conecte-se conosco


Política e Governo

Governo do Estado dá início ao Seminário de Planejamento Estratégico 2021-2022

Publicado

O Seminário de Planejamento Estratégico do Governo do Espírito Santo foi aberto nesta segunda-feira (19), com a participação do governador do Estado, Renato Casagrande; da vice-governadora Jacqueline Moraes; secretários, subsecretários e dirigentes de órgãos do Estado. Durante quatro dias a equipe do Governo participará de reuniões para validação de indicadores, metas e dos projetos da carteira estratégica da Administração Estadual para o período 2021-2022.


O governador Renato Casagrande falou sobre a influência do Planejamento na vida do cidadão. “Sempre desejamos melhorar a vida das pessoas. Para isso acontecer, temos que enfrentar o momento que estamos vivendo e nos indignar com aquilo que ainda não fizemos. Não podemos aceitar que uma pessoa não tenha um serviço digno do Governo. O que importa é chegar ao fim dos quatro anos de gestão conseguindo melhorar a vida das pessoas.”

Casagrande lembrou ainda que desde o início da gestão, o objetivo é fazer com que o Estado seja mais competitivo, justo, inovador, sustentável e desenvolvido regionalmente.

“Um Estado respeitoso com as instituições, que dialoga e que seja responsável com os recursos públicos. Somos um Estado pequeno, mas que está se inserindo nacional e internacionalmente e deve gerar oportunidades aos capixabas. Em quatro anos temos que atingir os nossos grandes objetivos. Chegamos há quase um ano e meio de pandemia e nossa equipe produziu bastante. Para todos vocês, nossa palavra é de gratidão. Conseguimos manter produção, atitude e muito trabalho. Vamos pensar com clareza naquilo que podemos fazer e priorizar as ações que podemos entregar e também pensar em ações a longo prazo”, disse o governador.

A revisão do Planejamento Estratégico visa a ampliar as entregas para a sociedade capixaba, com foco no desenvolvimento socioeconômico e regional equilibrado do Estado. O seminário é realizado de forma virtual, em respeito às normas estabelecidas para o controle da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). “O trabalho envolve a revisão dos projetos e programas já em curso nas Secretarias e Órgãos, além da possível inclusão de novas ações que atendam aos interesses da sociedade, dentro da capacidade orçamentária do Governo do Estado”, explicou o secretário de Estado de Economia e Planejamento, Álvaro Duboc.

A vice-governadora do Estado, Jacqueline Moraes, por sua vez, ressaltou critérios do atual Governo capixaba, que, afirmou, é democrático e que, realmente, procura ouvir as dores da população, e que vem fazendo entregas importantes. “A justiça social consiste no compromisso do Estado em buscar mecanismos para compensar as desigualdades sociais. E é o que a gente tem buscado. Pois, não adianta ter recursos públicos somente, se eles não podem virar política pública de verdade e mudar a vida das pessoas”, pontuou.

Balanço positivo

Álvaro Duboc fez um balanço positivo da Administração Estadual, que trabalhando com o Programa de Gestão para Resultados Realiza+, contabiliza 1.811 entregas, com previsão de um total de R$ 12,5 bilhões em investimentos ao longo de toda a gestão. Ainda segundo o secretário, com ações planejadas e contas organizadas, o Governo do Espírito Santo vem enfrentando com competência desafios, especialmente os impostos pela pandemia da Covid-19.

Leia mais:  Governador participa de Audiência Pública do Orçamento 2024 e PPA 2024-2027

“Desde o início da gestão, estamos avançando, realizando investimentos estratégicos que beneficiam a nossa população e fazendo o Espírito Santo destacar-se nacionalmente. Este é o momento de revisarmos nosso planejamento para focarmos ainda mais nas realizações, intensificando o monitoramento para chegarmos a 2022 concluindo o que nos propusemos a realizar”, comentou Duboc.

O secretário de Economia e Planejamento citou ainda alguns indicadores que mostram a gestão estadual seguindo no rumo certo. Em relação às ações ligadas à pandemia, o Governo ampliou e reformou hospitais de sua rede própria e contratualizou leitos em unidades filantrópicas e privadas, fazendo com que nenhum cidadão ficasse sem atendimento por falta de leito disponível, mesmo no auge da pandemia. O Estado é o terceiro no ranking da imunização contra a Covid, já tendo 60% de sua população adulta vacinada com a primeira dose.

Ainda na área da Saúde, o Espírito Santo tem a menor taxa (7,8%), de mortalidade infantil e a segunda maior expectativa de vida ao nascer (79,1 anos), segundo dados do Painel de Indicadores Multissetorial do Governo do Estado. Na Educação, é também do Espírito Santo o maior Ideb do Ensino Médio, total (de todas as redes), com taxa de 4,8, e da Rede Estadual (4,6).

Na Segurança Pública, com o Programa Estado Presente em Defesa da Vida, o Espírito Santo registrou, em 2019, o menor número de homicídios numa série histórica de 30 anos no Estado, com 24 mortes por 100 mil habitantes. Nessa área, o Governo desenvolve um trabalho com visão transversal, estruturado em dois eixos: controle da criminalidade e prevenção da violência.

Com nota A em sua capacidade de pagamento, desde 2012, o Governo pode captar recursos de financiamento e ampliar sua capacidade de investimento, realizando projetos, por exemplo, como o Programa de Gestão Integrada das Águas e da Paisagem, maior investimento da história do Estado na área ambiental, com projetos de saneamento e proteção ao meio ambiente.

Alinhamento

Com coordenação da equipe da Subsecretaria de Planejamento e Projetos da SEP, entre os trabalhos a serem realizados durante o seminário iniciado nesta segunda-feira, a alta gestão revisará e validará as entregas prioritárias com o alinhamento das áreas estratégicas.

“Vamos nos debruçar sobre projetos, indicadores e metas, de acordo com a realidade econômica, política e social que o Estado e o país atravessam. Novos projetos também podem ser inseridos, mas desde que tenham algum andamento, possibilidade de serem entregues”, informou a subsecretária de Estado de Planejamento e Projetos, Joseane Zoghbi, ao ressaltar que o foco é em resultados diretos para a sociedade, que efetivamente impactem positivamente a população.

Leia mais:  Governo do Estado autoriza obras de infraestrutura na Rodovia ES-481, em Guarapari

Nesta terça-feira (20), das 9h às 11h30, será realizada reunião para a validação de indicadores e metas do Governo. Já na quarta-feira (21) e na quinta-feira (22), divididos por suas respectivas áreas estratégicas, os gestores farão a validação dos projetos da carteira estratégica. O resultado das entregas será apresentado no dia 27 deste mês.

Durante o evento desta segunda-feira, o secretário também citou algumas das principais entregas já realizadas e previstas, nas nove áreas estratégicas do Governo, que são: Segurança em Defesa da Vida, Educação para o Futuro, Saúde Integral, Gestão Pública Inovadora, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Desenvolvimento Econômico, Agricultura e Meio Ambiente, Infraestrutura para Crescer, Cultura, Turismo, Esporte e Lazer.

Palestras

Na abertura do Seminário de Planejamento Estratégico 2021-2022, os gestores também assistiram a palestras do diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), Daniel Cerqueira, que fez uma análise de conjuntura econômica, social e política, e do economista carioca Eduardo Moreira, que abordou o tema “Crescer, proteger e distribuir”.

Cerqueira falou sobre oportunidades e riscos para a economia nacional, com base numa análise do cenário econômico mundial, e abordou expectativas para o desempenho capixaba futuro, no que tange aos aspectos econômicos e sociais, incluindo uma perspectiva de longo prazo associada à mudança do regime demográfico. Apontou ainda desafios e oportunidades “no caminho de uma sociedade mais moderna, inovadora e com justiça social”.

O avanço da pobreza e da extrema pobreza, em decorrência da pandemia, e o processo de transição demográfica pelo qual passam o Brasil e o Espírito Santo – “com a população caminhando a passos largos para o envelhecimento” – são alguns dos desafios apontados pelo presidente do IJSN, que falou também sobre a importância do planejamento e da intersetorialidade na gestão do Estado.

Em sua palestra, o engenheiro e economista Eduardo Moreira, que antes de viver e aprender com quilombolas, indígenas, sem-terra, se tornar palestrante e ser autor de 10 livros, trabalhou por 20 anos no mercado financeiro, destacou o quanto o mundo tem ficado cada vez mais desigual e falou sobre a forma pela qual, mesmo no sistema capitalista vigente, o Estado pode contribuir para favorecer o crescimento econômico e proteger quem mais necessita.

“O Estado tem que ser justo, vendo seu gasto como condição de alocação de riqueza, beneficiando a população. Se a gente pode construir uma estrada contratando as pessoas da comunidade por onde essa estrada vai passar, o dinheiro vai ficar ali, fortalecendo o comércio local. É a construção de uma dinâmica econômica que se autoalimenta, gerando um celeiro de produção de riquezas”, argumentou Moreira.

Para ele, o ambiente ideal de competição não é aquele sem o Estado, e sim, aquele em que o Estado garante que os pequenos tenham condições de acesso a máquinas, insumos, adquirindo, assim, condição para competir com médios e grandes. 

publicidade

Política e Governo

Helder Salomão se prepara para ser candidato a governador pelo PT

Publicado

Tratando possível candidatura ao Governo do Estado como “plano A” do PT, deputado afirma estar pronto para entrar na corrida se for convocado por Lula, mas avisa: se isso se confirmar, ele não será candidato só para fortalecer o palanque do presidente no ES. “Só serei se for pra valer”

Hoje exercendo seu terceiro mandato seguido na Câmara, o deputado federal Helder Salomão (PT) costumava participar de corridas de rua quando era mais jovem – muito antes de essa atividade virar a febre coletiva que virou. Agora, por saúde e bem-estar, pretende retomar o antigo hobby: está treinando para fazer sete quilômetros na Corrida da Penha, em abril. Enquanto isso, o ex-prefeito de Cariacica se prepara seriamente para entrar em outra corrida: a eleitoral, com destino ao Palácio Anchieta em 2026.

Tratando sua possível candidatura ao Governo do Estado como “plano A” do PT, o deputado afirma estar pronto para entrar na corrida se for convocado por Lula. “Sou candidato à reeleição na Câmara, mas, se o presidente Lula me convocar, eu entro em campo e disputo o Governo do Estado. Se eu tiver o apoio do presidente Lula, serei candidato ao governo.”

Helder avisa, porém: se isso se confirmar, ele não será candidato só para fortalecer o palanque do presidente no Espírito Santo. “Se fosse só para isso, eu já poderia declarar que, haja o que houver, serei candidato a governador. A candidatura do presidente Lula é uma prioridade, mas minha eventual candidatura a governador não pode ser só para isso. Tem que ser uma candidatura para valer.”

Falando em corrida, Helder não disfarça seu incômodo com o tiro de partida antecipado da eleição para o Governo do Estado e, sem citar nomes, diz que muita gente está queimando a largada. Ele mesmo preferia não tratar do tema agora, mas se viu impelido a fazê-lo em virtude dessa antecipação. “Pescadores de águas turvas estão jogando as iscas. Muitos morderam e foram fisgados pela precipitação”, critica o atleta amador.

“Não estamos numa corrida de 100 metros e sim numa maratona. […] O que fazem os atletas mais preparados? Eles não saem correndo na frente, gastando todas as energias no início do trajeto. Eu acho que tem muita gente já com a língua de fora ou que daqui a pouco vai ficar assim.”

Leia abaixo a entrevista completa do possível candidato do PT à sucessão de Renato Casagrande (PSB):

O senhor é pré-candidato ao Governo do Estado?

Gostaria de dizer algumas coisas antes. Está muito cedo para discutir 2026. Houve uma antecipação exagerada do processo eleitoral, mais no Espírito Santo que no resto do Brasil. Pescadores de águas turvas estão jogando as iscas. Muitos morderam e foram fisgados pela precipitação. Equivocadamente, o processo eleitoral foi precipitado.

A quem o senhor se refere especificamente?

Não é uma pessoa. Foram vários movimentos de várias lideranças. Estamos a praticamente dois anos do processo eleitoral. E já estamos discutindo a eleição de uma maneira frenética. Acho que está muito cedo para esse nível de discussão. E quem começa a corrida muito cedo pode não ter fôlego para chegar no final. Não estamos numa corrida de 100 metros e sim numa maratona. Posso falar porque sempre participei de corridas de rua e estou voltando agora, na Corrida da Penha. O que fazem os atletas mais preparados? Eles não saem correndo na frente, gastando todas as energias no início do trajeto. Eu acho que tem muita gente já com a língua de fora ou que daqui a pouco vai ficar assim, no início do trajeto. Dois anos de exposição é muito tempo. Quem aguenta isso de maneira tão antecipada? Isso não é bom, porque estamos discutindo nomes, em vez de discutir o Espírito Santo e o futuro do Estado. Isso me incomoda.

Leia mais:  Palácio Anchieta recebe aula inaugural do Nossa Bolsa e da Universidade Aberta Capixaba em 2024

Não discordo do senhor. O processo foi mesmo deflagrado com uma precocidade impressionante, uma antecipação anormal. Mas, visto que essa antecipação é um fato, insisto na pergunta: o senhor pretende se candidatar ao Governo do Estado?

A partir de março, nós vamos andar todas as regiões do Estado para prestar contas do mandato e discutir o presente e o futuro do Espírito Santo. Vamos falar de todas as ações do governo Lula no Estado, como o Minha Casa Minha Vida, a Farmácia Popular, o Pé de Meia, o curso de Medicina da Ufes no campus de São Mateus, que em breve será anunciado. Nesse processo, vamos conversar com as forças democráticas, progressistas e com os movimentos sociais. O que posso te dizer, para responder a sua pergunta diretamente, é o seguinte: sou candidato à reeleição na Câmara, mas, se o presidente Lula me convocar, eu entro em campo e disputo o Governo do Estado. Se eu tiver o apoio do presidente Lula, serei candidato ao governo.

Só não serei candidato à reeleição caso o presidente Lula me convoque. Para as eleições gerais de 2026, a engenharia política precisará ser muito ampla. Precisaremos considerar as articulações em vários estados. Temos a estratégia de apostar muito na eleição de senadores. Então a candidatura do Contarato está consagrada, com o nome referendado por todos nós. Quanto a mim, a todos que me perguntarem, direi que sou candidato à reeleição. Mas, se o presidente Lula quiser e precisar de um candidato competitivo num palanque forte no Espírito Santo, estarei à disposição.

Então, basicamente, sua eventual candidatura a governador só depende de uma “convocação” por parte do presidente Lula?

E da direção do partido. Porque só tem sentido eu disputar uma eleição para o governo se for para valer. Como sei que a engenharia eleitoral não é fácil, eu preciso ter muita cautela. Poderei ser candidato se houver, no Espírito Santo, a construção de um palanque com uma candidatura competitiva. Com o apoio de forças sociais e partidárias no Estado, da direção nacional do PT e do presidente Lula, passamos a ter essa candidatura competitiva.

O senhor considera importante que o PT, no Espírito Santo, tenha um palanque próprio na disputa pelo Governo do Estado a fim de fortalecer o palanque da candidatura de Lula à Presidência?

Considero importante. Mas, como te disse, está muito longe e vamos dialogar com a nacional, com o presidente Lula e com as forças políticas no Espírito Santo, sem preconceito e sem arrogância. Não pode ser um projeto kamikaze, a todo custo. É claro que o PT no Estado tem sua autonomia, mas nossa prioridade número um é a reeleição de Lula. O que fizermos no Estado tem que contribuir para o nosso projeto nacional.

Só o palanque de Contarato na disputa a senador bastaria para cumprir essa finalidade de fortalecimento do palanque de Lula, ou o senhor entende que é necessário também um candidato petista ao governo?

Considero que sim. Mas, como te disse, não existe nenhuma possibilidade de uma candidatura minha a qualquer custo. Isso só será efetivamente considerado se for para valer, com o aval da nacional e do presidente Lula, para que seja efetivamente uma candidatura competitiva e não apenas para cumprir tabela e fortalecer o palanque de Lula à presidência no Espírito Santo. Se fosse só para isso, eu já poderia declarar que, haja o que houver, serei candidato a governador. A candidatura do presidente Lula é uma prioridade, mas minha eventual candidatura a governador não pode ser só para isso. Tem que ser uma candidatura para valer.

E o que o Lula deseja quanto a isso?

Ainda é cedo para dizer. Mas uma declaração pública do presidente Lula faz toda a diferença. No Espírito Santo, o Lula deve ter pelo menos 40% dos votos no primeiro turno. É claro que não é automático que o candidato a governador do PT receba todos esses votos. Sabemos que não funciona assim. Temos humildade para reconhecer as dificuldades de uma candidatura a governador. Mas também é preciso considerar que, ao longo do tempo e das eleições, mostramos que meu nome tem capilaridade política, tanto que fui o candidato mais votado a deputado federal no Espírito Santo em 2022. É importante dizer que, se isso se concretizar, não será uma campanha só para cumprir o papel de fortalecer o palanque do Lula no Estado, o que já seria muito importante. Se isso se tornar realidade, vamos disputar para valer.

Leia mais:  Programa Cidade Empreendedora: todos os municípios do ES desenvolveram ambiente de negócios

Se o senhor por algum motivo acabar não sendo candidato ao governo, vai defender a candidatura ao mesmo cargo de algum companheiro ou companheira?

Muito cedo. Não começamos esse debate no partido. O PT tem disciplina. Faremos isso nas instituições partidárias. Não devo adiantar um posicionamento sobre isso, até porque esse é o plano B. Vamos trabalhar com o plano A, que é a nossa candidatura.

Em 2018, o PT concorreu ao Palácio Anchieta com Jack Rocha e não apoiou a candidatura de Renato Casagrande. Já em 2022, o PT apoiou a reeleição do governador Renato Casagrande, na aliança com o PSB, e atualmente faz parte do governo dele, comandando a Secretaria de Esportes e espaços no segundo escalão. O senhor entende que, estrategicamente, o PT-ES deve priorizar a manutenção da aliança com Casagrande, ou não necessariamente? Isso vai depender de quê?

Vai depender dos entendimentos nacionais. Como eu disse, não podemos criar dificuldades nos estados. O partido nos estados não pode ser mera sucursal da direção nacional. Mas temos que ponderar e refletir muito. O PSB está na vice-presidência e é um parceiro importante. Isso não significa que estaremos necessariamente juntos… a não ser que o governador declare apoio à nossa candidatura. Nacionalmente, acredito que vai haver uma reedição da aliança com o PSB.

Com o MDB também?

Sim, acredito que sim. Mas é importante ponderar que o PT e o PSB não estarão juntos em todos os estados. Mesmo tendo a aliança nacional, essa aliança não necessariamente se reproduzirá em todos os estados. Embora tenhamos apoiado Renato Casagrande em 2022, isso não significa que automaticamente estaremos juntos em 2026. Poderemos não estar juntos.

Se sua candidatura a governador não se consolidar, o PT pode apoiar Ricardo Ferraço para governador? Ele é o presidente estadual do MDB e, hoje, é o pré-candidato de Casagrande… 

Não quero personalizar essa minha fala. Nosso plano A é priorizar a reeleição de Lula e trabalhar para ter uma candidatura competitiva ao Governo do Estado. Se isso se consolidar, teremos um cenário desenhado e um candidato para valer. Agora, a política é dinâmica. Se for necessária uma discussão mais ampla com outras forças políticas da base aliada do presidente Lula, faremos isso em sintonia com a direção nacional e com o próprio Governo Federal. Não vamos nos negar a conversar com ninguém. Mas não vamos levantar a possibilidade de apoiar nenhum nome que não seja a estratégia de construir uma candidatura nossa. Estamos otimistas com essa possibilidade.

Em julho, o PT realizará o Processo de Eleição Direta (PED) para a escolha da nova direção nacional. O PED vai se replicar nos estados. Em 2019, no congresso estadual do PT, o senhor perdeu por apenas dois votos a presidência estadual para Jack Rocha, agora sua colega de bancada. Foi a última edição do PED. Dessa vez, o senhor pretende tentar de novo?

A princípio, não sou candidato a presidente estadual do PT. Pessoalmente, acho que não serei. Embora meu nome atualmente seja lembrado o tempo inteiro, não o estou colocando para disputar. Vamos ouvir todas as forças do partido na Grande Vitória e no interior e vamos buscar ter um nome de consenso. Deverá haver mais de um nome na disputa, mas estamos tentando diminuir ao máximo a possibilidade de uma disputa mais acirrada.

Continue lendo

Política e Governo

Irmão de Gilson Daniel troca governo Casagrande por Pazolini

Publicado

Não é só uma questão de incremento salarial. No tabuleiro de xadrez político jogado no ES, Casagrande e Pazolini estão em lados opostos. Gilson preside o Podemos e está no governo Casagrande… mas se aproxima do outro lado

Uma troca inesperada chamou a atenção na tarde da última sexta-feira (14), não tanto pelo servidor em si, mas pelo seu parentesco com um deputado federal e pelo pano de fundo da “transação política”.

Marcelo Henrique Batista é irmão do deputado federal Gilson Daniel (nome completo: Gilson Daniel Batista). O deputado é o presidente do Podemos no Espírito Santo. O Podemos apoia e integra o governo de Renato Casagrande (PSB).

Até quinta-feira (13), Marcelo Henrique ocupava o cargo em comissão de assessor especial nível I na Casa Civil do Governo do Estado, com salário de R$ 5.184,65. Comandada por Júnior Abreu (PDT), a Casa Civil é responsável pela articulação política do governo Casagrande. Assinada por Júnior Abreu, a exoneração foi feita a pedido e publicada no Diário Oficial do Estado na quinta-feira.

Nesta sexta-feira, veio o surpreendente complemento: o irmão de Gilson Daniel foi nomeado pelo prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), para exercer o cargo comissionado de assessor adjunto na Secretaria Municipal de Esportes e Lazer. O decreto foi firmado pelo próprio Pazolini e publicado no Diário Oficial do Município. Para exercer o novo cargo comissionado na Prefeitura de Vitória, Marcelo Henrique receberá o vencimento total de R$ 8.079,21 por mês.

Leia mais:  Palácio Anchieta recebe aula inaugural do Nossa Bolsa e da Universidade Aberta Capixaba em 2024

Mas não é só uma questão de incremento salarial. O pano de fundo da troca é político e eleitoral. No tabuleiro de xadrez jogado no Espírito Santo, Casagrande e Pazolini estão em lados opostos, tendo em vista, inclusive, as próximas eleições estaduais. Casagrande terá um candidato seu à sucessão no Palácio Anchieta. Hoje, a principal aposta de seu grupo é o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB). Já o grupo de Pazolini, concentrado no Republicanos, prepara a pré-candidatura do prefeito a governador.

Onde entra Gilson Daniel nesse contexto? Aí é que está.

Como registrado acima, o Podemos segue apoiando o governo Casagrande. Foi o que o próprio Gilson Daniel frisou em entrevista a este espaço, no início de fevereiro. Na mesma entrevista, porém, ele não firmou o compromisso de manter o Podemos no movimento eleitoral liderado por Casagrande em 2026.

Desde as últimas eleições municipais, o presidente estadual do Podemos tem mantido conversas políticas com Pazolini e, principalmente, com o presidente estadual do Republicanos, Erick Musso, articulador político do prefeito e, desde janeiro, secretário de Governo de Vitória.

Leia mais:  Governo do Estado inaugura pavimentação da Rodovia Castelo x Muniz Freire

A nomeação do irmão de Gilson Daniel no cargo de livre provimento na Secretaria Municipal de Esportes é fruto dessa aproximação política entre Gilson (leia-se o Podemos) e o grupo de Pazolini e Erick – adversários de Casagrande.

Marcelo Henrique Batista (à direita) é irmão de Gilson Daniel

Analisada por esse ângulo, a migração do irmão do deputado do governo Casagrande no Estado para a administração de Pazolini em Vitória é sintomática.

Como ele mesmo já declarou à coluna, Erick Musso trabalha para construir uma frente eleitoral de direita no Espírito Santo que reúna, no mínimo, Republicanos, PL e PSD. Mas também busca atrair, para essa frente, partidos de centro-direita hoje posicionados no governo Casagrande: o PP, o União Brasil e o Podemos.

Evidentemente, convencer o Podemos a “mudar de lado” exigirá uma construção muito maior.

Mas dar uma mão ao irmão ajuda.

Continue lendo

São Mateus

Política e Governo

Segurança

Camisa 10

Mais Lidas da Semana