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Internacional

Furacão Milton causa destruição na Flórida, deixa milhões sem luz, mas perde força

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Previsões indicam que Milton deve atravessar a Flórida como furacão e se dirigir para o Oceano Atlântico, com o centro turístico de Orlando, em seu caminho

O furacão Milton chegou à costa da Flórida às 20h30 (21h30 no horário de Brasília) desta quarta-feira, 9, tocando o solo de Siesta Key, perto da cidade de Sarasota, com categoria 3 e ventos de pico de 205 quilômetros por hora. Algumas horas depois, Milton se enfraqueceu para um furacão de categoria 1, mas alertas sobre o efeito devastador, incluindo inundação repentina, permaneciam ativos.

Inicialmente, a previsão era de que o furacão tocasse o solo americano na madrugada desta quinta-feira, 10. Mais de 2 milhões de clientes da Flórida ficaram sem energia elétrica após a passagem do furacão. Em St. Petersburg, uma tubulação de água quebrada forçou a cidade a desligar temporariamente seu serviço de água potável à meia-noite.

Milton estava trazendo uma tempestade mortal para grande parte da Costa do Golfo da Flórida, incluindo áreas densamente povoadas como Tampa, St. Petersburg, Sarasota e Fort Myers. Um alerta de emergência de inundação repentina foi emitido pelo Serviço Nacional de Meteorologia para a área da Baía de Tampa, incluindo as cidades de St. Petersburg e Clearwater.

Cerca de 90 minutos após atingir a costa, Milton estava centrado a cerca de 30 quilômetros a nordeste de Sarasota, informou o Centro Nacional de Furacões. A tempestade enfraqueceu para um furacão de categoria 2, com ventos máximos sustentados de 175 km/h.

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Enquanto o furacão passava a leste de Lakeland, na Flórida, por volta de 1h, o Serviço Nacional de Meteorologia anunciou que Milton havia regredido para a categoria 1 com ventos máximos de 145 km/h.

Um furacão de categoria 1 é considerado como tendo ventos muito perigosos que derrubam árvores de raízes rasas, quebram galhos de árvores e danificam o exterior de casas. Eles também podem causar danos extensos às linhas de energia.

Na Flórida o número de clientes sem energia aumentou rapidamente durante a madrugada. Mais de três milhões de clientes estão sem eletricidade, segundo o site poweroutage.us que fornece informações sobre interrupções de energia elétrica nos Estados Unidos.

Os ventos danosos do furacão também foram acompanhados por chuvas pesadas. Bombeiros disseram que um guindaste caiu no centro de St. Petersburg, mas não há relatos de feridos. O teto do Tropicana Field, onde o time de beisebol Tampa Bay Rays joga, também em St. Petersburg, foi arrancado com a força do vento. Nenhum ferimento foi relatado, mas o governo local pediu ao público que evitasse a área até novo aviso.

Siesta Key, onde Milton atingiu, é uma ilha ao largo de Sarasota com praias de areia branca e tem cerca de 5,5 mil moradores. A comunidade fica a cerca de 113 quilômetros ao sul de Tampa, que é a cidade onde se espera que o furacão Milton seja mais devastador, de acordo com as previsões meteorológicas.

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Previsões indicam que Milton deve atravessar a Flórida como furacão e se dirigir para o Oceano Atlântico, com o centro turístico de Orlando, onde fica o parque Walt Disney World, em seu caminho.

Mesmo após se deslocar da costa da Flórida para o Oceano Atlântico, o furacão continuará a atingir a costa leste do Estado com ventos e chuvas intensos, causando inundações generalizadas devido à tempestade. Às 4 da manhã o furacão estava menos de 16 quilômetros da costa leste, perto de Cabo Canaveral, se movendo a 29 quilômetros por hora.

Serviços de busca e resgate ativos

Autoridades informaram que esforços de busca e resgate estão em andamento na Flórida depois que tornados perigosos devastaram a região.

Antes mesmo de chegar à costa, vários tornados gerados pelo Milton atingiram a Flórida. Três escritórios do Serviço Nacional de Meteorologia da Flórida em Miami, Tampa e Melbourne emitiram mais de 130 alertas de tornado associados ao furacão Milton até a noite desta quarta-feira.

O chefe de polícia de St. Lucie, Keith Pearson, relatou a morte de moradores com a passagem dos tornados. Em entrevista à WPBF News, Pearson, não detalhou qual seria o número de vítimas no local.

Cerca de 125 casas foram destruídas antes do furacão chegar à costa, muitas delas casas móveis em comunidades para idosos, disse Kevin Guthrie, diretor da Divisão de Gerenciamento de Emergências da Flórida. (Com agências internacionais).

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2024 pode ser o ano mais quente da história, aponta agência da UE

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Planeta está vivenciando um dos períodos mais quentes dos últimos 125 anos

O ano de 2024 está prestes a se tornar o mais quente já documentado, com temperaturas que devem ultrapassar em 1,5 grau Celsius a média do período pré-industrial. Essa previsão é baseada em um estudo da Copernicus, a agência meteorológica da União Europeia, que aponta um aumento sem precedentes nas temperaturas globais, superando os recordes estabelecidos em 2023. De acordo com especialistas, o planeta está vivenciando um dos períodos mais quentes dos últimos 125 anos. Novembro passado foi registrado como o segunda mais quentes da história. Portugal experimentou seu novembro mais quente, com uma média de temperatura 2,69°C acima da média entre 1981 e 2010.

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Internacional

Governo brasileiro evacua embaixada do Brasil em Damasco

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O embaixador do Brasil em Damasco, capital da Síria, André Luiz Azevedo dos Santos, e funcionários do Itamaraty deixaram a capital em direção a Beirute, até que a situação do país se estabilize. O diplomata está no comando da embaixada desde 2022, quando foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mantido pelo governo Lula.

O Ministério de Relações Exteriores informou que a evacuação do grupo diplomático acontece devido às incertezas que assolam o país desde a queda do presidente Bashar al-Assad. No último domingo, após 13 anos de uma guerra civil, rebeldes derrubaram o regime de al-Saad. O presidente estava no comando do país desde 2000.

Com a escalada dos conflitos na Síria, o Ministério de Relações Exteriores informou que acompanha com preocupação a situação e que orientou os brasileiros que estão no território que tentem deixar o país por meios próprios, até o retorno à normalidade. Segundo dados do Itamaraty, 3,5 mil brasileiros vivem no país do Oriente Médio, a maior parte deles nascidos na Síria, com pai ou mãe brasileiros. O órgão informou que, até o momento, não há registros de brasileiros entre as vítimas do conflito.

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