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Brasil

Funcionário endividado produz 15% menos no trabalho, diz pesquisa

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Segundo especialista, foco no serviço está ligado à saúde financeira. No Brasil, cerca de 84% da população tem alguma dívida

Funcionários endividados ou que têm preocupações com dinheiro produzem, em média, 15% menos do que seus colegas. Esse é o resultado do estudo “The Employer’s Guide to Financial Wellbeing”, de 2019, feito no Reino Unido, com mais de dez mil trabalhadores.

De acordo com uma outra pesquisa feita no ano passado pela Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), 84% dos trabalhadores no Brasil sofrem com algum tipo de problema financeiro. Ou seja, essa é a realidade de milhões de brasileiros.

A educadora financeira Teresa Tayra explica que o foco no trabalho está diretamente ligado à saúde financeira do trabalhador. “Quando a gente fala de produtividade dos funcionários, a gente está falando de foco no trabalho. Foi possível observar que se o colaborador está endividado, ele perde o foco. Ele fica pensando em como pagar aquela dívida, se vai conseguir honrar os boletos do mês”, diz Teresa.

Paulo Henrique, estagiário de 24 anos, é um dentre milhões de brasileiros que tem que ir ao trabalho pensando nas contas de casa. O estudante de engenharia mora com outras quatro pessoas em um apartamento no bairro da Vila Mariana e, por residir há mais tempo no local, acaba por ser responsável pelo pagamento do aluguel e de resolver eventuais problemas com a imobiliária.

“É difícil também você focar 100% no trabalho quando te ligam falando que cortaram a luz. É estressante”

Educação financeira

Foi observando esse tipo de situação – realidade para a grande maioria da população – que Teresa desenvolveu uma iniciativa que leva para as empresas programas de educação financeira para funcionários que estão no vermelho.

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“Atualmente eu estou fazendo um trabalho que eu considero um sonho. Nós atendemos os colaboradores fazendo plantões mensais. A gente faz um acompanhamento com os colaboradores que aborda seus gastos, ajuda a planejar, etc”, conta a educadora financeira.

Um dos trabalhadores que participou do programa foi Carlos Maciel, manobrador de ferrovias em uma empresa de São Paulo. Ele conta que sofria com problemas financeiros, o que afetava não só sua vida no trabalho, mas em casa também. 

“Me deixava estressado. Chegava no fim do mês e as dívidas eram maiores do que eu recebia. Quando a gente tem dívida afeta tudo. O profissional, emocional, na família. Às vezes acaba gerando discussões”, conta Maciel.

Um dos trabalhadores que participou do programa foi Carlos Maciel, manobrador de ferrovias em uma empresa de São Paulo. Ele conta que sofria com problemas financeiros, o que afetava não só sua vida no trabalho, mas em casa também. 

“Me deixava estressado. Chegava no fim do mês e as dívidas eram maiores do que eu recebia. Quando a gente tem dívida afeta tudo. O profissional, emocional, na família. Às vezes acaba gerando discussões”, conta Maciel.

Além de não fechar as contas no final do mês, o manobrador lembra que alguns pequenos prazeres tinham que ser deixados de lado. “É chato, você chega no final do mês e não tem dinheiro para fazer um passeio ou comer um lanche. Às vezes eu não dormia direito, até chorava para falar a verdade”, diz.

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Após o programa de educação financeira, Maciel conta que alguns hábitos mudaram, o que possibilitou até a realização de viagens no final do ano. “Esse treinamento me ajudou bastante, tenho uma visão de primeiro guardar, para depois gastar. Eu não estou 100%, mas muita coisa mudou. Fiz duas viagens curtas nos últimos meses, mas que pelo menos não entraram no cartão de crédito.”

Educação básica

Teresa conta que, além de oferecer palestras e treinamentos dentro das empresas em que atua, também tenta trabalhar com iniciativas em escolas públicas. “A empresa oferece esse programa de educação financeira para os colaboradores e, em contrapartida, o que eu ofereço é uma iniciativa em escola pública”, afirma.

Para o estudante Paulo Henrique, ter esse tipo de ensinamento na educação básica seria essencial para evitar situações como a dele. “Por mais que você saiba que, claro, tem que gastar de acordo com o que ganha, ter palestras ou aulas que ajudem com esses temas é fundamental. Acredito que, se a gente tivesse coisas parecidas já no ensino básico, teríamos muito menos brasileiros endividados”, diz.

“É um jeito legal de disseminar essa iniciativa para as escolas públicas. Porque assim, generalizando, pais com filhos em escola pública, a maioria deles não trabalha em uma grande empresa, que tem verba para arcar com programas como esse. Então foi um jeito de oferecer esse programa a famílias que talvez nunca tivessem acesso a isso”, completa Teresa.

 

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Polícia Federal desmantela organização envolvida em fraude eleitoral no RJ

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Nesta quarta-feira (16), a Polícia Federal (PF) realiza uma operação que envolve a execução de dez mandados de busca e apreensão. A ação visa desmantelar uma organização criminosa acusada de fraudes em licitações e lavagem de dinheiro. Os investigados também enfrentam suspeitas de obstrução de justiça e práticas de caixa dois eleitoral. Essa operação, denominada Teatro Invisível II, é um desdobramento de uma investigação anterior que tinha como objetivo desarticular um grupo que disseminava informações falsas sobre candidatos durante as eleições do ano passado em mais de dez cidades do Rio de Janeiro. A continuidade das investigações revelou novas evidências sobre as atividades ilícitas do grupo.

Os proprietários de empresas em Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba e São João de Meriti estão entre os principais alvos da operação. Eles são suspeitos de manipular licitações e utilizar recursos não declarados à Justiça Eleitoral para beneficiar candidatos nas eleições municipais de 2024. As fraudes levantaram preocupações sobre a integridade do processo eleitoral na região. Além das buscas, a Justiça também determinou o bloqueio de contas dos envolvidos, que somam até R$ 3,5 bilhões. Oito empresas tiveram suas atividades econômicas suspensas como parte das medidas cautelares. As ações estão sendo realizadas em diversas localidades, incluindo Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba, além de áreas do Rio de Janeiro e Juiz de Fora, em Minas Gerais.

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As investigações indicam que o grupo criminoso tomou medidas para destruir provas, especialmente digitais, que poderiam levar à incriminação de seus membros. Além disso, foram encontradas evidências de lavagem de dinheiro, que envolvem transações por meio de contas de passagem e a aquisição de bens de alto valor, complicando ainda mais a situação dos investigados.

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Menina de 8 anos morre após inalar desodorante em desafio do TikTok, diz família

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Uma menina de 8 anos m0rreu após inalar desodorante aerossol, no Distrito Federal. O óbito foi declarado no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), neste domingo (13).

O caso é investigado pela 15ª DP. O delegado responsável, Ataliba Neto, disse que um inquérito foi aberto para apurar as circunstâncias da morte e tentar identificar os responsáveis pela publicação do “desafio do desodorante” em uma rede social (saiba mais abaixo).

Segundo uma tia, Sarah Raissa Pereira de Castro perdeu a vida após participar de um desafio na internet que consiste em inalar desodorante spray pelo máximo de tempo. O “jogo” normalmente é proposto por pessoas que incentivam crianças e adolescentes a gravar imagens enquanto aceitam o desafio. Os vídeos somam milhares de visualizações.

Conforme a PCDF, a menina deu entrada no hospital público no dia 10 de abril:

Inquérito p0licial 

De acordo com a 15ª DP, o inquérito p0licial vai apurar as circunstâncias da m0rte de Sarah. O objetivo, de acordo com o delegado Ataliba Neto, é esclarecer como a criança teve acesso ao “desafio” e identificar o responsável pela publicação na rede social TikTok.

“A depender das circunstâncias, [o responsável] poderá responder pelo crime de homicídio duplamente qualificado (através de meio que pode causar perigo comum e por ter sido praticado contra menor de 14 anos de idade), cuja pena pode alcançar os 30 anos de prisão”, diz a polícia.

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