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Medicina e Saúde

Ex-dançarina fica paraplégica após furúnculo; veja riscos de espremer uma lesão

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Jéssica Avelino conta que, após mexer no furúnculo, a bactéria se alojou na medula, causando a paralisia

A ex-dançarina e operadora de caixa Jéssica Avelino, de 26 anos, que vivia no Espírito Santo, estava tendo um dia normal, em 2023, até perceber uma ferida em seu braço esquerdo. Inicialmente, o machucado foi ignorado, mas, após 5 dias, foi possível perceber que era um furúnculo.

Ela tentou espremer a ferida em casa. Quatro dias depois, em 15 de novembro daquele ano, começou a sentir dores lombares que não passavam, mas atribuiu à rotina. No dia 24, Jéssica fez a primeira visita ao pronto-socorro.

O furúnculo começou a piorar após alguns dias (Reprodução/arquivo pessoal)

Dificuldade no diagnóstico

Jéssica passou por diversas consultas, tomando remédios para a dor enquanto os médicos tentavam buscar um diagnóstico para as suas dores. Ela contou que nunca havia tido furúnculo e que, inicialmente, não revelou sobre a lesão, já que não acreditava estar relacionada ao seu estado de saúde.

Me internaram com suspeita de meningite, não tinha medicamento que aliviava a dor. No dia 28 de novembro saiu meu exame e constou uma bactéria sanguínea e uma alteração na pulsão lombar. Foi quando me perguntaram se havia algum ferimento e eu contei sobre o furúnculo.

Após sete dias na UTI, diversos e exames e a transferência para o Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam), em Vitória, os médicos chegaram a um diagnóstico: mielite infecciosa.

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“A mielite infecciosa é uma inflamação causada por bactéria, que entrou no meu corpo pelo furúnculo e se alojou na minha medula”, explica.

Paralisia parcial

Pouco antes do diagnóstico fechado, Jéssica ainda passou por um novo desafio. No dia 30 de novembro, começou a sentir dores nas pernas e já não conseguia mais urinar. Após andar pelo quarto, na expectativa das dores diminuírem, se sentou e não conseguiu mais se levantar.

“Comecei a bater nas minhas pernas e não sentia mais. Comecei a gritar e deste momento em diante não me lembro de mais nada. Acordei na UTI e a paralisia estava tomando conta do corpo”, relembrou.

Apesar da paralisia parar no peito, Jéssica se viu paraplégica.

CONFIRA DEPOIMENTO DE JÉSSICA NAS REDES SOCIAIS

Tratamento e reabilitação

Atualmente, Jéssica passa por um tratamento intenso e multidisciplinar. Ela mora em Curvelo, Minas Gerais, com seu filho e recebe ajuda da mãe.

Apesar das dores neuropáticas, ela recuperou a sensibilidade após cinco meses do início da paralisia. Segundo ela, ver seu filho crescer é o que dá força para a nova fase que vivencia.

“No dia que meu filho começou a falar, eu entendi que minha vida não havia acabado. Eu continuo dançando e brincando porque hoje não penso mais nisso, eu só quero viver minha vida”, afirma.

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Especialista explica perigos de mexer em furúnculo

Segundo Guilherme Coutinho, coordenador do Serviço de Neurologia do Hospital Santa Rita, furúnculos são infecções cutâneas profundas, geralmente causadas por Staphylococcus aureus.

“Em casos raros, a bactéria pode penetrar na corrente sanguínea (bacteremia) e se disseminar para estruturas mais profundas, incluindo a medula espinhal”, completou.

O especialista ainda destaca sinais que revelam que um furúnculo está se agravando e requer atenção médica urgente. São eles:

  • Aumento rápido do tamanho;
  • Dor intensa;
  • Presença de febre;
  • Vermelhidão extensa ou listras vermelhas que irradiam da área afetada;
  • Aparecimento em áreas sensíveis, como a face e a coluna;
  • Ausência de melhora após alguns dias de cuidados.

Como evitar complicações

O especialista explica que o ideal é não mexer na lesão, pois, embora seja raro que infecções de pele causem complicações neurológicas tão severas, pacientes imunocomprometidos ou com fatores de risco tendem a ter mais chances de desenvolver o quadro.

“Para prevenir complicações graves assim, é necessário manter uma higiene adequada da pele, evitar manipular ou espremer os furúnculos – as pessoas ignoram os riscos por trás desse hábito – aplicar compressas mornas para facilitar a drenagem natural.”

Fonte: Folha Vitória.

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Vacinação contra Influenza é ofertada em pontos estratégicos na Grande Vitória a partir desta segunda-feira (23)

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A Secretaria da Saúde (Sesa), em parceria com as secretarias Municipais de Saúde de Cariacica, Serra, Vila Velha e Vitória, inicia, a partir desta segunda-feira (23), a oferta da vacina contra a Influenza em pontos estratégicos com alta circulação da população.

As ações ocorrem até a próxima sexta-feira (27) e contam com a parceria da Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória (Ceturb-GV).

Definida como estratégia extramuro, com a oferta da vacinação para além dos serviços de saúde, as ações visam a facilitar a imunização dos capixabas que ainda não foram vacinados e a ampliar a prevenção à gripe, com o aumento da cobertura vacinal.

Serão ofertadas vacinas das 8h às 11h nos terminais de Itacibá e Campo Grande, em Cariacica; nos terminais de Laranjeiras e Jacaraípe, na Serra; nos Terminais de Vila Velha e Itaparica, em Vila Velha; e no Terminal Rodoviário de Vitória, na capital.

A vacinação nos terminais urbanos em Cariacica, Serra e Vila Velha será destinada aos passageiros que utilizam o Sistema Transcol; já na Rodoviária de Vitória, a oferta acontece por livre demanda. Vale reforçar que a vacinação estará disponível apenas para passageiros que já utilizam o Sistema Transcol. Pessoas externas aos terminais rodoviários dos municípios precisarão pagar a passagem normalmente.

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“O objetivo é alcançar o máximo de pessoas ainda não vacinadas contra a gripe ao longo desta semana de vacinação nos pontos estratégicos. Sabemos que os terminais e a Rodoviária têm uma alta circulação diária e, com isso, podemos facilitar não só a busca pelas doses e adesão à vacinação, mas também ampliar a proteção de todos, de uma doença que pode levar à morte”, explicou o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso.

Até essa terça-feira (17), o Estado já havia aplicado 928.852 doses contra gripe, sendo 473.984 nos grupos prioritários (idosos com 60 anos ou mais, crianças de 6 meses a menores de 6 anos e gestantes), alcançando uma cobertura de 44,36%. Até a semana epidemiológica 23 (até o dia 07 de junho), foram notificados 233 casos de Síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por Influenza e 55 óbitos.

De acordo com o subsecretário Orlei Cardoso, a organização das ações por parte da Subsecretaria de Vigilância em Saúde acontece com suporte de recursos humanos e equipamentos aos municípios, que serão responsáveis pela operacionalização das imunizações.

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No Espírito Santo, a vacina contra a Influenza é ofertada a toda população acima de 6 meses de idade e ocorre nas mais de 700 salas de vacinação. Para este ano, o Ministério da Saúde definiu como grupos para meta de cobertura vacinal de 90%, os idosos com 60 anos ou mais, crianças de 6 meses a menores de 6 anos e gestantes.

 

Saiba quando e onde acontecerão a vacinação contra a gripe:

 

  • Serra

-Terminais de Laranjeiras e Jacaraípe

Dias: 23, 24 e 25 de junho

Horário: 08h às 11h

 

  • Vitória

-Terminal Rodoviário de Vitória

Dias: 23, 24 e 25 de junho

Horário: 08h às 11h

 

  • Vila Velha

-Terminal de Vila Velha

Dias: 24 e 25 de junho

Horário: 08h às 11h

-Terminal de Itaparica

Dia: 26 de junho

Horário: 08h às 11h

 

  • Cariacica

-Terminais Itacibá e Campo Grande

Dias: 25, 26 e 27 de junho

Horário: 08h às 11h

 

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Medicina e Saúde

SESA alerta: Cuidados com a saúde dos idosos devem ser redobrados no inverno

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O inverno de 2025 começa oficialmente na próxima sexta-feira (20), mais precisamente às 23h42 e se estende até o dia 22 de setembro. E as baixas temperaturas trazem consigo algumas mudanças que podem afetar a saúde dos idosos, tornando os cuidados ainda mais importantes.

Durante o inverno, as temperaturas mais baixas favorecem a circulação de vírus respiratórios, como o Influenza e o Coronavírus, e aumentam a concentração de poluentes nas cidades, o que pode agravar crises de asma, bronquite e outras doenças pulmonares. O ar seco, comum nessa época, contribui para o ressecamento das mucosas, deixando o organismo mais vulnerável a infecções. 

Dessa forma, os idosos ficam mais suscetíveis a doenças no sistema respiratório, também por conta de fatores como o enfraquecimento natural do sistema imunológico associado a condições climáticas desfavoráveis.

A referência técnica da Saúde da Pessoa Idosa da Secretaria da Saúde (Sesa), Lucimar Venturin Hamsi, destaca justamente a fragilidade do sistema imunológico dos idosos, o que torna mais difícil para o organismo resistir a esses vírus. “Além disso, essa parcela da população tem maior dificuldade em lidar com os sintomas dessas doenças, como tosse, febre e dores no corpo”, explica.

Dessa forma, Hamsi ressalta algumas medidas que devem ser adotadas pelos idosos e seus familiares, e também pelas equipes multiprofissionais das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) para evitar doenças respiratórias e manter a saúde durante a estação mais fria do ano:

– Evitar aglomerações e ambientes fechados que propiciam a transmissão de vírus e doenças típicas da estação.

– Manter a vacinação em dia, pois a imunização é uma estratégia essencial para a promoção da saúde dos idosos, reduzindo a incidência de doenças infecciosas e suas complicações. Entre as vacinas essenciais destacam-se: Influenza (gripe), Pneumocócica 23-valente (PPSV23), Covid-19, e ainda realizar o reforço contra tétano, difteria e coqueluche (dTpa), hepatite B e herpes-zóster, se necessário.

– Hidratação, mesmo sem sede no frio, pois a ingestão de água ajuda a manter o bom funcionamento do organismo, além de evitar o ressecamento das mucosas e o risco de infecções. Como os idosos costumam sentir menos sede, é importante que os cuidadores E FAMILIARES estejam atentos e ofereçam líquidos com frequência. Incentive também o consumo de chás quentes e sopas nutritivas, que além de hidratar, proporcionam conforto e bem-estar.

– Manter os cuidados com a higiene e hidratação da pele utilizando sabonetes neutros e evitando banhos muito quentes e longos. Após o banho, sempre que possível, aplique cremes hidratantes para proteger a pele e prevenir rachaduras, que podem facilitar a entrada de infecções.

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– Oferecer aos idosos um vestuário adequado com roupas quentes, de preferência em camadas, para facilitar o ajuste da temperatura corporal. Cobrir bem as extremidades, como mãos, pés e cabeça, ajuda a evitar perda de calor corporal.

– Manter uma alimentação equilibrada, focando em alimentos naturais, ricos em nutrientes e fibras. Evitar a ingestão de sal, açúcar e gorduras. Essa rotina ajuda a fortalecer o sistema imunológico.

– Casa aquecida e ventilada são essenciais para evitar o crescimento de mofos e o acúmulo de poeira, que podem agravar problemas respiratórios. Além disso, evite exposição a correntes de vento frio, pois isso pode prejudicar a saúde.

– Mesmo durante o inverno, é fundamental manter os idosos ativos e engajados em atividades físicas e sociais. Praticar atividades físicas leves ajuda a manter a circulação sanguínea ativa, fortalece o corpo e melhora o humor.

– Quando os idosos precisam sair para atividades ao ar livre durante o inverno, é fundamental tomar algumas precauções para garantir a segurança e o bem-estar deles. Certifique-se de que estejam usando roupas adequadas e quentinhas, em camadas, incluindo gorros, luvas e cachecóis, para proteger as áreas mais sensíveis ao frio. Evite que fiquem expostos ao vento gelado por longos períodos, pois isso pode aumentar o risco de resfriados e outros problemas de saúde. Sempre que possível, escolha horários mais amenos, como manhãs, evitando os períodos de maior frio ou vento forte.

– É importante manter a atenção a sintomas como tosse persistente, falta de ar, febre, dores no corpo ou qualquer sinal que possa indicar problemas respiratórios ou outras doenças comuns durante o frio. Se algum desses sintomas aparecer, procure um profissional de saúde imediatamente para uma avaliação adequada.

“Seguindo essas recomendações, os idosos, tanto em casa quanto em instituições, podem passar pelo inverno com mais saúde, conforto e proteção”, pontua Hamsi .

 

Cenário epidemiológico das Síndromes Respiratórias por Influenza: 63 % dos óbitos são de idosos

Segundo dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), do início do ano até a Semana Epidemiológica (SE) 23, o Espírito Santo registrou 1.550 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) identificados por vírus respiratórios, entre Influenza, Covid-19, Adenovírus, Enterovírus e Vírus sincicial respiratório (VSR), por exemplo.

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Do total de SRAG por vírus respiratórios notificadas até a SE 23, 233 foram de casos relacionados exclusivamente à Influenza (considerando todas as tipagens), com 55 óbitos confirmados. 

Segundo a médica e referência técnica da Vigilância da Influenza e Meningites, Mariana Ribeiro Macedo, 63% dos óbitos (35 óbitos) por SRAG de Influenza são na população com mais de 60 anos. Outro dado que chama atenção também, de acordo com a profissional, é a prevalência dos casos de SRAG neste mesmo grupo, com 144 casos confirmados. 

Ainda segundo a referência técnica, a Sesa tem orientado os municípios quanto ao manejo e tratamento da Influenza com o uso imediato do fosfato de oseltamivir nos casos de Síndrome Gripal (SG) com condições e fatores de risco para agravamento do quadro clínico independentemente da hospitalização ou situação vacinal e para todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

“O Ministério da Saúde indica o benefício que a terapêutica precoce proporciona, tanto na redução da duração dos sintomas quanto na redução da ocorrência de complicações da infecção pelo vírus influenza em pacientes com condições e fatores de risco para complicações. Com isso, seguimos orientado a todos os serviços de saúde, seja na atenção básica, unidades de urgência e emergência ou hospitalar quanto à indicação desse medicamento, independentemente da hospitalização ou situação vacinal e para todos os casos de SRAG”, salienta Macedo.

 

Dados detalhados de SRAG por Influenza abaixo:

SRAG por Influenza detalhado por região de Saúde até a SE 23:

Metropolitana: 155 casos / 39 óbitos

Central: 22 casos / 05 óbitos

Norte: 28 casos / 08 óbitos

Sul: 28 casos / 03 óbito

 

SRAG por Influenza detalhado por faixa etária até a SE 23:

0 a 04 anos: 24 casos / 00 óbito

05 a 11 anos: 12 casos / 00 óbito

12 a 17 anos: 02 casos / 00 óbito

18 a 59 anos: 51 casos / 20 óbitos

60 anos ou mais: 144 casos / 35 óbitos

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