conecte-se conosco


Medicina e Saúde

Estado adota esquema de dose única da vacina HPV para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos

Publicado

A Secretaria da Saúde (Sesa) passa a adotar o esquema de dose única da vacina HPV, disponibilizada às crianças e adolescentes de 09 a 14 anos de todo Estado. A atualização acontece seguindo normativa do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, publicada nesta terça-feira (02), por meio da Nota Técnica Nº 41/2024.

Segundo o órgão federal, a adoção da dose única acompanha as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), e por meio de evidências científicas em demais países que incorporaram este esquema em fornecer proteção contra o câncer de colo do útero igual ao de duas ou três doses em ambientes de altas coberturas vacinais, além da ampliação do benefício da vacinação para outros grupos prioritários e da dificuldade do alcance de coberturas adequadas na segunda dose da vacina HPV.

A adoção da dose única da vacina HPV será somente para as crianças e adolescentes de 09 a 14 anos, mantendo-se as recomendações de esquema de três doses para os demais grupos, como imunocomprometidos e vítimas de violência sexual. No documento, o Ministério orienta ainda a inclusão das pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PRR) como grupo prioritário da vacina HPV e a realização de estratégia de resgate de adolescentes de 15 até 19 anos não vacinados. Em relação a esta estratégia, a Sesa aguarda orientações técnicas do órgão para o início da busca ativa.

Leia mais:  Técnica de enfermagem de 55 anos é a primeira a receber a vacina contra a covid-19 no ES

“É uma decisão muito importante, principalmente como estratégia de saúde pública, onde conseguiremos imunizar mais crianças e adolescentes com o mesmo quantitativo de doses. Além dos benefícios que a vacina contra HPV traz, como a possível eliminação do câncer de útero e a redução dos demais cânceres”, explicou a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis (PEI), Danielle Grillo.

Anteriormente, a vacina HPV era aplicada em esquema de duas doses, com intervalo de seis meses entre a aplicação. No Brasil, a vacina contra HPV é fornecida pelo Instituto Butantan. Ela é quadrivalente e protege contra o HPV de baixo risco tipos 6 e 11, que causam verrugas anogenitais, e de alto risco tipos 16 e 18, que causam câncer de colo uterino, de pênis, anal e oral. Com esta atualização, considerando o esquema de dose única (D1), o Espírito Santo alcançou a meta preconizada pelo Ministério da Saúde, de 80% de cobertura vacinal, nos públicos feminino e masculino no ano de 2023. A cobertura de D1 em meninas foi de 93,67% e em meninos de 82,53%.

Leia mais:  Governo antecipa vacinação de idosos acima de 90 anos no Espírito Santo

Segundo Danielle Grillo, o Programa Estadual está elaborando uma norma técnica para ser encaminhada aos municípios capixabas sobre orientações técnico-operacionais para que deem início à nova estratégia. Ela explicou ainda que crianças e adolescentes de 9 a 14 anos que já foram vacinados com uma dose da vacina HPV anteriormente, não precisam receber a segunda dose.

publicidade

Medicina e Saúde

Pacientes cegos após mutirão de catarata; equipe trocou produto

Publicado

Nesta terça-feira (11), o Grupo Santa Casa de Franca (SP) apontou erro no caso dos pacientes que tiveram complicações pós-operatórias, incluindo perda da visão, após serem submetidos a cirurgias de catarata em um mutirão em Taquaritinga (SP). Segundo uma investigação da Santa Casa, as pessoas operadas foram vítimas de uso inadequado de produtos durante os procedimentos realizados no dia 21 de outubro de 2024.

O Grupo Santa Casa de Franca administra o ambulatório médico de Taquaritinga. A apuração concluiu que, na hora de fechar o corte da cirurgia, em vez de um soro de hidratação, a equipe médica utilizou uma substância que serve para assepsia superficial de pele e mãos.

– Em vez de seguir o procedimento correto — onde a clorexidina é utilizada para assepsia e o soro Ringer para o selamento da incisão — houve o acidente, no qual a clorexidina foi aplicada em substituição ao soro Ringer. Isso significa que no processo cirúrgico, a equipe médica/assistencial inverteu a ordem do uso dos produtos – disse o Grupo Santa Casa de Franca (SP).

Leia mais:  Estudo investiga se sedentarismo intensifica sintomas da covid-19

A conclusão surgiu após uma sindicância, iniciada há mais de três meses, desde que os pacientes apresentaram complicações. O Grupo Santa Casa já havia confirmado um erro, mas não tinha divulgado detalhes. Todas as informações serão entregues à Secretaria de Estado da Saúde. Após as constatações, todos os profissionais envolvidos foram afastados. As informações são do G1 e da Folha de S.Paulo.

Continue lendo

Medicina e Saúde

Entenda pré-eclâmpsia e síndrome de Hellp que afetaram cantora Lexa

Publicado

Cantora anunciou nas redes sociais a morte da filha recém-nascida, Sofia, que morreu três dias após o parto. Entenda complicações que provocaram o parto prematuro

A cantora Lexa anunciou nesta segunda-feira (10), nas redes sociais, a morte da filha recém-nascida, Sofia, que ocorreu três dias depois do parto. A artista relatou que teve pré-eclâmpsia com síndrome de Hellp, o que ocasionou o parto prematuro da bebê. 

A reportagem da Agência Brasil conversou com a médica ginecologista e obstetra Joeline Cerqueira, com área de atuação em Reprodução Humana, para explicar melhor o significado desses termos.

A pré-eclâmpsia é uma doença obstétrica que geralmente acontece depois da 20ª semana de gravidez e provoca a hipertensão arterial da gestante.

“A placenta é o órgão que vai nutrir o feto. Quando ela está se implantando no útero, os vasos do útero se abrem e aumenta a corrente de sangue que vai nutrir adequadamente o feto. E o que ocorre na placenta da mulher com pré-eclâmpsia? Esses vasos não conseguem mudar a conformação deles para se tornarem mais flexíveis e elásticos. E o sangue não flui adequadamente para a placenta e para o feto”, explica Joeline Cerqueira.

A sobrecarga da circulação provoca a hipertensão arterial, igual ou acima de 140/90 mmHg (14 por 9), e há perda de proteína na urina, a proteinúria.

A pré-eclâmpsia precisa ser tratada para não colocar a vida da mãe e do feto em risco. Entre os agravamentos possíveis estão a eclâmpsia e a síndrome de Hellp.

Leia mais:  Estado já soma mais de 70 mil cirurgias eletivas realizadas neste ano

A eclâmpsia é marcada pela ocorrência de convulsões generalizadas ou coma em gestantes.

A síndrome Hellp é outro tipo de complicação que provoca hemólise (fragmentação das células vermelhas do sangue na circulação), níveis elevados de enzimas hepáticas e diminuição do número de plaquetas.

Essa combinação mostra que alguns órgãos podem estar entrando em falência, como os rins e o fígado.

Apesar de não ser comum, também existe a pré-eclâmpsia ou eclâmpsia pós-parto, que ocorre na fase do puerpério em até 72 horas depois do parto. A complicação é responsável pela hipertensão arterial e crises convulsivas nesse período.

Causas e fatores de risco

A obstetra explica que até hoje a pré-eclâmpsia não tem uma causa específica identificada. Existem teorias, dentre as quais ela destaca a má implantação da placenta no processo da gestação.

Mas já se conhecem os principais fatores de risco:

  • Primeira gestação da mulher
  • Gravidez antes dos 18 e depois dos 40 anos
  • Pressão alta crônica
  • Diabetes
  • Lúpus
  • Obesidade
  • Pessoas da família com essas doenças
  • Gestação de gêmeos.

Prevenção e redução de riscos

A realização do pré-natal, com acompanhamento médico da gravidez e da pressão arterial, é a melhor forma de prevenir a pré-eclâmpsia e demais complicações.

“Existem medicações já testadas que diminuem consideravelmente as probabilidades de pré-eclâmpsia para as pacientes de risco. Uma delas é o cálcio. Outra é o AAS infantil. Elas usam essa aspirina em dose baixa de 100 mg a partir de 12 até 16 semanas de gestação”, diz Joeline Cerqueira. “É imprescindível o médico começar nesse período. Porque como é uma doença que se instala pela placenta, depois de 16 semanas a placenta já está toda formada. Então, não adianta começar uma profilaxia muito tarde”.

Sintomas

pré-eclâmpsia pode ser assintomática. Mas há sinais comuns, como:

  • Dor de cabeça forte que não passa com remédios
  • Inchaço no rosto e nas mãos
  • Ganho de peso em uma semana
  • Dificuldade para respirar
  • Náusea ou vômito após os primeiros três meses de gestação
  • Perda ou alterações da visão
  • Dor no abdômen do lado direito.
Leia mais:  Estudo investiga se sedentarismo intensifica sintomas da covid-19

Os sintomas da eclâmpsia podem ser dores de cabeça, de estômago e perturbações visuais antes da convulsão; sangramento vaginal; e coma.

Tratamento

O principal objetivo do tratamento para quem desenvolve o quadro de pré-eclâmpsia é o controle da pressão arterial. Podem ser usados hipotensores, medicações orais e injetáveis, para conseguir manter a pressão arterial abaixo de 14 por 9.

Também podem ser indicados: alimentação com baixo consumo de sal e de açúcar; repouso; aumento da ingestão de água; fazer acompanhamento pré-natal mais rigoroso.

Continue lendo

São Mateus

Política e Governo

Segurança

Camisa 10

Mais Lidas da Semana