A musculação voltada para pessoas idosas é amplamente recomendada por especialistas, mas ainda não recebe o reconhecimento que merece, sendo mais popular entre os jovens e aqueles que buscam o “corpo perfeito”.
Com o envelhecimento acelerado da população, essa prática tem se mostrado uma grande aliada da saúde, indo muito além do fortalecimento muscular.
Na verdade, os exercícios de força promovem autonomia, ajudam a prevenir doenças e elevam o bem-estar emocional, tornando-se um verdadeiro passaporte para uma vida mais ativa e equilibrada.
Com o passar dos anos, é natural que o corpo perca massa muscular e mobilidade, o que pode comprometer a independência.
Marcus Frizzera, empresário e professor de Educação Física. Foto: Cloves Louzada
Mas a boa notícia é que a musculação combate esse processo, trazendo mais força, equilíbrio e reduzindo significativamente o risco de quedas e outras complicações. Ou seja, além de fortalecer o corpo, revigora também a qualidade de vida.
E os benefícios não param por aí. Pesquisas apontam que a musculação melhora sintomas de depressão e ansiedade, especialmente em pessoas diagnosticadas com esses transtornos.
Um estudo publicado na revista Psychiatry Research analisou mais de 200 artigos sobre o tema e confirmou que a prática tem um impacto positivo na saúde mental, proporcionando mais disposição e bem-estar.
Outro ponto importante é o impacto social da musculação. Quando praticada em grupo, ela se torna uma oportunidade valiosa para interação, estruturação de rotina e fortalecimento de vínculos, fatores que mantêm a motivação e o engajamento das pessoas idosas. Além disso, o convívio social reduz o isolamento e contribui para um humor mais leve e positivo.
Claro que alguns cuidados são fundamentais. A musculação precisa ser adaptada às condições de cada pessoa, respeitando seus limites e garantindo segurança.
O acompanhamento profissional faz toda a diferença, ajustando cargas e movimentos de forma progressiva para que os exercícios sejam eficazes e seguros.
O desafio agora é ampliar o acesso à musculação e mudar a percepção sobre seu papel na longevidade. Mais do que uma prática associada à juventude ou à estética, ela é um pilar para um envelhecimento saudável e independente.
No fim das contas, não se trata apenas de levantar pesos, mas de elevar a autoestima, a saúde e o próprio desejo de viver bem.
Você se deita cedo, dorme as recomendadas oito horas, mas ainda assim acorda se sentindo como se tivesse corrido uma maratona durante a noite? Essa sensação de cansaço matinal, mesmo após uma noite aparentemente tranquila, pode ser mais comum do que se imagina e tem explicações científicas.
Dormindo a noite toda, mas acorda cansado? Saiba o que pode significar
Dormir por muitas horas não garante um descanso reparador. Distúrbios como a apneia do sono, caracterizada por interrupções momentâneas da respiração, podem fragmentar o sono sem que a pessoa perceba, resultando em cansaço ao despertar.
Outros sinais de sono não restaurador incluem sudorese noturna e movimentos excessivos durante a noite.
Nosso corpo possui um “relógio biológico” que regula o ciclo sono-vigília. Alterações nesse ritmo, seja por dormir e acordar em horários irregulares ou por exposição à luz artificial à noite, podem causar a chamada cronorruptura, levando à sensação de cansaço mesmo após uma longa noite de sono.
O consumo de cafeína ou álcool antes de dormir pode interferir na qualidade do sono. Enquanto a cafeína é um estimulante que dificulta o adormecer, o álcool, apesar de inicialmente sedativo, pode causar despertares noturnos e reduzir a profundidade do sono.
Condições como a hipersonia, caracterizada por sonolência excessiva durante o dia, podem ser causadas por distúrbios neurológicos, uso de certos medicamentos ou outras doenças. Além disso, transtornos do humor, como depressão e ansiedade, também podem afetar a qualidade do sono e levar ao cansaço matinal.
O que fazer?
Manter horários regulares para dormir e acordar.
Evitar cafeína e álcool nas horas que antecedem o sono.
Criar um ambiente propício ao descanso: escuro, silencioso e com temperatura agradável.
Consultar um profissional de saúde para investigar possíveis distúrbios do sono ou condições médicas subjacentes.
Uma esperança no tratamento ao Alzheimer. É que foi aprovado pela Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, um medicamento que pode retardar em muitos casos a doença de Alzheimer, se tratada no estágio inicial.
Com o nome comercial de kinsula, o donanemabe, da farmacêutica Eli Lilly, foi aprovado nos Estados Unidos em julho do ano passado e retardou em 35% nos pacientes com a doença menos avançada.
O produto é injetável e administrado uma vez por mês, o donanemabe foi avaliado em um estudo principal envolvendo 1.736 pacientes com doença de Alzheimer em estágio inicial. Eles apresentavam comprometimento cognitivo e demência leves; e o acúmulo da proteína beta-amiloide, cujas placas interferem no funcionamento no cérebro. Foram analisadas também alterações na cognição e na função cerebral de cada um.
Os pacientes tratados com o medicamento apresentaram progressão clínica menor e estatisticamente significativa na Doença de Alzheimer em comparação aos pacientes tratados com placebo.
A doença é progressiva, ainda não tem cura, mas o medicamento conseguiu retardar seu avanço.
Existe ainda a contraindicação para pacientes que estejam tomando anticoagulantes (incluindo varfarina) ou que tenham sido diagnosticados com angiopatia amiloide cerebral.
Como acontece com qualquer medicamento, a Anvisa irá monitorar rigorosamente a segurança e a eficácia do donanemabe.