O CAIC, localizado no bairro Santo Antônio está sucateado e esquecido pela Secretaria de Educação e pela Prefeitura. É uma tragédia anunciada
A revolta é geral de pais, alunos e funcionários da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dora Arnizaut Silvares (CAIC) pelo estado em que se encontra esse estabelecimento de ensino da rede municipal. E, de acordo com relatos ouvidos pela reportagem, fruto do descaso, da omissão e do abandono a que foi relegada a escola pela Secretaria de Educação, pelas autoridades e órgãos que tem – de alguma forma – ligação com a solução desses problemas.
Em recente reunião com os pais de seus alunos, foram colocados em pauta a reforma e várias questões e problemas enfrentados pela escola. Falta de manutenção é fato, fiação elétrica exposta, salas que ficam alagadas quando chove e o calor insuportável que prejudicam o desenvolvimento dos trabalhos dos professores, alunos e funcionários. “É uma bomba relógio na opinião dos servidores e com calor forte alunos e professores costumam passar mal”.
Outra situação abordada foi o estado da estrutura física do CAIC. O telhado cheio de lodo, encobria rachaduras na cobertura das dependências da escola. Até a diretora resolveu limpar tudo porque não se consegue junto a municipalidade um funcionário para executar a limpeza.
Uma situação sui generis acontece quando chove. Os alunos ficam mais seguros fora das salas do que dentro delas. Outra situação de risco foi o apagão de uma das alas do CAIC, que ficou sem energia elétrica. Começou a sair fumaça, causando desespero a todos. É visível em algumas salas os fios desencapados e a possibilidade de um curto circuito é real.
Turismo?
Algumas comitivas estiveram no CAIC para verem “in loco” o real estado em que ele se encontra. Corpo de Bombeiros, Ministério Público e vereadores constataram os problemas e foram embora. As providências não voltaram…
Para muitos pais ouvidos pela reportagem disseram que “não adianta vir, olhar e ir embora sem que haja uma providência”. Para eles “deve existir algum mecanismo para obrigar a Prefeitura de São Mateus fazer alguma coisa para resolver essa situação”.
Convite não aceito
A escola convidou por várias vezes a secretária municipal de Educação, Marília Silveira, para uma reunião com os pais e o corpo docente da escola. Ela recusou todos os convites e nunca apareceu para dar uma satisfação, principalmente aonde foi parar os R$ 5.400.000,00 da reforma do CAIC, disponibilizado pelo Governo do Estado desde 2021 e depositado em conta da Prefeitura. “E ela queria ser prefeita, mesmo sem conseguir resolver coisas mais simples imagine situações mais complexas do município”, questionou um pai de aluno que pediu para preservar sua identidade.
O Ministério Público deve ser procurado para ser entregue um abaixo-assinado com o pedido de apoio as demandas da escola. Até agora, segundo fontes ouvidas, está sendo tentado todas as possibilidades de ajuda e disseram que “o Ministério Público nada faz pela escola?”.
Feira Livre e Redutor de velocidade
Uma reivindicação antiga é o pedido para a mudança da feira livre que acontece às quartas-feiras em frente ao CAIC. A circulação de veículos fica em apenas uma via, colocando em risco os alunos quando saem e entram na escola. Um redutor de velocidade também foi solicitado, pois além da escola, serviria para a Unidade Básica de Saúde ao lado.
Em todas as demandas nenhuma foi atendida pela Prefeitura de São Mateus. “
“Quando uma tragédia acontecer, a quem culpar? Pais, alunos, professores e a comunidade dos bairros Santo Antônio, São Pedro e Vitória sabem a quem culpar”, sentenciou revoltado o pai de aluno.