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Medicina e Saúde

Espírito Santo pode ter 250 mortes por covid-19 na próxima semana

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O cálculo foi realizado com base nos números de óbitos registrados nos últimos dias no Espírito Santo, e foi passado pelo subsecretário de saúde

O Espírito Santo deve alcançar a marca de 250 mortes causadas pelo novo coronavírus na próxima semana. A projeção foi divulgada na manhã desta sexta-feira (08), durante uma coletiva com o secretário de Saúde, Nésio Fernandes, e com o subsecretário em Vigilância de Saúde, Luiz Carlos Reblin.

O cálculo foi realizado com base nos números de óbitos registrados nos últimos dias no Espírito Santo. Até o momento, de acordo com dados do Painel Covid, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), 157 pessoas morreram em decorrência da doença. Os casos confirmados somam 3988.

Sobre a taxa de letalidade, que é a proporção de mortes com relação ao número de casos, ele ressaltou o fato de que esta taxa em alguns municípios é de 100%. “Isso porque alguns municípios possuem um diagnóstico e um óbito, por exemplo. Isso faz com que a letalidade desses municípios fique muito acima da média, inclusive do Espírito Santo”, disse o secretário, citando Ecoporanga, Iúna, Presidente Kennedy, Nova Venécia, Pinheiros, entre outros como exemplos.

Com o Dia das Mães se aproximando, Nésio Fernandes destacou que este é um momento em que o Espírito Santo e o Brasil vivem em luto. Por isso, não é esta a hora de sair, visitar os amigos e deixar o isolamento social, de acordo com as palavras do secretário. “Distanciamento, neste final de semana, é um gesto de amor. Não é o momento de fazer festa. É o momento de distanciar. Que possamos viver um final de semana feliz e diferente, para que futuramente possamos voltar a nos abraçar e ficar juntos, todos vivos e sem perder nossos entes queridos”, disse.

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Outro ponto destacados foi a possibilidade de o estado entrar em sistema de lockdown nas próximas semanas. De acordo com o secretário, o estado trabalha para que essa medida não seja aplicada, mas enfatizou a importância da conscientização da população capixaba. “A decisão do lockdown pode ser uma decisão para as próximas semanas no Espírito Santo. Trabalhamos com todas as energias para que isso não ocorra. O que vai garantir que a gente não chegue ao lockdown é a cidadania e a consciência das pessoas, não os decretos do governador e nem da Assembleia Legislativa”, disse.

Ele ainda ressaltou que essa é uma medida extrema, que leva em conta uma série de fatores. “O lockdown é uma medida extrema que leva em consideração, principalmente, o esgotamento da capacidade dos serviços de saúde de suportarem o aumento do número de casos da covid-19 e de outras doenças”, disse.

Sobre o índice de testagem do Espírito Santo, o secretário afirmou que o estado capixaba realiza testes acima da média nacional, pois no Brasil, os testes são feitos nos pacientes graves, profissionais de segurança e da Saúde. No estado, outros grupos, como o de pessoas acima de 45 anos com comorbidades, também são testados. “No Espírito Santo, já tivemos mais de 24 mil notificações e 18 mil testes realizados”, citou.

Para agilizar ainda mais o processo de identificação dos casos, Nésio Fernandes informou que a partir da próxima semana, equipamentos serão instalados nos hospitais de referência para garantir que todo paciente grave seja testado no próprio local. Os demais pacientes continuam sendo encaminhados ao Lacen.

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Em termos de comparação, o secretário ressaltou que, no dia 31 de março o Espírito Santo contava com 77 leitos disponíveis para pacientes com o coronavírus. No dia 30 de abril, este número, segundo ele, era de 549 leitos. Na quarta-feira desta semana, dia 6 de maio, já são mais de 750 leitos disponíveis.

“Atualmente, temos uma taxa de ocupação hospitalar de 64% dos leitos de UTI e 36% dos leitos de enfermaria. Não temos problemas com o leito de enfermaria. O grande dilema para nosso estado é o leito de UTI. Temos uma expansão adequada de leitos com ventiladores”, disse o secretário, citando ainda que mais de 300 ventiladores adquiridos pelo Estado são aguardados.

Sobre a proposta de construção de um hospital de campanha no Espírito Santo, Nésio Fernandes afirmou que esta não é uma opção descartada. No entanto, ele ressaltou que, no momento, não é a prioridade. “Os hospitais de campanha são concebidos para serem hospitais de média e baixa complexabilidade. O desenho destes hospitais é um leito de enfermaria, não de UTI. Os estados que optaram por este modelo, tiveram que construir também leitos de UTI dentro deles”, disse.

Com base nos números de leitos já criados pelo estado para que os pacientes da covid-19 sejam atendidos, o secretário diz que “na prática, nós disponibilizamos quatro ou cinco hospitais de campanha dentro dos hospitais que já são maduros nesse tipo de tratamento. Esse é o motivo que leva o Espírito Santo a ser um estado de baixa letalidade. A opção pelo Hospital de Campanha não está descartada, pode ser acionada no futuro”.

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Medicina e Saúde

Vendidos por R$ 20, “dentes da Shopee” preocupam dentistas

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Kits de resinas comercializados online prometem um novo sorriso, mas Conselhos de Odontologia alertam para riscos à saúde bucal

Kits de resinas termoplásticas e “bolinhas fixadoras”, vendidos em plataformas de e-commerce, têm viralizado nas redes sociais. Em vídeos divulgados no “TikTok”, eles passaram a ser conhecidos como “dentes da Shopee”.

Em alguns vídeos, os criadores de conteúdo divulgam os produtos, vendidos entre R$ 20 e R$ 40. Nas publicações, é mostrado até mesmo o passo a passo de como “renovar o sorriso”.

O que são os “dentes da Shopee”?

Nos anúncios dos chamados “dentes da Shopee” são descritos como uma massa ou dentes termoplásticos, ou seja, que se molda conforme a temperatura.

Além disso, os itens têm a intenção de ser uma “solução temporária” para uma futura correção nos dentes.

Entre os principais produtos comercializados estão as “resinas” ou “massas de restauração”, os kits de lente dental, também anunciados como “snap on”, os clareadores dentais e as “joias de dentes”.

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Além disso, também há anúncios de toxina botulínica, utilizada para tratamentos de harmonização orofacial, a preços muito abaixo do praticado no mercado. 

“Itens colocam em risco a saúde da população”, diz CRO-ES

Procurado pela reportagem, o presidente do Conselho Regional de Odontologia do Espírito Santo (CRO-ES), Luzimar Gomes de Oliveira Pinheiro, explicou que os produtos colocam a saúde da população.

Isso ocorre, pois, com o intuito de resolver um problema provisório, podem gerar questões mais graves.

“Com o intuito de resolver um problema estético provisório, podem causar cáries, inflamações gengivais, disfunção na mordida, alergias e toxicidades em decorrência do material não aprovado pelos órgãos de saúde”, descreve o presidente do CRO-ES,

Órgãos vão combater a comercialização dos produtos

O Conselho Federal de Odontologia (CFO) informou que foi tomada a decisão de combater a comercialização desse tipo de mercadoria e enviar os ofícios às empresas de comércio eletrônico com a recomendação para os anúncios serem retirados do ar.

“Vamos recomendar às grandes empresas de e-commerce que tirem os anúncios do ar e que sejam parceiras do Conselho Federal de Odontologia na proteção da saúde dos brasileiros”, disse Claudio Miyake, presidente do CFO.

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Medicina e Saúde

Como a obesidade afeta a saúde dos olhos? Entenda

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Além de aumentar o risco de doenças cardiovasculares e diabetes, a obesidade também impacta diretamente a saúde ocular, contribuindo para o desenvolvimento de enfermidades

obesidade é um problema de saúde global que vai muito além do aumento do peso. No Brasil, os casos de obesidade crônica cresceram 67,8% nos últimos 13 anos, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, até 2025, 2,3 bilhões de adultos em todo o mundo estarão acima do peso, sendo 700 milhões com obesidade.

Além de aumentar o risco de doenças cardiovasculares e diabetes, a obesidade também impacta diretamente a saúde dos olhos, contribuindo para o desenvolvimento de enfermidades como a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e a Retinopatia Diabética, as quais estão entre as cinco principais causas da cegueira.

Obesidade afeta a saúde dos olhos: entenda os riscos

A obesidade, especialmente a abdominal, está associada a um aumento na produção de radicais livres, moléculas que danificam células saudáveis, proteínas e até o DNA.

Esse processo prejudica a capacidade do corpo de regenerar tecidos, incluindo os da retina, a parte do olho responsável pela visão.

Além disso, a obesidade está ligada a um estado crônico de inflamação sistêmica, que pode acelerar o envelhecimento celular e aumentar o risco de doenças oculares.

Entre as doenças que afetam os olhos relacionada à obesidade é a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI).

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Perda irreversível da visão central

Ela é uma das principais causas de perda irreversível da visão central em adultos acima de 50 anos, que afeta a mácula, a região central da retina responsável pela visão de detalhes.

Um estudo conduzido por Ng Yin Ling e sua equipe, demonstrou que a obesidade abdominal, medida pela relação cintura-quadril, está associada a um maior risco de desenvolver DMRI, especialmente em populações ocidentais.

A inflamação crônica e o estresse oxidativo causados pelo excesso de gordura corporal danificam as células da retina, aumentando o risco de degeneração macular seca, a forma mais comum da doença.

Já a Retinopatia diabética é uma complicação do diabetes, também está fortemente ligada à obesidade.

Uma revisão sistemática liderada por Fu S., Zhang L. e seus colegas revelou que a obesidade abdominal, medida pelo perímetro da cintura e pela relação cintura-quadril, está associada a um risco aumentado de retinopatia diabética tanto em pacientes com diabetes tipo 1 quanto tipo 2.

Tratamentos disponíveis e novas terapias

O tratamento de doenças oculares como a DMRI úmida e avançou significativamente. Entre as opções terapêuticas disponíveis estão:

  • Anti-VEGF (Fator de Crescimento Endotelial Vascular): injeções intravítreas de medicamentos anti-VEGF são o tratamento padrão para a DMRI úmida. Esses medicamentos bloqueiam o crescimento de vasos sanguíneos anormais e reduzem o vazamento de fluidos na retina, ajudando a preservar a visão. Estudos clínicos demonstram a eficácia de fármacos como ranibizumabe, aflibercepte e bevacizumabe.
  • Laser Fotocoagulação: o laser é usado principalmente em casos de retinopatia diabética para selar vasos sanguíneos que vazam ou para reduzir o crescimento de vasos anormais. Embora eficaz, o tratamento a laser pode causar pequenas cicatrizes na retina, o que pode afetar parcialmente a visão periférica.
  • Novas terapias em estudo: pesquisas recentes estão explorando tratamentos promissores, como injeções intravítreas de longa duração para reduzir a inflamação e o edema macular. Além disso, estudos clínicos estão testando novos medicamentos que visam alvos moleculares específicos.
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Prevenção e cuidados

A prevenção continua sendo o caminho ideal para proteger a saúde dos olhos. Hábitos como manter um peso saudável, adotar uma dieta rica em antioxidantes (como frutas, verduras e peixes) e praticar exercícios físicos regularmente são medidas essenciais.

Além disso, consultas regulares ao oftalmologista e ao endocrinologista são fundamentais para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

Alexandre Grobberio Pinheiro
Alexandre Grobberio Pinheiro, professor doutor em Oftalmologia da UFES e diretor da Macrovisão Oftalmologia. Foto: Arquivo Pessoal

A obesidade não é apenas um problema estético ou cardiovascular; ela também representa uma ameaça à saúde dos olhos.

Com o aumento global dos casos de obesidade, é crucial conscientizar a população sobre os riscos associados a doenças como a DMRI e retinopatia diabética.

Cuidar do peso e da alimentação não só beneficia o corpo como um todo, mas também protege uma das nossas capacidades mais preciosas: a visão.

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