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Medicina e Saúde

Espírito Santo tem melhor cobertura da Estratégia de Saúde da Família dos últimos anos

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A Estratégia de Saúde da Família (ESF), principal política de Atenção Primária à Saúde (APS) brasileira, completou 30 anos neste mês de abril. O Espírito Santo, que aderiu ao projeto do Governo Federal em 1998, com 26 equipes de Saúde da Família, alcançou a marca de 84,31% de cobertura de Atenção Primária à Saúde, saindo da 5ª pior cobertura do Brasil, em 2019, para a 12ª melhor neste ano, com 1.031 equipes de ESF homologadas pelo Ministério da Saúde (MS). A ampliação é resultado do fortalecimento de políticas e projetos desenvolvidos pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), nos últimos anos.

Entre as ações para o aumento de profissionais e pela expansão da cobertura da Atenção Primária, foi a criação do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), pela Sesa, ainda em 2019. Por meio do Programa Estadual de Qualificação da Atenção Primária à Saúde (Qualifica-APS), o Estado vem promovendo a formação em serviço de profissionais e também sua permanência nos territórios. 

Esse é o maior número de equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) que o Espírito Santo já teve. Em 2019, o Estado tinha 740 equipes, o que representa um aumento de quase 40% no quantitativo de equipes em atendimento em quatro anos. 

A Estratégia Saúde da Família visa à efetivação da Atenção Primária, estando presente em todo o território nacional. As equipes de ESF são multiprofissionais, compostas basicamente por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde. De financiamento tripartite (federal, estadual e municipal), a Saúde da Família, de acordo com a chefe do Núcleo Especial de Atenção Primária (Neapri) da Sesa, Maria Angélica Callegario, desempenha um papel fundamental no atendimento de saúde integral e contínuo no Sistema Único de Saúde (SUS), com desenvolvimento de ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde.

“As equipes de Saúde da Família estabelecem vínculo com a população e têm no processo de trabalho conhecer a realidade das famílias, por meio de cadastramento e diagnósticos sociais, demográficos e epidemiológicos. Identificam os principais problemas de saúde e situações de vulnerabilidade social e prestam assistência integral, organizando o fluxo de encaminhamentos para os demais níveis de atendimento na saúde”, explicou Maria Angélica Callegario.

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Dessa forma, as eSFs conseguem resolver até 80% dos problemas de saúde da população atendida, tendo resultados comprovados na redução da mortalidade infantil, nas internações hospitalares, no risco de infarto e derrame, e na prevenção da tuberculose. 

Expansão com qualificação

O principal componente do Qualifica-APS para a diminuição dos vazios assistenciais é o Provimento e Fixação de Profissionais. Por meio de um processo seletivo público, médicos e enfermeiros são selecionados para as formações de três a quatro anos e recebem uma bolsa de formação. 

Durante o período, esses profissionais têm 80% da carga horária composta por atividades práticas e 20% por atividades teóricas e teóricas/práticas, que envolvem temas relacionados a cuidados individuais e coletivos, investigações de saúde, atividades em educação permanente e de gestão. 

No primeiro ano do provimento, em 2019, houve a entrada de 48 médicos e 56 enfermeiros para participação na formação em 21 municípios capixabas. No ano seguinte, o programa foi expandido, com 220 médicos e 211 enfermeiros, em 50 municípios. Reflexo disso, o número de equipes de ESF credenciadas no Ministério da Saúde aqui no Estado passou de 740 para 915, em 2020. Em 2022, o ICEPi conseguiu expandir o Provimento para 68 dos 78 municípios capixabas, com 447 médicos e 425 enfermeiros atuando pelo Programa. O número total de equipes credenciadas pelo órgão federal em atuação passou para 955, em 2022. Atualmente, o Provimento conta com 540 médicos e 365 enfermeiros em atuação nas ESFs.

“Com a atuação dos profissionais, já são observadas melhorias de indicadores de saúde e nós avaliamos que isso é um resultado da qualificação das práticas. Em 2019, o Espírito Santo tinha a 5ª pior cobertura de Atenção Primária e o Estado conseguiu se estruturar para ampliar o acesso da população, mesmo com cenários desfavoráveis na política nacional de saúde pública. Dentro desse período, a cobertura da APS saiu de 62,5%, em 2021, para 84,31% neste ano”, relembrou a coordenadora do Provimento e Fixação de Profissionais do Qualifica-APS, Thaís Maranhão. 

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A coordenadora ainda ressaltou a importância do Programa para a efetivação da responsabilidade do SUS de ordenação e formação de profissionais da saúde. “O Provimento é um Programa para suprir um vazio assistencial, fornecendo a qualificação dos trabalhadores e a reflexão sobre o processo de trabalho. Além disso, existe um desejo que esses profissionais formados sejam incorporados por processos seletivos do Estado e dos municípios como trabalhadores do SUS e façam parte da rede de saúde”, destacou a coordenadora. 

Investimento na infraestrutura e tecnologia

Implantado pelo decreto 5.010-R, de 2021, o Plano Decenal APS+10 é um instrumento de planejamento, a longo prazo, da Atenção Primária no Espírito Santo e estabelece a melhoria da infraestrutura física, com a construção de 110 novas Unidades Básicas de Saúde (UBS), de infraestrutura tecnológica e qualificação dos profissionais da saúde.

“Melhorar a estrutura das unidades de saúde e ampliar os atendimentos realizados na Atenção Primária, pensando nas necessidades de saúde da população de cada território, assim como apoiar os municípios na promoção de condições adequadas de trabalho em saúde, formação em serviço, humanização do cuidado, acessibilidade, gerando uma atenção primária de excelência é o objetivo do Plano Decenal”, informou Maria Angélica Callegario.

 

Residências em Saúde da Família

Além do Provimento, o ICEPi ainda conta com Programas de Residência Médica e Multiprofissional em Saúde da Família. Dos 15 programas de Residência em Saúde credenciados, dois são focados na Estratégia Saúde da Família, sendo uma Residência Multiprofissional em Saúde da Família — com 60 vagas por ano – e a Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade — com 35 vagas por ano.

Residência em Medicina de Saúde da Família e Comunidade

Matriculados: 11 residentes

Egressos: 12 residentes concluíram

Municípios de atuação: Colatina, Linhares, Vila Velha e Cachoeiro de Itapemirim

Residência Multiprofissional em Saúde da Família 

Matriculados: 90 residentes

Egressos: 119 residentes concluíram

Municípios: Aracruz, Cariacica, Serra, Vila Velha, Vitória, Colatina e Pancas. 

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Os riscos do consumo de energéticos entre crianças e adolescentes

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Essas bebidas contêm altas concentrações de estimulantes, além de outras substâncias como ginseng, taurina e carnitina. Veja o alerta

Nos últimos anos, o consumo de bebidas energéticas entre adolescentes tem aumentado significativamente. Elas são frequentemente usadas para aumentar a disposição nos estudos, melhorar o desempenho esportivo ou simplesmente para manter-se acordado por mais tempo.

No entanto, esses produtos podem trazer sérios riscos à saúde, especialmente para jovens em fase de crescimento e desenvolvimento.

As bebidas energéticas contêm altas concentrações de estimulantes, como cafeína e guaraná, além de outras substâncias como ginseng, taurina, carnitina e glucuronolactona, que podem impactar diversas funções do organismo.

Embora muitas pessoas associem os energéticos apenas a um aumento da disposição, seus efeitos podem ser prejudiciais, especialmente quando consumidos em excesso ou combinados com outras substâncias, como álcool.

Os efeitos da cafeína e outros estimulantes no organismo

A cafeína é o principal ingrediente ativo das bebidas energéticas, e seu consumo excessivo pode gerar diversos problemas de saúde. Em adolescentes, cujos organismos ainda estão em desenvolvimento, os efeitos podem ser ainda mais intensos.

Entre os principais riscos do consumo excessivo de cafeína, destacam-se:

  • Aumento da pressão arterial, podendo sobrecarregar o coração e contribuir para problemas cardiovasculares no futuro.
  • Efeito diurético, levando à perda excessiva de líquidos e eletrólitos, o que pode causar desidratação.
  • Insônia e alterações no ciclo do sono, afetando a qualidade do descanso e o desempenho escolar e esportivo.
  • Ansiedade e irritabilidade, aumentando os níveis de estresse e prejudicando a concentração.
  • Bruxismo (ranger ou apertar os dentes, muitas vezes de forma inconsciente), o que pode levar a dores musculares, desgaste dental e dores de cabeça.
  • Alterações de humor, incluindo crises de agressividade, agitação e até sintomas depressivos em longo prazo.
  • Risco de dependência física, já que o corpo pode passar a necessitar de doses cada vez maiores de cafeína para obter o mesmo efeito estimulante.
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Muitos adolescentes consomem essas bebidas sem perceber que podem estar colocando a própria saúde em risco.

O problema se agrava quando os energéticos são combinados com outras substâncias estimulantes, como café e refrigerantes à base de cola, ou quando são ingeridos junto com álcool, o que pode mascarar os efeitos da embriaguez e aumentar o risco de intoxicação.

Os impactos das bebidas energéticas na saúde bucal

Além dos efeitos no organismo, as bebidas energéticas também trazem grandes riscos para a saúde bucal, sendo um fator de preocupação para dentistas e ortodontistas.

Seus principais impactos incluem:

Favorecimento do bruxismo: A cafeína e outros estimulantes aumentam a atividade muscular da mandíbula, levando ao ranger e apertamento dos dentes. O bruxismo pode causar desgaste excessivo do esmalte, dores na articulação temporomandibular (ATM) e até fraturas dentárias.

Aumento do risco de cáries: Muitas marcas de energéticos contêm altas quantidades de açúcar, que servem de alimento para as bactérias presentes na boca. Isso favorece a proliferação bacteriana e aumenta significativamente o risco de cáries e inflamações gengivais.

Desgaste do esmalte dentário: As bebidas energéticas possuem pH ácido, o que contribui para a erosão do esmalte dental. Muitas dessas bebidas também contêm ácido cítrico, que agrava ainda mais esse processo. Quando o desgaste do esmalte ocorre em conjunto com o bruxismo, os danos aos dentes podem ser extremamente severos, levando a hipersensibilidade dentária e necessidade de tratamentos restauradores.

Desidratação e boca seca: A cafeína tem efeito diurético, o que pode reduzir a produção de saliva. Como a saliva é essencial para neutralizar ácidos e proteger os dentes, sua redução pode tornar a boca mais vulnerável a cáries e erosão ácida.

Crianças e adolescentes devem evitar o consumo

Diante de todos esses riscos, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alerta que as bebidas energéticas são um perigo para a saúde de crianças e adolescentes.

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Seus efeitos no sistema nervoso, cardiovascular e metabólico são preocupantes, e seu consumo deve ser evitado nessa faixa etária.

No âmbito odontológico, os prejuízos também são evidentes, tornando essas bebidas contraindicadas para quem deseja manter a saúde bucal e evitar complicações futuras.

O desgaste dos dentes, o aumento de cáries e o agravamento do bruxismo são problemas que podem exigir tratamentos longos e complexos no futuro.

Como proteger a saúde dos jovens?

É fundamental que pais e responsáveis estejam atentos ao consumo de energéticos por parte dos adolescentes e conversem abertamente sobre os riscos envolvidos.

Algumas estratégias para reduzir o consumo incluem:

✔ Incentivar alternativas saudáveis para obtenção de energia, como uma alimentação equilibrada, rica em frutas, proteínas e carboidratos de qualidade.
✔ Estimular boas práticas de sono, garantindo que o adolescente tenha um descanso adequado, sem precisar recorrer a estimulantes.
✔ Reforçar a importância da hidratação com água e bebidas naturais, evitando refrigerantes e energéticos.
✔ Conversar sobre os riscos da cafeína e do açúcar em excesso, destacando os impactos na saúde física e bucal.
✔ Monitorar o consumo de bebidas energéticas, especialmente em situações sociais onde possam ser combinadas com álcool ou outras substâncias prejudiciais.

A informação é a melhor forma de prevenção! O consumo desenfreado de bebidas energéticas pode ter consequências sérias para a saúde geral e bucal dos jovens. Ao entender os riscos e buscar alternativas saudáveis, é possível garantir um futuro mais equilibrado e livre de complicações desnecessárias.

Energia de verdade vem de hábitos saudáveis, não de bebidas artificiais! Preserve sua saúde e seu sorriso!

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Anvisa alerta para riscos de botox falsificado após casos de botulismo

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta nesta quarta-feira, 16, para profissionais de saúde que realizam procedimentos com injeção de toxina botulínica – popularmente conhecida como botox – para fins estéticos ou terapêuticos, após duas notificações de botulismo em decorrência da aplicação da substância.

As ocorrências acontecem, principalmente, por conta do uso de produtos falsificados.

“A toxina botulínica é uma proteína produzida pela bactéria Clostridium botulinum, que é o agente do botulismo, mas é purificada e trabalhada para ser usada de forma médica, de modo que se tenham os benefícios sem os riscos”, destaca Alessandra Romiti, assessora do departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

A toxina, quando registrada na Anvisa e aplicada de forma correta, é segura e eficaz, ressalta a dermatologista.

“A função dela é agir na junção neuromuscular, que é junção do nervo com o músculo, e isso reduz a contração do músculo. Por isso, é utilizada na estética para o tratamento das rugas de expressão”, explica Alessandra.

“O problema é que, com a banalização de procedimentos estéticos realizados por profissionais não habilitados e em lugares não adequados, temos visto a compra de produtos de distribuidores não cadastrados, que vendem produtos falsificados e sem nota fiscal”, critica.

Procedência do produto precisa ser certificada

Em nota, a SBD destaca que apenas produtos de procedência certificada devem ser usados em procedimentos estéticos.

“A falsificação de toxinas botulínicas representa um risco expressivo à saúde dos pacientes, podendo acarretar complicações graves, como fraqueza muscular severa e, em casos extremos, quadros de botulismo, conforme alertado pela Anvisa”, diz a entidade.

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A sociedade ainda enfatiza que os pacientes têm o direito de saber quais produtos serão utilizados no tratamento. Nesse sentido, é recomendado conferir o rótulo antes da aplicação para garantir que o produto seja seguro e original, e as clínicas devem registrar o lote e o fabricante no prontuário para permitir o rastreio da substância.

“Ademais, a realização desses procedimentos deve ser conduzida exclusivamente por profissionais devidamente qualificados. Dermatologistas e cirurgiões plásticos são os especialistas médicos habilitados para a aplicação segura da toxina botulínica, seguindo padrões técnicos e científicos reconhecidos internacionalmente”, alerta a SBD.

A Anvisa também lista recomendações para o uso da substância:

  • Utilize somente produtos aprovados pela Anvisa e dentro do prazo de validade. A consulta da regularidade de uma toxina botulínica pode ser feita pelo sistema de consultas, usando dados como nome do produto ou CNPJ do fabricante, disponíveis na embalagem.
  • A aplicação deve ser feita por profissionais habilitados e em serviços de saúde autorizados pela vigilância sanitária local. A regularidade do estabelecimento deve ser checada diretamente com a vigilância sanitária do município.
  • Siga as orientações da bula, especialmente em relação ao intervalo necessário entre as aplicações. O período de espera varia de acordo com o tipo de produto.
  • Aos profissionais, é importante perguntar aos pacientes sobre o histórico de injeções de toxina botulínica, incluindo a data, indicação e as doses de aplicações prévias, de forma a garantir que as aplicações ocorram em intervalos adequados.
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O que é botulismo?

O botulismo é uma doença grave e pouco comum. Ela pode se manifestar de diferentes formas: o infantil, mais comum entre crianças de 3 a 26 semanas, geralmente é causado pelo consumo de mel de abelha; o alimentar, a forma mais comum, ocorre pela ingestão da toxina presente em alimentos contaminados ou mal conservados, como conservas e produtos enlatados.

Outra manifestação é o botulismo por ferimento, mais raro, que acontece quando lesões são contaminadas pela toxina. Já o iatrogênico, também raro, surge quando há uma injeção excessiva da toxina em procedimentos médicos ou estéticos – este foi o registrado pela Anvisa.

Os sintomas iniciais incluem visão borrada, pálpebras caídas, fala arrastada e dificuldade para engolir e respirar. Em casos graves, a doença pode causar paralisia muscular generalizada e até a morte.

“A pessoa pode ter a paralisação da musculatura da movimentação, da deglutição ou da via respiratória. A doença é grave e é preciso procurar ajuda médica para tomar antídotos e receber tratamento de suporte para que não corra risco de vida”, frisa Alessandra.

Segundo a Anvisa, a aplicação imediata de antitoxina botulínica é crucial para neutralizar a toxina no sangue e prevenir a progressão da paralisia e possíveis complicações.

Em caso de suspeita da doença, a Anvisa deve ser notificada por meio do VigiMed. A notificação, segundo a Agência, é essencial para identificar novos riscos, atualizar o perfil de segurança dos medicamentos e desenvolver medidas corretivas quando necessário.

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