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Medicina e Saúde

Impacto do sono na longevidade

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O sono desempenha um papel fundamental na saúde física e mental, sendo um fator essencial para a longevidade e a qualidade de vida

O sono é um estado natural de descanso no qual o corpo e o cérebro passam por processos de recuperação, regeneração e consolidação de funções vitais exercidas ao longo do dia. Durante esse processo, as funções corporais diminuem, mas ainda ocorrem atividades essenciais. O sono é dividido em fases, e muito se fala nas mídias sociais e pelo público em geral sobre o “sono REM”, considerado o estágio mais restaurador. É nesse momento que ocorrem processos como reparação celular, fortalecimento do sistema imunológico e liberação de hormônios do crescimento. O sono é fundamental para o bem-estar físico e mental, além de ser essencial para o funcionamento adequado do organismo.

Durante o sono, o corpo se recupera de esforços físicos, promovendo a reparação celular e a regeneração muscular. Ele também desempenha um papel essencial na memória e no aprendizado, pois o cérebro processa e armazena informações durante esse período. Além disso, ajuda a regular o humor e as emoções, e a privação do sono pode afetar negativamente a saúde mental.

Um sono de qualidade fortalece o sistema imunológico, sendo essencial para combater doenças e infecções. A qualidade do sono é tão importante quanto a quantidade. Mesmo que uma pessoa durma muitas horas, se o sono for fragmentado ou se não atingir as fases mais profundas, o descanso não será completamente restaurador. Sabe-se que a prática de atividades físicas moderadas ao longo do dia pode promover um sono mais profundo e reparador.

A privação do sono ou sua má qualidade estão relacionadas a diversos problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas, como hipertensão arterial, arritmias e risco de infarto; diabetes, devido à redução da capacidade de regulação da glicose no sangue; e distúrbios cognitivos. A falta de sono adequado pode levar ao acúmulo de proteínas neurotóxicas no cérebro, contribuindo para o desenvolvimento ou a progressão de doenças neurodegenerativas.

O sono de má qualidade pode afetar a coordenação motora, aumentar o risco de quedas e diminuir a mobilidade, o que é uma preocupação importante para a saúde dos idosos, além de aumentar o risco de morte precoce. Por isso, manter uma boa higiene do sono é essencial para uma vida longa e saudável.

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O sono desempenha um papel crucial na saúde cerebral, estando diretamente relacionado a diversas condições, incluindo doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson e demência. Distúrbios do sono, como a apneia obstrutiva do sono, são comuns em pacientes com essas doenças, especialmente no Parkinson. Essas interrupções no sono podem estar associadas a disfunções no sistema nervoso autônomo, que regula funções como frequência cardíaca e respiração. O comprometimento desse sistema em pacientes com distúrbios do sono pode agravar os sintomas motores e cognitivos de doenças neurodegenerativas.

Dessa forma, é fundamental lembrar que o sono tem um papel essencial na saúde e na longevidade. Com o envelhecimento, a qualidade do sono tende a diminuir, o que pode afetar a saúde física e mental. A fragmentação do sono, a redução da quantidade de sono profundo e o aumento da prevalência de distúrbios, como a apneia obstrutiva do sono, podem impactar diretamente a longevidade.

Como melhorar a qualidade do sono e garantir uma vida mais saudável

A manutenção de um ritmo circadiano regular é crucial para a saúde geral. A exposição à luz natural durante o dia e a redução da exposição à luz artificial à noite ajudam a regular esse ritmo, favorecendo a produção de melatonina e garantindo um sono restaurador. Para os idosos, que frequentemente apresentam alterações no ciclo circadiano, a adoção de hábitos saudáveis de sono pode melhorar significativamente a qualidade de vida e a longevidade. Estabelecer uma rotina regular de sono, evitar estimulantes como cafeína à noite e criar um ambiente propício para o descanso — escuro, silencioso e confortável — são medidas essenciais.

A insônia em idosos é uma condição comum e multifatorial, mais frequente em mulheres acima dos 75 anos, associada a fatores como envelhecimento, diminuição do impulso de sono, avanço da fase circadiana e condições médicas psiquiátricas, como depressão, síndrome das pernas inquietas e ansiedade. Além disso, dores mal controladas e polifarmácia, devido aos efeitos colaterais e interações medicamentosas, também podem contribuir para o problema.

A pesquisa continua para entender melhor os mecanismos envolvidos, mas a melhora do sono pode ser uma estratégia terapêutica importante no manejo desses pacientes. O monitoramento do sono tem se mostrado uma ferramenta útil para detectar precocemente esses distúrbios. Com o avanço da tecnologia, dispositivos de monitoramento do sono tornaram-se populares e estão sendo cada vez mais utilizados para essa finalidade. Exemplos incluem o CPAP e dispositivos como relógios inteligentes. No entanto, é importante lembrar que o uso desses dispositivos não substitui uma avaliação clínica detalhada. Além disso, a precisão de alguns aparelhos, especialmente os mais acessíveis ao público, pode variar, e a interpretação dos dados deve ser feita por profissionais capacitados.

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Quando se trata do tratamento da insônia em idosos, ele deve ser individualizado e acompanhado por um geriatra. O foco inicial deve estar em intervenções não farmacológicas, e o uso de medicamentos deve ser considerado apenas em casos específicos, sempre ponderando os riscos e benefícios para cada paciente. Entre as intervenções não farmacológicas fundamentais para melhorar a qualidade de vida dos idosos, destacam-se a terapia cognitivo-comportamental (acompanhada por um psicólogo), o controle adequado de estímulos externos, a educação sobre higiene do sono e técnicas de relaxamento. Essas abordagens ajudam o indivíduo a se preparar mentalmente para o momento do sono.

Conclusão

Podemos concluir que o sono desempenha um papel fundamental na longevidade e na manutenção da saúde cognitiva ao longo do envelhecimento. A correlação entre a qualidade do sono e o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas é cada vez mais reconhecida, ressaltando a importância do monitoramento precoce para identificar distúrbios do sono. Dispositivos tecnológicos de monitoramento têm mostrado grande potencial na detecção precoce desses problemas, permitindo intervenções mais eficazes e melhorando a qualidade de vida dos idosos. Além disso, terapias não medicamentosas para o tratamento da insônia, como a terapia cognitivo-comportamental, têm se mostrado eficazes e seguras, oferecendo alternativas valiosas para o manejo do sono. O avanço nesse campo é essencial para promover a saúde integral e a qualidade de vida da população idosa, favorecendo uma longevidade mais saudável e funcional.

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Mortes por gripe disparam 127% na cidade de São Paulo em 2025

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Para facilitar o acesso à vacina, a prefeitura disponibilizou doses em diversas estações de metrô e trem até o dia 27 de junho

A cidade de São Paulo está enfrentando um aumento alarmante no número de mortes por gripe, com um crescimento de 127% em 2025 em comparação ao ano anterior. Dados da Secretaria Municipal de Saúde revelam que, em 2024, foram registradas 77 mortes por gripe, enquanto em 2025, o número subiu para 175. Além disso, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave causada por influenza também aumentou significativamente, passando de 983 em 2024 para mais de 1.700 em 2025. Este aumento expressivo tem gerado preocupação entre as autoridades de saúde e a população.

A Prefeitura de São Paulo destaca a importância da vacinação, especialmente durante o período de maior incidência do vírus. Até o momento, mais de 2 milhões de pessoas foram imunizadas na capital, mas apenas 40% do grupo prioritário, que inclui pessoas com mais de 60 anos, gestantes e puérperas, atingiu a cobertura vacinal. A meta é alcançar 90% de imunização nesse grupo. Para facilitar o acesso à vacina, a prefeitura disponibilizou doses em diversas estações de metrô e trem até o dia 27 de junho, permitindo que a população se vacine sem precisar se deslocar até os postos de saúde.

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Medicina e Saúde

Usuários do SUS podem realizar atualização cadastral no Integra Saúde Capixaba

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O Governo do Espírito Santo avança em mais uma importante etapa na saúde pública capixaba. A fim de trazer mais comodidade ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) e, concomitante, garantir a efetividade dos serviços ofertados pela saúde como consultas e exames especializados, além das cirurgias eletivas, o cidadão já pode realizar a atualização de contatos pela plataforma Integra Saúde Capixaba.

O novo serviço ofertado pelo Integra Saúde Capixaba acontece em função da interoperabilidade que a Rede Estadual de Dados em Saúde (REDS) vem realizando com a Plataforma Estadual de Regulação (Consulta, Exames, Cirurgias Eletivas e Leitos) e já está disponível para todos os capixabas.

“A atualização dos contatos do cidadão é uma medida simples, mas essencial para o bom funcionamento do SUS. É por meio dessas informações que os prestadores de serviço conseguem agendar e confirmar consultas, exames e procedimentos. Antes, essa atualização só podia ser feita presencialmente, na Unidade Básica de Saúde. Hoje, estamos avançando para tornar esse processo mais ágil e acessível, fortalecendo a comunicação com o usuário e garantindo mais eficiência no atendimento. Esse é um passo importante para um SUS mais moderno, próximo e resolutivo”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann.

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Com a plataforma Integra Saúde Capixaba, o cidadão pode realizar o cadastro continuamente, sempre que houver mudanças, de maneira ágil e cômoda, uma vez que o acesso à plataforma se dá tanto pelo celular ou pelo computador. Para isso, ele precisará ter o cadastro no “Acesso Cidadão”, do Governo do Estado, e acessar o link integra.saude.es.gov.br. Neste local, clicar na opção “Meu Perfil”, onde é possível preencher o cadastro com endereço e telefone.

Outros benefícios que o novo serviço pretende alcançar estão na redução do absenteísmo em consultas e exames especializados e na maior eficácia na gestão das cirurgias eletivas, uma vez que devido à desatualização cadastral, muitos pacientes com autorização de internação hospitalar para realizar cirurgias eletivas estão com o cadastro desatualizado, por exemplo.

Como funciona

A Rede Estadual de Dados em Saúde (REDS) tem por objetivo permitir a troca de informações entre todos os pontos da Rede de Atenção à Saúde, facilitando a transição e a continuidade do cuidado. É pela REDS que as aplicabilidades do Integra Saúde Capixaba são disponibilizadas aos cidadãos, que acontecem por meio do processo de compartilhamento e a interoperabilidade dos dados, isto é, da troca de dados em saúde, de diferentes sistemas.

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A partir deste processo, o cidadão, ao realizar a atualização cadastral no Integra, automaticamente será compartilhada junto à Plataforma Estadual de Regulação, onde há as informações sobre consultas e exames especializados, além das cirurgias eletivas e solicitações de leitos hospitalar, passando assim a ter um cadastro do paciente integrado com o serviço de regulação estadual.

 

Integra Saúde Capixaba

Lançado em 06 de novembro de 2024, o Integra Saúde Capixaba é um portal de integração da Rede Estadual de Dados em Saúde (REDS). O projeto é voltado às iniciativas de saúde digital da Secretaria da Saúde (Sesa) e está disponível no link: https://integra.saude.es.gov.br/.

O Integra Saúde Capixaba é uma plataforma pioneira de integração e qualificação de dados de saúde em nível estadual, na qual o cidadão pode acompanhar e monitorar seu próprio histórico de saúde no Sistema Único de Saúde (SUS). A plataforma nasceu com o objetivo de integrar e compartilhar dados de saúde em todo o território capixaba, conectando toda rede do SUS.

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