital Gemelli, em Roma, o papa Francisco precisará passar por terapia de reabilitação para recuperar a força na voz, revelou o cardeal e teólogo argentino Victor Manuel Fernández, nesta sexta-feira (21).

O amigo próximo do pontífice contou que Francisco perdeu parte da força para falar devido ao longo período em ventilação mecânica não invasiva e oxigênio suplementar. Apesar disso, ele está se recuperando bem de uma pneumonia.

Fernández é um teólogo que o papa trouxe como chefe da doutrina do Vaticano. Ele disse que havia estado em contato com Francisco desde sua hospitalização, em 14 de fevereiro, e estava animado por ele ter se estabilizado. O religioso não informou um prazo de quando o amigo pode ser liberado, mas descartou qualquer chance de que ele possa renunciar.

A sala de imprensa do Vaticano informou, nesta sexta, que a condição geral de Francisco permaneceu estável, com leves melhorias, enquanto ele continua a fisioterapia respiratória e física. Ele continuava a reduzir sua dependência de oxigênio suplementar de alto fluxo que precisou para respirar durante o dia e não tem a necessidade mais da máscara de ventilação mecânica à noite.

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O cardeal disse que entendia que Francisco estava respondendo bem ao tratamento, mas que os médicos o mantém no hospital “para estar 100%.”

O teólogo revelou também que Francisco resistiu a ir para o hospital quando sua bronquite piorou, e só concordou em fazer a consulta no centro médico depois que pessoas próximas a ele ameaçaram sair caso ele não buscasse ajuda profissional. “Não sei que palavrões eles usaram” disse.

Como resultado, Fernández diz que sabia que a hospitalização havia sido difícil para Francisco e que certamente o fez refletir.

Uma nova etapa está se abrindo para ele. Ele é um homem de surpresas, que certamente terá aprendido muitas coisas neste mês, e vai tirar sei lá o quê da cartola. Mesmo sabendo que isso tem sido um esforço muito grande para ele, um momento difícil, sei que será frutífero para a igreja e para o mundo.

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