conecte-se conosco


Entretenimento

Entrevista – Maciel de Aguiar: ‘Este livro é um presente para Roberto Carlos’

Publicado

Lançamento nacional será dia 10 de janeiro, em Cachoeiro-ES

Próximo ao lançamento nacional do livro ‘ROBERTO CARLOS – AS CANÇÕES QUE VOCÊ FEZ PRA MIM’, o escritor Maciel de Aguiar fala de sua obra e de como levou meio século para escrever o novo livro.

Com mais de 50 anos de literatura e 142 livros publicados, o escritor capixaba, natural de Conceição da Barra, Norte do Espírito Santo, é um dos mais importantes escritores brasileiros da atualidade.

Maciel é autor de obras como ‘OS ANOS DE CHUMBO’, em quatro volumes (sobre a ditadura militar no Brasil e finalista do Prêmio Jabuti, o mais prestigiado concurso literário do País), além da série ‘HISTÓRIA DOS QUILOMBOLAS – 40 LIVROS’ (quando se converteu em um dos pioneiros na versão da escravidão com base na oralidade), e, principalmente, autor de obras consagradas como ‘O SABIÁ E EU’, sobre o cronista Rubem Braga (seu mestre da arte de escrever); ‘NIEMEYER – O GÊNIO DA ARQUITETURA’, sobre o arquiteto Oscar Niemeyer, e o grande sucesso internacional ‘PELÉ – THE KING OF FOOTBALL’, sobre o ‘Rei Pelé’, traduzido para vários idiomas e com repercussão em mais de cem países.

O escritor conta como será o lançamento nacional de ‘ROBERTO CARLOS – AS CANÇÕES QUE VOCÊ FEZ PRA MIM’, no dia 10 de janeiro de 2020, em Cachoeiro de Itapemirim/ES.

Como está a expectativa para o lançamento do livro ‘ROBERTO CARLOS – AS CANÇÕES QUE VOCÊ FEZ PRA MIM’?

MACIEL DE AGUIAR – A expectativa é enorme, quase do tamanho da responsabilidade de escrever um livro sobre um artista com a repercussão, a importância e o prestígio de Roberto Carlos, e, sobretudo, por fazer esse lançamento na cidade e na casa onde o ‘Rei’ nasceu.

E como estão os preparativos?

MACIEL – Fizemos uma parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo da Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim para a realização desse lançamento nacional e esperamos que tudo ocorra conforme o planejado.

Por certo será um fato de grande importância na Cidade.

MACIEL: É muito gratificante ver uma Secretaria de Cultura se empenhar na realização de um evento que deverá ter repercussão nacional.

A venda será em benefício da Santa Casa?

MACIEL: A Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro há muito presta relevantes serviços, além de ser uma instituição secular e que precisa da solidariedade de todos. Portanto, nada mais justo para mim e para o próprio Roberto Carlos realizarmos esse evento beneficente, com 100% do lucro destinado à Santa Casa de Misericórdia.

Como foi a escolha do tema do livro?

MACIEL: É uma longa história de dedicação e admiração a Roberto Carlos e sua obra. E que teve início na década de 1960, quando nós, os estudantes do Colégio Estadual Ceciliano Abel de Almeida, não podíamos frequentar os cabarés do Porto de São Mateus, por sermos de menoridade. Então, um policial que apelidamos de ‘Pára Pedro’, nos permitia frequentar os cabarés no domingo à tarde. E, como existia uma música que perguntava: ”O que é que você vai fazer domingo à tarde?”, pensei em escrever um livro sobre a influência das músicas na vida das pessoas. Tinha apenas 15 anos, mas havia decidido que queria ser escritor!

E quando você começou a escrever este livro sobre as músicas de Roberto Carlos?

Leia mais:  Ex-participante do MasterChef e A Fazenda é presa por tráfico de drogas

MACIEL: Foi em 1969, quando já escrevia poemas libertários contra a ditadura militar. Assim, iniciei o livro sobre a influência das músicas do ‘Rei’ na vida das pessoas, e foi a partir de uma instigante história de um jovem de Brasília, quando seus pais passavam as férias em Conceição da Barra. E essa história tinha como fundo musical ‘Sentado à beira do caminho’. Então, escolhi as canções de Roberto Carlos para contar muitas histórias que passei a ouvir de diversas pessoas.

Entrevistou muita gente?

MACIEL: Entrevistei centenas e fazendo basicamente a mesma pergunta: ”Qual a música de Roberto Carlos que mais gosta e como ela marcou a sua vida?”, e cada pessoa tinha uma história para contar e quase sempre se referia àquela canção como ”Minha música” e/ou ”Nossa música”, quando essa história estava relacionada a outra pessoa.

E o que basicamente este livro se diferencia de suas outras obras?

MACIEL: Este, possivelmente, é o livro que mais tempo levou para ser escrito na história da literatura brasileira, e, ao menos para mim, isto o faz diferente dos demais. E, por certo, é o primeiro livro que conta as histórias das músicas na vida das pessoas, e, com certeza, é o único que conta a influência das canções de Roberto Carlos na vida de seus milhares de fãs e admiradores. Mas também tem outros aspectos inéditos.

Quais são?

MACIEL: Por exemplo, é um livro sem ponto nos períodos, tem apenas ponto parágrafo! Sempre pensei escrever um livro sem ponto. O mestre Rubem Braga, que me ensinou a arte de escrever, e me esforcei para ser um bom aluno, dizia ser quase impossível, mas acho que consegui escrever um livro sem ponto e sem perder a qualidade do texto. José Saramago fez ainda mais do que isso: escreveu longos períodos sem ponto, mas é um Prêmio Nobel de Literatura!

Como foi a receptividade de Roberto Carlos?

MACIEL: Não posso falar pelo ‘Rei’, mas ele está acompanhando tudo, recebeu os originais em seu apartamento na Urca, Rio de Janeiro, elogiou o projeto do livro, sabe que será uma edição super luxo, com as suas cores preferenciais, com caixa, capa dura, sobrecapa, hot stamp, papel couchê e quase 500 páginas de miolo. É uma obra com muita qualidade e de peso, literalmente!

Roberto Carlos irá ao lançamento do livro em Cachoeiro de Itapemirim, principalmente por ser na casa onde ele nasceu?

MACIEL: Eu o convidei! Seria excelente se o ‘Rei’ fizesse essa surpresa para sua cidade natal e participasse do lançamento de um livro dessa importância, e na casa onde nasceu. Estou muito otimista com sua presença, por saber de sua enorme generosidade! E ele também sabe que o lançamento será em benefício da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro; e ficou muito feliz com a iniciativa, pois Roberto Carlos devota enorme gratidão por Cachoeiro de Itapemirim e pela Santa Casa de Misericórdia.

Você disse que o livro é “um presente para Roberto Carlos”. Como assim?

Leia mais:  Ex-galã de ‘Malhação’ se reinventa e empreende no ramo de venda de frango assado

MACIEL: Roberto Carlos completou sessenta anos como cantor profissional, começou na Boate Plaza, no Rio de Janeiro, em 1959, e ninguém escreveu uma obra cinquentenária sobre suas canções, por isto é um presente de gratidão; e não apenas de um escritor para ele, mas de centenas de pessoas anônimas e famosas que o acompanham, o admiram e escolheram as suas canções como a “música de suas vidas”.

Então, o livro não é uma biografia de Roberto Carlos?

MACIEL: Não! Acho que existem aspectos da vida de Roberto Carlos que somente ele deve revelar, se quiser revelar! Diria que este livro é uma radiografia sentimental, memorialística e emocional de 50 canções de autoria de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, e, sobretudo, que conta como essas canções influíram na vida de milhares de seus fãs e admiradores.

E o que você espera como resultado?

MACIEL: Espero que seja um livro em que os leitores também se reconheçam em cada um dos personagens e que sintam a mesma emoção que senti ao escrevê-lo. E, por certo, essas histórias, que, pela primeira vez serão reveladas, provocarão emoções, muitas emoções!

Você se sente um escritor realizado?

MACIEL: Quando nasci, na Rua Muniz Freire, em Conceição da Barra, no norte capixaba, penso que o Criador do Universo, colocou a pontinha do dedinho sobre minha cabeça e disse: ”Vai, menino, ser escritor na vida!”. E como foi Ele quem escolheu esta profissão para mim, também me possibilitou escrever 142 livros, dentre eles sobre alguns personagens desconhecidos e, possivelmente para compensar essa tarefa, me deu o direito de ser escolhido pelos ‘reis’ para escrever os seus livros. Ou seja, escrevi o livro de Pelé, ‘rei do futebol’ e o ser mais conhecido do Planeta, publicado em vários idiomas e vendido em muitos países. Escrevi o livro sobre Oscar Niemeyer, ‘rei da arquitetura’ e o maior arquiteto da História do Brasil. Escrevi o livro sobre Rubem Braga, ‘rei da arte de escrever’ e meu mestre. E, agora, escrevi o livro sobre as canções de Roberto Carlos, ‘rei da música’. Então, me considero um escritor realizado e agradecido pela enorme generosidade do destino.

E o livro ‘ROBERTO CARLOS – AS CANÇÕES QUE VOCÊ FEZ PRA MIM’ será disponibilizado nas plataformas digitais?

MACIEL: Sim! Acho que na próxima semana o livro poderá ser baixado nas plataformas digitais e ser lido, mas também poderá ser comprado em papel na Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro e ou pelo e-mail [email protected]

E a exposição ‘MACIEL DE AGUIAR – 50 ANOS DE LITERATURA’, quando será?

MACIEL: Começaremos dia 11 de fevereiro de 2020, na Escola Joaquim Fonseca, em Conceição da Barra; depois vamos para o Sesc, em São Mateus, e, em seguida, iremos para o Palácio Anchieta, em Vitória, além de Ponte Nova-MG e o Instituto Cravo Albin, na Urca, Rio de Janeiro.

O lançamento do livro será na Casa de Roberto Carlos, em Cachoeiro de Itapemirim-ES.

publicidade

Entretenimento

Cantor Ferrugem e equipe sofrem acidente após show do Rio Grande do Sul

Publicado

Não houve feridos entre os ocupantes do veículo; artista garantiu que a apresentação programada em Arraial do Cabo seguirá conforme o planejado

O cantor Ferrugem e sua equipe passaram por um incidente com o ônibus que os transportava após um show no Rio Grande do Sul. O acidente, que ocorreu na BR-290, nas proximidades da ponte do Guaíba, resultou apenas em danos materiais, sem deixar feridos. Apesar do susto, o artista garantiu que a apresentação programada em Arraial do Cabo seguirá conforme o planejado. Em uma atualização nas redes sociais, Ferrugem compartilhou detalhes sobre o ocorrido, explicando que o ônibus se envolveu em um acidente após sua performance no Festimar, realizado em Rio Grande. Ele tranquilizou seus seguidores, assegurando que todos estavam bem e que a equipe retornaria para casa antes de se deslocar para o próximo compromisso musical.

A empresa responsável pelo transporte, Mônica Turismo, também se manifestou sobre o acidente, confirmando que não houve feridos entre os ocupantes do veículo. Para evitar atrasos na agenda, a equipe decidiu continuar a viagem utilizando o mesmo ônibus, demonstrando determinação em manter os compromissos. O incidente, embora preocupante, não afetou os planos do cantor, que segue firme em sua agenda de shows. Ferrugem, conhecido por sua conexão com os fãs, fez questão de manter todos informados sobre a situação, reforçando a importância da segurança e do bem-estar de sua equipe.

Leia mais:  É carnaval: empreendedores do ES apostam nas redes sociais para viralizar seus acessórios criativos

Continue lendo

Entretenimento

Alunas acusadas de racismo contra filha de Samara Felippo prestarão serviços comunitários

Publicado

O episódio foi denunciado pela atriz quando a filha teve o caderno escolar rasgado e rasurado com insultos

Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) manteve a sentença que aplica medida socioeducativa de prestação de serviços à comunidade às adolescentes acusadas de praticar ataques racistas contra uma das filhas da atriz Samara Felippo.

O episódio foi denunciado pela atriz no ano passado, quando a filha teve o caderno escolar rasgado e rasurado com insultos. O caso ocorreu em um colégio particular da zona oeste de São Paulo.

O processo foi julgado em primeira instância, e cabe recurso. A reportagem não teve acesso ao processo, que está em segredo de justiça. Por esse motivo, não foi possível entrar em contato com a defesa das acusadas.

“Esse caso é emblemático porque reafirma que práticas de racismo não serão toleradas, mesmo quando praticadas por adolescentes, e que o sistema de justiça está atento à proteção da dignidade e da igualdade racial, valores fundamentais de nossa Constituição”, afirma, em nota, a advogada da vítima, Thais Cremasco.

Ela reforça ainda que “a sentença reconheceu a gravidade dos fatos e aplicou a medida socioeducativa cabível às adolescentes envolvidas, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente”.

Leia mais:  Liberação de shows para 600 pessoas no ES será discutida nesta sexta-feira pelo governo

De acordo com a sentença, as estudantes devem prestar os serviços à comunidade por quatro meses, durante seis horas semanais. Alguns exemplos de trabalhos que podem ser exercidos são:

– Escolas públicas: apoio em bibliotecas (organização de livros, catalogação), auxílio em atividades esportivas ou culturais e organização de material escolar e apoio a eventos;

– Hospitais e postos de saúde: organização de filas e orientação de usuários, apoio logístico (distribuição de senhas, organização de documentos) e ajuda na separação e entrega de materiais de higiene ou medicamentos (não aplicam medicamentos);

– ONGs de assistência social: apoio a projetos sociais (oficinas, cursos, feiras comunitárias), organização de campanhas de arrecadação (roupas, alimentos) e trabalho de apoio administrativo leve (digitalizar documentos, arquivar papéis);

– Asilos e casas de acolhimento de idosos: companhia a idosos (leitura, jogos de tabuleiro, conversas), apoio em atividades recreativas e pequenos trabalhos de organização de materiais;

– Parques, praças e espaços públicos: ações de preservação ambiental (plantio, limpeza de jardins), apoio a campanhas de conscientização ambiental e organização de eventos comunitários (feiras, festivais);

Leia mais:  Com shows marcados no ES, dupla Zé Neto e Cristiano cancelam agendas para tratamento de saúde

– Bibliotecas públicas e centros culturais: organização de acervos, apoio em exposições e eventos culturais e auxílio a usuários (orientação sobre localização de livros, espaços).

Segundo a advogada, a família da vítima espera que essa decisão represente não apenas uma resposta ao ocorrido, mas também “um passo importante na conscientização da sociedade sobre o impacto da violência racial, especialmente no ambiente escolar”.

Entenda o caso

Samara Felippo abriu um boletim de ocorrência em abril do ano passado, quando ocorreu o episódio. O caso foi registrado como “preconceito de raça ou de cor” e encaminhado ao 14° DP (Pinheiros).

O colégio Vera Cruz, onde ocorreu o crime, suspendeu as duas alunas identificadas como autoras da agressão. Samara, porém, pedia pela expulsão das estudantes e afirmou, à época, que a escola estava sendo omissa diante de diversos casos de preconceito.

De acordo com relato feito pela atriz, sua filha mais velha teve o caderno furtado, folhas foram arrancadas e, em seguida, o objeto foi devolvido ao achados e perdidos da escola com uma ofensa de cunho racial escrita em uma das páginas.

Continue lendo

São Mateus

Política e Governo

Segurança

Camisa 10

Mais Lidas da Semana