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Medicina e Saúde

Equipes de saúde resgatam pacientes renais crônicos ilhados em Mimoso do Sul

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Dois pacientes renais crônicos ilhados no interior de Mimoso do Sul foram resgatados, nesta segunda-feira (25), após busca ativa conduzida pela Secretaria da Saúde (Sesa), com apoio da Secretaria Municipal de Saúde. Desde a enxurrada que atingiu a cidade, no último fim de semana, equipes da pasta, com suporte da Superintendência Regional Sul de Saúde, atuam na força-tarefa de atendimento à população local.  

Um helicóptero disponibilizado pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC) foi utilizado para salvar ambos os pacientes, um homem e uma mulher, residentes nos distritos de Conceição do Muqui e Santo Antônio do Muqui, que estão inacessíveis em consequência das fortes chuvas. Levados, logo em seguida, para Cachoeiro de Itapemirim, eles tiveram de ser imediatamente encaminhados à sessão de diálise, pela qual não passavam desde a última quinta-feira (21).  

Reunião traça estratégias para reorganização da rede local de saúde

Também nesta segunda-feira, no começo da tarde, o subsecretário de Estado de Atenção à Saúde, Tadeu Marino, esteve em Mimoso do Sul para dar continuidade à condução dos trabalhos iniciados, no domingo (24), pela comitiva liderada pelo secretário de Estado da Saúde, Miguel Duarte. Ele foi acompanhado pelos titulares da Gerência de Políticas e Organização de Redes de Atenção à Saúde (Geporas), da Rede de Atenção à Urgência e Emergência (RUE) e da Gerência de Assistência Farmacêutica (GEAF). 

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O foco da visita do subsecretário foi monitorar estratégias para a reorganização da rede local de Atenção à Saúde. Com esse objetivo, ele se reuniu com a equipe da força-tarefa na sala de situação montada na Unidade Básica de Saúde Dr. Lincon Galveas Martins, no centro de Mimoso do Sul. “Para essa reestruturação, organizaremos quatro pontos provisórios de atenção, para atendimentos ambulatoriais à população”, explicou Tadeu Marino. 

O Núcleo Especial de Atenção Primária (Neapri), vinculado à Geporas, informou que sete Unidades Básicas de Saúde do município foram afetadas, e uma UBS ainda não teve sua situação totamente apurada.  

Além disso, conforme o Neapri, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) está comprometido, impedindo seu funcionamento. A Casa da Mulher também foi atingida. Somente o Hospital Apóstolo Pedro, que não foi afetado, segue em funcionamento.  

Farmácia municipal segue em funcionamento

Originalmente alocada na UBS na qual foi implantada a sala de situação, a farmácia municipal de Mimoso do Sul continua em funcionamento. Seu estoque atual conta, basicamente, com medicamentos para hipertensos e diabéticos, além de vermífugos. 

Ainda assim, até que seja restabelecido o fluxo normal de aquisição de itens, o serviço de dispensação de medicamentos é garantido graças a doações feitas pela Sesa e por outros municípios capixabas, como Viana, Serra, Barra de São Francisco, Vila Pavão, Laranja da Terra, Cariacica e Marechal Floriano. As medicações doadas são destinadas, primeiramente, à GEAF, que define, então, a logística de entrega a Mimoso do Sul.  

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Kits emergenciais enviados pelo Ministério da Saúde

Ainda na tarde de segunda-feira, chegaram ao almoxarifado da Sesa, em Vitória, cinco kits emergenciais enviados pelo Ministério da Saúde, para atender aos municípios da região sul atingidos pelas enxurradas. A Gerência de Assistência Farmacêutica fracionará os kits e os enviará após levantamento das necessidades apresentadas em cada um dos municípios.  

Cada kit é composto por 32 tipos de medicamentos e de 16 tipos de insumos (luvas, seringas e ataduras, entre outros) suficientes para atender 1.500 pessoas durante um mês, de acordo com o Ministério da Saúde. 

Visitas a abrigos para orientações sanitárias

Referências da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, com apoio de um técnico enviado pelo Ministério da Saúde, realizaram visitas a locais de Mimoso do Sul utilizados como abrigos, com o intuito de avaliá-los e prestar orientações relacionadas às condições sanitárias, além de esclarecimentos sobre doenças de transmissão hídrica.

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Medicina e Saúde

Saúde emite alerta para população que vai viajar para áreas de detecção da Febre Amarela

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Com o aumento de casos de Febre Amarela em humanos e Primatas não-humanos (PNH) já registrados entre o ano de 2024 e neste ano de 2025 no Brasil, o Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações, encaminhou aos estados, nessa segunda-feira (03), o alerta sobre a população que pretende se deslocar, em especial, a essas regiões que apresentam os casos confirmados, como São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins.

O alerta, segundo a Nota Técnica Conjunta Nº 27/2025, orienta àqueles que planejam ir para áreas com registro de transmissão de Febre Amarela ou para áreas rurais e de mata, que verifiquem a carteira de vacinação e, caso ainda não estejam vacinadas contra a doença, procurem as Unidades de Saúde com pelo menos 10 dias de antecedência para se vacinarem, evitando a exposição a áreas e situações de risco sem proteção.

No Espírito Santo, o último ano com casos confirmados em humanos foi em 2018, que registrou cinco casos e nenhum óbito. Em 2017, foram 256 casos confirmados em humanos e 81 óbitos. Nesses dois anos, a Secretaria da Saúde (Sesa) realizou a vacinação da população para a proteção à Febre Amarela, e foram usadas as doses padrão para a imunização. Entretanto, devido ao cenário epidemiológico na época, alguns estados receberam a dose fracionada, cuja dose de reforço deve ser aplicada no intervalo de oito anos.

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Em virtude dessa especificidade, a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, orienta também que, em caso de residir atualmente no Estado e tenha recebido a dose da Febre Amarela em outro estado com a dose fracionada e precise se deslocar para as regiões de casos confirmados, que procure a sala de vacinação mais próxima para verificação da situação vacinal.

A vacina Febre Amarela faz parte do calendário básico de vacinação das crianças de 9 meses a menores de 5 anos, com uma dose de reforço aos 4 anos de idade. Em 2024, a cobertura vacinal no Estado em menores de 1 ano de idade foi de 72,50%, com meta preconizada de 95%. A população de 5 a 59 anos não vacinadas, podem receber a dose única. Sendo que nesta população, a cobertura vacinal no estado é superior a 95%.

 

Recomendações adicionais para a estratégia de vacinação

Para a vacinação daqueles que pretendem se deslocar para regiões com confirmações de casos da Febre Amarela, o Ministério da Saúde define seguir as estratégias abaixo:

Dose de reforço para viajantes: Indivíduos que receberam a vacina fracionada contra a febre amarela em 2018 em outros estados e que se destinam a áreas com circulação comprovada do vírus da febre amarela, deverão receber uma dose adicional da vacina em dose padrão;

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Dose zero: A dose zero da vacina contra a febre amarela, aplicada em crianças entre 6 e 8 meses de idade, somente deve ser administrada em crianças que residem ou se desloquem para área onde há circulação confirmada do vírus;

Vacinação de idosos: A vacinação de pessoas com 60 anos ou mais deve ser precedida por uma avaliação médica individualizada, considerando o risco de exposição ao vírus da febre amarela e as condições clínicas do paciente.

 

Áreas de alerta para Febre Amarela

Segundo a Nota Técnica Conjunta Nº 27/2025, do Ministério da Saúde, as áreas de alerta são os estados de São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins. Nesses estados, foram confirmados casos de Febre Amarela em Primatas não-humanos (PNH), entre o ano de 2024 e 2025.

Em relação aos casos em humanos, durante o mesmo período, foram confirmados 08 casos de Febre Amarela, sendo 07 em São Paulo (Socorro, Joanópolis e Tuiuti) e um caso em Minas Gerais (Camanducaia). Destes, 04 casos evoluíram para o óbito, todos no estado de São Paulo.

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Câncer de mama em homens: uma doença rara que exige atenção

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Homens com histórico familiar da doença devem conversar com um médico sobre a possibilidade de realizar exames genéticos e fazer um acompanhamento mais cuidadoso

Quando se fala em câncer de mama, a maioria das pessoas associa a doença ao público feminino. No entanto, homens também podem desenvolver esse tipo de câncer, ainda que em menor escala. No Brasil, estima-se que menos de 1% dos casos ocorram em pacientes do sexo masculino.

Por ser pouco conhecido e de baixa incidência, o câncer de mama masculino é diagnosticado tardiamente na maioria dos casos, o que reduz significativamente as chances de um tratamento eficaz. A falta de informação é um dos principais obstáculos, pois muitos homens não imaginam que possam desenvolver a doença e, por isso, não procuram ajuda médica ao notar os primeiros sinais.

Mas, afinal, como identificar os sintomas e quais são os fatores de risco? E, mais importante, quais são as novas possibilidades de tratamento para combater esse tipo de câncer?

Silencioso e Perigoso: Como o Câncer de Mama se Manifesta nos Homens

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a previsão é que, até 2025, o Brasil registre 73.610 novos casos de câncer de mama. Os homens fazem parte dessa estatística, mas, como representam uma parcela muito pequena, não há campanhas de rastreamento ou exames preventivos específicos para eles.

Na ausência desses exames, o diagnóstico precoce depende da atenção aos sinais do corpo. Os sintomas mais comuns incluem:

  • Nódulo endurecido na mama
  • Retração da pele ou do mamilo
  • Secreção mamilar, podendo conter sangue
  • Aumento da sensibilidade ou dor na região

Como os sintomas são inespecíficos e muitas vezes confundidos com outras condições, como a ginecomastia (aumento das mamas em homens), o câncer de mama masculino costuma ser identificado já em estágios avançados. Isso dificulta o tratamento e reduz as chances de cura.

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Quem Tem Mais Risco de Desenvolver a Doença?

Embora qualquer homem possa ser diagnosticado com câncer de mama, alguns fatores aumentam significativamente a predisposição à doença. Os principais são:

  • Histórico familiar e genética – Homens com mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 correm maior risco.
  • Idade – O câncer de mama masculino é mais frequente após os 60 anos.
  • Desequilíbrio hormonal – O uso prolongado de hormônios femininos ou doenças hepáticas que aumentam o nível de estrogênio no corpo podem favorecer o desenvolvimento de tumores.
  • Obesidade – O excesso de gordura corporal também eleva os níveis de estrogênio, aumentando o risco da doença.
  • Exposição à radiação – Homens que passaram por radioterapia no tórax podem desenvolver mutações que favorecem o câncer de mama.

Se houver a presença de um ou mais desses fatores de risco, é fundamental prestar atenção a qualquer alteração nas mamas e procurar um médico em caso de dúvida.

Avanços no Tratamento: Crioablação Pode Revolucionar a Abordagem do Câncer de Mama

Nos últimos anos, a medicina tem investido em alternativas menos invasivas e mais eficazes para tratar o câncer de mama, especialmente em estágios iniciais.

Uma dessas abordagens inovadoras é a crioablação, um procedimento que usa temperaturas extremamente baixas para congelar e destruir células tumorais, sem a necessidade de cirurgia tradicional. Essa técnica já é aplicada no tratamento de outros tumores e está mostrando resultados promissores para o câncer de mama.

Entre as principais vantagens da crioablação estão:

  • Menor invasividade do procedimento
  • Possibilidade de realização sem internação
  • Recuperação rápida e preservação estética
  • Redução do risco de complicações cirúrgicas

Além disso, esse método torna-se uma opção viável para pacientes que não podem passar por cirurgias convencionais.

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Outro avanço importante é a radioterapia corporal estereotáxica (SBRT), que permite a aplicação de radiação altamente precisa diretamente no tumor, reduzindo danos aos tecidos saudáveis e aumentando a eficácia do tratamento.

Pesquisadores também estudam a combinação da crioablação com imunoterapia, para estimular o sistema imunológico a combater as células cancerígenas de forma mais eficiente. Se comprovada sua eficácia, essa abordagem poderá mudar o futuro do tratamento do câncer de mama.

Diagnóstico Precoce: A Chave para Salvar Vidas

Como o câncer de mama em homens é raro e não há exames preventivos rotineiros, a conscientização torna-se fundamental. Falar sobre o assunto, reconhecer os sinais e buscar atendimento médico ao menor sintoma pode salvar vidas.

Homens com histórico familiar da doença devem conversar com um médico sobre a possibilidade de realizar exames genéticos e fazer um acompanhamento mais cuidadoso. O câncer de mama, quando diagnosticado precocemente, tem altas taxas de cura, o que reforça a necessidade de vigilância.

Quebrar o tabu sobre o câncer de mama masculino é essencial. Informar-se, estar atento aos sintomas e buscar ajuda médica precocemente são passos fundamentais para aumentar as chances de cura.

O câncer de mama masculino pode ser raro, mas isso não significa que deva ser ignorado. A falta de informação ainda é um grande obstáculo para o diagnóstico precoce, tornando a conscientização uma ferramenta essencial no combate à doença.

Com novas opções de tratamento, como a crioablação e a radioterapia de precisão, o cenário do câncer de mama pode mudar nos próximos anos. Mas, enquanto essas tecnologias avançam, a informação continua sendo a melhor aliada para garantir que mais homens tenham um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz. Seja um multiplicador dessa mensagem: compartilhe essa informação e ajude a salvar vidas.

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