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Festas clandestinas driblam fiscalização e governo pede ajuda

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Organizadores têm estrutura cada vez mais elaborada para manter os locais de aglomerações secretos. Vigilância Sanitária solicita que população denuncie

Os organizadores de festas clandestinas têm conseguido driblar a fiscalização das autoridades de saúde e de segurança pública graças às redes sociais e a uma estrutura cada vez mais elaborada para manter secreto o local do evento. Maria Cristina Megid, diretora da Vigilância Sanitária do governo estadual de São Paulo, reconheceu que não está sendo fácil coibir essas festas e pediu ajuda para a população.

“A gente tem tido muita dificuldade para identificar esses locais. Temos recebido algumas denúncias e pedido apoio da segurança pública. Conseguimos desmobilizar algumas, mas outras não. Quem tem consciência do momento que estamos passando e sabe que essas festas são situações de risco, que denuncie. A identidade será preservada”, disse ao Estadão. Segundo ela, a população pode denunciar festas clandestinas e outras aglomerações.

Os métodos para organizar as festas clandestinas são semelhantes. O evento costuma ser divulgado de maneira online. O convite fica disponível para visualização de qualquer um no Instagram e no Facebook, com data, horário, valor do ingresso e o lineup de quem vai tocar. A única informação restrita é o local, divulgado apenas horas antes.

O local que aparece no convite nem sempre é o correto. Um promotor de eventos, que pediu para não ser identificado, foi no mês passado à festa LGBT chamada Indústria, que acontece duas vezes por mês – uma em São Paulo e outra, no Rio de Janeiro. Cada vez em um lugar diferente, geralmente em pontos afastados do centro.

Despistando
A edição de novembro em São Paulo aconteceu em um sítio próximo da Represa do Guarapiranga. “Fomos ao endereço indicado, paramos o carro no estacionamento. Ali havia organizadores espalhados dando informações divergentes. Numa tentativa de despistar a fiscalização, acredito. Indicavam um lugar errado, você se perdia e voltava. Aí indicavam o certo”, comentou. “Devia ter umas 4 a 5 mil pessoas na festa. Todas já chegavam sem máscara e não havia distanciamento nenhum. Lá dentro, todo mundo junto, se abraçando, se beijando. Como se não existisse o coronavírus.”

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Na festa de dezembro da Indústria, no último domingo, os organizadores enviaram o endereço falso. No local indicado, um funcionário indicava o lugar certo. O DJ Yan Goedertt divulgou em sua página no Instagram um vídeo da festa. No local, é possível ver milhares de pessoas aglomeradas, sem máscaras.

Na mensagem, o DJ agradece ao organizador Paulo Galdino. Em todos os convites de divulgação aparece o nome de Galdino e também o número e a conta corrente em diferentes bancos, onde os interessados em ir à festa devem depositar o dinheiro do ingresso. O Estadão tentou contato com Galdino pelos telefones divulgados no convite e pelas redes sociais, mas não teve retorno.

O promotor de eventos destacou que, por ser clandestina, há uma precariedade nos serviços oferecidos e também no cuidado com os participantes da festa. “Me informei das pessoas que estavam trabalhando no evento. Era uma rede de amigos e parentes que estava ali para colaborar. Mas não eram profissionais. Em um momento da festa, duas pessoas estavam passando mal em um camarote. Uma amiga, que é médica, tentou entrar no camarote para ajudar e não conseguiu. Depois de um tempo, apareceram os bombeiros e essas pessoas foram levadas para o que deveria ser um ambulatório. Minha amiga foi junto. Era uma tenda, com alguns colchões no meio de um gramado, e mais nada. Não havia remédio, nada.”

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‘Celebrar a vida’
A festa Rolezera, que já acontecia eventualmente antes da pandemia, teve uma edição marcada para o último sábado. Para burlar a fiscalização, não se informou no convite o local e foi criado um site para venda de ingressos – o acesso à página era feito apenas com senha. No WhatsApp, a mensagem para divulgar o evento começava assim: “Não podíamos deixar de juntar nossos amigos pra nos despedir desse ano atípico né? Celebrar a vida e a amizade, com muita música e energia boa.”

Desde o dia 30 de novembro, todo o Estado de São Paulo está na fase 3 (amarela) do Plano São Paulo. Festas e aglomerações estavam proibidas mesmo na fase 4 (verde). Em julho, Doria já havia anunciado que a celebração pública do ano-novo na capital, na Avenida Paulista, estava cance “Não podíamos deixar de juntar nossos amigos pra nos despedir desse ano atípico né? Celebrar a vida e a amizade, com muita música e energia boa.” lada.

A diretora Megid informa que o organizador da festa e o dono do local podem ser enquadrados no art. 268 do Código Penal, que prevê detenção de 1 mês a 1 ano e multa. Na coletiva do governo estadual, na sexta-feira, ela disse que a fiscalização de bares, festas e eventos noturnos será intensifiscada e que já foram feitas 1,2 mil autuações por aglomerações ou não uso de máscara em estabelecimentos comerciais.

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Prefeitura viraliza ao instalar placa inusitada em terreno: ‘Só joga lixo quem é corno’

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A Prefeitura de Prata, em Minas Gerais, usou o humor para combater o descarte irregular de lixo com um cartaz que viralizou: “Aqui só joga lixo quem é c0rno assumido”.

O prefeito Marcel Vieira Rodrigues da Cunha, o Xéxeu, afirmou que a estratégia já trouxe resultados, reduzindo o lixo em terrenos baldios e incentivando o uso do EcoPonto Municipal.

Segundo Xéxeu, mais de 60 terrenos cheios de lixo foram identificados e limpos pela Prefeitura.

Para evitar novos descartes, a população foi orientada a utilizar o EcoPonto, que funciona diariamente das 6h às 18h.

A placa gerou engajamento, com moradores monitorando terrenos para flagrar infratores. “A conscientização é essencial, mas o humor tem funcionado”, disse o prefeito.

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Brasil

ES Mais+Gás: Espírito Santo passa a liderar mercado livre de Gás Natural no Brasil

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No mês de janeiro, 82% do Gás Natural distribuído à indústria capixaba foi adquirido no mercado livre, onde as empresas negociam diretamente com os fornecedores. Esse resultado coloca o Espírito Santo no topo do ranking nacional. Os dados são de um levantamento feito pela ES Gás, concessionária estadual responsável pela distribuição do combustível.

Esse movimento de migração das empresas capixabas para o mercado livre ganhou força no ano passado, impulsionado pelas mobilizações do Programa ES Mais+Gás. Desde o lançamento do programa, em agosto de 2024, o volume de Gás Natural negociado no mercado livre saltou de 25% em julho para 82% em janeiro de 2025, um crescimento de 58 pontos percentuais.

A ampliação do mercado livre de gás no Espírito Santo abre espaço para mais fornecedores, aumentando a concorrência e reduzindo os custos de produção para a indústria. Na ponta, esse movimento pode refletir em preços mais acessíveis para o consumidor final.

“É ou não é uma conquista que merece muito destaque? Esse caminho que estamos pavimentando no Espírito Santo favorece, e muito, a manutenção e a expansão de uma série de atividades. Competitividade e dinamismo econômico que geram oportunidades, empregos. Em pouco tempo mudanças interessantes. Redução de tributação, investimentos na rede de distribuição e abertura de mercado. Os principais agentes que atuam no setor estão trabalhando em sintonia e o trabalho conjunto, organizado, permite esses avanços bem interessantes”, destaca o vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento do Espírito Santo, Ricardo Ferraço.

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Atualmente, o Espírito Santo ocupa a liderança nacional em volume de gás natural negociado no mercado livre, com 82% do total. O percentual se destaca em comparação com os demais estados da Região Sudeste, onde Minas Gerais registra 35%, São Paulo 30% e o Rio de Janeiro 25%.

 

Mobilização

A migração das empresas capixabas para o mercado livre de gás foi viabilizada por uma série de instrumentos regulatórios.

Em 2021, a Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (ARSP) publicou uma resolução que estabeleceu um modelo padrão de contrato de uso do serviço de distribuição (CUSD), definindo, entre outros pontos, o volume mínimo diário necessário para a migração. Essa medida abriu caminho para que grandes indústrias passassem a operar no mercado livre nos anos seguintes.

Já em 2024, com o lançamento do programa ES Mais+Gás, esse movimento se intensificou com a atuação da agência na revisão e validação de contratos do mercado livre e cativo, além da habilitação de novos comercializadores, ampliando as opções de negociação para os consumidores.

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“Indiscutivelmente, abrimos o mercado de gás no Espírito Santo! Isto é um marco para o setor. Hoje, contamos com usuários com 100% do consumo de gás no mercado livre, 23 comercializadores habilitados, arcabouço regulatório estruturado, tarifas competitivas. Isso demonstra o papel primordial que a regulação estabelecida pela ARSP teve para a promoção do desenvolvimento, que, alinhada a uma série de ações junto a outros agentes, trouxe este resultado bem-sucedido”, ressalta a diretora de Gás Canalizado e Energia da ARSP, Débora Niero.

Além disso, a Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo aprovou uma nova redução nas tarifas do gás natural. Dependendo do modelo de contrato e do período, a economia para empresas consumidoras no mercado livre pode chegar a 14%. O mercado cativo, que inclui os segmentos residencial, comercial, industrial, Gás Natural Veicular (GNV), entre outros, também foi beneficiado, com redução na tarifa média de 7,49%, já válida desde 1º de fevereiro de 2025.

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