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Historiador contesta data de fundação de Vitória

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Estilaque Ferreira, que tem pós-doutorado pela Universidade de Lisboa, em Portugal, fez a revelação durante a estreia do Gandicast, programa do deputado Fabrício Gandini (PSD) no Youtube. Ele garante que a capital capixaba não foi fundada em 8 de setembro de 1551, como dizem os livros didáticos, mas em 15 de julho de 1537, portanto 14 anos antes

O historiador Estilaque Ferreira dos Santos, que tem doutorado em História pela Universidade de São Paulo (USP), pós-doutorado pela Universidade de Lisboa, em Portugal, e é PHD em História do Brasil, fez uma revelação bombástica que promete mexer com a Historiografia capixaba. Segundo ele, Vitória, a capital do Espírito Santo, não foi fundada em 8 de setembro de 1551, como dizem os livros didáticos, mas em 15 de julho de 1537, portanto 14 anos antes.

“Vitória foi fundada por Duarte de Lemos com a criação da Igreja de Santa Luzia, em 1537. A certidão de nascimento da capital é o documento oficial em que o donatário do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho, doou a então ilha de Santo Antônio ao fidalgo Duarte de Lemos”, explicou Estilaque.

A revelação foi feita durante a primeira edição do Gandicast, programa apresentado pelo deputado estadual Fabrício Gandini (PSD) para ser transmitido no seu canal no Youtube. Gandini, que está no seu segundo mandato de deputado, também é estudante do 3º período do curso de História da Faculdade Multivix Vitória.

“O primeiro documento que Vasco Coutinho assinou doando a ilha foi na data de 15 de julho de 1537. Vitória foi fundada neste dia! Estão comemorando o aniversário da cidade na data errada”, garantiu Estilaque, descartando a versão de que os portugueses venceram acirrada batalha contra os índios Goitacazes e, entusiasmados pela vitória, passaram a chamar o local de Ilha de Vitória.

Para comprovar a sua versão dos fatos, Estilaque apontou para a carta régia regulando a doação da Ilha de Santo Antônio a Duarte de Lemos por Vasco Fernandes Coutinho, datada de 8 de janeiro de 1549, e que foi publicada no livro História da Câmara Municipal de Vitória: Os atos e as atas – A trajetória de uma das primeiras câmaras do Brasil.

Segundo Estilaque, “Vasco e Duarte eram amigos, mas brigaram por causa da cidade de Vitória”. O historiador, inclusive, afirma que os sucessores do donatário tentaram apagar a figura de Duarte Lemos. Por isso, o fidalgo não teve o mesmo destaque na História capixaba.

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Para o historiador, foi determinante a chegada de Vasco Coutinho à capitania, mas “ele acertou no atacado, e errou no varejo”. Segundo Estilaque, ao escolher a região, o donatário optou por uma área que ficava bem no centro do território que ele recebeu do rei de Portugal, equidistante tanto do Sul quanto do Norte, como uma estratégia de defesa.

“Por outro lado, ele (Vasco) errou ao escolher o tão famoso quanto ele, Duarte de Lemos, para ajudá-lo na tarefa de defesa contra os índios, corsários franceses, ingleses e holandenses, e ao doar a ilha de Vitória para o fidalgo. Enquanto o donatário escolheu Vila Velha, Duarte de Lemos ficou com Vitória, um sítio geográfico mais adequado para a defesa”, explicou.

Por cerca de uma hora, Estilaque falou sobre pontos que são pouco conhecidos dos capixabas, como a dúvida do rei português, dom João III, se o esforço do país europeu, potência das grandes navegações, deveria se concentrar na África ou na Índia? Ou nas duas regiões?

“Vasco Coutinho voltou da Índia. E aí surgiu essa oportunidade de vir para cá. Mas os ricos de Portugal não se interessavam pelo Brasil. Estavam mais interessados na Índia, onde já se fazia fortuna com o comércio. A nossa colonização, inclusive, ficou atrasada porque os olhos não estavam voltados para cá. Os portugueses só se interessaram quando viram que iam perder o território porque os corsários franceses já estavam aqui”, contou.

E emendou: “O Vasco foi lá para a Asia, mas não ficou rico. Voltou para Portugal meio aposentado, com chinelão no dedo e pastel de Belém na mesa… Ele era um aventureiro sem recursos.”

Para Estilaque, Portugal não colonizou o Brasil efetivamente. “Nós fomos colonizados por um país com poucos recursos, materiais e humanos. O Brasil era um país imenso e a colonização foi frágil, lacunar, por pedacinhos. Qual foi o resultado disso? Quando nós ficamos independentes, em 1822, o país ainda estava inexplorado, a maior parte dele. Em 2024, nós ainda vivemos da agricultura exportadora. E ainda temos terras boas, virgens, novas para o cultivo. Herdamos um território imenso com porções que até hoje estão inexploradas. Vejam a Amazônia!”, avaliou.

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O historiador fez questão de destacar que, com a chegada dos europeus, muitos índios morreram, por causa das doenças.

“Foi uma catástrofe! Quando os portugueses chegaram aqui, calcula-se que o Brasil tinha, pelo menos, 5 milhões de habitantes. Quando o Brasil ficou independente, em 1822, a população chegava a no máximo 4 milhões. Aqui no Espírito Santo, próximo à Independência, não chegávamos a 30 mil habitantes. Quando Vasco chegou aqui, com certeza tinham mais de 30 mil índios, hoje menos da metade da população de Jardim Camburi, em Vitória”, comparou.

O historiador contou que o Espírito Santo despovoou-se, entre o início da colonização, em 1535, até o período da Independência.

“Vinham poucos portugueses, e muitos morriam. Por sorte, houve a miscigenação com os índios e os negros. A miscigenação foi automática! Pense você: o português deixava a Maria lá na Europa e, quando via aquele monte de índias bonitas… É natural”, disse Estilaque, lembrando que Vasco Coutinho se opôs à escravidão indígena, apesar de contar com poucos recursos para alavancar a capitania.

Indagado por Gandini se os índios que viviam no território capixaba (de Vitória para o Norte, os tupiniquins; e de Guarapari para o Sul, os tupinambás, principalmente uma etnia chamada de Goitacazes) praticavam a antropofagia, Estilaque afirmou positivamente, reforçando que as nações viviam em constante guerra.

Sim. Mas era algo ritualístico. Eram prisioneiros de guerra, de honra pessoal, de vingança. Você comeu o meu antepassado. Então, eu vou te comer. Era uma vingança. A guerra tinha essa função”, explicou.

Gandini, por sua vez, explicou que a intenção do Gandicast é ouvir curiosidades, informações importantes de pessoas renomadas e que contribuem com a sociedade capixaba. O baiano Estilaque, que viveu 11 anos em São Paulo e veio parar no Estado para lecionar na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), será homenageado pelo deputado com o Título de Cidadão Espírito-Santense.

“Fiz o concurso para Ufes e me tornei professor. Comecei a dar aula de História do Brasil, e me interessei pela História do Espírito Santo. É como uma pessoa que você se apaixona e quer saber a história dela. Eu me apaixonei pelo Espírito Santo e quis conhecer a história dele. Fico muito emocionado com o título. Agora, eu já posso morrer”, brincou.

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Alcione passa mal e interrompe show em Recife: ‘Alguém me abana aqui’

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Alcione passa mal e interrompe show em Recife: ‘Alguém me abana aqui’

A cantora Alcione passou mal e precisou interromper um show, na noite de sexta-feira (14), no Centro de Convenções, em Olinda, no Recife. “Pessoal, vou precisar parar o show um pouco. Não me senti bem no camarim. Alguém me abana aqui, por favor”, pediu a cantora. Alcione recebeu apoio da equipe e pediu licença ao público para trocar de roupa no camarim. “Pessoal, fui botar outra roupa, uma mais fresca”, explicou, sendo acolhida por aplausos.

Ao retornar, Alcione apareceu com um vestido longo de tecido leve, o que a deixou mais à vontade. Mesmo assim, ela ainda cantou mais algumas músicas, mas precisou deixar o palco definitivamente. Sua irmã falou ao público por ela, pediu desculpas, e disse que a apresentação não continuaria. De acordo com a assessoria de comunicação do evento, a artista se recuperou nos camarins e foi atendida por uma equipe de paramédicos no local por precaução. Logo na sequência, seguiu para o hotel onde está hospedada.

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Carnaval de Conceição da Barra vai ter shows, blocos e matinês

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O Carnaval de Conceição da Barra 2025 vai agitar a cidade de 28 de fevereiro a 4 de março. O balneário está pronto para mais um evento pautado na alegria e animação.

Serão 14 horas diárias de atrações animadas por shows, blocos, bandinhas, matinês e muito mais, na Barra e em Itaúnas. “A expectativa é de que a folia reúna públicos de todas as idades, moradores e turistas, nas inúmeras atrações programadas em horários e pontos diversos da cidade”, afirma a secretária de Turismo, Tati Beccalli.

Para completar, Conceição da Barra ainda oferece praias de águas claras e mornas, diversos pontos turísticos e excelente gastronomia. Não dá para perder.

SEXTA-FEIRA – 28 DE FEVEREIRO

Conceição da Barra

Praça do Juiz

  • 21h – Diego Rodrigues
  • 23h – Banda D+

Praça da Matriz

  • 19h – Aeróbica
  • 20h – Bandinha Oliveira Filho

Itaúnas

21h – Ingrid Colares

SÁBADO – 01 DE MARÇO

Conceição da Barra

Praça do Juiz

  • 20h – Aeróbica
  • 21h – Explodesamba
  • 23h – Ingrid Colares
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Praça da Matriz

  • 19h – Aeróbica
  • 20h – Bandinha Pôr-Do-Sol

Praias

  • Kaique – 12h (Meio Dia) – Agitu’S
  • Escola João Bastos – 12h (Meio Dia) – Tyhenry
  • Aeróbica Nos Intervalos

Itaúnas

21h – Agitu’S

DOMINGO – 02 DE MARÇO

Conceição da Barra

Praça do Juiz

  • 20h – Aeróbica
  • 21h – Banda D+
  • 23h – Tyhenry

Praça da Matriz

  • 19h – Bandinha Oliveira Filho
  • 20h – Agitu’S Matinê

Praias

  • Kaique – 12h (Meio Dia) – Tyhenry
  • Escola João Bastos – 12h (Meio Dia) – Kaso Marcado
  • Aeróbica Nos Intervalos

Itaúnas

21h – Fogumano

SEGUNDA – 03 DE MARÇO

Conceição da Barra

Praça do Juiz

  • 20h – Aeróbica
  • 21h – Chapalove
  • 23h – Agitu´S

Praça da Matriz

  • 19h – Bandinha Oliveira Filho
  • 20h – Ingrid Colares

Praias

  • Kaique – 12h (Meio Dia) – Explodesamba
  • Escola João Bastos – 12h (Meio Dia) – Diego Rodrigues

Itaúnas

21h – Kely Muniz

TERÇA – 04 DE MARÇO

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Conceição da Barra

Praça do Juiz

  • 21h – Kely Muniz
  • 23h – Tyhenry

Praça da Matriz

  • 19h – Aeróbica
  • 20h – Bandinha Pôr-Do-Sol

Praias

  • Kaique – 12h (Meio Dia) – Agitu´S
  • Escola João Bastos – 12h (Meio Dia) – Banda D+

Itaúnas

21h – Explodesamba

Blocos de Rua – Conceição Da Barra

  • Sexta-Feira – 18h Bloco da Cdl
  • Sábado – 16h – Bloco a definir
  • Domingo – 16h – Bloco Belldades
  • Segunda – 16h – Bloco Pára-Rai
  • Terça – 16h – Bloco a definir

Blocos de Rua – Itaúnas

  • Sábado – Bloco Cultural De Bonecos Gigantes
  • Domingo – Bloco Girinos
  • Segunda – Bloco Solte A Perereca
  • Terça – Bloco Óia O Jegue

Blocos interessados em participar, devem buscar informações na Secretaria de Turismo.

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