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Medicina e Saúde

Em que posição você dorme?Médicos relatam perigos e mostram a mais adequada

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Uma boa noite de sono pode ser essencial para um dia seguinte com disposição, mas dormir bem depende de vários fatores

Uma boa noite de sono pode ser essencial para um dia seguinte com disposição, mas dormir bem não significa apenas ter um determinado número de horas de sono por noite. É necessário estar atento a uma série de fatores que interferem na qualidade de sono, como a qualidade do travesseiro e do colchão, a rotina antes de deitar, o ambiente do quarto e ainda a posição que você escolhe para dormir.

“Uma posição inadequada durante o sono pode levar a um alinhamento incorreto da coluna e do pescoço, gerando sobrecarga muscular, tensão, dor e problemas crônicos nessas duas regiões. Algumas posições ainda podem prejudicar a circulação sanguínea durante a noite, agravar o ronco e a apneia e favorecer as crises de refluxo”, explica o médico Daniel Oliveira,e em entrevista ao Terra.

O médico ressalta que uma noite mal dormida por causa de uma posição errada pode levar a um  cansaço ao longo do dia e a uma queda da concentração. “O nosso corpo precisa de um bom descanso para se recuperar. Se isso não acontece, até mesmo nosso sistema imunológico é afetado, nos tornando mais suscetíveis à infecções e doenças”, diz o médico.

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Qual a melhor posição?

Segundo o profissional, não há uma única posição adequada para dormir, é preciso considerar uma série de fatores. “O indivíduo deve avaliar se tem condições de saúde específicas e testar diferentes posições, observando como cada uma afeta a sua qualidade de sono, se gerou algum tipo de dor ou desconforto ao acordar. Para isso, é importante procurar ajuda profissional”, orienta Oliveira.

O ortopedista e cirurgião de coluna do Hospital Albert Einstein, Luciano Miller, afirma que uma das posições mais comum é de bruços, no entanto ela pode  provocar uma pressão adicional na coluna. “Ao adotar essa posição, as costas sofrem uma tensão desnecessária, especialmente quando a cabeça está virada para o lado. Ao longo do tempo, o alinhamento inapropriado pode contribuir para dores persistentes e condições crônicas”, conta Miller.

Outra posição comum é a fetal, em que a pessoa fica de lado e com as pernas enroladas, mas ela  também é cercada por armadilhas. “Se enrolar demais, como em uma posição fetal apertada, pode restringir a respiração profunda e exercer pressão adicional sobre a coluna e os quadris. Portanto, é vital manter um equilíbrio, sem se curvar excessivamente”, reforça o cirurgião.

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A melhor posição

De acordo com os especialistas, a melhor posição para dormir é de lado. Mas ela também requer cuidados, pois, se feita incorretamente, ela também pode trazer prejuízos. “Dormir de lado com as pernas totalmente esticadas, por exemplo, pode gerar uma tensão na parte inferior das costas”, afirma o Dr. Luciano. É aconselhável dobrar ligeiramente as pernas, para manter um alinhamento mais natural da coluna.

Apesar de todas essas observações, o ortopedista afirma que a melhor posição varia de acordo com cada pessoa. “Apesar dessa recomendação, a posição mais adequada para dormir é aquela que a pessoa se sinta relaxada e acorde bem no outro dia”, completa o profissional do Hospital Albert Einstein.

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Pacientes cegos após mutirão de catarata; equipe trocou produto

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Nesta terça-feira (11), o Grupo Santa Casa de Franca (SP) apontou erro no caso dos pacientes que tiveram complicações pós-operatórias, incluindo perda da visão, após serem submetidos a cirurgias de catarata em um mutirão em Taquaritinga (SP). Segundo uma investigação da Santa Casa, as pessoas operadas foram vítimas de uso inadequado de produtos durante os procedimentos realizados no dia 21 de outubro de 2024.

O Grupo Santa Casa de Franca administra o ambulatório médico de Taquaritinga. A apuração concluiu que, na hora de fechar o corte da cirurgia, em vez de um soro de hidratação, a equipe médica utilizou uma substância que serve para assepsia superficial de pele e mãos.

– Em vez de seguir o procedimento correto — onde a clorexidina é utilizada para assepsia e o soro Ringer para o selamento da incisão — houve o acidente, no qual a clorexidina foi aplicada em substituição ao soro Ringer. Isso significa que no processo cirúrgico, a equipe médica/assistencial inverteu a ordem do uso dos produtos – disse o Grupo Santa Casa de Franca (SP).

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A conclusão surgiu após uma sindicância, iniciada há mais de três meses, desde que os pacientes apresentaram complicações. O Grupo Santa Casa já havia confirmado um erro, mas não tinha divulgado detalhes. Todas as informações serão entregues à Secretaria de Estado da Saúde. Após as constatações, todos os profissionais envolvidos foram afastados. As informações são do G1 e da Folha de S.Paulo.

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Entenda pré-eclâmpsia e síndrome de Hellp que afetaram cantora Lexa

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Cantora anunciou nas redes sociais a morte da filha recém-nascida, Sofia, que morreu três dias após o parto. Entenda complicações que provocaram o parto prematuro

A cantora Lexa anunciou nesta segunda-feira (10), nas redes sociais, a morte da filha recém-nascida, Sofia, que ocorreu três dias depois do parto. A artista relatou que teve pré-eclâmpsia com síndrome de Hellp, o que ocasionou o parto prematuro da bebê. 

A reportagem da Agência Brasil conversou com a médica ginecologista e obstetra Joeline Cerqueira, com área de atuação em Reprodução Humana, para explicar melhor o significado desses termos.

A pré-eclâmpsia é uma doença obstétrica que geralmente acontece depois da 20ª semana de gravidez e provoca a hipertensão arterial da gestante.

“A placenta é o órgão que vai nutrir o feto. Quando ela está se implantando no útero, os vasos do útero se abrem e aumenta a corrente de sangue que vai nutrir adequadamente o feto. E o que ocorre na placenta da mulher com pré-eclâmpsia? Esses vasos não conseguem mudar a conformação deles para se tornarem mais flexíveis e elásticos. E o sangue não flui adequadamente para a placenta e para o feto”, explica Joeline Cerqueira.

A sobrecarga da circulação provoca a hipertensão arterial, igual ou acima de 140/90 mmHg (14 por 9), e há perda de proteína na urina, a proteinúria.

A pré-eclâmpsia precisa ser tratada para não colocar a vida da mãe e do feto em risco. Entre os agravamentos possíveis estão a eclâmpsia e a síndrome de Hellp.

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A eclâmpsia é marcada pela ocorrência de convulsões generalizadas ou coma em gestantes.

A síndrome Hellp é outro tipo de complicação que provoca hemólise (fragmentação das células vermelhas do sangue na circulação), níveis elevados de enzimas hepáticas e diminuição do número de plaquetas.

Essa combinação mostra que alguns órgãos podem estar entrando em falência, como os rins e o fígado.

Apesar de não ser comum, também existe a pré-eclâmpsia ou eclâmpsia pós-parto, que ocorre na fase do puerpério em até 72 horas depois do parto. A complicação é responsável pela hipertensão arterial e crises convulsivas nesse período.

Causas e fatores de risco

A obstetra explica que até hoje a pré-eclâmpsia não tem uma causa específica identificada. Existem teorias, dentre as quais ela destaca a má implantação da placenta no processo da gestação.

Mas já se conhecem os principais fatores de risco:

  • Primeira gestação da mulher
  • Gravidez antes dos 18 e depois dos 40 anos
  • Pressão alta crônica
  • Diabetes
  • Lúpus
  • Obesidade
  • Pessoas da família com essas doenças
  • Gestação de gêmeos.

Prevenção e redução de riscos

A realização do pré-natal, com acompanhamento médico da gravidez e da pressão arterial, é a melhor forma de prevenir a pré-eclâmpsia e demais complicações.

“Existem medicações já testadas que diminuem consideravelmente as probabilidades de pré-eclâmpsia para as pacientes de risco. Uma delas é o cálcio. Outra é o AAS infantil. Elas usam essa aspirina em dose baixa de 100 mg a partir de 12 até 16 semanas de gestação”, diz Joeline Cerqueira. “É imprescindível o médico começar nesse período. Porque como é uma doença que se instala pela placenta, depois de 16 semanas a placenta já está toda formada. Então, não adianta começar uma profilaxia muito tarde”.

Sintomas

pré-eclâmpsia pode ser assintomática. Mas há sinais comuns, como:

  • Dor de cabeça forte que não passa com remédios
  • Inchaço no rosto e nas mãos
  • Ganho de peso em uma semana
  • Dificuldade para respirar
  • Náusea ou vômito após os primeiros três meses de gestação
  • Perda ou alterações da visão
  • Dor no abdômen do lado direito.
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Os sintomas da eclâmpsia podem ser dores de cabeça, de estômago e perturbações visuais antes da convulsão; sangramento vaginal; e coma.

Tratamento

O principal objetivo do tratamento para quem desenvolve o quadro de pré-eclâmpsia é o controle da pressão arterial. Podem ser usados hipotensores, medicações orais e injetáveis, para conseguir manter a pressão arterial abaixo de 14 por 9.

Também podem ser indicados: alimentação com baixo consumo de sal e de açúcar; repouso; aumento da ingestão de água; fazer acompanhamento pré-natal mais rigoroso.

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