O acirrado debate público extrapolou as fronteiras da política e instalou-se no coração das igrejas evangélicas brasileiras. Pastores e fiéis se encontram sob a pressão de tomar partido, enquanto a fé cristã corre o risco de ser instrumentalizada como mera bandeira ideológica.
Diante desse cenário preocupante, o teólogo Gutierres Fernandes Siqueira lança “Igreja Polarizada”, pela Editora Mundo Cristão, e investiga os impactos dessa crescente divisão, advertindo sobre os perigos de reduzir a espiritualidade à militância ideológica.
Com o respaldo de nomes relevantes da teologia cristã, como o antropólogo Juliano Spyer e a teóloga Norma Braga, o livro surge como um “chamado à reconciliação e à reflexão”: por que a guerra cultural ameaça a essência da fé cristã? Munido de uma análise equilibrada e bem fundamentada, o autor examina de que maneira essa mentalidade partidária mina a comunhão entre os crentes e compromete a unidade da igreja.
Gutierres Fernandes Siqueira, uma das vozes evangélicas mais influentes da atualidade, conhecido por suas opiniões firmes e diretas, desafia os cristãos a direcionarem suas energias para a “verdadeira batalha espiritual”: a busca incessante pela comunhão e a centralidade da mensagem do Evangelho. Autor de “Quem tem medo dos evangélicos?“, Gutierres prossegue em sua análise, desconstruindo discursos extremistas e convidando os leitores a cultivarem uma espiritualidade marcada pelo equilíbrio e pela fé.
“De um lado, a direita torna-se cada vez mais direitista; do outro, a esquerda, cada vez mais esquerdista. E o centro? Desapareceu sem um réquiem. Nesse clima tenso, tentar conversar sobre diferenças é como andar em um campo cheio de minas terrestres, em que basta um passo errado para desencadear brigas explosivas. A ausência de um meio-termo forte deixa um espaço vazio, complicando os esforços para conectar pessoas com ideias tão diversas.” (Igreja Polarizada, p. 9).
Gutierres estabelece distinções cruciais entre conservadorismo e reacionarismo, questionando os limites em que as Escrituras Sagradas podem ser utilizadas para justificar posturas extremistas. Além disso, o autor investiga o fascínio de certos setores do evangelicalismo por teorias conspiratórias e tece críticas tanto ao radicalismo de direita quanto aos desafios enfrentados pelos evangélicos progressistas em estabelecer diálogo com esse grupo, dada a sua inegável relevância no cenário eleitoral do país.
Detalhes do produto
- Editora : Mundo Cristão; 1ª edição (18 abril 2025)
- Idioma : Português
- Capa comum : 160 páginas
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Fonte: Comunhão