O atacante Richarlison não é único capixaba a integrar atualmente a seleção brasileira de futebol. Isso porque, a equipe Sub-17 feminina do Brasil também conta com uma atleta nascida no Espírito Santo: Mariana Ribeiro, natural de Guarapari. Ela, que é goleira do Fluminense e tem 16 anos, foi convocada nessa terça-feira (13), para se juntar ao grupo verde e amarelo, que passará por um período de treinamento, do dia 26 de julho ao dia 06 de agosto, nas cidades de Pinheiral e Teresópolis, ambas no Estado do Rio de Janeiro.
Se estar na seleção brasileira é um sonho para qualquer jogador de futebol, no caso de Mariana Ribeiro, a convocação ganha um peso ainda maior, já que a modalidade, até pouco tempo, não era seu esporte preferido.
“Eu praticava três esportes. Em primeiro lugar, para mim, estava o atletismo. Depois, o vôlei. Já o futebol era a terceira opção”, contou a capixaba. “Mas veio a pandemia e as coisas mudaram. Todas as competições de atletismo pararam, assim como as de vôlei. Porém, o futebol foi o primeiro esporte a começar a ter um retorno das atividades e acabei me dedicando mais a ele. Logo depois, fui jogar no Vilavelhense. Quando estava lá, fui ao Rio de Janeiro fazer uma avaliação no Fluminense e passei nos testes. Já estou no clube há três meses”, completou a goleira.
O fato de o atletismo ser sua modalidade preferida não era à toa, já que Mariana Ribeiro despontava como talento e vinha colecionando bons resultados. Na última edição pré-pandemia dos Jogos Escolares da Juventude, disputada em Blumenau, em 2019, por exemplo, ela trouxe na bagagem de volta para o Espírito Santo duas medalhas, uma de prata e outra de bronze, nas provas de salto em distância e salto em altura, respectivamente. Outra mostra de sua versatilidade é que ela não começou atuando no futebol como goleira, mas na linha. “Comecei, na verdade, jogando futsal. Era lateral ou atacante. Mas acabei indo para o gol no Vilavelhense”, explicou.
Agora, estabelecida em um grande clube e convocada para a seleção brasileira, Mariana Ribeiro comemora a nova fase. “É uma emoção muito grande fazer parte dessa convocação, tanto para mim quanto para a minha família. Estou realizando um sonho de criança, que é o de poder praticar o esporte de alto rendimento. Sou grata a Deus por me abençoar e permitir fazer parte disso tudo”, exclamou.
Vitória e Porto Vitória lutaram contra o rebaixamento até a última rodada da fase de classificação do Capixabão. Sobreviveram e foram além, eliminando Rio Branco de Venda Nova e Real Noroeste, respectivamente, nas quartas de final.Assim, um deles será finalista da competição.
Nesta segunda-feira (17), os dois times fazem o jogo de ida da semifinal, às 19h30, no Kleber Andrade, em Cariacica.
Por ter feito melhor campanha na fase de classificação, o Vitória tem o mando de campo da partida de volta, domingo, às 16h00, no Salvador Costa.
Porto Vitória x Vitória vale vaga na Copa do Brasil
A semifinal do Capixabão é decidida em jogos de ida e volta. Em caso de dois empates ou de uma vitória para cada lado pelo mesmo saldo de gols, a vaga na final será decidida nos pênaltis.
Quem avançar à final também garante vaga na Copa do Brasil do ano que vem.
No confronto entre os times na fase de classificação, houve empate em 1 a 1, no Salvador Costa, na terceira rodada.
Atual campeão da Copa Espírito Santo e um dos representantes do futebol capixaba na Série D do Brasileiro deste ano, o Porto Vitória decepcionou na fase de classificação do Capixabão.
O “Verdão da Capital” venceu somente dois jogos, o segundo deles na última rodada, quando bateu o Rio Branco de Venda Nova por 1 a 0 e escapou do rebaixamento.
Para não cair, o clube demitiu o técnico Fábio Brostel e o substituiu por Rodrigo Chagas, ex-jogador do Corinthians e do Cruzeiro. O novo treinador estreou com derrota para o Vilavelhense por 1 a 0, na penúltima rodada. Mas classificou o time na rodada final.
Vitória também trocou de treinador
O Vitória também trocou de técnico durante a competição.
O clube demitiu o treinador Gustavo Rodrigues após o empate em 1 a 1 com o Rio Branco de Venda Nova, na terceira rodada. O escolhido para assumir a equipe foi Rafael Soriano, que estreou com derrota para o Real Noroeste por 2 a 1.
Rafael Soriano assumiu o Vitória na reta final da primeira fase (Foto: Clara Fafá/Vitória FC)
Na sequência, o Vitória venceu o Vilavelhense (4 a 0), empatou com o Rio Branco (1 a 1), perdeu para Capixaba (2 a 1) e Jaguaré (1 a 0) e escapou do rebaixamento com vitória sobre o Nova Venécia por 5 a 1 na última rodada.
Francisco Cássio teve a perna amputada após acidente em dezembro e amigos organizam rifa para ajudar com custos
O árbitro de futebol capixaba Francisco Cássio teve a perna amputada após um acidente de moto no final do ano passado. Amigos do profissional estão organizando uma rifa para ajudá-lo com os custos da recuperação.
Cássio sofreu um acidente de moto quando estava voltando do treino, no dia 18 de dezembro do ano passado, próximo ao Terminal de Vila Velha. Ele chegou a ficar em coma por dois dias e internado no hospital por cinco dias. Os médicos disseram que treinar com regularidade durante a vida toda ajudou na recuperação.
O árbitro só recobrou a memória após o quinto dia de recuperação, mas não se lembra de como foi o acidente. Segundo ele, a única coisa que se recorda é que um carro o atropelou quando já estava chegando em casa e que foi arremessado por cerca de 10 metros.
Após o ocorrido, Cássio teve a perna amputada e está fazendo fisioterapia com o apoio de uma academia que pertence a um amigo. Ele ainda não conseguiu liberação do tratamento pelo SUS e pelo INSS e por isso conta com os equipamentos e profissionais da academia.
“Para a recuperação é se agarrar nas forças de Deus e seguir em frente. Infelizmente, o Governo e o INSS não ajudam”, comenta.
Francisco Cássio tem feito fisioterapia com apoio da academia de um amigo. Foto: Arquivo pessoal
Rifa para ajudar com os custos
Além de jogos profissionais, o árbitro também participava de “peladas” e jogos amadores. Cássio conta que recebeu apoio de times amadores de Vila Velha. Três amigos, que jogam em um desses times, foram os organizadores da rifa.
Bruno Barros, Cláudio Alves e Dimitrus compraram uma camisa oficial do Flamengo autografada pelo ídolo Zico e colocaram como o prêmio do sorteio. Em dois dias de rifa, mais de 130 números já foram vendidos.
O dinheiro será usado para ajudar a arcar com os custos da recuperação de Cássio e com a renda da família, já que o profissional está afastado do trabalho.
Para comprar as rifas e ajudar o árbitro, basta acessar o link https://criarifa.com/zW990L. Cada rifa custa R$ 10,00.
Apoio de colegas e da Federação
Além da rifa, o árbitro frisou que conta com o apoio de colegas e também da Federação de Futebol do Espírito Santo (FES).
“No dia seguinte ao acidente, houve a confraternização da arbitragem. Ali mesmo o pessoal já se juntou para me apoiar. Ajudam com dinheiro, remédios, equipamentos… Foram 27 anos de trabalho, conheci muita gente e eles estão me ajudando”, afirma o árbitro.
Ele é árbitro federado desde 1999 e já apitou jogos de Série A. Em 2023, foi o árbitro da final da Segunda Divisão do Campeonato Capixaba. Aos 50 anos, já estava caminhando para o final da carreira e seria árbitro auxiliar em 2025.
Cássio faz questão de agradecer pelo apoio que tem recebido de amigos e da FES. Ele ressalta que o presidente da comissão de arbitragem do ES, Marcos André Gomes, foi o primeiro a visitá-lo e que o presidente da Federação, Gustavo Vieira, prometeu fazer uma campanha para a compra de uma prótese.
Volta aos gramados
Francisco Cássio espera voltar aos gramados um dia. Ele afirma que sente falta de correr e apitar jogos.
“Minha mente está focada em voltar e ser o primeiro árbitro a apitar com uma prótese”, revela Cássio.
O árbitro espera voltar a apitar jogos amadores quando estiver recuperado e com uma prótese. Sobre a volta à arbitragem profissional, ele não descartou nenhuma possibilidade, apesar de não haver um programa para árbitros deficientes atualmente.
“Se a Federação convidar, seja para apitar em um jogo sub-15, 17 ou 20, eu topo!” disse Cássio.