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Medicina e Saúde

Gripe: saiba a hora certa de levar seu filho ao Pronto Socorro

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Em muitos casos só é necessário recorrer à emergência se a criança estiver com febre por mais de três dias. É importante reforçar a hidratação e realizar lavagem nasal

Está aberta a temporada de gripes, resfriados, bronquiolites e demais infecções respiratórias. É durante o outono – e também no inverno – que os hospitais costumam ter um fluxo maior de crianças com sintomas respiratórios nos prontos socorros. Em geral, a lista de reclamações inclui febre, dor de garganta, tosse e dificuldade para respirar. Mas afinal, como saber a hora certa de levar a criança para a emergência?

De acordo com a médica Daniella Pelegrini, pediatra do Vitória Apart Hospital, os pais devem ficar atentos ao estado geral da criança. Nem toda febre é motivo para buscar o Pronto Socorro, e os sintomas da maior parte das doenças respiratórias podem ser amenizados em casa com muita hidratação, repouso e lavagem nasal.

“A diminuição do apetite é normal. Por isso, é necessário fortalecer as crianças com bastante líquido, frutas, alimentação leve, evitar produtos industrializados. E repouso, que é a base inicial para tratar qualquer infecção. Primeiro tem que dar uma melhorada na imunidade, para depois o sistema imunológico reagir”, afirma.

Cuidado maior com os bebês

A atenção precisa ser maior especialmente com os bebês. Nos menos de três meses, a febre – e até a diminuição da quantidade de xixi na fralda -, são motivos mais do que suficientes para ir ao pronto socorro.

“Criança abaixo de três meses com qualquer febre, qualquer esforço respiratório, se parar de mamar ou diminuir a quantidade de xixi, os pais devem buscar o pronto socorro se não conseguir uma consulta rápida com pediatra. Nos maiores de três meses, a gente recorre à emergência se notar uma alteração no estado geral da criança, vômito, diarreia, cansaço ou febre por mais de três dias”, explica a pediatra.

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E as crianças maiores?

Para as crianças maiores a regra principal é observar o estado geral da criança. Se a criança ficar muito desanimada ou tiver febre por mais de três dias, vale ir ao Pronto Socorro mais próximo.

“Não é qualquer febre que você precisa levar ao Pronto Socorro. Em geral, a infecção viral vai ter febre de 3 a 5 dias. Se a criança fica com o estado geral caído durante a febre, mas a febre passa e a criança fica bem, os pais podem seguir acompanhando em casa. Podem ser febres altas, mas se a criança não fica tão abatida, não precisa ir ao Pronto Socorro. Já na infecção bacteriana, a febre pode não ser tão alta, mas a criança fica com o estado geral um pouco mais comprometido. A criança fica mais amuadinha. Se for bacteriana, a febre vai ser mais persistente, vai durar mais durar mais de três dias e vai provocar secreção no ouvido ou placas na garganta, por exemplo. Nesse caso, leve ao Pronto Socorro porque só o médico vai poder examinar e saber dizer qual é a origem do problema e como tratar”, esclarece.

Lavar o nariz

Em qualquer infecção respiratória, a lavagem nasal com soro fisiológico é uma importante aliada para ajudar a eliminar a secreção e fazer a criança respirar melhor. Mas esse procedimento precisa ser feito de forma adequada. Lavar o nariz de forma errada, pode provocar dor de ouvido.

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“Cada idade tem um instrumento mais adequado para lavar o nariz. Nas crianças menores usamos seringas e vamos aumentando a quantidade de soro de acordo com a idade. As maiores têm os frascos para lavar o nariz, que a gente utiliza uma grande quantidade de soro, em um alto fluxo e uma baixo pressão, para evitar as dores de ouvido.  Lavar o nariz sempre com a criança sentada ou em pé, nunca deitada. Lavar o nariz ajuda muito, mas tem que ser de forma correta para evitar complicações”, argumenta a pediatra do Vitória Apart.

Levo para a escola?

Essa é uma dúvida comum entre muitos pais. A médica afirma que para evitar a transmissão do vírus para outras crianças, vale suspender a ida do seu filho para a escola no início dos sintomas gripais. Mas nada de retardar a experiência escolar da criança apenas por medo das infecções respiratórias.

 “Ir para a escola faz parte da rotina das crianças e é importante porque esse contato com os vírus vai só fortalecendo a imunidade delas. Em raros casos, quando a gente tem várias crises de repetição, principalmente em crianças muito pequenas, às vezes a gente pede para suspender um pouco a ida para a escola. Mas esses casos devem ser avaliados com o pediatra”, defende.

A dica de ouro para tentar proteger as crianças é evitar aglomerações e manter as mãos dos pequenos sempre limpas. “A maioria dessas doenças são transmitidas por gotículas, que ficam no ambiente. Então, chegou em casa, lavou a mão. Entrou em qualquer ambiente, lavou a mão. Ou uso de álcool gel”, conclui.

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Vendidos por R$ 20, “dentes da Shopee” preocupam dentistas

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Kits de resinas comercializados online prometem um novo sorriso, mas Conselhos de Odontologia alertam para riscos à saúde bucal

Kits de resinas termoplásticas e “bolinhas fixadoras”, vendidos em plataformas de e-commerce, têm viralizado nas redes sociais. Em vídeos divulgados no “TikTok”, eles passaram a ser conhecidos como “dentes da Shopee”.

Em alguns vídeos, os criadores de conteúdo divulgam os produtos, vendidos entre R$ 20 e R$ 40. Nas publicações, é mostrado até mesmo o passo a passo de como “renovar o sorriso”.

O que são os “dentes da Shopee”?

Nos anúncios dos chamados “dentes da Shopee” são descritos como uma massa ou dentes termoplásticos, ou seja, que se molda conforme a temperatura.

Além disso, os itens têm a intenção de ser uma “solução temporária” para uma futura correção nos dentes.

Entre os principais produtos comercializados estão as “resinas” ou “massas de restauração”, os kits de lente dental, também anunciados como “snap on”, os clareadores dentais e as “joias de dentes”.

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Além disso, também há anúncios de toxina botulínica, utilizada para tratamentos de harmonização orofacial, a preços muito abaixo do praticado no mercado. 

“Itens colocam em risco a saúde da população”, diz CRO-ES

Procurado pela reportagem, o presidente do Conselho Regional de Odontologia do Espírito Santo (CRO-ES), Luzimar Gomes de Oliveira Pinheiro, explicou que os produtos colocam a saúde da população.

Isso ocorre, pois, com o intuito de resolver um problema provisório, podem gerar questões mais graves.

“Com o intuito de resolver um problema estético provisório, podem causar cáries, inflamações gengivais, disfunção na mordida, alergias e toxicidades em decorrência do material não aprovado pelos órgãos de saúde”, descreve o presidente do CRO-ES,

Órgãos vão combater a comercialização dos produtos

O Conselho Federal de Odontologia (CFO) informou que foi tomada a decisão de combater a comercialização desse tipo de mercadoria e enviar os ofícios às empresas de comércio eletrônico com a recomendação para os anúncios serem retirados do ar.

“Vamos recomendar às grandes empresas de e-commerce que tirem os anúncios do ar e que sejam parceiras do Conselho Federal de Odontologia na proteção da saúde dos brasileiros”, disse Claudio Miyake, presidente do CFO.

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Medicina e Saúde

Como a obesidade afeta a saúde dos olhos? Entenda

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Além de aumentar o risco de doenças cardiovasculares e diabetes, a obesidade também impacta diretamente a saúde ocular, contribuindo para o desenvolvimento de enfermidades

obesidade é um problema de saúde global que vai muito além do aumento do peso. No Brasil, os casos de obesidade crônica cresceram 67,8% nos últimos 13 anos, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, até 2025, 2,3 bilhões de adultos em todo o mundo estarão acima do peso, sendo 700 milhões com obesidade.

Além de aumentar o risco de doenças cardiovasculares e diabetes, a obesidade também impacta diretamente a saúde dos olhos, contribuindo para o desenvolvimento de enfermidades como a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e a Retinopatia Diabética, as quais estão entre as cinco principais causas da cegueira.

Obesidade afeta a saúde dos olhos: entenda os riscos

A obesidade, especialmente a abdominal, está associada a um aumento na produção de radicais livres, moléculas que danificam células saudáveis, proteínas e até o DNA.

Esse processo prejudica a capacidade do corpo de regenerar tecidos, incluindo os da retina, a parte do olho responsável pela visão.

Além disso, a obesidade está ligada a um estado crônico de inflamação sistêmica, que pode acelerar o envelhecimento celular e aumentar o risco de doenças oculares.

Entre as doenças que afetam os olhos relacionada à obesidade é a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI).

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Perda irreversível da visão central

Ela é uma das principais causas de perda irreversível da visão central em adultos acima de 50 anos, que afeta a mácula, a região central da retina responsável pela visão de detalhes.

Um estudo conduzido por Ng Yin Ling e sua equipe, demonstrou que a obesidade abdominal, medida pela relação cintura-quadril, está associada a um maior risco de desenvolver DMRI, especialmente em populações ocidentais.

A inflamação crônica e o estresse oxidativo causados pelo excesso de gordura corporal danificam as células da retina, aumentando o risco de degeneração macular seca, a forma mais comum da doença.

Já a Retinopatia diabética é uma complicação do diabetes, também está fortemente ligada à obesidade.

Uma revisão sistemática liderada por Fu S., Zhang L. e seus colegas revelou que a obesidade abdominal, medida pelo perímetro da cintura e pela relação cintura-quadril, está associada a um risco aumentado de retinopatia diabética tanto em pacientes com diabetes tipo 1 quanto tipo 2.

Tratamentos disponíveis e novas terapias

O tratamento de doenças oculares como a DMRI úmida e avançou significativamente. Entre as opções terapêuticas disponíveis estão:

  • Anti-VEGF (Fator de Crescimento Endotelial Vascular): injeções intravítreas de medicamentos anti-VEGF são o tratamento padrão para a DMRI úmida. Esses medicamentos bloqueiam o crescimento de vasos sanguíneos anormais e reduzem o vazamento de fluidos na retina, ajudando a preservar a visão. Estudos clínicos demonstram a eficácia de fármacos como ranibizumabe, aflibercepte e bevacizumabe.
  • Laser Fotocoagulação: o laser é usado principalmente em casos de retinopatia diabética para selar vasos sanguíneos que vazam ou para reduzir o crescimento de vasos anormais. Embora eficaz, o tratamento a laser pode causar pequenas cicatrizes na retina, o que pode afetar parcialmente a visão periférica.
  • Novas terapias em estudo: pesquisas recentes estão explorando tratamentos promissores, como injeções intravítreas de longa duração para reduzir a inflamação e o edema macular. Além disso, estudos clínicos estão testando novos medicamentos que visam alvos moleculares específicos.
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Prevenção e cuidados

A prevenção continua sendo o caminho ideal para proteger a saúde dos olhos. Hábitos como manter um peso saudável, adotar uma dieta rica em antioxidantes (como frutas, verduras e peixes) e praticar exercícios físicos regularmente são medidas essenciais.

Além disso, consultas regulares ao oftalmologista e ao endocrinologista são fundamentais para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

Alexandre Grobberio Pinheiro
Alexandre Grobberio Pinheiro, professor doutor em Oftalmologia da UFES e diretor da Macrovisão Oftalmologia. Foto: Arquivo Pessoal

A obesidade não é apenas um problema estético ou cardiovascular; ela também representa uma ameaça à saúde dos olhos.

Com o aumento global dos casos de obesidade, é crucial conscientizar a população sobre os riscos associados a doenças como a DMRI e retinopatia diabética.

Cuidar do peso e da alimentação não só beneficia o corpo como um todo, mas também protege uma das nossas capacidades mais preciosas: a visão.

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