Pomada usada para modelar os cabelos pelos foliões entrou em contato com os olhos e liberou substâncias tóxicas por conta da chuva
Foliões apresentaram queimadura ocular após chuva nos desfiles das escolas de samba no Carnaval de Vitória, no Sambão do Povo, na última semana. As chuvas fizeram escorrer uma pomada para cabelo, que entrou em contato com os olhos, causando a queimação.
O produto utilizado pelos foliões para fazer penteados é suspenso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2023. Ele possui componentes que não dissolvem facilmente na água, formando uma película oleosa que causa irritações severas em contato com os olhos.
Em casos mais graves, esse contato pode levar a inflamações e infecções oculares. O oftalmologista do Hospital de Olhos Vitória, Cesar Ronaldo Filho, relatou que pacientes chegaram com desconfortos e lesões oculares.
“Todos usaram o produto e ficaram expostos à chuva durante os desfiles. A água, além de fazer com que o produto libere componentes irritantes, leva a pomada até os olhos, causando o problema. Essas reações, que variam de uma leve irritação até queimaduras mais graves, podem ocorrer, principalmente, em indivíduos com pele sensível ou quando a pomada é aplicada de forma excessiva ou inadequada”, explicou o médico.
Esse tipo de produto libera substâncias ácidas que afetam as membranas e mucosas dos olhos, resultando em uma sensação de ardor que podem evoluir para lesões mais sérias.
Os sintomas mais comuns incluem ardência, vermelhidão, sensibilidade à luz, inchaço, espasmos nas pálpebras, visão turva, dificuldade para abrir os olhos e até perda temporária da visão.
Em casos mais graves, o paciente pode ter danos à córnea em caso de contato da pomada com os olhos, o que compromete a visão se não for tratado adequadamente e de forma rápida.
Cesar Ronaldo Filho alerta que, em caso de contato da pomada com os olhos, deve-se procurar um oftalmologista rapidamente. Foto: Divulgação/ Hospital de Olhos Vitória
“Não consegui abrir os olhos”, diz jornalista
Izabella Cardoso, que estava trabalhando no Sambão do Povo durante os desfiles, conta que começou a sentir a ardência nos olhos durante a chuva.
“Fiz trança há cerca de 15 dias usando pomada e, logo após a chuva, já comecei a sentir uma queimação nos olhos. Achei que podia ser por conta da maquiagem, mas eu percebi que a minha visão ficou embaçada, com uma nuvem branca. Fui ao banheiro, lavei os olhos e não resolveu. Acabei indo para casa e dormi, mas acordei no dia seguinte com olhos irritados e uma secreção de cor amarelada. Fui logo para o atendimento de urgência com o oftalmologista”, relatou.
A jornalista Scheilla Gumes, de Salvador, estava no Carnaval de Vitória pela primeira vez e também apresentou sintomas. Ela afirma que só sentiu a irritação no dia seguinte, quando não conseguiu abrir os olhos ao acordar.
“Estava sentindo muita dor e fiquei desesperada de estar com alguma infecção que comprometesse a minha visão. Cheguei a ir em um pronto-socorro, mas fui orientada a procurar um especialista por conta da gravidade. O oftalmologista que me atendeu questionou sobre quais os produtos usei, identificando a queimadura química nos olhos”, descreve.
Em casos mais graves, em que o paciente pode ter danos à córnea, pode haver comprometimento à visão se não for tratado adequadamente e de forma rápida. Por isso, é importante procurar um especialista logo que perceber qualquer sinal nos olhos.
“Quanto menor o tempo em contato com a pomada, menores serão os danos. O paciente deve lavar os olhos em água corrente abundante ou soro fisiológico e evitar coçá-los, pois isso pode agravar a inflamação. É indispensável ir até um oftalmologista o mais rápido possível para avaliar a situação e evitar danos permanentes à visão. O tratamento irá incluir pomadas e colírios, além de medicação oral, de acordo com a gravidade de cada caso”, orienta o oftalmologista Cesar Ronaldo.
Os relatos de casos de cegueira e irritação nos olhos levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a suspender a venda de diversas pomadas modeladoras para cabelos no Brasil desde 2023. O órgão tem uma lista de produtos que não podem ser comercializados devido à alta concentração de substâncias que causam efeitos colaterais na visão.
A Secretaria de Estado da Saúde alcançou um marco histórico: o serviço de teleconsulta já está presente em todos os 78 municípios capixabas. A iniciativa representa um avanço significativo na regionalização da saúde e na modernização dos serviços públicos, garantindo mais acesso e agilidade no atendimento à população.
Com o uso da tecnologia, a teleconsulta permite que pacientes recebam atendimento médico especializado sem precisar se deslocar por longas distâncias. Muitas pessoas, que antes enfrentavam horas de viagem até outras cidades para uma simples consulta, agora são atendidas no próprio município, com mais conforto, segurança e dignidade.
Esse avanço reforça o compromisso do governador Renato Casagrande e do vice-governador Ricardo Ferraço com uma saúde pública mais eficiente, humana e acessível. A ampliação da teleconsulta é fruto de planejamento, investimento em infraestrutura digital e integração entre as redes de atenção à saúde.
Para o secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann, a expansão da teleconsulta é uma conquista coletiva. “Estamos usando a tecnologia como aliada para aproximar o cuidado de quem mais precisa. A saúde precisa estar onde o capixaba está, e é isso que estamos fazendo. Esse é um passo fundamental para garantir equidade e eficiência no atendimento à população”, afirmou.
A presença da teleconsulta em todo o Espírito Santo é um passo concreto na construção de um sistema de saúde mais moderno, que coloca as pessoas no centro das decisões e utiliza a inovação como ferramenta para salvar vidas e melhorar o cuidado com os capixabas. É o governo do Estado aproximando a saúde de quem mais precisa.
Nova perspectiva na prevenção de cirurgias articulares em mulheres através de abordagem integrada e personalizada
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 250 milhões de pessoas vivem com osteoartrite no mundo, sendo o joelho uma das articulações mais afetadas. Entre os principais fatores de risco estão o sedentarismo, a idade e, sobretudo, o excesso de peso corporal.
O que muitos ainda não percebem é que cada quilo a mais no corpo representa de três a quatro quilos de carga adicional sobre os joelhos a cada passo dado. Essa sobrecarga acelera o desgaste articular, potencializa o processo inflamatório e leva muitas mulheres a um ciclo de dor, sedentarismo e frustração.
Redução do peso e dor: um novo enfoque terapêutico
A medicina ortopédica tradicional costuma focar apenas na articulação afetada. Já os programas de emagrecimento concentram-se nos números da balança, muitas vezes ignorando as limitações físicas impostas pela dor. A proposta do método é reduzir o peso com segurança e inteligência metabólica como forma de aliviar a dor, melhorar a mobilidade e evitar intervenções cirúrgicas.
Fundamento científico e estratégia multidisciplinar
Estudos clínicos recentes sustentam a proposta do método: perder de 5% a 10% do peso corporal pode reduzir significativamente a dor e melhorar a função articular; análogos do GLP-1, como semaglutida e tirzepatida, auxiliam na perda de peso e reduzem o apetite; e a combinação entre emagrecimento, treino de força e dieta anti-inflamatória é mais eficaz do que qualquer abordagem isolada.
Etapas do protocolo e benefícios sustentáveis
A estrutura do método é organizada em seis etapas, representadas pela sigla DESTRA: dieta anti-inflamatória e proteica adaptada à rotina da paciente; exercício orientado, com foco em proteger articulações e preservar massa magra; sono regulado para controle hormonal e aumento da disposição; terapias injetáveis e orais, com uso de GLP-1 e substâncias regenerativas, sob prescrição; reposição de nutrientes como creatina, vitamina D, colágeno e minerais; adesão e acompanhamento, com consultas médicas e suporte digital contínuo.
O tratamento tem início com uma avaliação médica completa, exames laboratoriais e bioimpedância. A paciente é inserida em um protocolo exclusivo, com aplicações semanais e monitoramento por três a seis meses. Segundo dados da clínica, as pacientes perdem entre oito e dez quilos nas oito primeiras semanas, com redução expressiva da dor e recuperação da autonomia para atividades como subir escadas, caminhar e dançar. O método inclui também uma fase de manutenção, chamada “Blindagem Anti-Sanfona”, que previne o reganho de peso.
O método é especialmente indicado para mulheres que apresentam: idade entre 38 e 65 anos; dor crônica no joelho, quadril ou coluna; IMC entre 28 e 35 kg/m²; histórico de tentativas frustradas de emagrecimento; medo de cirurgia ou dependência de analgésicos. O método propõe uma mudança de perspectiva sobre dor, emagrecimento e saúde da mulher. Com respaldo científico e abordagem integrativa, o protocolo promove não apenas a perda de peso, mas também uma vida mais ativa, com leveza física e emocional.