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Medicina e Saúde

ES tem 48 casos confirmados de mpox; número é maior que todo ano passado

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Além das características erupções na pele, dor de cabeça e gânglios inchados, a população deve ficar alerta para sintomas nos olhos

Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a mpox (causada pelo vírus MPXV) uma emergência de saúde pública global. No Espírito Santo, já foram notificados 577 casos e confirmados 48 até a quarta-feira (14), último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Ainda segundo a Sesa, o número é maior do que todos os casos verificados no ano passado. Em 2023, foram notificados 497 casos e confirmados 36.

Já em 2022, o Lacen-ES realizou 1.953 exames para a detecção da doença, com 313 casos confirmados. Não há registro de óbitos pela doença no Estado e a Sesa afirma que “está em alerta para a detecção de novos casos e, mantém ações de orientação junto aos municípios”.

Mpox é uma infecção viral que pode ser transmitida de pessoa para pessoa, especialmente através de contato próximo. Em alguns casos, a transmissão também pode ocorrer a partir de objetos e superfícies que foram tocados por alguém infectado.

Além disso, em áreas onde o vírus da varíola dos macacos circula entre animais selvagens, a infecção pode ser transmitida para humanos que tenham contato com esses animais.

Embora os sintomas da mpox sejam semelhantes aos da varíola, a doença é geralmente menos grave. Entretanto, este novo clado circulante na região da África, acende um alerta devido a apresentação de sintomas mais graves e as altas taxas de letalidade pela doença.

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Os sintomas mais comuns da mpox incluem cansaço, febre, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo, ínguas e bolhas ou feridas na pele.

Médica alerta para problema nos olhos

O que poucos sabem é que, além das características erupções na pele, dor de cabeça, gânglios inchados, é preciso também ficar alerta para sintomas nos olhos.

Segundo um artigo brasileiro, publicado no periódico dos Estados Unidos JAMA Ophthalmology, foi identificada que a doença também gera uma inflamação ocular grave. Ela atinge a córnea e a úvea, nome dado à camada média do olho que inclui a íris.

Atualmente, a equipe médica acompanha dez casos em São Paulo. Nos Estados Unidos, entre agosto e setembro de 2022, foram registrados cinco casos com impactos na visão.

A oftalmologista Klicia Molina Guiarizatto da Fonseca narra que os sinais de problemas nos olhos aparecem depois que as feridas de pele já estão parcial ou totalmente cicatrizadas. 

Essa data corresponde  15 a 40 dias após o início dos sintomas mais comuns da doença. 

“Começa como uma irritação no olho, que pode ficar avermelhado, lacrimejante, com forte sensibilidade à luz e sensação de areia por trás da pálpebra, podendo evoluir até para a perda da visão”, narra a especialista. 

Quais hipóteses para o vírus atingir os olhos? 

O que muitos podem ser perguntar é: como o vírus atinge os olhos? A médica afirma que uma das hipóteses é a “autoinoculação”, quando o próprio paciente coça as feridas, depois leva a mão no rosto e transmite o vírus. 

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Outra possibilidade é que o olho permite que o vírus fique “escondido” até causar um quadro inflamatório crônico impossível de combater apenas com os anticorpos naturais. 

“O olho tem um mecanismo de defesa que impede a chegada de anticorpos na região. Muitos microrganismos têm o órgão como uma forma de reservatório, ficando muitas vezes escondidos no local, pois ali o anticorpo não chega”, explica Klicia.

“Agilidade é fundamental para que casos não evoluam”

A especialista também descreve que a agilidade é fundamental para que os casos não evoluam. O tratamento é feito com tecovirimat, remédio aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tratamento da varíola dos macacos.

Após o início do tratamento correto, a recuperação do paciente é rápida, com melhora a partir do terceiro dia e regressão da inflamação a partir do quarto ou quinto dia.

Se não tratadas corretamente, as cicatrizes formadas na córnea podem levar a lesões graves e até a perda da visão. 

“A inoculação do vírus nos olhos é capaz persistir por até dois meses, gerando uma reação inflamatória que pode prejudicar seriamente a visão. Somado ao uso de medicação incorreta, já temos relatos de pacientes com cegueira e que vão precisar de transplante de córnea”, pontua.

Além do prejuízo à visão, existe uma comunicação muito próxima do olho com o sistema nervoso central, com o vírus tendo potencial de causar uma dor neuropática.

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Pacientes cegos após mutirão de catarata; equipe trocou produto

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Nesta terça-feira (11), o Grupo Santa Casa de Franca (SP) apontou erro no caso dos pacientes que tiveram complicações pós-operatórias, incluindo perda da visão, após serem submetidos a cirurgias de catarata em um mutirão em Taquaritinga (SP). Segundo uma investigação da Santa Casa, as pessoas operadas foram vítimas de uso inadequado de produtos durante os procedimentos realizados no dia 21 de outubro de 2024.

O Grupo Santa Casa de Franca administra o ambulatório médico de Taquaritinga. A apuração concluiu que, na hora de fechar o corte da cirurgia, em vez de um soro de hidratação, a equipe médica utilizou uma substância que serve para assepsia superficial de pele e mãos.

– Em vez de seguir o procedimento correto — onde a clorexidina é utilizada para assepsia e o soro Ringer para o selamento da incisão — houve o acidente, no qual a clorexidina foi aplicada em substituição ao soro Ringer. Isso significa que no processo cirúrgico, a equipe médica/assistencial inverteu a ordem do uso dos produtos – disse o Grupo Santa Casa de Franca (SP).

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A conclusão surgiu após uma sindicância, iniciada há mais de três meses, desde que os pacientes apresentaram complicações. O Grupo Santa Casa já havia confirmado um erro, mas não tinha divulgado detalhes. Todas as informações serão entregues à Secretaria de Estado da Saúde. Após as constatações, todos os profissionais envolvidos foram afastados. As informações são do G1 e da Folha de S.Paulo.

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Entenda pré-eclâmpsia e síndrome de Hellp que afetaram cantora Lexa

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Cantora anunciou nas redes sociais a morte da filha recém-nascida, Sofia, que morreu três dias após o parto. Entenda complicações que provocaram o parto prematuro

A cantora Lexa anunciou nesta segunda-feira (10), nas redes sociais, a morte da filha recém-nascida, Sofia, que ocorreu três dias depois do parto. A artista relatou que teve pré-eclâmpsia com síndrome de Hellp, o que ocasionou o parto prematuro da bebê. 

A reportagem da Agência Brasil conversou com a médica ginecologista e obstetra Joeline Cerqueira, com área de atuação em Reprodução Humana, para explicar melhor o significado desses termos.

A pré-eclâmpsia é uma doença obstétrica que geralmente acontece depois da 20ª semana de gravidez e provoca a hipertensão arterial da gestante.

“A placenta é o órgão que vai nutrir o feto. Quando ela está se implantando no útero, os vasos do útero se abrem e aumenta a corrente de sangue que vai nutrir adequadamente o feto. E o que ocorre na placenta da mulher com pré-eclâmpsia? Esses vasos não conseguem mudar a conformação deles para se tornarem mais flexíveis e elásticos. E o sangue não flui adequadamente para a placenta e para o feto”, explica Joeline Cerqueira.

A sobrecarga da circulação provoca a hipertensão arterial, igual ou acima de 140/90 mmHg (14 por 9), e há perda de proteína na urina, a proteinúria.

A pré-eclâmpsia precisa ser tratada para não colocar a vida da mãe e do feto em risco. Entre os agravamentos possíveis estão a eclâmpsia e a síndrome de Hellp.

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A eclâmpsia é marcada pela ocorrência de convulsões generalizadas ou coma em gestantes.

A síndrome Hellp é outro tipo de complicação que provoca hemólise (fragmentação das células vermelhas do sangue na circulação), níveis elevados de enzimas hepáticas e diminuição do número de plaquetas.

Essa combinação mostra que alguns órgãos podem estar entrando em falência, como os rins e o fígado.

Apesar de não ser comum, também existe a pré-eclâmpsia ou eclâmpsia pós-parto, que ocorre na fase do puerpério em até 72 horas depois do parto. A complicação é responsável pela hipertensão arterial e crises convulsivas nesse período.

Causas e fatores de risco

A obstetra explica que até hoje a pré-eclâmpsia não tem uma causa específica identificada. Existem teorias, dentre as quais ela destaca a má implantação da placenta no processo da gestação.

Mas já se conhecem os principais fatores de risco:

  • Primeira gestação da mulher
  • Gravidez antes dos 18 e depois dos 40 anos
  • Pressão alta crônica
  • Diabetes
  • Lúpus
  • Obesidade
  • Pessoas da família com essas doenças
  • Gestação de gêmeos.

Prevenção e redução de riscos

A realização do pré-natal, com acompanhamento médico da gravidez e da pressão arterial, é a melhor forma de prevenir a pré-eclâmpsia e demais complicações.

“Existem medicações já testadas que diminuem consideravelmente as probabilidades de pré-eclâmpsia para as pacientes de risco. Uma delas é o cálcio. Outra é o AAS infantil. Elas usam essa aspirina em dose baixa de 100 mg a partir de 12 até 16 semanas de gestação”, diz Joeline Cerqueira. “É imprescindível o médico começar nesse período. Porque como é uma doença que se instala pela placenta, depois de 16 semanas a placenta já está toda formada. Então, não adianta começar uma profilaxia muito tarde”.

Sintomas

pré-eclâmpsia pode ser assintomática. Mas há sinais comuns, como:

  • Dor de cabeça forte que não passa com remédios
  • Inchaço no rosto e nas mãos
  • Ganho de peso em uma semana
  • Dificuldade para respirar
  • Náusea ou vômito após os primeiros três meses de gestação
  • Perda ou alterações da visão
  • Dor no abdômen do lado direito.
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Os sintomas da eclâmpsia podem ser dores de cabeça, de estômago e perturbações visuais antes da convulsão; sangramento vaginal; e coma.

Tratamento

O principal objetivo do tratamento para quem desenvolve o quadro de pré-eclâmpsia é o controle da pressão arterial. Podem ser usados hipotensores, medicações orais e injetáveis, para conseguir manter a pressão arterial abaixo de 14 por 9.

Também podem ser indicados: alimentação com baixo consumo de sal e de açúcar; repouso; aumento da ingestão de água; fazer acompanhamento pré-natal mais rigoroso.

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