Dia 21 de fevereiro é comemorado o Dia Nacional do Imigrante Italiano. A data escolhida para a comemoração é a mesma da chegada da Expedição de Pietro Tabacchi, que aportou no litoral capixaba em 1874 trazendo os primeiros italianos, oriundos do norte da Itália.
O desembarque dos primeiros imigrantes italianos em terras capixabas é considerado o marco inicial da imigração italiana no Brasil e, dessa forma, torna o Espírito Santo o estado pioneiro na colonização italiana no Brasil.
A homenagem foi criada em 2008, pelo ex-senador Gerson Camata, que também foi o primeiro governador capixaba de origem italiana. Enquanto senador, Gerson Camata viabilizou a promulgação da Lei Federal 11.687, de 2 de junho de 2008, que instituiu o Dia Nacional do Imigrante Italiano.
O calendário oficial capixaba também conta com o dia 26 de junho como a “Data do Reconhecimento do Município de Santa Teresa como Pioneiro da Imigração Italiana no Brasil”.
“Uma boa parte dos capixabas herdou, além do sobrenome, o modo de vida daquele povo que desembarcou no Espírito Santo há mais de um século. Aprendemos a respeitar e a viver do que vem da terra, a promover nosso agronegócio, nosso agroturismo, tudo em família, como sempre foi feito há gerações”, destaca O Deputado Federal Evair de Melo (PP).
A imigração Italiana no Espírito Santo
As marcas da vinda dos imigrantes para o Espírito Santo são perceptíveis na arquitetura, nas formas de cultivo, na alimentação, no vocabulário e na cultura capixaba.
De acordo com o sociólogo Renzo M. Grosselli, no livro “Colônias Imperiais na Terra do Café”, Tabacchi era um italiano oriundo de Trento que já se encontrava no Espírito Santo desde o início da década de 1850, onde adquiriu uma fazenda no município de Santa Cruz (atual Aracruz).
Ao observar o interesse do Brasil pela mão de obra européia, ele decidiu oferecer terras para os imigrantes em troca do direito de derrubar 3,5 mil jacarandás para exportação.
Após autorização do Ministério da Agricultura, Tabacchi capitaneou famílias na Itália e, assim, em 3 de janeiro, partia do porto de Gênova o “La Sofia”. Ao todo, foram 388 camponeses que embarcaram e chegaram à capital Vitória em busca de novas oportunidades.
E, com o passar dos anos, esse movimento migratório continuou e, atualmente, o Espírito Santo detém a maior colônia italiana do país em seu território.
A história da imigração italiana também está registrada no Arquivo Público do Estado do Espírito Santo (APEES), que em 1995, criou o projeto Imigrantes Espírito Santo, que utiliza o método de cruzamento de dados entre as diversas fontes disponíveis para cada imigrante.
Atualmente são 56.106 nomes catalogados, sendo 38.514 italianos, permitindo aos descendentes conhecerem um pouco mais sobre a história dos seus antepassados. A pesquisa sobre cada família pode ser feita no site www.imigrantes.es.gov.br.
Apoio à comunidade italiana
Descendente de italianos, o Deputado Federal Evair de Melo (PP) possui forte laço com a comunidade italiana capixaba e atua na Câmara Federal em prol das demandas dessa parcela da população.
A instalação de uma Agência Consular Italiana em Vitória foi uma das conquistas do parlamentar, que atuou diretamente nas negociações junto ao Consulado da Itália no Brasil.
Com a abertura da representação diplomática no Espírito Santo, os capixabas poderão conseguir sua cidadania italiana sem sair do estado. Atualmente, cerca de 30 mil capixabas estão na fila esperando por processos consulares.
“É uma conquista esperada e desejada por muita gente. Essa sede consular em Vitória, além dos documentos de cidadania, vai facilitar muito as relações comerciais e ampliar as oportunidades entre Brasil e Itália”.
Autor da Lei das Agroindústrias Artesanais (nº 13.680/2018), o parlamentar destaca também a força da culinária italiana no Espírito Santo, desenvolvida principalmente no seio familiar, com a produção de queijos, vinhos, pães, licores e embutidos de origem animal.
O Socol de Venda Nova do Imigrante recebeu sua Indicação Geográfica de Procedência do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), sendo um dos principais exemplos de como os descendentes italianos exerceram sua influência.
“Nossos produtores artesanais trabalham arduamente para conservar a tradição e o sabor do Socol, herança dos imigrantes italianos, consolidando o Espírito Santo em posição de destaque no mapa da gastronomia brasileira”.
Festas tradicionais italianas
Todos os anos, o Deputado Federal Evair de Melo (PP) apoia e participa de eventos culturais, como a Carretela Del Vin, um desfile típico italiano, com imigrantes vestidos à caráter, muita música e comida típica, no município de Santa Teresa.
O parlamentar também prestigia a Festa da Polenta, em Venda Nova do Imigrante, bem como os eventos que antecedem a comemoração, como o plantio e a colheita do milho para a festa, nos meses de março e setembro, em uma das propriedades rurais vendanovenses.
O parlamentar também sempre marca presença na Serenata Italiana, uma prévia da Festa da Polenta, que acontece no inverno de Venda Nova, durante as férias de julho, quando milhares de pessoas vão para as ruas festejar a cultura italiana. Na serenata, a população parte de quatro localidades em direção ao Centro de Eventos Padre Cleto Caliman com muita música e trajes típicos.
E, em outubro, Evair de Melo prestigia a Festa da Polenta, uma grande celebração da cultura italiana e atrai cerca de 60 mil pessoas de todo o Brasil para uma comemoração cheia de música, comida e alegria, cujo destaque é o famoso Tombo da Polenta, além da eleição da rainha e princesas, de shows nacionais e o desfile das famílias italianas.