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Internacional

Incêndios florestais em Los Angeles deixam ao menos cinco mortos e Biden declara ‘grande desastre’

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Fatalidades foram registradas no incêndio Eaton, em Altadena, subúrbio ao norte de Los Angeles, donde as chamas já consumem mais de 4.280 hectares

Subiu para cinco o número de mortos nos incêndios florestais nos arredores de Los Angeles, na costa oeste dos Estados Unidos, que também deixaram vários feridos e dezenas de milhares de pessoas evacuadas, informaram as autoridades nesta quarta-feira (8), que temem que o balanço de mortes continue aumentando. “Hoje cedo, informamos que tivemos duas mortes e, infelizmente, aumentou para cinco, à medida que avançamos por esta área”, disse o xerife do condado de Los Angeles, Robert Luna, à estação de rádio KNX. “Estou rezando para que não encontremos mais, mas não acho que será o caso”, acrescentou. Mais de um milhão e meio de pessoas estão sem energia elétrica no sul da Califórnia, o que dificulta a comunicação. Diante da gravidade da situação, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou estado de “grande desastre”.  “Minha equipe já forneceu suporte de previsão do tempo 24 horas por dia, 7 dias por semana, enviou 5 aviões-tanque e 10 helicópteros de combate a incêndios, posicionou dezenas de caminhões de bombeiros, aprovou subsídios para reembolsar custos de combate a incêndios e aprovei a solicitação do governador Newsom para uma Declaração de Grande Desastre”, escreveu Biden no X.

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O mandatário estava em Los Angeles para um evento que foi adiado por causa dos incêndio, e o presidente retornou à Washington. As fatalidades foram registradas no incêndio Eaton, em Altadena, subúrbio ao norte de Los Angeles, donde as chamas já consumem mais de 4.280 hectares. Múltiplos incêndios foram declarados na região, assolada por ventos poderosos, nas últimas 24 horas. As chamas consumiram mais de mil estruturas e cerca de 6.390 hectares, informaram as autoridades. Centenas de bombeiros lutam no ar e no solo contra as chamas descontroladas, intensificadas por fortes rajadas de vento que se agravaram durante a noite no sul da Califórnia. A força dos incêndios que avançam simultaneamente desafia até mesmo as reservas de água da cidade. Muitos hidrantes secaram durante o enfrentamento das chamas, e o Serviço de Água e Eletricidade de Los Angeles pediu aos cidadãos que economizassem o recurso.

Várias escolas foram fechadas e importantes vias da cidade estão bloqueadas. Algumas árvores do Getty Villa, um dos maiores centros de arte do mundo, pegaram fogo devido à proximidade das chamas. No entanto, a instituição “permanecerá segura e intacta”, de acordo com um comunicado emitido na manhã desta quarta-feira. Os incêndios começaram em um ambiente de baixa umidade e justo quando os chamados ventos de Santa Ana, característicos nesta temporada do ano na Califórnia, avançam com força na região.

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As autoridades advertiram que a situação está longe de melhorar. Os ventos sopram com força na região e atingem entre 70 e 145 quilômetros por hora. “Condições climáticas perigosas avançam no sul da Califórnia, com as mais extremas previstas para esta manhã”, escreveu o Serviço Nacional de Meteorologia. Os incêndios são frequentes no oeste dos Estados Unidos e desempenham um papel importante no ciclo da natureza. Contudo, a alteração dos padrões climáticos devido à mudança climática causada pela ação humana derivou em condições extremas elevando a intensidade deste tipo de incidente. A Califórnia vem de dois invernos consideravelmente úmidos, o que favoreceu o crescimento da vegetação, que serve de combustível para os incêndios. Já este inverno tem estado seco.

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Internacional

Netanyahu acusa Hamas por ‘crise de última hora’ em acordo pela trégua na Faixa de Gaza

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Governo israelense ainda não deu sua aprovação ao acordo anunciado na quarta-feira (15) pelo Catar e pelos Estados Unidos

Benjamin Netanyahu vem sendo pressionado há meses por aliados políticos e pelas famílias dos reféns para acabar com a guerra em Faixa de Gaza. Agora, com o acordo de trégua, o primeiro-ministro israelense espera permanecer no poder, dizem os analistas. O governo israelense ainda não deu sua aprovação ao acordo anunciado na quarta-feira pelo Catar e pelos Estados Unidos. Na manhã desta quinta-feira (16), ele o condicionou à resolução de uma “crise” de última hora provocada pelo Hamas, que, de acordo com o gabinete de Netanyahu, “recuou em alguns pontos”.

O movimento islamista negou categoricamente o fato e disse que mantém o acordo anunciado. Durante os mais de 15 meses de guerra em Gaza, desencadeada pela ofensiva do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, Netanyahu foi duramente criticado em seu país por não ter conseguido impedir o ataque e por não ter feito o suficiente para libertar todos os reféns. Ele também foi acusado de prolongar a guerra para permanecer no poder e escapar de processos por corrupção.

Cerca de 800 pais de soldados que lutam em Gaza lhe enviaram uma carta no início deste mês dizendo que não podiam mais “permitir que o senhor continuasse a sacrificar” seus filhos “como bucha de canhão”. Mais de 400 soldados foram mortos no território palestino desde o início da guerra. Mas os membros de extrema direita da coalizão de Netanyahu ameaçaram deixar o governo se um cessar-fogo for assinado e pressionaram por uma resposta israelense ainda mais dura em Gaza.

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Explorando o acordo

Os analistas acreditam que é improvável que as controvérsias em torno da guerra de Gaza e seu resultado derrubem um homem que é considerado um mago da política e que é o primeiro-ministro que está há mais tempo no cargo na história do Estado de Israel. Muitos concordam que “Bibi”, como o primeiro-ministro é popularmente conhecido em Israel, provavelmente encontrará uma maneira de capitalizar o acordo de cessar-fogo e talvez se distanciar da extrema direita.

O acordo poderia até mesmo abrir caminho para a normalização das relações com a Arábia Saudita, uma meta há muito tempo buscada e apoiada pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump. “A questão é o que Netanyahu ganha com o acordo, além da libertação dos reféns e do cessar-fogo”, disse Anshel Pfeffer, jornalista e autor de uma biografia do primeiro-ministro. É possível que o acordo de Gaza “seja parte de algo muito maior”, porque “Trump quer um acordo” entre Israel e a Arábia Saudita, o que levanta “a questão do legado” que Netanyahu deixará para trás.

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“Isso continuará a assombrá-lo”

Depois de praticamente esmagar seus inimigos, Gayil Talshir, cientista político da Universidade Hebraica de Jerusalém, disse que Netanyahu talvez não precise mais contar com a extrema direita. O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, e o ministro da Segurança, Itamar Ben Gvir, são ambos membros da extrema direita do gabinete de Netanyahu e expressaram oposição ao acordo. “É bem possível que Smotrich e Ben Gvir não façam parte de tal acordo” e que “Netanyahu esteja se preparando para esse dia”, disse Talshir.

O analista lembrou que várias figuras da oposição, incluindo seu líder Yair Lapid, já indicaram que trabalhariam com Netanyahu se ele chegasse a um acordo para libertar os reféns. Para Aviv Bushinsky, comentarista político e ex-chefe de gabinete de Netanyahu, a turbulência política em torno do cessar-fogo “não muda a situação”. Mas ele acredita que o legado de Netanyahu será manchado pelo dia 7 de outubro e pelo destino dos reféns, alguns dos quais, segundo ele, talvez nunca sejam encontrados. “Ele vai querer que as pessoas se lembrem dos que ele conseguiu trazer de volta, e não dos que não conseguiu”, mas “isso continuará a assombrá-lo”, prevê.

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Internacional

Presidente afastado é preso na Coreia do Sul após segunda operação policial

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Por sua tentativa fracassada de impor a lei marcial, Yoon Suk Yeol tornou-se o primeiro chefe de Estado ainda no cargo a ser detido na história do país asiático

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, afastado de suas funções, foi preso nesta quarta-feira (15) por sua tentativa fracassada de impor a lei marcial, depois que centenas de investigadores anticorrupção e policiais invadiram sua residência para encerrar um impasse de semanas. Yoon, que foi afastado em um processo de impeachment e acusado de insurreição por seu esforço de curta duração para impor a lei marcial em dezembro, torna-se assim o primeiro presidente ainda no cargo a ser preso na história do país asiático. Centenas de policiais e agentes do Escritório de Investigação de Corrupção (CIO, na sigla em inglês) chegaram à entrada da residência presidencial antes do amanhecer desta quarta-feira, protegida por milhares de simpatizantes de Yoon e por sua fiel guarda presidencial.

Bloqueados pelo pessoal de segurança, alguns agentes escalaram muros do perímetro e caminharam por trilhas nos fundos para chegar ao prédio principal, situado no alto de uma colina. Esta foi a segunda tentativa de prender Yoon. A primeira, em 3 de janeiro, falhou após um tenso impasse de horas com membros da segurança presidencial oficial de Yoon, que se recusaram a ceder quando os investigadores tentavam executar seu mandado de prisão. Após horas de tensão, o advogado de Yoon anunciou na manhã de hoje que ele tinha concordado falar com os investigadores, mas, pouco tempo depois, estes anunciaram que o presidente afastado tinha sido preso.

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“O Escritório de Investigação Conjunta executou um mandado de prisão para o presidente às 10h33 [locais, 22h30 da terça-feira em Brasília]”, diz o comunicado da equipe formado pela polícia, a agência anticorrupção e o Ministério da Defesa. Em uma mensagem de vídeo gravado previamente, o dirigente conservador afirmou que decidiu cumprir a ordem de prisão “para evitar qualquer derramamento de sangue infeliz”. O presidente deixou a residência num comboio policial e entrou pouco depois nas dependências da agência anticorrupção, confirmaram jornalistas da AFP.

Brigas e tensão

Antes da confirmação da prisão, correspondentes da AFP presenciaram algumas brigas no portão, onde os apoiadores ferrenhos de Yoon estavam acampados para protegê-lo, enquanto as autoridades conseguiam entrar pela primeira vez no complexo. Legisladores do Partido do Poder Popular de Yoon também correram para a área em uma aparente tentativa de defender o presidente afastado, segundo os profissionais da AFP. Seus apoiadores gritavam “mandado ilegal!” enquanto agitavam bastões luminosos e bandeiras sul-coreanas e americanas. Alguns estavam deitados no chão do lado de fora do portão principal do complexo residencial.

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Policiais e oficiais do CIO começaram a removê-los da entrada à força, enquanto cerca de 30 legisladores do partido de Yoon também bloqueavam os investigadores, segundo a emissora Yonhap News TV. Os seguranças de Yoon instalaram arame farpado e barricadas em volta da residência, transformando-a no que a oposição chamou de “fortaleza”. Devido à situação tensa, a polícia decidiu não portar armas de fogo, mas usar apenas coletes à prova de bala na nova tentativa de executar o mandado nesta quarta, caso fossem recebidos por guardas armados, informou a mídia local.

A ordem judicial vigente permite sua retenção por no máximo 48. Para que ele siga sob custódia, os investigadores precisam solicitar outro mandado de prisão. A equipe jurídica de Yoon criticou reiteradamente o mandado como ilegal. Em uma investigação paralela, o julgamento de impeachment de Yoon começou na terça-feira com uma breve audiência, após ele se recusar a comparecer. Embora sua falta — que seu estafe atribuiu a supostas preocupações de segurança — tenha forçado um adiamento processual, as audiências continuarão sem Yoon, com a próxima marcada para quinta-feira.

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