Investimento e valorização dos graduandos e pós-graduandos capixabas. O Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), reajustou os valores oferecidos nas bolsas de incentivo à formação científica do Estado. Com o reajuste, as bolsas passaram a ter o 2º maior valor do Brasil, ultrapassando os valores oferecidos pelo Governo Federal, via Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e se equiparando ao que é oferecido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (FAPERJ).
Cerca de 2 mil estudantes de iniciação científica júnior, iniciação científica tecnológica, mestrado, doutorado e pós-doutorado serão impactados de forma direta com o reajuste. O valor das bolsas da Fapes só fica atrás do que é oferecido pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (FAPESP) e, além do Espírito Santo ter o 2º maior valor de bolsas do Brasil, o Estado também é o 1º no ranking nacional de porcentagem de investimentos em ciência e tecnologia (renda per capita).
Segundo o diretor geral da Fapes, Rodrigo Varejão, as bolsas de pesquisa no Brasil sofreram uma desvalorização nos últimos anos e a Fapes tem buscado recompor esses valores. “Este ano nós conseguimos trazer os valores da Fundação para o valor de referência que foi estabelecido pelo próprio Confap e, com isso, nós conseguimos fazer com que as bolsas da Fapes de pesquisa sejam a 2ª mais valorizada do Brasil, muito à frente dos valores praticados pelas agências federais. A equipe da Fundação tem trabalhado com cuidado para que esse reajuste não afete as ações finalísticas da Fapes e nós conseguimos este ano, a partir do mês de agosto praticar esses novos valores. Dessa forma nós valorizamos quem de fato faz acontecer a ciência e a tecnologia no Espírito Santo”, disse.
O reajuste representa investimento de mais de R$ 3 milhões para o ano de 2024 e de R$ 20 milhões para os próximos seis anos. O investimento é proveniente do Fundo Estadual de Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Funcitec), que utiliza recursos financeiros vinculados à receita do Estado e é destinado exclusivamente a ações de fomento à ciência e à tecnologia.
“O reajuste das bolsas reflete o compromisso do Governo do Estado com a valorização da ciência, tecnologia e inovação no Espírito Santo. Serão cerca de 2 mil bolsistas beneficiados, elevando os valores das bolsas para patamares superiores aos das principais agências federais, como o CNPq e a Capes. Este investimento coloca a Fapes entre as principais fundações de amparo à pesquisa do Brasil, ficando atrás apenas da Fapesp, em São Paulo. Continuaremos a trabalhar para garantir que o Espírito Santo se mantenha na vanguarda da pesquisa e desenvolvimento, promovendo um ambiente de inovação que impulsione o progresso e a sustentabilidade para todos os capixabas”, afirmou o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional, Bruno Lamas.
Qual o impacto do aumento na vida de quem recebe as bolsas?
A estudante do curso de Política Social na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Josefina José da Silva, é intercambista de Guiné-Bissau, na África, e bolsista de Doutorado da Fapes. Para ela, a bolsa tem sido muito importante, a auxiliando em todos os sentidos, desde a pesquisa na compra dos materiais e até na vida no geral. O valor recebido pela bolsa é a única renda da doutoranda.
“Sem dúvidas, a bolsa me dá credibilidade para aumentar mais o alcance das minhas pesquisas e trazer um bom projeto para a academia, além disso, sem essa bolsa não teria como me manter na Ufes e na cidade de Vitória. A bolsa me ajuda em todas as áreas da minha vida, no aluguel, nas refeições na Universidade, no transporte etc. Saí do meu país, pois lá não tem muitas oportunidades”, pontuou a estudante de doutorado Josefina José da Silva.
Outra estudante que será impactada com o aumento no valor das bolsas é a Rosana Gomes de Oliveira, que cursa Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento da Ufes – curso de Ciência Agrárias – com bolsa da Fapes pelo Programa de Capacitação de Recursos Humanos na Pós-Graduação (Procap).
“O tema do meu trabalho no Doutorado é a diversidade genética de Coffea canephora. O café é uma cultura extremamente relevante para o mundo, principalmente aqui no Estado que se destaca como maior produtor de café conilon. E para o desenvolvimento da pesquisa as bolsas da Fapes são fundamentais, pois garante sustentabilidade financeira e permite que eu me dedique exclusivamente ao meu estudo. Esse reajuste no valor da bolsa é uma excelente notícia!”
Veja na tabela abaixo os valores reajustados pela Fapes:
VALOR DAS BOLSAS
Modalidade das bolsas
Fapes
(sem reajuste)
Fapes
(com reajuste)
CNPq/Capes
ICT
R$ 700,00
R$ 800,00
R$ 700,00
ICJr.
R$ 300,00
R$ 400,00
R$ 300,00
ME
R$ 2.300,00
R$ 2.900,00
R$ 2.100,00
DO
R$ 3.300,00
R$ 4.050,00
R$ 3.100,00
POSDOC
R$ 5.500,00
R$ 6.500,00
R$ 5.200,00
Legenda das siglas das modalidades das bolsas:
ICT: Iniciação Científica e Tecnológica
ICJr.: Iniciação Científica Jr.
ME: Mestrado
DO: Doutorado
POSDOC: Pós-doutorado
Serviço:
Governo do Estado anuncia novo reajuste nas bolsas para pós-graduação oferecidas pela Fapes
Clique aqui e confira a Resolução 341/2024 que explica o reajuste
Clique aqui e confira a tabela com todas as bolsas
Cotado para ser o herdeiro político da família, filho do ex-prefeito da Serra coloca o nome pra jogo rumo às eleições de 2026
O oftalmologista Serginho Vidigal (PDT) – filho do ex-prefeito da Serra e secretário estadual de Desenvolvimento, Sergio Vidigal (PDT), e da ex-deputada Sueli Vidigal (PDT) – colocou o nome pra jogo na disputa por uma vaga à Câmara dos Deputados, no ano que vem.
“Acho que a Serra tem um papel fundamental no desenvolvimento do nosso Estado e precisa ter representatividade na Câmara Federal também. Meu nome está à disposição para debater essa missão”, disse o filho caçula de Vidigal.
Serginho, como é mais conhecido, tem 37 anos e nunca disputou cargo público. Aliás, até o ano passado, pouco era visto no cenário político. Postura essa que mudou durante a pré-campanha de Weverson Meireles (PDT) a prefeito da Serra.
Ao contrário do irmão, Eduardo Vidigal, que chegou a deixar a presidência do PDT por não concordar com a candidatura de Weverson, Serginho apoiou o agora prefeito desde o início, participando do lançamento do nome, da campanha, da festa da vitória e até de eventos oficiais do novo governo.
A proximidade é tanta que Serginho chegou até a ter o nome ventilado como possível secretário da gestão de Weverson, o que não se confirmou até o momento.
Contudo, o que parece se confirmar agora é que tamanha visibilidade pode ter um propósito: tornar Serginho o herdeiro político da família Vidigal.
Prefeito Weverson Meireles e Serginho Vidigal (foto: Instagram)
Dificuldade na montagem da chapa
O desafio que será para o PDT montar chapa de federal, caso não vingue o projeto de se federar com o PSB. Os dois partidos negociam e devem chegar a uma conclusão até julho.
Dois puxadores de votos do partido em 2022 – Sueli Vidigal e Philipe Lemos, que juntos tiveram 103.511 votos, mas não conseguiram vaga – não devem disputar no ano que vem, o que aumenta a pressão em cima do dirigente partidário para a busca de nomes competitivos para a chapa.
Tanto que já é cogitado no mercado político que, em último caso, o ex-prefeito Vidigal vá para o “sacrifício”, num esforço de evitar que o partido repita o desempenho ruim que teve em 2022, quando não conseguiu eleger um único deputado.
Hoje, o nome de Vidigal é cotado para a disputa majoritária: seja à sucessão do governador Renato Casagrande (PSB), a compor como vice numa chapa ou, ainda, ser o segundo nome do grupo na vaga de Senado.
“Nós queremos e precisamos estar na mesa de diálogo da majoritária, queremos estar no processo. É o desejo de todo partido. Para isso, precisamos fazer o dever de casa e estar estruturado em todo o Estado”, disse o presidente estadual do PDT, Alessandro Comper.
Transferência de votos é dada como certa, mas…
O próprio Comper, em entrevista à coluna, chegou a citar o nome de Serginho como uma alternativa na chapa de federal. “Quem está começando a fazer um movimento é o Serginho, como soldado do partido. Existe uma possibilidade dele disputar a Câmara Federal? Sim, ou o que for mais viável”.
Com o nome do filho na disputa a federal, Vidigal poderá ficar mais tranquilo para se articular na disputa majoritária, até porque a transferência de votos de pai para filho é dada como certa.
O “case Weverson” mostrou isso. Quando teve sua pré-candidatura lançada, Weverson pontuava 1% nas pesquisas de intenção de votos. O eleitor serrano desconhecia quem era o jovem candidato a prefeito e Vidigal precisou gastar muita sola de sapato para apresentar e pedir voto para seu sucessor.
O esforço, porém, não foi em vão. Weverson passou para o 2º turno do pleito em primeiro lugar e depois venceu a eleição para prefeito da Serra contra o deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos).
O que pode implicar é que se Vidigal, no ano que vem, pedir voto apenas para o filho, pode arranjar problema com o restante da chapa – de quem também dependerá se estiver na disputa majoritária.
O PDT vai precisar equilibrar as relações familiares e partidárias para que a situação do partido, que já é difícil, não se agrave por ciúme ou por denúncia de concorrência desleal.
Segundo o presidente da Assembleia Legislativa, serão abertas 35 vagas, sendo 20 para cargos de nível superior
Ainda neste mês de maio o edital do concurso público da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) deverá ser divulgado, conforme anunciou o presidente Marcelo Santos (União). O processo seletivo abrirá 35 vagas, sendo 20 para cargos de nível superior.
Haverá oferta de 15 vagas para Consultor Legislativo, com remuneração inicial de R$ 9.360,43. Cabe aos consultores exercerem atividades como a elaboração de pareceres para as mais diversas áreas do Parlamento e todo o suporte técnico em várias áreas específicas e necessárias ao desenvolvimento do trabalho legislativo.
Também haverá oferta de cinco vagas para Analista Legislativo, cujo salário inicial é de R$ 4.621,48. Nesse cargo, os servidores são responsáveis pelo planejamento e execução de atividades na área administrativa e/ou legislativa, contribuindo para a realização das funções dos setores aos quais estão vinculados. Ambos os cargos (Consultor Legislativo e Analista Legislativo) são de nível superior.
Além disso, serão abertas 15 vagas para o cargo Agente da Polícia Legislativa, com salário inicial de R$ 3.142,65. Esses servidores cuidam da segurança da sede da Ales, incluindo a recepção e a entrada e saída da população no Palácio Domingos Martins. Todos os valores citados são referentes a maio de 2025.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Santos (União), avalia que o concurso vai gerar um grande número de candidatos, por conta da remuneração e benefícios pagos pelo parlamento capixaba. “A Assembleia é um Poder que paga relativamente bem. Além do salário, também tem os benefícios”, afirmou o parlamentar.
Benefícios
Os novos contratados terão direito a benefícios como auxílio-alimentação (R$ 1.949,45); auxílio-saúde (de R$ 312,12 até R$ 1.864,95, de acordo com a faixa etária dos servidores) e auxílio-creche (R$ 500,00 para cada filho de até 6 anos de idade, regularmente matriculado em creches ou pré-escolas). Também há possibilidade de progressão de carreira ao longo dos anos para os servidores, o que vai elevando a remuneração.
“Queremos que as pessoas se preparem, porque é um concurso que vai atrair muita gente e nós queremos um pessoal qualificado para auxiliar a Assembleia a promover ações importantes e entregar muito mais para a sociedade”, afirmou Marcelo Santos.
Sobre as datas, o presidente afirmou que tudo ocorrerá brevemente. “Nós estamos aguardando – para que a gente possa publicar o edital do concurso – as respostas das empresas que vão aplicar as provas”. O parlamentar também explicou que a intenção é descentralizar a aplicação das provas. “Nós não vamos fazer unicamente aqui na Grande Vitória. Nós teremos um polo no norte, outro no sul e na Grande Vitória”, garantiu Marcelo.
O último concurso realizado pela Assembleia Legislativa foi em 2011 e as nomeações dos aprovados ocorreram a partir de abril de 2012.