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Política e Governo

Governador entrega obras de reforma de escola e de unidade da PMES na Serra

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O governador do Estado, Renato Casagrande, esteve, na manhã desta sexta-feira (25), no município da Serra para a inauguração das reformas da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Iracema Conceição Silva, localizada no bairro Chácara Parreiral, e da 3ª Companhia do 6º Batalhão da Polícia Militar, em Cidade Continental. Casagrande anunciou o início da ampliação da EEEFM Professor Juraci Machado, no bairro Barcelona, e também visitou as intervenções que estão sendo realizadas na Avenida Abido Saadi.

“Estamos fazendo três grandes obras de mobilidade na Serra: a Abido Saadi, o Contorno de Jacaraípe e o Complexo Viário de Carapina. A Serra passa a ter um investimento importante em mobilidade, mas também estamos ampliando e reformando as escolas na cidade. Temos realizado outras obras importantes, como a Central do SAMU 192 que está localizada aqui na Serra. Definimos com o prefeito os investimentos prioritários para o município, uma forma de reconhecer a importância da Serra para nosso Estado”, disse o governador.

Na primeira agenda do dia, Casagrande fez a entrega da unidade da PMES, que passou por obras de manutenção preventiva e corretiva. Foram realizados serviços de substituição de pisos, esquadrias e telhas termo acústicas danificadas, manutenção das instalações hidrossanitárias, revisão da parte elétrica, reparos no muro de alvenaria, além de pintura e reforma nos portões. O valor do investimento foi de R$ 357.596,98.

“Ter uma boa estrutura é fundamental para enfrentarmos a criminalidade, principalmente numa cidade do tamanho da Serra. Em nosso primeiro governo, tivemos que recuperar a Segurança Pública. Agora estamos fazendo novamente. Com uma área de segurança bem estruturada, com a tecnologia adequada, investimentos em tecnologia e equipamentos”, afirmou o governador.

O prefeito da Serra, Sérgio Vidigal, lembrou que o Espírito Santo tem obtido resultados expressivos no combate à criminalidade nos últimos anos. “O Estado vem mostrando que segurança pública é feita com resultados. Precisamos promover a paz não somente com segurança, mas também com a educação. Esse Governo do Estado não enxerga só o presente, mas enxerga o futuro. Construir é melhor do que reformar. Na escola se constrói cidadão. A Serra tem recebido muitas obras, principalmente em mobilidade urbana”, agradeceu.

Em seguida, Casagrande fez a entrega das obras de reforma e ampliação da EEEFM Iracema Conceição Silva. A unidade escolar teve a edificação principal ampliada, com a implantação de mais quatro salas de aula, cozinha, sanitários, refeitório e elevador para atender as normas de acessibilidade. Toda a rede elétrica e lógica foi refeita, assim como houve a adequação dos atuais padrões de acabamento da Secretaria da Educação (Sedu) e a instalação de brises tipo colmeia, proporcionando melhor conforto térmico da unidade escolar.

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A intervenção contemplou, ainda, a construção da quadra poliesportiva em estrutura metálica, com telha termo acústica e fechamento vertical em telha metálica, proporcionando conforto térmico, além da construção do castelo d’água para atendimento às normas do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo. O investimento total foi de R$ 3.223.667,37.

Durante a solenidade, o governador reforçou a missão do Estado após o retorno das aulas presenciais após a fase mais grave da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). “Hoje estou muito alegre, pois faz tempo que não tínhamos uma solenidade na escola com a presença dos alunos. Esse tipo de evento sem os alunos não tem graça. Nunca imaginamos que teríamos um período da nossa vida sem aulas presenciais. A área da educação foi uma das mais afetadas por conta da pandemia. O afastamento do aluno fisicamente, o desanima e o mantém longe da escola. Por isso, a educação vai exigir de nós um mutirão para recuperarmos o tempo que perdemos”, pontuou.

Casagrande destacou ainda a importância dos investimentos na educação: “Somente nas escolas da Serra, o Estado está investindo R$ 147 milhões. Vamos entregar 60 mil chromebooks para os alunos do Ensino Médio, já os professores ganharam um auxílio para compra de notebooks e ajuda de custo para contratação do plano de internet. Uma escola bem estruturada como esta, atrai os alunos a virem para sala de aula. Temos um Brasil muito desigual e somente com a educação podemos transformar essa distribuição de renda”.

Além da entrega da nova unidade, o governador assinou a Ordem de Serviço para obras de reforma e ampliação da EEEFM Juraci Machado. A nova unidade vai dobrar de tamanho, passando de 2389,72 metros quadrados para 4779,49 metros quadrados, propiciando aos alunos e corpo docente um ambiente moderno e confortável para aprendizagem.

A nova ala vai contar com espaço esportivo com vestiário, auditório, 16 salas de aula, sala multiuso, biblioteca, sala de artes, ambiente administrativo, refeitório, além de dois laboratórios de Informática e laboratórios de Física/Matemática e Química/Biologia. O valor da obra é de R$ 8.833.917,26 e o a inauguração da escola está prevista para janeiro de 2024.

O diretor-presidente do Departamento de Edificações e de Rodovias do Espírito Santo (DER-ES), que é o órgão responsável pela execução das obras, Luiz César Maretto, também participou das agendas e comentou sobre os investimentos. “Fazer obras em escolas é uma alegria e satisfação, porque entendemos que somente a educação pode mudar a vida dos jovens. É uma honra poder proporcionar conforto e modernidade aos alunos e professores”, disse.

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Casagrande visitou ainda as obras da Avenida Abido Saadi, que passará por reabilitação e reforma. As intervenções serão realizadas no trecho de 7,52 quilômetros entre a Curva da Baleia e a Praia de Capuba, em Jacaraípe, que faz parte da Rodovia ES-010.

A agenda oficial também incluiu a assinatura de um convênio entre o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb), e a Prefeitura da Serra para a construção de uma praça entre as Avenidas Anápolis, Avenida Região Sul e Ponta Porã, no bairro Barcelona, e no Loteamento Pôr do Sol, em João Valim. A obra contará com investimento total de R$ 4,5 milhões.

“Aproximadamente 31 mil moradores dos dois bairros serão beneficiados com a implantação da nova praça pública, contribuindo para o surgimento de áreas de convivência, sociabilidade e prática de atividades esportivas e de lazer, além de auxiliar na melhoria da qualidade de vida dos moradores do bairro”, destacou o secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano”, Marcus Vicente.

A obra de implantação da praça conta com 52 postes de iluminação urbana, 23 postes de aço cônico, 69 luminárias de led 150 W, 62 spots balizadores de led de chão 12 W, 1.749,00 metros de meio fio, bicicletário com 40 vagas, 885 metros de passeio pavimentado em blocos coloridos, 73,88 metros de deck de madeira ecológica, 1.093,21 metros de pavimentação em blocos de concretos, 1.654,64 metros de piso de cimentado camurçado, 825,69 metros de plantio de gramas e 51,00 unidades de plantio de arvores.

“O Governo do Estado está realizando diversos investimentos em infraestrutura no município da Serra. Obras de drenagem e pavimentação de diversas ruas e a recuperação da ciclovia e urbanização da Avenida Talma Rodrigues Ribeiro, no bairro Vila Nova de Colares, são obras em execução que serão entregues aos moradores, totalizando mais de R$ 11 milhões em investimentos. Estamos trabalhando em conjunto com os municípios para buscar a equidade no crescimento e desenvolvimento de cada um, levando mais segurança, mobilidade, qualidade de vida e lazer aos moradores”, completou Marcus Vicente.

Estiveram presentes nas agendas, os secretários de Estado Vitor de Angelo (Educação), Junior Abreu (Esporte e Lazer) e Coronel Aguiar (Casa Militar); o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Douglas Caus; os diretores-presidentes de autarquias Givaldo Vieira (Detran|ES), Madalena Santana Gomes (Imprensa Oficial do Espírito Santo); os deputados estaduais, Alexandre Xambinho, Bruno Lamas e Vandinho Leite; além de vereadores, secretários municipais e lideranças comunitárias da cidade.

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Política e Governo

Helder Salomão se prepara para ser candidato a governador pelo PT

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Tratando possível candidatura ao Governo do Estado como “plano A” do PT, deputado afirma estar pronto para entrar na corrida se for convocado por Lula, mas avisa: se isso se confirmar, ele não será candidato só para fortalecer o palanque do presidente no ES. “Só serei se for pra valer”

Hoje exercendo seu terceiro mandato seguido na Câmara, o deputado federal Helder Salomão (PT) costumava participar de corridas de rua quando era mais jovem – muito antes de essa atividade virar a febre coletiva que virou. Agora, por saúde e bem-estar, pretende retomar o antigo hobby: está treinando para fazer sete quilômetros na Corrida da Penha, em abril. Enquanto isso, o ex-prefeito de Cariacica se prepara seriamente para entrar em outra corrida: a eleitoral, com destino ao Palácio Anchieta em 2026.

Tratando sua possível candidatura ao Governo do Estado como “plano A” do PT, o deputado afirma estar pronto para entrar na corrida se for convocado por Lula. “Sou candidato à reeleição na Câmara, mas, se o presidente Lula me convocar, eu entro em campo e disputo o Governo do Estado. Se eu tiver o apoio do presidente Lula, serei candidato ao governo.”

Helder avisa, porém: se isso se confirmar, ele não será candidato só para fortalecer o palanque do presidente no Espírito Santo. “Se fosse só para isso, eu já poderia declarar que, haja o que houver, serei candidato a governador. A candidatura do presidente Lula é uma prioridade, mas minha eventual candidatura a governador não pode ser só para isso. Tem que ser uma candidatura para valer.”

Falando em corrida, Helder não disfarça seu incômodo com o tiro de partida antecipado da eleição para o Governo do Estado e, sem citar nomes, diz que muita gente está queimando a largada. Ele mesmo preferia não tratar do tema agora, mas se viu impelido a fazê-lo em virtude dessa antecipação. “Pescadores de águas turvas estão jogando as iscas. Muitos morderam e foram fisgados pela precipitação”, critica o atleta amador.

“Não estamos numa corrida de 100 metros e sim numa maratona. […] O que fazem os atletas mais preparados? Eles não saem correndo na frente, gastando todas as energias no início do trajeto. Eu acho que tem muita gente já com a língua de fora ou que daqui a pouco vai ficar assim.”

Leia abaixo a entrevista completa do possível candidato do PT à sucessão de Renato Casagrande (PSB):

O senhor é pré-candidato ao Governo do Estado?

Gostaria de dizer algumas coisas antes. Está muito cedo para discutir 2026. Houve uma antecipação exagerada do processo eleitoral, mais no Espírito Santo que no resto do Brasil. Pescadores de águas turvas estão jogando as iscas. Muitos morderam e foram fisgados pela precipitação. Equivocadamente, o processo eleitoral foi precipitado.

A quem o senhor se refere especificamente?

Não é uma pessoa. Foram vários movimentos de várias lideranças. Estamos a praticamente dois anos do processo eleitoral. E já estamos discutindo a eleição de uma maneira frenética. Acho que está muito cedo para esse nível de discussão. E quem começa a corrida muito cedo pode não ter fôlego para chegar no final. Não estamos numa corrida de 100 metros e sim numa maratona. Posso falar porque sempre participei de corridas de rua e estou voltando agora, na Corrida da Penha. O que fazem os atletas mais preparados? Eles não saem correndo na frente, gastando todas as energias no início do trajeto. Eu acho que tem muita gente já com a língua de fora ou que daqui a pouco vai ficar assim, no início do trajeto. Dois anos de exposição é muito tempo. Quem aguenta isso de maneira tão antecipada? Isso não é bom, porque estamos discutindo nomes, em vez de discutir o Espírito Santo e o futuro do Estado. Isso me incomoda.

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Não discordo do senhor. O processo foi mesmo deflagrado com uma precocidade impressionante, uma antecipação anormal. Mas, visto que essa antecipação é um fato, insisto na pergunta: o senhor pretende se candidatar ao Governo do Estado?

A partir de março, nós vamos andar todas as regiões do Estado para prestar contas do mandato e discutir o presente e o futuro do Espírito Santo. Vamos falar de todas as ações do governo Lula no Estado, como o Minha Casa Minha Vida, a Farmácia Popular, o Pé de Meia, o curso de Medicina da Ufes no campus de São Mateus, que em breve será anunciado. Nesse processo, vamos conversar com as forças democráticas, progressistas e com os movimentos sociais. O que posso te dizer, para responder a sua pergunta diretamente, é o seguinte: sou candidato à reeleição na Câmara, mas, se o presidente Lula me convocar, eu entro em campo e disputo o Governo do Estado. Se eu tiver o apoio do presidente Lula, serei candidato ao governo.

Só não serei candidato à reeleição caso o presidente Lula me convoque. Para as eleições gerais de 2026, a engenharia política precisará ser muito ampla. Precisaremos considerar as articulações em vários estados. Temos a estratégia de apostar muito na eleição de senadores. Então a candidatura do Contarato está consagrada, com o nome referendado por todos nós. Quanto a mim, a todos que me perguntarem, direi que sou candidato à reeleição. Mas, se o presidente Lula quiser e precisar de um candidato competitivo num palanque forte no Espírito Santo, estarei à disposição.

Então, basicamente, sua eventual candidatura a governador só depende de uma “convocação” por parte do presidente Lula?

E da direção do partido. Porque só tem sentido eu disputar uma eleição para o governo se for para valer. Como sei que a engenharia eleitoral não é fácil, eu preciso ter muita cautela. Poderei ser candidato se houver, no Espírito Santo, a construção de um palanque com uma candidatura competitiva. Com o apoio de forças sociais e partidárias no Estado, da direção nacional do PT e do presidente Lula, passamos a ter essa candidatura competitiva.

O senhor considera importante que o PT, no Espírito Santo, tenha um palanque próprio na disputa pelo Governo do Estado a fim de fortalecer o palanque da candidatura de Lula à Presidência?

Considero importante. Mas, como te disse, está muito longe e vamos dialogar com a nacional, com o presidente Lula e com as forças políticas no Espírito Santo, sem preconceito e sem arrogância. Não pode ser um projeto kamikaze, a todo custo. É claro que o PT no Estado tem sua autonomia, mas nossa prioridade número um é a reeleição de Lula. O que fizermos no Estado tem que contribuir para o nosso projeto nacional.

Só o palanque de Contarato na disputa a senador bastaria para cumprir essa finalidade de fortalecimento do palanque de Lula, ou o senhor entende que é necessário também um candidato petista ao governo?

Considero que sim. Mas, como te disse, não existe nenhuma possibilidade de uma candidatura minha a qualquer custo. Isso só será efetivamente considerado se for para valer, com o aval da nacional e do presidente Lula, para que seja efetivamente uma candidatura competitiva e não apenas para cumprir tabela e fortalecer o palanque de Lula à presidência no Espírito Santo. Se fosse só para isso, eu já poderia declarar que, haja o que houver, serei candidato a governador. A candidatura do presidente Lula é uma prioridade, mas minha eventual candidatura a governador não pode ser só para isso. Tem que ser uma candidatura para valer.

E o que o Lula deseja quanto a isso?

Ainda é cedo para dizer. Mas uma declaração pública do presidente Lula faz toda a diferença. No Espírito Santo, o Lula deve ter pelo menos 40% dos votos no primeiro turno. É claro que não é automático que o candidato a governador do PT receba todos esses votos. Sabemos que não funciona assim. Temos humildade para reconhecer as dificuldades de uma candidatura a governador. Mas também é preciso considerar que, ao longo do tempo e das eleições, mostramos que meu nome tem capilaridade política, tanto que fui o candidato mais votado a deputado federal no Espírito Santo em 2022. É importante dizer que, se isso se concretizar, não será uma campanha só para cumprir o papel de fortalecer o palanque do Lula no Estado, o que já seria muito importante. Se isso se tornar realidade, vamos disputar para valer.

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Se o senhor por algum motivo acabar não sendo candidato ao governo, vai defender a candidatura ao mesmo cargo de algum companheiro ou companheira?

Muito cedo. Não começamos esse debate no partido. O PT tem disciplina. Faremos isso nas instituições partidárias. Não devo adiantar um posicionamento sobre isso, até porque esse é o plano B. Vamos trabalhar com o plano A, que é a nossa candidatura.

Em 2018, o PT concorreu ao Palácio Anchieta com Jack Rocha e não apoiou a candidatura de Renato Casagrande. Já em 2022, o PT apoiou a reeleição do governador Renato Casagrande, na aliança com o PSB, e atualmente faz parte do governo dele, comandando a Secretaria de Esportes e espaços no segundo escalão. O senhor entende que, estrategicamente, o PT-ES deve priorizar a manutenção da aliança com Casagrande, ou não necessariamente? Isso vai depender de quê?

Vai depender dos entendimentos nacionais. Como eu disse, não podemos criar dificuldades nos estados. O partido nos estados não pode ser mera sucursal da direção nacional. Mas temos que ponderar e refletir muito. O PSB está na vice-presidência e é um parceiro importante. Isso não significa que estaremos necessariamente juntos… a não ser que o governador declare apoio à nossa candidatura. Nacionalmente, acredito que vai haver uma reedição da aliança com o PSB.

Com o MDB também?

Sim, acredito que sim. Mas é importante ponderar que o PT e o PSB não estarão juntos em todos os estados. Mesmo tendo a aliança nacional, essa aliança não necessariamente se reproduzirá em todos os estados. Embora tenhamos apoiado Renato Casagrande em 2022, isso não significa que automaticamente estaremos juntos em 2026. Poderemos não estar juntos.

Se sua candidatura a governador não se consolidar, o PT pode apoiar Ricardo Ferraço para governador? Ele é o presidente estadual do MDB e, hoje, é o pré-candidato de Casagrande… 

Não quero personalizar essa minha fala. Nosso plano A é priorizar a reeleição de Lula e trabalhar para ter uma candidatura competitiva ao Governo do Estado. Se isso se consolidar, teremos um cenário desenhado e um candidato para valer. Agora, a política é dinâmica. Se for necessária uma discussão mais ampla com outras forças políticas da base aliada do presidente Lula, faremos isso em sintonia com a direção nacional e com o próprio Governo Federal. Não vamos nos negar a conversar com ninguém. Mas não vamos levantar a possibilidade de apoiar nenhum nome que não seja a estratégia de construir uma candidatura nossa. Estamos otimistas com essa possibilidade.

Em julho, o PT realizará o Processo de Eleição Direta (PED) para a escolha da nova direção nacional. O PED vai se replicar nos estados. Em 2019, no congresso estadual do PT, o senhor perdeu por apenas dois votos a presidência estadual para Jack Rocha, agora sua colega de bancada. Foi a última edição do PED. Dessa vez, o senhor pretende tentar de novo?

A princípio, não sou candidato a presidente estadual do PT. Pessoalmente, acho que não serei. Embora meu nome atualmente seja lembrado o tempo inteiro, não o estou colocando para disputar. Vamos ouvir todas as forças do partido na Grande Vitória e no interior e vamos buscar ter um nome de consenso. Deverá haver mais de um nome na disputa, mas estamos tentando diminuir ao máximo a possibilidade de uma disputa mais acirrada.

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Política e Governo

Irmão de Gilson Daniel troca governo Casagrande por Pazolini

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Não é só uma questão de incremento salarial. No tabuleiro de xadrez político jogado no ES, Casagrande e Pazolini estão em lados opostos. Gilson preside o Podemos e está no governo Casagrande… mas se aproxima do outro lado

Uma troca inesperada chamou a atenção na tarde da última sexta-feira (14), não tanto pelo servidor em si, mas pelo seu parentesco com um deputado federal e pelo pano de fundo da “transação política”.

Marcelo Henrique Batista é irmão do deputado federal Gilson Daniel (nome completo: Gilson Daniel Batista). O deputado é o presidente do Podemos no Espírito Santo. O Podemos apoia e integra o governo de Renato Casagrande (PSB).

Até quinta-feira (13), Marcelo Henrique ocupava o cargo em comissão de assessor especial nível I na Casa Civil do Governo do Estado, com salário de R$ 5.184,65. Comandada por Júnior Abreu (PDT), a Casa Civil é responsável pela articulação política do governo Casagrande. Assinada por Júnior Abreu, a exoneração foi feita a pedido e publicada no Diário Oficial do Estado na quinta-feira.

Nesta sexta-feira, veio o surpreendente complemento: o irmão de Gilson Daniel foi nomeado pelo prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), para exercer o cargo comissionado de assessor adjunto na Secretaria Municipal de Esportes e Lazer. O decreto foi firmado pelo próprio Pazolini e publicado no Diário Oficial do Município. Para exercer o novo cargo comissionado na Prefeitura de Vitória, Marcelo Henrique receberá o vencimento total de R$ 8.079,21 por mês.

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Mas não é só uma questão de incremento salarial. O pano de fundo da troca é político e eleitoral. No tabuleiro de xadrez jogado no Espírito Santo, Casagrande e Pazolini estão em lados opostos, tendo em vista, inclusive, as próximas eleições estaduais. Casagrande terá um candidato seu à sucessão no Palácio Anchieta. Hoje, a principal aposta de seu grupo é o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB). Já o grupo de Pazolini, concentrado no Republicanos, prepara a pré-candidatura do prefeito a governador.

Onde entra Gilson Daniel nesse contexto? Aí é que está.

Como registrado acima, o Podemos segue apoiando o governo Casagrande. Foi o que o próprio Gilson Daniel frisou em entrevista a este espaço, no início de fevereiro. Na mesma entrevista, porém, ele não firmou o compromisso de manter o Podemos no movimento eleitoral liderado por Casagrande em 2026.

Desde as últimas eleições municipais, o presidente estadual do Podemos tem mantido conversas políticas com Pazolini e, principalmente, com o presidente estadual do Republicanos, Erick Musso, articulador político do prefeito e, desde janeiro, secretário de Governo de Vitória.

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A nomeação do irmão de Gilson Daniel no cargo de livre provimento na Secretaria Municipal de Esportes é fruto dessa aproximação política entre Gilson (leia-se o Podemos) e o grupo de Pazolini e Erick – adversários de Casagrande.

Marcelo Henrique Batista (à direita) é irmão de Gilson Daniel

Analisada por esse ângulo, a migração do irmão do deputado do governo Casagrande no Estado para a administração de Pazolini em Vitória é sintomática.

Como ele mesmo já declarou à coluna, Erick Musso trabalha para construir uma frente eleitoral de direita no Espírito Santo que reúna, no mínimo, Republicanos, PL e PSD. Mas também busca atrair, para essa frente, partidos de centro-direita hoje posicionados no governo Casagrande: o PP, o União Brasil e o Podemos.

Evidentemente, convencer o Podemos a “mudar de lado” exigirá uma construção muito maior.

Mas dar uma mão ao irmão ajuda.

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